RESUMO

A presente pesquisa não pretende ser uma versão definitiva, mas cristaliza um texto imediatamente acessível e, ao mesmo tempo, capaz de suscitar interesse pela obra original. Pretende-se pontuar algumas questões acerca das idéias econômicas e trabalhistas de Karl Marx e Friedrich Engels e seus desdobramentos no campo social, a partir do texto principal: Manifesto do Partido Comunista de 1847, texto fundador do marxismo. A idéia de que o poder só pode ser atingido pela derrubada do Estado burguês e pela união dos proletários de todos os países.

 Palavras-chaves: Manifesto Comunista; Karl Marx; Engels.

 INTRODUÇÃO

 Nessa investigação vincula-se à discussão sobre a constituição do espectro do comunismo do Manifesto de 1847, cujos autores foram os filósofos: Karl Marx e Friedrich Engels e apontaram o caminho de luta, conquista e libertação para a classe trabalhadora.

Entretanto, é preciso entender que o projeto de uma nova ordem econômica e social que substitua a velha ordem capitalista não é apenas um desejo ou um sonho. É, sobretudo, uma necessidade, pois, sem ela o fim do capitalismo representará o fim da própria vida.

 Sob esse prisma, partindo do entendimento de que a concepção materialista da história humana inaugurada por Marx assegura como premissa primeira “a existência de indivíduos humanos vivos”, ou seja, a existência de indivíduos que produzem os seus meios de vida, distintos de outros animais, e que, a partir das condições encontradas na natureza, modificam-na através de suas ações ao longo da História, produzindo a base material de sua existência através do trabalho.

A esse respeito, é válido registrar que é o trabalho a atividade que garante a continuidade da existência dos homens, pois funda o ser social ao mesmo tempo em que surgiu com este. Pronunciar que o trabalho é categoria fundante da sociabilidade humana é afirmar que a relação entre homem e natureza constitui-se como inseparável, sendo que esta é adaptada àquele.

Dessa forma, pelo trabalho, ele (o homem) tornou-se o único ser na natureza capaz de construir sua própria realidade, transformando-se em cada processo de objetivação. O trabalho constitui-se, assim, na atividade originária da existência dos homens enquanto seres capazes de estabelecer relações entre si e com a natureza.

Nessa perspectiva, o legado Manifesto do Partido Comunista de 1847 ensina que já é tempo de os comunistas exporem abertamente, perante o mundo todo, e se contraporem sobre o espectro do comunismo um manifesto do próprio partido, com objetivos próprios, suas tendências, sua maneira de pensar.

Portanto, com esse objetivo, os comunistas das mais diversas nacionalidades reuniram-se em Londres e esboçaram o Manifesto, que foi publicado em idioma inglês, francês, alemão, italiano, flamengo e dinamarquês.

Entretanto, o legado de caráter social aborda em si a história da luta de classes sociais antagônicas, onde opressor e oprimido, proletários e burgueses, trabalhadores e patrões se opõem constantemente numa transformação revolucionária culminando com ruína das classes em disputa.

É importante ressaltar que, o fio condutor que atravessa o “Manifesto” é a estruturação social de toda época histórica a produção econômica da sociedade, vinculando-se diretamente com seu desenvolvimento social e político.

Tudo isso se dá num contexto onde os comunistas se recusam a dissimular suas visões e intenções contra a classe da burguesia, trabalham em toda parte pela união e pelo entendimento dos partidos democráticos de todos os países, por fim, declaram abertamente que os objetivos da classe operária só serão alcançados pela queda violenta de toda ordem social vigente. Com a derrubada das classes dominantes, os proletários nada têm a perder senão as suas cadeias. Os trabalhadores têm o mundo a ganhar com a revolução, pois, segundo Marx e Engels a exclusividade entre os proletários conscientes, é de que visam a abolição da propriedade privada.

Vale ressaltar que o comunismo não visa a privação do poder de apropriação dos produtos sociais; apenas indica a eliminação do poder de subjugar o trabalho alheio por meio dessa apropriação. Com o desenvolvimento do socialismo a divisão em classes sociais desapareceria e o poder público perderia seu caráter opressor, enfim seria instaurada uma sociedade comunista.

 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 As reflexões tecidas nessa investigação acerca da política e organização social vêm lembrar que o Manifesto do Partido Comunista fez a humanidade caminhar somada a análise do documento num avanço político do desenvolvimento da sociedade.

 Essas manifestações nascidas do seio social, embora atravessadas por uma compreensão que não ultrapassa o senso comum, denunciam, de forma particular, a barbárie vivida na contemporaneidade e os avanços de uma classe organizada e conscientizada de seu papel social.

Por fim, o Manifesto do Partido do Comunistas em suas principais idéias, destaca-se na questão da propriedade privada e motivando a união entre os operários. Acentua a união dos trabalhadores além fronteiras, como manifestado na célebre frase: “Proletários de todo o mundo, uni-vos!”

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ENGERLS, F. MARX, K. O Manifesto do Partido Comunista. Tradução de Pietro Nassetti; 2ª Edição. Editora: Martin Claret; São Paulo, 2010.