Quando falamos em transformações na educação, em novas teorias e práticas, sabemos que há muitos professores atualizados, com disposição e vontade de evoluir, crescer como ser e transformar alunos para a sociedade mais harmônica, na construção de uma cultura de paz na escola.

Ao falarmos de cultura da paz, não se trata, necessariamente, de abraçar uma proposta salvadora dentre as muitas existentes, mas sim, estabelecer um caminho onde cada professor possa, à partir de sua reflexão pessoal sobre valores e conduta, inserir estes aspectos de forma verdadeira em sala de aula, desde que refletido com seus pares, como: equipe pedagógica, professores, pais, alunos, etc.

Temos que entender que em educação devemos aprender a conviver e aprender a ser, sendo estas duas dimensões diferentes que aos poucos tem que ser introduzida com qualidade na escola, especialmente se entendermos que o "conviver", faz parte do "ser", do ser humano em todos os aspectos.

Princípio básico para uma cultura de paz é buscarmos itens básicos e fundamentais para que todos os que são responsáveis pela educação possa pensar em uma escola onde uma cultura da paz possa ser estabelecida em uma relação de medidas em que o amor, a humildade, o gosto pela vida e o trabalho e, conseqüentemente, abertura ao novo, sejam qualidades que educadores ponham em prática diárias com os alunos, sejam eles quem for, respeitando o ponto de vista de cada um, mas, plantando uma semente de paz nos corações dos homens que eles se comprometeram a educar.

Não devemos pensar que a cultura de paz e não violência seja uma utopia, já que devemos nos dedicar a um ensino de transformação do ser humano, que vem perdendo valores dentro de uma sociedade capitalista que só visa o ter e não pensa no ser.

A grande diferença hoje em educação, ainda bem, é que cada vez mais percebemos que não adianta muito o professor ter um belo discurso, repetindo outros autores ou estabelecendo palavras de ordem, se elas não vêm acompanhadas de uma ação prática e concreta, onde realmente o estudo e a reflexão façam diferença no cotidiano das relações humanas e sociais. Eis um exemplo, eu posso ter um discurso bonito e pedir paz para toda a humanidade, mas quando me relaciono com as pessoas do meu cotidiano, inclusive colegas professores ou alunos, tenho postura não fraterna ou distante deles.

Do exposto, encontramos uma grande verdade, que de fato, vem dominar nossa área específica de conhecimento e que é ponto central, com suas técnicas e metodologias apropriadas, porém, isso só já não basta, já que a educação hoje tem que ser vista como um encontro afetivo, de amor e crescimento humano para os envolvidos na tarefa de bem educar, e que acreditam sempre queas mudanças estão em cada um de nós e que se pensamos e queremos paz, temos que começar a exercitar em nossa própria vida, em nossa família, escola e sala de aula, para conseguirmos o nosso objetivo de uma cultura de paz e não violência.