Resumo: Este texto coloca em cena a vida de R. R. se encontra num percurso de conhecimento de si, percurso iniciado conscientemente há mais de 20 anos, atenta ao que o corpo diz. Sua escuta em relação ao corpo não recebe por ela a característica de prevenção, mas quer galgar essa condição. Entende que muito do que não “passa na garganta” fica estampado como sintoma em sua pele. O silêncio expresso pelo que está num lugar sem acesso por ela(garganta), grita na pele, como psoríase. Trata da “inibição de aprendizagem”, ancorada numa trama entre pulsão de morte e pulsão de vida. Encontra na Psicanálise elementos para interpretar a sua história, com base em Freud e mais tarde em Clarissa Pinkola Estés, analista junguiana, através do livro “Mulheres que correm com os lobos: mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem”.

 Palavras-chave: Rejeição. Sintoma. Resiliência.

  OS PRIMEIROS INVERNOS DE R.

Desde muito cedo, ainda em sua vida ultrainterina, R. conheceu a rejeição e, após nascer, conviveu com essa condição. Todas as suas relações – familiar, escolar, outras – foram lugar de rejeição. Durante sua infância se viu só, agarrando-se ao que não a rejeitava: o fundo do quintal.

Foi interpretada pelas pessoas como um ser duro e aprendeu a dizer que era de “pedra”. Aprendeu a escondeu a sua dor, seu choro (quando apanhava de seus pais segurava o choro) e se agarrou a esta compreensão de si mesma para continuar viva.

Sempre se sentiu diferente, sua vó materna lhe dizia que era a “ovelha negra”(como diz Estés, “um feijão preto num balde de ervilhas”) da família; sua irmã (a mais nova 4 anos) dizia que ela havia nascido da “areia quente” e seus pais achavam engraçado. Ela sofreu demasiadamente se sentindo um ser só. Desenvolveu uma certa antipatia, sua aparência um tanto diferente das demais irmãs chamava a atenção, as pessoas comparavam-nas em relação à beleza e inteligência, em ambos aspectos ela era diminuída. Ela fizera de tudo na infância para chamar a atenção, queria ser vista, tudo era em vão. Queria ser outra pessoa, ter outro rosto, outra cor, outro corpo. Sua relação com o espelho se tornara insuportável na adolescência.

Estés(1994, p.218) ao analisar a história do “patinho feio” trata dessa “rejeição à criança diferente”, ela diz:

 Seus irmãos e outros membros da comunidade atacam-no, bicam-no e o atormentam.(...). E o patinho feio sente um aperto no coração, por ser rejeitado por sua própria gente. Isso é terrível, especialmente levando-se em consideração que ele na realidade não fez nada que justificasse esse tratamento a não ser a aparência diferente e agir um pouco diferente dos outros. Para dizer a verdade, temos nesse caso, antes mesmo que a criatura chegue à adolescência, um patinho com um enorme complexo psicológico.

 R. se reconhecia como o patinho feio, chegara a ter aversão a essa história, pois se identificava e acreditava que os outros também a identificaria dessa forma. Só quando chegou a fase adulta que ela viu essa identificação de outra maneira, pela via da análise apresentada em Estés.

Ainda com base no que diz Estés sobre “o patinho feio”, R., ainda na infância, “começa a acreditar que ela é fraca, feia, inaceitável, e que isso continuará a ser verdade não importa o esforço que ela faça para reverter a situação”.

Por não ser considerada bonita(isso tinha um valor muito grande no seio familiar, no seu habitat cultural), nem inteligente(na escola, não conseguia se destacar) R. passou a se esforçar para chamar a atenção da família através dos trabalhos manuais(plantar mandioca, raspar mandioca, catar cacau, dentre outros) ficava competindo com sua irmã mais velha para mostrar que nisso ela era melhor. Quando ia para casa de suas tias e de sua avó paterna fazia questão de arrumar a casa, com muito esmero.

Sintomas, fantasias e realidade.

R. mergulhava em fantasias, lugar onde podia ser amada, desejada, escolhida. Por muitas noites sonhara acordada, desprendia-se da realidade, “recolhendo-se aonde pode gozar”. Não sabia o que podia fazer com o seu corpo(território de tabu), mas alçava voos pelo mundo imaginário.

Hão de notar que nós, os homens, com as elevadas aspirações de nossa cultura e sob a pressão das íntimas repressões, achamos a realidade de todo insatisfatória e por isso mantemos uma vida de fantasia onde nos comprazemos em compensar as deficiências da realidade, engendrando realizações de desejo. (FREUD, 1997, p.55)

 Começou cedo sua atração por meninos; se apaixonou por um colega da 3ª série, ela tinha 08(oito) anos. No recreio só queria ficar perto dele. Quando estava na 5ª série teve outra paixão, que durou muito tempo, como desistiu de estudar neste ano perdeu o contato com ele, só o reencontrando aos 16 anos, no curso de Contabilidade. Essa paixão foi atravessada pela paixão por um primo, e por um professor na sexta série, quando estava com 12 anos.  Viveu durante todo esse tempo a fantasia, ignorou a realidade.

Aos 17 anos se apaixonou por outro, mas antes de se interessar por ele sentiu nojo de si por ter lhe beijado, se sentiu suja, impura. Foi a primeira vez que ficou com alguém. Não demorou e logo estava interessada por outro, com este viveu utopicamente o amor, acreditou que era sua alma gêmea. Anos mais tarde este homem a procurou para saber o que realmente ela sentiu por ele. Mas ela não soube lidar com isso, e desconfiou, foi para o lugar da rejeição novamente. Enfim, suas relações eram marcadas pela desconfiança, pela convicção de que ela não era digna de ser amada, por um dia ter sido “o patinho feio”.

Aos 13 anos ficou doente, sua pele ficou cheia de manchas avermelhadas com uma escamação esbranquiçada. Até receber o diagnóstico correto da doença passou por algumas situações de risco, o primeiro médico disse que se tratava de alergia e receitou 03 injeções de corticoide, com isso ela começou a inchar, e a sua aparência ficou ainda mais comprometida. Em plena adolescência, inchada, com uma autoestima muito baixa. Só depois de algum tempo foi diagnosticada a psoríase, precisou conviver com a psoríase(sintoma). As marcas na sua pele fizeram desejar a morte, se sentia diferente. Quando ainda não compreendia o que era a doença achou que estava com câncer na pele e viveu nesse período um maior isolamento social.

Apaixonava-se, se envolvia profundamente, mas sempre achou que não era digna de ser amada, o sentimento de inferioridade era brutal, se sentia esquisita, uma pessoa indesejável; com a psoríase esses sentimentos foram potencializados, fortalecendo ainda mais o isolamento de si.

Essa reação ao isolamento é a do tipo “procura do amor em todos os lugares errados”. Quando a mulher se volta para um comportamento repetitivamente compulsivo – reencenando um comportamento frustrante, que provoca a decadência em vez de uma vitalidade permanente – com o objetivo de abrandar seu isolamento, ela na realidade está causando mal ainda maior porque a ferida original não está sendo tratada e a cada incursão ela ganha novas feridas. (ESTÉS, p.230)

R. não sabia a razão de ser o que era, mas tinha a ciência de não gostar de si como era. Ficava se perguntando por que ficou doente, por que sua pele adoeceu, mas não encontrava respostas. Só sentia. “Onde existe um sintoma existe também uma amnésia, uma lacuna da memória, cujo preenchimento suprime as condições que conduzem à produção do sintoma”(FREUD, IN: cinco Lições de Psicanálise, p. 21). R. sentia a existência dessa “lacuna da memória”, e queria preenchê-la, mas por mais que tentasse não conseguia sozinha.

 

Inibição de aprendizagem, transferências e Resiliência(?): R. no caminho da cura.

 É preciso aprender a viver. Meu maior obstáculo é eu não saber quem sou. Vivo tropeçando às cegas. Se alguém me amar do jeito que eu sou, talvez eu finalmente me arrisque a olhar para mim mesma. Para mim essa possibilidade é bastante remota[1].

 Sofreu, sofreu demasiadamente e olhou um dia para a vida que tinha com interesse de se encontrar, de ser outra. Encarou-se no espelho e encontrou um cisne, tímido, desapoderado, mas Cisne, “o patinho feio a princípio não se reconheceu porque era exatamente igual aos belos estranhos, igual àqueles que ele havia admirado de longe”. (ESTÉS, p.216)

Foi aos 15 anos de idade, após tanta imersão, que “escolheu” a escola como o “lugar”, como o lugar para mudar; foi rápido, inédito, sem planejar, de maneira inconsciente, que R. olhou para sua professora de matemática (no primeiro contato com ela) e disse: “é ela!”. Depois disso ela ficou diferente, pela primeira vez ela se viu consciente, ela desejou e conseguiu o que desejou. Ecoou no outro o seu desejo, ainda hoje ela olha para esse tempo e sente prazer. R. queria provar para si e para os outros que era inteligente. Neste momento parece que ocorreu uma transferência:

A relação pedagógica entre um que detém o saber – o professor e o outro que quer saber – o aluno, reproduz a relação originária que é a própria relação de sedução: o aluno atualiza conflitos edipianos na sala de aula, onde a autoridade cindida do professor personifica o conhecimento, ocupando o lugar superegóico da lei e da ordem – da onipotência das figuras parentais introjetadas.(ORNELLAS, 2006, p.134)

 Freud chega a afirmar que a relação transferencial está presente também na relação professor-aluno. Para ele trata-se de um fenômeno que permeia qualquer relação humana. É isso o que nos autoriza a substituir a expressão “relação analista – paciente” pela expressa “relação professor-aluno” (KUPFER, 2001, p. 88 apud ORNELLAS, 2006, p.135).

 Para R. foi um tempo bonito, de redescoberta de si, sentiu-se inteligente. Ouviu dessa professora: “esta é R., minha aluna nº1”, brincava dizendo “minha brahma”. R. sentia muito prazer ao ouvir isso e como isso mudou sua vida. Simbolizaria este momento a resiliência?

não se “adquire” naturalmente a condição resiliente. Ela dependeria do processo de interação da criança com outros seres humanos, da criação de um vínculo afetivo através do estabelecimento de uma relação primordial, primária e dinâmica, continente-contido, entre a mãe e o bebê, evoluindo para uma abertura rumo a triangulação, pai-mãe-bebê, responsáveis pelos alicerces da construção do sistema psíquico do homem, pelo processo de humanização, ou seja, pelo nascimento da sua identidade e capacidade de sonhar, fantasiar, simbolizar. (HAUDENSCHILD, et al, 2006, p.1):

 A “inibição de aprendizagem” de R. se desfez naquele momento, entretanto, em alguns momentos ela ainda sente medo da reprovação. A maneira como R. se relaciona agora com a vida parece muito com a interpretação dada por Bores Cyrulnik (apud HAUDENSCHILD, et al, 2006 p.17):

para curar o primeiro golpe é preciso que o meu corpo e minha memória consiga fazer um certo trabalho de cicatrização. E, para atenuar o sofrimento do segundo golpe, é preciso mudar minha idéia do que me aconteceu, é preciso que eu consiga reelaborar a representação de minha desgraça e sua encenação, (...). Mas o que o “Patinho Feio” levará muito tempo para compreender é que a cicatriz nunca é segura. É uma fenda no desenvolvimento de sua personalidade, um ponto fraco que pode sempre se declarar sob os golpes do destino. Esta rachadura obriga o “Patinho” a trabalhar incessantemente sua metamorfose interminável. Então poderá levar uma vida de cisne, bela, porém frágil, porque nunca poderá esquecer seu passado de patinho feio. Mas ao se tornar cisne, poderá pensar nele de maneira suportável.

 Tornou-se professora de Matemática, fez o curso de pedagogia. Ainda no curso de pedagogia se sentiu motivada a fazer Psicopedagogia, já que o objeto de estudo é a “dificuldade de aprendizagem”. Fez psicopedagogia e no decorrer do curso se viu refletindo sobre sua história de vida. E se viu mergulhar em si, na procura de si, na busca de compreender a psoríase. Iniciou a terapia, mas não conseguiu sustentar, foi e voltou algumas vezes. Se autodenominou resiliente por ter conseguido “saltar por cima” da sua condição existencial, caminhar para frente, sem perder de vista o que deixara para trás, mas superando a ideia de vitimização.

Entre sessões de terapia e autorreflexões, R. sentiu a necessidade de perguntar a sua mãe como foi sua vida ultrainterina. Por sua mãe sentia amódio[2], algumas vezes, até a repudiava. Sua mãe lhe disse que ela pensou em aborto; seu pai a rejeitou por achar que ela era fruto de uma traição. E o que fazer com isso? Para R. era a confirmação do que suspeitava, do que sentiu com a sua pele durante toda sua vida: rejeição.

Do pai ela já sabia que tinha sido rejeitada, soube disso numa discussão entre seus pais. Sua mãe culpou seu pai pela sua doença, a psoríase. Na época sentiu muita raiva dos dois. Com o passar dos anos entendeu que não deve ter sido fácil para ele; muito menos para ela, já que ela estava fadada a carregar um indesejo.

O parto foi difícil, R. ouviu várias vezes que ela havia “acabado” com a sua mãe. Seu pai levou cerca de três dias para registrá-la como filha. Foi importante para R. entender que seus pais também tinham uma história, e como ela bem conhece, uma história marcada também pela rejeição(a mãe do pai e o pai da mãe). A mãe da mãe de R., sua avó, viveu o drama da mulher abandonada, tendo uma filha para criar num tempo onde isso era visto como uma aberração. Ela fugiu da realidade, dizia que o pai de sua filha havia morrido, que era viúva, mas a história era outra, seu marido já era casado e a deixou ainda grávida, conta sua avó materna que ele havia enlouquecido. “Às vezes, a mãe frágil é, ela mesma, um cisne criado no meio dos patos. Ela não conseguiu descobrir sua identidade verdadeira cedo o suficiente para ajudar sua prole”.

A criança freudiana, e portanto um sujeito que está sujeito a um inconsciente, não pode ser pensada como alguém cuja construção se inicia com o nascimento: do ponto de vista da constituição daquele sujeito, sua história começa bem antes, com seus avós, e o que se passou com eles em sua constituição subjetiva inconsciente marcará também aquele sujeito, que já encontra ao nascer uma trama estendida sob ele. (KUPFER, 2000, p. 37)

 Ainda muito cedo ficara doente, por volta dos dois anos de idade, o médico disse que não tinha jeito. Por chorar compulsivamente e derrubar os objetos que estavam sobre sua mesa, foi medicada com “gardenal”. O médico informava ali a seus pais que possivelmente sua filha havia enlouquecido. Nesse período seu pai fez uma promessa para São Cosme e São Damião e ela foi curada. “Por que ele fez isso?”

A vida se passou sem muitas demonstrações de afeto por parte de seus pais, percebia a forma diferenciada de lidar com suas irmãs. Ela se sentia desprotegida. Foi na escola que R. atingiu seus pais, afinal eles tinham a crença que “o estudo era o bem que eles podiam deixar”. Na 5ª série começou a tirar muitas notas vermelhas, seus pais não aceitavam isso. Por seu pai ser agricultor, viver na roça, perguntou se ela queria continuar estudando ou criar porcos, e ela disse que preferia criar porcos, mas os porcos não apareceram. No ano seguinte foi reprovada e no terceiro ano de 5ª série ela foi aprovada, depois da recuperação de uma disciplina.

Compreendia com mais clareza o que representava a Psoríase; na pele estava o limite entre ela e o mundo exterior, a pele demarcava essa divisória, nela o registro simbolizando as fraturas causadas pela rejeição, as fissuras e ao mesmo tempo a sinalização de que ela precisava cavar mais fundo, ir para um território desconhecido. A psoríase, um sintoma de agressão, de proteção?  “Parece, com efeito, que a geração da angústia é o que surgiu primeiro, e a formação dos sintomas, o que veio depois, como se os sintomas fossem criados a fim de evitar a irrupção do estado de angústia” (FREUD, 1980, p. 106). Apaziguar o sintoma. Agradecer à psoríare(como foi proposto na terapia), inicialmente tarefa impossível, passa a ser visto como uma possibilidade.

DEPOIS DO INVERNO, A PRIMAVERA.

Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar
Uma nova canção
Que venha nos trazer
Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender.

                                                       (Beto Guedes)

R. nasceu em julho, em pleno inverno, sentiu muito frio. Durante muitos anos R. só conheceu o inverno, esteve escondida do sol. Só quando tivera a coragem de se expor, de enveredar por desconhecidas estações R. entendeu que depois de cada inverno sempre vem a primavera, e aprendeu a sentir o frio de outra forma, não mais como seu destino, mas como uma estação.

Quando abriu as janelas do seu peito, entendeu que a vida da gente é feita de muitos retalhos, alguns retalhos soltos não lhe agradariam, talvez não agradariam a ninguém, mas ao se juntar a tantos outros retalhos atraem o olhar, o desejo do seu olhar. Ao se lançar à escrita de si teve medo, sentiu mais uma vez dores que já não dava importância, derramou muitas lágrimas; mas tomou coragem, se desafiou, sentiu alívio, e ao finalizar sentiu alegria. Sabia que a lição que ela sabia de cor, já há algum tempo ficara aprisionada na sua falta de tempo para si. E criou esse tempo para si, para aprender outra vez o que ela é.

Refletiu e disse de si pensando sobre as lições que a Psicanálise pode ensinar à Educação, às pessoas adultas na relação com os outros(crianças, adolescentes, adultos). Compreende que “assim como o planeta gira em torno de um corpo central enquanto roda em torno do seu próprio eixo, assim também o indivíduo humano participa do curso do desenvolvimento da humanidade, ao mesmo tempo em que persegue o seu próprio caminho da vida”. (FREUD, 1976, p.163 apud ORNELLAS, 2006, p.131). Esta é, a seu ver, a primeira lição que a Educação precisa aprender com a Psicanálise: ver o indivíduo que ao participar do “curso do desenvolvimento da humanidade” persegue “o seu próprio caminho da vida”.

REFERÊNCIAS

ESTÉS, Clarissa Pinkola. Mulheres que Correm os Lobos: Mitos e Histórias do Arquétipo da Mulher Selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

FREUD, Sigmund. Cinco Lições de Psicanálise. Contribuições à Psicologia do Amor. Rio de janeiro: Imago, 1997.

AUDENSCHILD, Teresa R. L. et al. Trauma e Resiliência no Processo Analítico. Esboço do trabalho para o 44º Congresso da IPA. Rio de Janeiro, julho de 2005.

KUPFER, MARIA CRISTlNA MACHADO. Educação para o Futuro: Psicanálise e Educação. São Paulo: Escuta, 2000.

ORNELLAS, Maria de Lourdes S.. Afetos Manifestos em Sala de Aula. Educere et Educare. Vol. 1 nº 2 jul./dez. 2006 p. 119-140. IN: e-revista.unioeste.br/index.php/educereeteducare/article/.../260/189, ACESSO: 10 DE ABRIL.

ORNELLAS, Maria de Lourdes S. O Silêncio Escuta o Eco na Pesquisa Biográfica: Uma Leitura Psicanalista. In: SOUZA, E. C. Educação e Ruralidades: memórias e narrativas (auto)biográficas. Salvador: EDUFBA, 2012


[1] Retirado do filme “Sonata de Outono”

[2] Enamoramento feito de amor e ódio. “(eu gostaria de escrever hoje o afeto como henamoration, uma enamoração feita de ódio(haine) e de amor)” (LACAN, 1978, P.122, apud ORNELLAS, 2012, p. 428).