Fernanda Arruda da Silva
Gisele Aparecida Nardelli
Denise Kruger Moser

Resumo: Atualmente tem se almejado aparência mais atraente, isto independe das características sócio-econômicas do ser humano. Dentre as possíveis mudanças que busca atingir a beleza desejada, a coloração capilar é um dos meios mais procurados. Dentre as colorações capilares disponíveis ao consumidor existem algumas marcas vendidas com apelo de serem mais naturais e não possuírem amônia, conhecidas como tonalizantes. O objetivo desta pesquisa foi comparar o conceito entre alguns autores, sobre a coloração semipermanente, que são definidas como "tonalizantes". Assim, através da análise de rotulagem em algumas marcas disponíveis no mercado cosmético, verificou-se em suas composições qual o agente alcalinizante utilizado e volumagem do oxidante, de acordo com a classificação desta coloração. O estudo teve como metodologia a pesquisa bibliográfica, documental e descritiva. Com tal resultado pode-se observar divergências entre autores consultados; sobre o conceito da coloração semipermanente. Também, pode-se constatar em análise de rotulagem uma similaridade entre os principais componentes alcalinizantes. Não sendo encontrada a nomenclatura "amônia" e sim outro componente com a mesma função, porém com menor grau de agressividade na fibra capilar. Outro aspecto analisado foi o agente oxidante, cuja venda ocorre juntamente com a coloração. Percebeu-se que uma das marcas analisadas utiliza peróxido de hidrogênio a 6% e a 9%, contrapondo o conceito encontrado ? coloração semipermanente deve utilizar agente oxidante de baixa volumagem, ou seja, 3% - 4,5%. Entendeu-se que tanto para o consumidor final quanto para o profissional, o produto utilizado pode gerar dúvidas referentes à sua ação.

Palavras-chaves: Tintura semipermanente. Tonalizantes.


1 INTRODUÇÃO

Nos dias de hoje, a busca pela beleza tem se tornado frequente e independente do gênero, credo, classe social ou raça. A era moderna traz em evidência a busca constante por uma aparência bela e atraente. Observa-se que dentre as formas mais rápidas para promoção da mudança na aparência física individual, as transformações capilares envolvendo ou não processos químicos como: no alisamento, mudança na cor dos cabelos e cortes, sejam por padrões inovadores ou tradicionais, os cabelos são objetos de transformação rápida e com resultados positivos para quem anseia a busca de tais mudanças ou simplesmente a manutenção da aparência desejada. Neste sentido as colorações capilares obtidas por meio de sistemas distintos de ação e reação, são as maiores responsáveis por tais processos de mudança nos cabelos.
Nesta perspectiva, dentre a classificação das colorações encontram-se as denominadas semipermanentes ou tonalizantes, as quais são vendidas ao consumidor final - linha comercial - com o apelo de serem mais naturais e por não possuírem amônia - agente alcalinizante - preconizando serem menos agressivas à fibra capilar. Estes produtos são encontrados igualmente na linha profissional, sendo utilizados e vendidos somente em estabelecimentos que realizam processos capilares, tais como salões de beleza e centros de estética.
Dentro de tal pressuposto existe a dúvida sobre tal tipo de coloração da linha comercial disponibilizada diretamente ao consumidor, se realmente não possui em sua formulação à amônia, pois algumas marcas apresentam como resultado final a mesma ação de uma coloração permanente, principalmente em se tratando de cobertura de cabelos brancos.
Assim, buscou-se possibilidades de análise e diluição da dúvida quando definiu-se o objetivo desta pesquisa, que é comparar o conceito de alguns autores sobre a coloração semipermanente através da análise de rotulagem feita em algumas marcas disponíveis no mercado cosmético, verificando se seus componentes estão de acordo com a classificação deste tipo de coloração com os conceitos existentes.
O estudo se desenvolveu por meio de pesquisa bibliográfica, descritiva e documental onde a avaliação das rotulagens e a comparação dos conceitos entre os autores foi um marco decisivo para o desenvolvimento do mesmo.
Percebe-se que existe carência de materiais com respaldo científico publicados sobre o assunto, e os conceitos apresentados por alguns autores acabam por confundir o leitor quanto da real classificação deste tipo de coloração utilizado largamente pelos consumidores finais.
Este material poderá servir de referência e/ou consulta para outros futuros trabalhos e surgimento de novas teorias embasadas em práticas responsáveis.