ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO AO CLIENTE EM UNIDADE TERAPIA INTENSIVA EM USO DO CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA (CCIP): Discutindo os Cuidados na Prevenção de Complicações
ResuMO
O presente artigo discute e analisar a atuação do enfermeiro na inserção, manutenção e remoção do Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP) em clientes adultos, tempo de permanência deste cateter, período de internação e terapia utilizada e suas complicações. Diante da problemática, tornou se o objetivo do estudo avaliar a atuação do enfermeiro na inserção do Cateter Central de Inserção Periférica (PICC) em clientes adultos em períodos prolongados de internação, tempo de tratamento terapêutico.Trata se de uma pesquisa bibliográfica do tipo descritiva com abordagem qualitativa, que inicialmente selecionou evidências para embasar cientificamente a prática de inserção do Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP) em clientes adultos de uma Unidade de Terapia Intensiva. Como resposta foi constatado que na prática o uso do PICC em clientes adulto em UTI ainda não é uma prática comumente como em UTI neonatal, e com isso a necessidade de enfermeiros aptos à prática do dispositivo tipo PICC. Considerando a abordagem reduzida sobre a assistência do enfermeiro no cuidado ao cliente com o Cateter Central de Inserção Periférica (PICC), recomenda-se a realização de novos estudos nesta temática. Palavras-Chave: Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP); assistência; enfermeiro; unidade de terapia intensiva.
abstract
This article discusses and analyze the work of nurses in the insertion, maintenance and removal of Inserted Central Catheter Peripheral (CCIP) in adult clients, this catheter time, hospital stay and therapy used and its complications. Regarding the problem, has become the goal of the study was to evaluate the work of nurses in the insertion of Inserted Central Catheter Peripheral (PICC) in adult clients in extended periods of hospitalization, terapêutico.Trata treatment time is a literature research with descriptive qualitative approach, which initially selected evidence to scientifically support the practice of inserting the insertion of Central Peripheral Catheter (PICC) in adult customers in a intensive care unit. In response it was found that in practice the use of PICC in adult clients in the ICU is not a practice commonly as in neonatal ICU, and with it the need for nurses eligible to practice PICC type device. Considering the reduced approach to nursing care in customer care with Inserted Central Catheter Peripheral (PICC), it is recommended to carry out further studies on this topic.
Keywords: Peripherally Inserted Central Catheters (PICC); assistance; nurse; intensive care unit.
2 Assistência do enfermeiro ao cliente em unidade de terapia intensiva em uso do cateter central de inserção periférica (PICC): Discutindo os Cuidados na prevenção de complicações. INTRODUÇÃO
O presente artigo discute e analisa a atuação do enfermeiro na inserção, manutenção e remoção
do Cateter Central de Inserção Periférica (CCIP) em clientes adultos, tempo de permanência deste cateter,
período de internação e terapia utilizada e suas complicações. O interesse pelo tema surgiu a partir da
vivência em unidades hospitalares, cuja as necessidades terapêuticas prolongadas em ambulatório e
domiciliar, reduzindo complicações e risco de infecção, observamos que seria necessário a implantação
de um dispositivo de uso prolongado, afim de evitar as várias punções venosas periféricas.
No Brasil a atuação do enfermeiro na inserção, manutenção e remoção do CCIP, pois o
procedimento de alta complexidade e exige conhecimentos específicos e através da resolução 258/2001
do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), reconhece a implantação do PICC, como competência do
enfermeiro, desde que, tenha recebido formação, através dos cursos de treinamento e capacitação.
A tecnologia do CCIP garante maior confiabilidade do acesso inserção menos ;
traumática riscos diminuídos de flebite, infiltração e extravasamento possibilidade de ; ;
administração de solução vesicantes e ou irritantes e hiperosmolares. (JOHANN, et al
2010 apud SILVA, 2004, p.516)
No entanto, algumas instituições já utilizam e indicam o CCIP por ser confiável e de
longa permanência. De acordo com o procedimento, visamos analisar a inserção, manutenção e
remoção do CCIP, verificar o tempo de permanência do cateter, indicações de remoção e as
complicações que possam resultar em sua remoção.
Segundo Philips, (2010) PICC têm sido usado nas instituições de acordo com a indicação
de um médico e enfermeiro, e por ser um acesso confiável e de longa permanência muito usado
em clientes com a terapia intravenosa prolongada, em tratamento ambulatorial, oncológico e em ;
UTI neonatal.
A competência técnica e legal para o enfermeiro inserir e manipular o PICC encontra se
amparada pela Lei 7498/86 e o seu Decreto 94406/87, no seu artigo oitavo inciso I,
alíneas c, g, h, e inciso II, alíneas b, e, h, i além das Resoluções: COFEN n° 240/2000
(Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem), Cap. III, das disponibilidades, nos
seus artigos 16, 17 e 18, COFEN n° 258/2001 (anexo I) e do parecer técnico COREN RJ
n° 09/2000 (anexo II), foi normalizada a inserção e a manipulação deste dispositivo pelo
profissional enfermeiro. (PORTARIA COREN RJ, N° 484, 2013, p.3).
O CCIP/PICC deve ser instalado por profissionais qualificados e que demonstrem
conhecimento do produto, da técnica, das complicações potenciais, da terapia prescrita e das
recomendações do fabricante.
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Sendo assim, com que frequência é inserido o cateter tipo Cateter Central de Inserção
Periférica (CCIP) em clientes adulto em um período de longa permanência na instituição?
Diante da problemática, tornou se o objetivo do estudo avaliar a atuação do enfermeiro na
inserção do Cateter Central de Inserção Periférica (PICC) em clientes adultos em períodos
prolongados de internação, tempo de tratamento terapêutico.
Avaliar a inserção, manutenção e remoção do (PICC) em clientes adultos de uma
unidade. Qualificar e/ou quantificar o tempo de uso do Cateter Central de Inserção Periférica
(PICC) em clientes de um Hospital do Rio de janeiro. Verificar o tempo de permanência do
cateter, indicações de remoção e as complicações que resultam em sua remoção.
O estudo se justifica pela possibilidade de ampliar a discussão acerca da temática, uma
vez que a cateterização venosa central é opção muito utilizada principalmente em pacientes em
unidade de terapia intensiva. E na tentativa de melhorar a qualidade na assistência prestada ao
cliente em terapia prolongada, tem se utilizado o Cateter Central de Inserção Periférica (PICC).
PICC é um dispositivo intravenoso inserido através de uma veia superficial da
extremidade e que progride por meio de uma agulha introdutora e com a ajuda do fluxo
sanguíneo, até o terço médio distal da veia cava superior ou da veia cava inferior, quando
inserido pela veia safena, adquirindo características de cateter central. Esse dispositivo
possui um ou dois lúmens. Quanto ao calibre, varia de 14 a 24 Gauge ou 1 a 5 French
(Fr). É flexível, radiopaco, de paredes lisas e homogêneas, feito com material bioestável e
biocompatível, como o silicone, poliuretano ou polietileno (JESUS,et. al. 2007 apud,
TOMA, 2014, p.256).
A busca da qualificação pelo profissional enfermeiro se manifesta e justifica se devido as
constantes transformações tecnológicas ocorridas na terapia infusional. Esta qualificação torna se
possível quando o profissional mostra se acessível e desempenhado a compreender estas novas
transformações tecnológicas, fato que possibilita suprir o conhecimento do enfermeiro, tornando
o uma referência segura para o cliente.
Do ponto de vista dos procedimentos técnicos trata se de uma pesquisa bibliográfica,
visto que foi elaborada a partir de material já publicado, constituído por artigos de periódicos e
com material disponibilizado em ambiente (GIL, 1991).
Quanto aos objetivos da pesquisa ainda em Gil (1991) trata se de pesquisa exploratória,
por ser realizada na forma de levantamento de dados observados dentre os artigos selecionados
para o estudo.
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4 Assistência do enfermeiro ao cliente em unidade de terapia intensiva em uso do cateter central de inserção periférica (PICC): Discutindo os Cuidados na prevenção de complicações. A pesquisa bibliográfica trata se do levantamento, seleção e documentação de
toda bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado, em
livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses, dissertações, material
cartográfico, com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com
todo o material já escrito sobre o mesmo. (LAKATOS, 1987, p.66).
Trata se de uma pesquisa bibliográfica do tipo descritiva com abordagem qualitativa, que
inicialmente selecionou evidências para embasar cientificamente a prática de inserção do Cateter Central
de Inserção Periférica (CCIP) em clientes adultos de uma Unidade de Terapia Intensiva. O estudo foi
construído através do levantamento de dados encontrados na literatura já existente. Foram analisados
artigos, no acervo da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases de dados do Sistema Online de Busca
e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da
Saúde (LILACS).
Como critérios de inclusão, foram consultados artigos disponíveis em texto completo em língua
portuguesa com proximidade a temática. O material foi selecionado a partir do que se refere à atuação do
enfermeiro na inserção, manutenção e remoção do Cateter Central de Inserção Periférica ( CCIP ), através
da pré leitura dos artigos encontrados, selecionando inicialmente a partir dos títulos, a fim de buscar o que
mais se aproximava do tema.
Foi realizada uma leitura reflexiva dos conceitos descritos pelos autores nos artigos, na íntegra,
de modo a interpretar o que os autores destacavam como problemas, quais eram suas hipóteses e suas
conclusões acerca do tema.
A) CUIDADOS NA INSERÇÃO SEGUNDO A ANVISA (2013)
Segundo a Anvisa (2013) sobre os cuidados na inserção, temos:
A veia jugular externa também pode ser utilizada para a canulação do PICC, porém ●
esse sítio não é o ideal.
A remoção dos pelos, quando necessária, deve ser realizada com tricotomizador ● elétrico ou tesouras; Usar precauções de barreira máxima que incluam o uso de máscara, gorro, luvas ● estéreis, avental estéril e campo ampliado estéril durante a inserção do PICC; Utilizar luvas estéreis sem pó para prevenir irritações no sítio de inserção e/ou flebite ● química; Para preparação da pele o antisséptico de escolha é o gluconato de clorexidina ● alcoólica 0,5% a 2% ; A degermação previamente à antissepsia da pele é recomendada quando houver ● necessidade de redução da sujidade ;
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Utilizar curativo com gaze estéril nas primeiras 24 horas. Após esse período, substituir ● por MTS; A cobertura com gaze estéril é preferível à cobertura MTS em pacientes com discrasias ● sanguíneas, sangramento local ou para aqueles com sudorese excessiva; Os produtos/materiais utilizados para a estabilização dos cateteres devem ser estéreis● ; Na troca da cobertura atentar para que não haja deslocamento do cateter● ; O tempo de permanência máxima do PICC não é conhecido, podendo ser utilizado por ● períodos prolongados; Deve ser realizado o acompanhamento e a monitorização do sítio de inserção● ; O PICC não deve ser substituído de forma pré-programada.●
(ANVISA, 2013, p.48)
Sendo assim, tão importante quanto à inserção do PICC, é o cuidado especial antes da
inserção:
avaliar o estado clínico do paciente verificar sinais vitais escolher um membro da ; ;
equipe para auxiliar no procedimento propiciar conforto ao paciente posicionar o ; ;
paciente em decúbito dorsal com o membro superior escolhido estendido em um ângulo
de 90º. Além da avaliação clínica do paciente, é importante avaliar capacidade
(habilidade do paciente) familiares em cuidar do cateter tipo PICC, antes da tomada de
decisão para sua utilização a fim de evitar complicações com sua manutenção (ANVISA, 2013, p.46).
Anvisa (2013) acrescenta que,
Recomenda-se adotar o formulário contendo os cinco componentes a fim de avaliar a
adesão a essas práticas e instituir medidas corretivas antes do início do procedimento de
instalação do cateter: higiene das mãos precauções de barreira máxima: higiene das ;
mãos, uso gorro, máscara, avental e luvas estéreis e campos estéreis grandes que
cubram o paciente preparo da pele com gluconato de clorexidina seleção do sítio de ; ;
inserção de CVC: utilização da veia subclávia como sítio preferencial para CVC não
tunelizado revisão diária da necessidade de permanência do CVC, com pronta remoção ;
quando não houver indicação. (ANVISA, 2013, p.45)
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