CHICO-EMMANUEL: ALÉM DA FÍSICA (parte 3-final) 

Assim, a nova Física de que estou tratando, baseada em curtas proposições filosóficas de Francisco Cândido Xavier e Emmanuel, antecipa o futuro de nossas inteligências em planos mais altos e, portanto, bem próximos ou já inseridos no Absoluto e no Eterno como figuras máximas universais. 

Argüirão alguns, mais acomodados, que tal disciplina promove uma destruição de nossas mais sólidas crenças e mais rotineiras percepções; mas se responderia, à luz da justa razão, que tal só se dá para construir mais, quando, em processo cíclico e incessante, só se morre para renascer reconstruindo um edifício que se melhora, se aperfeiçoa, conquanto nosso apego ao relativo e ao transitório de nossa humílima, porém, tão soberba condição. 

O Tempo, já se sabe, ou sempre se soube ser uma dimensão puramente abstrata, inexistente e não-real; porém, não se contava que também o Espaço poderia vir a sofrer tão fortes abalos, permitindo rachaduras e um desmoronamento completo, vindo abaixo nossas ideações. Imaginava-se que o Espaço, tal como imensurável objeto geométrico, poderia assim se mostrar pela matematicidade simples e composta por três dimensões a partir de três linhas assim consignadas: 

AB = X1;

BC = X2; e

CD = X3. 

Onde tínhamos: 

Do ponto A até B = Linha X1; constituindo uma linha horizontal, ou seja: a uma dimensão; 

Do ponto B até C = Linha X2; que num ângulo de 90 graus estão a formar uma superfície plana bidimensional; e

 

Do ponto C até D = Linha X3; que partindo de C e formando um ângulo de 90 graus, entretanto, percorre uma linha vertical formando uma figura geométrica cúbica que, de tal ponto, se estenderia ao infinito constituindo o que poderíamos conceber e imaginar como o sendo o Espaço Tridimensional Euclidiano de nossas considerações mais rotineiras, e, portanto, tão fundamentais e fundantes de nossa realidade, nossa concepção de mundo, de universo físico e astronômico entranhado em nossa psicologia habitual.

 

E, então, se considerarmos as três linhas acima propostas como sendo de medidas iguais, obter-se-ia:

 

[( X1 = X2 = X3 = x )]

 

E, portanto, nosso “Espaço Humano” - (Eh) - se consideraria como “x” ao cubo, ou seja, “x” elevado à terceira potência:

 

                  3    

[( Eh ) = ( x  )]  

 

                        3         3

Ou então: [ ( x  ) = ( x  )]

 

Todavia, estivéramos convictos de que tal “Espaço Humano” (Eh) era equivalente (=) a qualquer espaço, e, até mesmo ao “Espaço Divino” (Ed), se tal fosse suscetível de Espaço. Esta nova Física, entrementes, mudara nossas perspectivas elevando-nos ao infinito onde o Absoluto de Deus se manifesta na Eternidade, porém, não subordinado ao relativo terrenal, e, mais ainda, nos impondo um ineditismo que faz desmoronar nossas mais firmes convicções, forçando a Dimensão Volume (x ao cubo) em direção à Dimensão Superfície (x ao quadrado), que, por sua vez, se contrai à Dimensão Linha (x), que, se contraindo ainda mais (Linha AB), se reduz a um pequeno Ponto (A), antes de anular-se de vez. E o Espaço Humano reduziu-se a um simples ponto (A):

 

[( Eh ) = ( A )] 

 

Entretanto, nem tudo está perdido. Desde Euclides a Newton, e desde Newton ao gênio de Albert Einstein, muito acumulamos de conhecimentos, de vitórias do saber sobre a obscuridade, e agora não se pode ver tudo desabar. Na concepção espírita, todavia, já vimos que só se derruba para levantar, para construir e edificar mais ampliando nossas mentes ao Inconcebível, porém hoje, de alguma compreensão, de alguma luz, esta mesma da qual me faço secundário portador, e que só se verificará na prática de nossas vidas cotidianas, de forma lenta e gradativa, de sorte a que, no curso de infindáveis milênios, possamos nos adaptar gradualmente às novas e altaneiras concepções.

 

Mas, para concluir, digo ainda que aquele Ponto (A), do Espaço Humano, se transmuda a zero, equacionando:

 

[( A ) = ( A )]; onde calculando, encontramos:

 

[( A – A ) = ( 0 )]; e calculando novamente:

 

[ ( 0 ) = ( 0 )]

 

Mas vejam que qualquer número ou QUALQUER COISA que, no primeiro membro, ou, no segundo, multiplicarmos por zero, permanecerá a equivalência de que zero é igual a zero. Ora, qualquer coisa não deixa de ser alguma coisa, e, não seria tal, por exemplo: a VONTADE DE DEUS se manifestando no sentido de se mudar, evolutivamente, nossas concepções? E, se assim for, a Mente de Deus no Infinito, ausente de Espaço Tridimensional, vai laborar naquele equacionamento ( 0 = 0 ) fazendo o seu retorno ascendente ao Ponto ( A = A ), mas não nesta sua forma anterior, obsoleta e ultrapassada, e sim como Ponto (A’ = A’) de uma sua nova conceituação, mais alta, mais bela, e que, pouco a pouco vai construindo novos paradigmas, cujos modelos vão se aproximando do Absoluto Universal. E, veremos:

[( 0 ) = ( 0 )] ; onde laborando, se avança e sobe para:

 

[( A’ – A’ ) = ( 0 )] ; e subindo mais, teremos:

 

[( A’ ) = ( A’ )] ; e assim por diante, ascensionalmente.

 

E tudo, reafirmo, vagarosamente, no curso de milênios e milênios, destruindo e reconstruindo, até que a objetividade do Espaço Humano se identifique com a não-objetividade do Plano Divino, mudando radicalmente as nossas idéias, no passo a passo cíclico da inexorável evolução.

 

Assim, creio poder ampliar a assertiva constante na parte primeira deste, onde agora, e, se eu não for condenado como herético pelos cânones mais rígidos da Ciência, postulo haver, pois, quatro Modelos de tal disciplina científica:

 

-Física Clássica de Isaac Newton;

-Física Relativística de Albert Einstein;

-Física Quântica de grandes estudiosos contemporâneos; e

-Física Transcendente: de Chico-Emmanuel, que exclui o Espaço, o Tempo, bem como Velocidades, passando-nos a idéia da Instantaneidade Presencial do Espírito Celeste em qualquer parte do Universo, parecendo-me, tal faculdade, sobrepujar os fenômenos comuns da telepatia. Nos Planos Mais Altos da Espiritualidade: o Pensar, associado (=c=) ao Desejar, parece equivaler-se ao Estar; cuja fórmula seria:

 

 [ Pensar (=c=) Desejar ] = [ (Estar) ]

 

Noutros termos: “Se Eu Penso, se Eu Desejo: Eu Estou”. Facultando ao Espírito uma espécie de Ubiqüidade Divina, pois que se Unifica Plenamente Com Deus. E, então, questiono:

 

Onde está o Espaço?

 

(final).

 

Nota: Física Transcendente são expressões de minha inteira responsabilidade, não decorrendo, pois, de Chico-Emmanuel.

 

Articulista: Fernando Rosemberg Patrocínio

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