Como fugir do fantasma da demissão
Publicado em 26 de fevereiro de 2009 por Alexsandro Rebello Bonatto
O desemprego sempre foi um dos piores pesadelos do brasileiro.
Em nossa cultura "estar desempregado" simboliza estar à margem da sociedade, ser improdutivo, é motivo de vergonha entre os familiares.
Infelizmente em tempos de crise, o fantasma do desemprego ganha força ao assombrar um número cada vez maior de trabalhadores.
Depois que ele transforma sua empresa num lugar mal assombrado não há o que fazer. Portanto, o ideal é impedir que as almas penadas encarnem em você.
Abaixo está uma lista dos principais candidatos a ter seu próprio Gasparzinho:
Aqueles que não cumprem as metas: mesmo que a situação de uma empresa se deteriore rapidamente, e uma lista de cortes seja montada às pressas, os gestores já sabem, em linhas gerais, quem são os mais cotados à demissão.
Aqueles que cumprem a meta, mas com um alto custo: em tempos de competição extrema, a máxima de toda empresa é fazer cada vez mais, com cada vez menos. Isso quer dizer que os gestores têm de ser eficientes.
Os negativistas: em meio à crise, não há nada mais irritante do que alguém do "não", segundo os especialistas - aquele gestor resistente a mudanças; aquele que diz que não é possível fazer o que precisa ser feito. A postura negativista é um passaporte para fora da equipe.
Os defasados: o trainee tem metade da sua idade, ganha a metade de seu salário e tem o dobro de qualificação, incluindo fluência em idiomas e cursos de especialização em novas áreas de negócios que você nunca considerou seriamente? Cuidado: você está com um pé para fora da empresa.
Quem está perdendo influência: a pessoa deixa pouco a pouco de ser convidada para reuniões - estratégicas ou cotidianas. Vê seu orçamento minguar e seus projetos passarem para outros gestores. Sua equipe começa a flertar com outros departamentos.
Quem começa a saber das coisas por último: outro ponto crucial é que o executivo, cada vez mais na geladeira, começa a saber das decisões importantes por terceiros - geralmente, depois que elas são tomadas.
Quem perdeu o foco: ele trabalha até tarde da noite, leva trabalho para casa nos finais de semana, deixa de sair de férias para cumprir prazos. Mas, em vez de ser elogiado, é recebido com frieza pelo gestor. Pode ser um sinal de que todo esse trabalho não é valorizado pela companhia por um motivo simples: ela espera outra coisa, e o executivo perdeu de vista o foco da empresa.
Portanto, cuidado. Porque se o fantasma chegar, pode ter certeza que ele ficará "encostado" em você por um bom tempo.
Bibliografia:
Portal Exame, publicado em 26 de janeiro de 2009
Em nossa cultura "estar desempregado" simboliza estar à margem da sociedade, ser improdutivo, é motivo de vergonha entre os familiares.
Infelizmente em tempos de crise, o fantasma do desemprego ganha força ao assombrar um número cada vez maior de trabalhadores.
Depois que ele transforma sua empresa num lugar mal assombrado não há o que fazer. Portanto, o ideal é impedir que as almas penadas encarnem em você.
Abaixo está uma lista dos principais candidatos a ter seu próprio Gasparzinho:
Aqueles que não cumprem as metas: mesmo que a situação de uma empresa se deteriore rapidamente, e uma lista de cortes seja montada às pressas, os gestores já sabem, em linhas gerais, quem são os mais cotados à demissão.
Aqueles que cumprem a meta, mas com um alto custo: em tempos de competição extrema, a máxima de toda empresa é fazer cada vez mais, com cada vez menos. Isso quer dizer que os gestores têm de ser eficientes.
Os negativistas: em meio à crise, não há nada mais irritante do que alguém do "não", segundo os especialistas - aquele gestor resistente a mudanças; aquele que diz que não é possível fazer o que precisa ser feito. A postura negativista é um passaporte para fora da equipe.
Os defasados: o trainee tem metade da sua idade, ganha a metade de seu salário e tem o dobro de qualificação, incluindo fluência em idiomas e cursos de especialização em novas áreas de negócios que você nunca considerou seriamente? Cuidado: você está com um pé para fora da empresa.
Quem está perdendo influência: a pessoa deixa pouco a pouco de ser convidada para reuniões - estratégicas ou cotidianas. Vê seu orçamento minguar e seus projetos passarem para outros gestores. Sua equipe começa a flertar com outros departamentos.
Quem começa a saber das coisas por último: outro ponto crucial é que o executivo, cada vez mais na geladeira, começa a saber das decisões importantes por terceiros - geralmente, depois que elas são tomadas.
Quem perdeu o foco: ele trabalha até tarde da noite, leva trabalho para casa nos finais de semana, deixa de sair de férias para cumprir prazos. Mas, em vez de ser elogiado, é recebido com frieza pelo gestor. Pode ser um sinal de que todo esse trabalho não é valorizado pela companhia por um motivo simples: ela espera outra coisa, e o executivo perdeu de vista o foco da empresa.
Portanto, cuidado. Porque se o fantasma chegar, pode ter certeza que ele ficará "encostado" em você por um bom tempo.
Bibliografia:
Portal Exame, publicado em 26 de janeiro de 2009