O final do século XVIII e o início do século XIX marcam um período de grandes mudanças no contexto social. Essas transformações são marcadas pela Revolução Francesa fazendo surgir a idéia de liberdade, igualdade e fraternidade, e mais tarde surge Napoleão Bonaparte com a sua vontade de dominar a Europa. Na segunda metade do século XIX nasce o entusiasmo burguês em prol do desenvolvimento da indústria a fim de gerar crescimento capitalista. É neste cenário histórico que nasce o Positivismo através de Augusto Comte. O positivismo apresentou otimismo quanto ao progresso capitalista e demonstrou confiança no processo de industrialização.

"O positivismo foi o pensamento que glorificou a sociedade européia do século XIX, em franca expansão. Procurava resolver os conflitos sociais por meio da exaltação à coesão, à harmonia natural entre os indivíduos, ao bem-estar do todo social." (COSTA, 2005: 73)

Augusto Comte (1798 – 1857) nasceu em Montpellier, França, e teve uma vida familiar marcada por conflitos intensos. Na obra Curso de Filosofia Positiva, Comte caracteriza a Lei dos três estados, que são: estado teológico ou fictício, estado metafísico ou abstrato, estado científico ou positivo.

"Comte acreditava que a vida social era governada por leis e princípios básicos que podiam ser descobertos através do uso dos métodos mais comumente associados às ciências físicas." (JOHNSON, 1997: 179)

As primeiras formulações científicas sucederam-se com a física social desenvolvida por Augusto Comte, mais tarde conhecida como Sociologia. Segundo Johnson (1997), "por várias razões, a influência do positivismo sobre a sociologia moderna tem sido relativamente pequena", o autor afirma que existem argumentos sobre o positivismo e sua "ênfase errônea em fatos superficiais, sem dar atenção aos mecanismos subjacentes que não podem ser observados" (p.179). O autor continua pontuando que não podemos observar aspectos da vida social, motivos ou significados, mesmo não observáveis não podem ser classificados como inexistentes.

Considerações finais

No contexto atual, novas abordagens são adotadas, verificamos que a ênfase da Sociologia está voltada às ações humanas em suas múltiplas expressões e na teoria das inteligências múltiplas. As interações sociais é o objeto de estudo da Sociologia, e compreender essas interações se tornam um grande desafio, pois, como ciência, a Sociologia tende a estimular a reflexão e o senso crítico sobre a vida social e suas múltiplas manifestações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTA, Maria Cristina Castilho. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2005.

JOHNSON, Allan G. Dicionário de Sociologia: guia prático da linguagem sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.