A QUALIDADE E A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS DO IDOSO: NO CONTEXTO ASILAR E FAMILIAR
Publicado em 30 de agosto de 2011 por Camila Mesquita de Assis
A QUALIDADE E A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS DO IDOSO: NO CONTEXTO ASILAR E FAMILIAR
QUALITY AND IMPORTANCE OF INTERPERSONAL RELATIONS THE ELDERLY: THE ASYLUM AND FAMILY BACKGROUND
Aline Cristina Saltori Franco
Camila Mesquita de Assis1
Gabriela de Oliveira Geneiro1
Thaís Ferreira Silva1
Orientadora: Ana Paula Barbosa
RESUMO
Este estudo teve como objetivo conhecer quais os principais fatores que conduzem ao idoso a procurar ou ser instalado pela família em uma Instituição de Longa Permanência e como é sua adaptação a este ambiente. Utilizou-se para coleta de dados as técnicas de história de vida, a relação interpessoal do idoso no contexto asilar e familiar e a observação não participante. O período de coleta foi de maio a junho de 2011. Foram entrevistados seis funcionários do Lar. A análise dos dados foi realizada pela técnica de análise do discurso.
Palavras-chave: Relação Interpessoal. Idoso.
RESUME
This study aimed to identify the principal factors leading to the elderly to seek or be installed by the family in a long-term institution and how is their adaptation to this environment. It was used for data collection techniques of life history, interpersonal relationships in the context of the elderly and family asylum and non-participant observation. The collection period was from May to June 2011. We interviewed six employees of Home. Data analysis was performed using the technique of discourse analysis.
Keywords: Interpersonal Relationship. Elderly.
1 Alunos do segundo ano N do curso de Psicologia da Universidade de Franca (SP).
2 Professora Orientadora do Projeto. Psicóloga. Especialista em Didática. Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (SP). Doutora em Serviço Social pela UNESP/Franca (SP).
INTRODUÇÃO
O presente trabalho surgiu a partir de uma solicitação bimestral do curso de Psicologia da Universidade de Franca. Foi um trabalho de muita observação, sem nenhuma intervenção mais aprofundada. Buscou enfatizar as relações dos idosos entre eles mesmos, com os funcionários, voluntários e família. Por motivos de preservação, não foi aplicado diretamente nenhum tipo de questionário ou entrevista com os idosos, mas através de um questionamento com os funcionários, foi possível uma melhor compreensão das atividades realizadas por cada morador da casa, da relação de companheirismo, do que mais gostam e se interessam em fazer, entre outras questões.
Uma experiência que permitiu um conhecimento real do contexto asilar, que em muitas conversas do senso comum é tido como um lugar de "descarrego". Além do mais, ter um referencial concreto de como é a convivência do idoso com a própria família, com funcionários e voluntários do local.
O idoso encontrado, ao contrário do que se pensa, é uma pessoa de muita experiência de vida, amigável, brincalhona, interessada e inteligente. Com ele nos foi permitido uma troca de conhecimentos que jamais serão encontrados em livros. Cada palavra, cada sorriso, cada abraço foi e é uma demonstração de que continuam vivos e cheios de amor para dar ao próximo.
Durante o período de convivência o próprio idoso nos permitiu observar o quão importante é o outro na vida do dele. Mesmo se tornando um ser tão isolado por motivos diversos, o outro possui um papel primordial na vida do idoso, papel de ouvir, pois depois de anos vividos, o que eles mais possuem são histórias e causos, principalmente que envolvam família, religião e passado. O idoso, ao contrário do que muito se diz, não é um ser sem serventia. Alguém careta e "gagá". O idoso, de acordo com Zimerman (2000, p. 20) e com o que pode ser notado é:
... É uma mais: tem mais experiências, mais vivências, mais anos de vida, mais doenças crônicas, mais perdas, sofre mais preconceitos e tema mais tempo disponível. No momento em que utiliza mais sua experiência, a vivência adquirida ao longo da vida, aprende a conviver com suas doenças crônicas e próprias da sua idade; elabora suas perdas, não esquecendo seus ganhos; dribla os preconceitos e aprende a utilizar seu tempo. Ele continuará curtindo a vida, gozando as coisas boas e sendo feliz. Fazer planos para o amanhã é viver.
Ser idoso é chegar ao ponto ápice da vida e ter a oportunidade de dividir com amigos e parentes as lições de vida adquiridas com o tempo.
É poder contar com pessoas que lhe darão as mesmas condições que dispusera um dia, de sobrevivência, atenção, carinho e amor. É poder sentar e compartilhar um de muitas histórias de sua vida.
QUALITY AND IMPORTANCE OF INTERPERSONAL RELATIONS THE ELDERLY: THE ASYLUM AND FAMILY BACKGROUND
Aline Cristina Saltori Franco
Camila Mesquita de Assis1
Gabriela de Oliveira Geneiro1
Thaís Ferreira Silva1
Orientadora: Ana Paula Barbosa
RESUMO
Este estudo teve como objetivo conhecer quais os principais fatores que conduzem ao idoso a procurar ou ser instalado pela família em uma Instituição de Longa Permanência e como é sua adaptação a este ambiente. Utilizou-se para coleta de dados as técnicas de história de vida, a relação interpessoal do idoso no contexto asilar e familiar e a observação não participante. O período de coleta foi de maio a junho de 2011. Foram entrevistados seis funcionários do Lar. A análise dos dados foi realizada pela técnica de análise do discurso.
Palavras-chave: Relação Interpessoal. Idoso.
RESUME
This study aimed to identify the principal factors leading to the elderly to seek or be installed by the family in a long-term institution and how is their adaptation to this environment. It was used for data collection techniques of life history, interpersonal relationships in the context of the elderly and family asylum and non-participant observation. The collection period was from May to June 2011. We interviewed six employees of Home. Data analysis was performed using the technique of discourse analysis.
Keywords: Interpersonal Relationship. Elderly.
1 Alunos do segundo ano N do curso de Psicologia da Universidade de Franca (SP).
2 Professora Orientadora do Projeto. Psicóloga. Especialista em Didática. Mestre em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (SP). Doutora em Serviço Social pela UNESP/Franca (SP).
INTRODUÇÃO
O presente trabalho surgiu a partir de uma solicitação bimestral do curso de Psicologia da Universidade de Franca. Foi um trabalho de muita observação, sem nenhuma intervenção mais aprofundada. Buscou enfatizar as relações dos idosos entre eles mesmos, com os funcionários, voluntários e família. Por motivos de preservação, não foi aplicado diretamente nenhum tipo de questionário ou entrevista com os idosos, mas através de um questionamento com os funcionários, foi possível uma melhor compreensão das atividades realizadas por cada morador da casa, da relação de companheirismo, do que mais gostam e se interessam em fazer, entre outras questões.
Uma experiência que permitiu um conhecimento real do contexto asilar, que em muitas conversas do senso comum é tido como um lugar de "descarrego". Além do mais, ter um referencial concreto de como é a convivência do idoso com a própria família, com funcionários e voluntários do local.
O idoso encontrado, ao contrário do que se pensa, é uma pessoa de muita experiência de vida, amigável, brincalhona, interessada e inteligente. Com ele nos foi permitido uma troca de conhecimentos que jamais serão encontrados em livros. Cada palavra, cada sorriso, cada abraço foi e é uma demonstração de que continuam vivos e cheios de amor para dar ao próximo.
Durante o período de convivência o próprio idoso nos permitiu observar o quão importante é o outro na vida do dele. Mesmo se tornando um ser tão isolado por motivos diversos, o outro possui um papel primordial na vida do idoso, papel de ouvir, pois depois de anos vividos, o que eles mais possuem são histórias e causos, principalmente que envolvam família, religião e passado. O idoso, ao contrário do que muito se diz, não é um ser sem serventia. Alguém careta e "gagá". O idoso, de acordo com Zimerman (2000, p. 20) e com o que pode ser notado é:
... É uma mais: tem mais experiências, mais vivências, mais anos de vida, mais doenças crônicas, mais perdas, sofre mais preconceitos e tema mais tempo disponível. No momento em que utiliza mais sua experiência, a vivência adquirida ao longo da vida, aprende a conviver com suas doenças crônicas e próprias da sua idade; elabora suas perdas, não esquecendo seus ganhos; dribla os preconceitos e aprende a utilizar seu tempo. Ele continuará curtindo a vida, gozando as coisas boas e sendo feliz. Fazer planos para o amanhã é viver.
Ser idoso é chegar ao ponto ápice da vida e ter a oportunidade de dividir com amigos e parentes as lições de vida adquiridas com o tempo.
É poder contar com pessoas que lhe darão as mesmas condições que dispusera um dia, de sobrevivência, atenção, carinho e amor. É poder sentar e compartilhar um de muitas histórias de sua vida.
