O homem do tempo presente vive em um mundo desolado, nutrido pela ingenuidade que lhe é imposta, e que torna impossível e sempre mais distante o alcance da maturidade almejada, uma vez que as esperanças sonhadas para seu futuro próximo acabam por atingir de maneira frustrada seu fim no presente; a flor que almeja seu desabrochar singular pretende alcançar o significado para sua existência, entretanto, não chega a esta etapa de sua história, graças às consequências de uma evolução social presente que lhe trouxe grandes e significativas marcas, e estas, em sua grande maioria, irreversíveis; fala-se de uma evolução tecnológica que revela seu caráter letal, de maneira que os sonhos se tornam cada dia mais impossíveis. A este respeito, a história é real testemunha!

A imagem do prisioneiro de guerra iraquiano, que segura seu filho num abraço, apresenta uma das piores consequências às quais o homem está exposto pela violência: encontra-se perdido, desorientado, desesperado, sem sonhos ou destino. Um homem vendado, preso, capaz de tocar a realidade, mas sem saber do que se trata; sabe que está no mundo, porém, já não sabe mais em qual mundo. Um homem sem dignidade. Este episódio apresenta o processo de animalização ao qual foi exposto. Perder a dignidade é perder a humanidade.

Diante destas considerações e daquilo que a história testemunha, surge a problemática: Até que ponto chegará a violência? O que aconteceu para que o homem chegasse a este ponto: ser vítima de sua criação? Como reverter esta situação? Como parar este processo de morte da dignidade humana? Como mudar esta realidade?