A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES

Solange Maria Montanha Araújo
Nutricionista pelo UNASP ? Campus São Paulo.
Conselheira Educacional e Familiar pelo UNASP ? Campus de Engenheiro Coelho.
[email protected]

Resumo: Este artigo apresenta a importância da família na prevenção e tratamento dos transtornos alimentares (TA). E tem como objetivo mostrar a interferência da família nestes transtornos. Quase sempre se descobre que a pessoa está apresentando algum transtorno de ordem psicológica quando está em estágio mais avançado. O comportamento alimentar é um aspecto importante no estilo de vida possuindo grande influência na saúde ou doença. Os hábitos não saudáveis adquiridos na infância e juventude podem comprometer direta e irreversivelmente, tornando-se hábitos firmemente estabelecidos que difícil ou demasiadamente tarde sejam mudados ou mesmo colaborando no desenvolvimento de TA. As famílias devem estar alerta com relação aos sinais apresentados relacionados a esses transtornos. Por isso discute-se sobre a atuação da família no desenvolvimento e tratamento nos TA.

Palavras-chave: família e transtornos alimentares; anorexia; bulimia; compulsão alimentar; obesidade.

Abstract: This article presents the importance of family in the prevention and treatment of eating disorders (ED). And aims to show the influence of the family in these disorders. Oftenone finds that the person is presenting a psychological disorder when it is in an advanced stage. The feeding behavior is an important aspect in life style with great influence inhealth or disease. The unhealthy habits acquired in childhood and youth may commit directly and irreversibly, becoming firmly established habits that difficult or too late to be changed or even collaborating on the development of TA. Families should be alert for the signs presented related to these disorders. So we discuss about the role of family in the development and treatment in the ED.

Keywords: family, family end family and eating disorders, anorexia, bulimia, binge eating, obesity.

Introdução

O adoecer psíquico geralmente é definido pela determinação cultural e de valores, e não apenas por fatores biológicos, envolvendo os fatores naturais, psicossociais, sócio-econômicos, e sobrenaturais. Apresentando padrões de comportamentos fora daqueles normalmente aceitos pela sociedade (SPADINI; SOUZA, 2008; FOSTER, 1976; MINAYO, 1998).
Geralmente, não temos consciência da disseminação, tão próxima de nós, desse adoecer, somente os percebemos quando está em estágios mais avançados como é o caso dos Transtornos Alimentares (TA).
Este artigo apresenta a importância da família na prevenção e tratamento dos TA. É de suma importância para os pais conhecerem os sinais e sintomas dos TA descobrindo assim sua importância na atuação no processo educativo e também no tratamento do mesmo.

O que são os Transtornos Alimentares

Segundo o DSM-IV (APA-1994) Os transtornos alimentares são caracterizados por distúrbios no comportamento alimentar. Isso pode significar comer muito, não comer o suficiente, ou comer de maneira extremamente insalubre. Algumas pessoas argumentam que simplesmente comer demais deve ser considerado um transtorno, mas neste momento não está nesta categoria.
Os registros nos mostram que a incidência dos transtornos alimentares começaram a aumentar durante a década de 1950 e no início dos anos de 1960, permanecendo pelas décadas seguintes. (BARLOEU; DURAND, 2008)
É desconhecida a etiologia dos TA, podendo ter possibilidades do envolvimento de alguma disfunção do Sistema Nervoso Central (SNC). Vários estudos com o objetivo de obter uma melhor compreensão da fisiopatologia dos TA tem sido realizados envolvendo o mecanismo do processamento deste transtorno, e por ser de origem multifatorial são utilizados vários testes de avaliação como a mensuração da alimentação, atividade física, imagem corporal, episódios bulímicos e testes neuropsicológicos (DUCHESNE M., MATTOS P., FONTENELLE L. F., VEIGA H, RIZO L., APPOLINARIO J.C. 2004, CORDÁS T. A.; NEVES J. E. P. DAS). Para Barloeu e Durand (2008, p. 303) "as contribuições mais significativas para a etiologia destes transtornos parecem ser socioculturais em vez de psicológica ou biológica, não se esquecendo da familiar."
Os principais transtornos psicológicos citados pela literatura são a anorexia e bulimia nervosa, transtorno de compulsão alimentar e obesidade (BARLOEU; DURAND, 2008; VILELA; et al., 2004; FREITAS, GORENSTEIN, APPOLINARIO , 2002; APPOLINÁRIO, CLAUDINO, 2000).
Isto nos mostra que muito ainda tem que se fazer para compreender melhor os sintomas indicativos do desenvolvimento inicial destes transtornos. Ao decorrer de anos em consultório percebi que estes transtornos estão infimamente relacionados com problemas de fundo emocional.
O ser humano não é somente corpo ou mente, a muito, a ciência tem comprovado que ambos andam juntos, um dependente do outro e um influenciando o outro. Por isso, a importância de mantermos mente e também corpo saudável através de boas práticas.

Compulsão alimentar periódica

Alguns autores consideram a compulsão alimentar como uma desregulação geral do controle dos impulsos, incluído Anorexia (AN) e bulimia nervosa (BN) concebidas em termos de atenção e impulsividade. Pacientes com maior nível de impulsividade ou falta de atenção a sensações inferiores (como os que apresentam transtorno de déficit de atenção e hiperatividade TDAH), possuem maior comportamento compulsivo (MATTOS; et al, 2004).
Segundo o DSM-IV (apêndice B) na compulsão alimentar ocorre episódios recorrentes de compulsão periódica que é o excesso alimentar associado com a perda de controle e só conseguem parar de comer quando se sentem fisicamente desconfortáveis.
A maioria das pessoas com estes transtornos são obesas. Uma parcela significativa das pessoas que fazem controle alimentar e de peso com acompanhamento médico sofrem deste Transtorno.
Para o DSM-IV (apêndice B) ao se estabelecer o diagnóstico deve - se observar se os ataques de comer compulsivamente estão ocorrendo pelo menos duas vezes por semana, por um período mínimo de seis meses, e obedecer aos seguintes critérios: Episódios repetidos de bing eating (comer compulsivo). Durante a ocorrência dos episódios, devem estar presentes no mínimo três dos indicadores:

- Comer muito mais rápido que o normal;
- Comer até sentir-se desconfortável fisicamente;
- Ingerir grandes quantidades de comida, mesmo estando sem fome;
- Comer sozinho por sentir-se envergonhado da quantidade de comida ingerida;
- Sentir-se culpado e/ou deprimido após o episódio.

Esses sentimentos podem levar o indivíduo a apresentar novos episódios de binge eating, formando-se assim um ciclo. A pessoa com compulsão alimentar não se utiliza de métodos compensatórios inadequados como, por exemplo, a purgação e a preocupação irracional com o peso e forma corporal.
Por fim, um novo critério para o TCAP tem sido sugerido a auto-avaliação baseada no peso e na forma do corpo, já que este aspecto parece diferenciar obesos com e sem TCAP (CLAUDINO, BORGES, 2002).

Anorexia nervosa

Dentre os pincipais transtornos do comportamento alimentar, encontra-se a anorexia nervosa (AN), sendo a primeira a ser descrita já no século XIX, e a primeira a ser classificada adequadamente e ter critérios operacionais reconhecidos já na década de 1970 (CORDAS, 2004).
Segundo DSM-IV (APA-1994) a etiologia desta desordem nervosa esta fortemente relacionada com a família. Onde muitos indivíduos com AN são provenientes de famílias com características controladoras e falta de uma educação adequada. Vítimas de abuso sexual também são propensos a esta doença, gêmeos fraternos e parentes de primeiro grau de pessoas que tem NA, sendo a este último sugerido um componente biológico também.
A grande maioria (até 90%) das pessoas que desenvolvem NA é do sexo feminino podendo ocorrer também em homens adolescente ou jovem, como em uma criança próxima a puberdade ou em uma mulher de mais idade inclusive na menopausa. Pessoas com NA demonstram incapacidade de manter o peso corporal em pelo menos 85% do ideal para seu IMC (índice de massa corpórea), devido ao medo de perder o controle sobre seu peso ou de tornar-se "gorda". Essas pessoas normalmente possuem uma imagem corporal distorcida vendo-se com excesso de peso apesar da evidencia esmagador em contrário (DSM-IV (APA-1994), CID-10 (OMS-1993)), e alterações do ciclo menstrual. Não ocorrendo uma perda real do apetite nos estágio iniciais da doença, mas, a negação do apetite e o controle obsessivo do corpo pela magreza (CORDAS, 2004).

Bulimia nervosa

A BN foi descrita por Gerald Russel em 1979, e vem da união dos termos gregos boul (boi) ou bou (grande quantidade) com lemos (fome), ou seja, uma fome muito intensa ou suficiente para devorar um boi. (CORDAS, 2004)
A bulimia nervosa caracteriza-se por grande ingestão de alimentos com sensação de perda de controle, os chamados episódios bulímicos. A preocupação excessiva com o peso e a imagem corporal leva o paciente a métodos compensatórios inadequados para o controle de peso como vômitos auto-induzidos, uso de medicamentos (diuréticos, inibidores de apetite, laxantes), períodos prolongados de jejum e exercícios físicos. (CORDAS, 2004
Para a DSM-IV (APA-1994) a etiologia desta desordem nervosa é muito semelhante a da NA onde muitos indivíduos com BN são provenientes de famílias com características controladoras e falta de uma educação adequada. Onde as vítimas de abuso sexual são mais propensos a esta doença assim como gêmeos fraternos e parentes de primeiro grau de pessoas que tem NA, sendo a este último sugerido um componente biológico .



Obesidade

Atualmente, pesquisadores têm observado que algumas pessoas possuem mais facilidade para acumular gordura do que outras, envolvendo aspectos metabólicos, genéticos, culturais e comportamentais, descartando-se assim a antiga idéia de que o obeso era uma pessoa gulosa, desprovida de controle e de vontade de cuidar de si próprio. Assim, como que certas doenças endócrinas, hipotireoidismo ou outros desequilíbrios hormonais podem colocar o indivíduo sob uma maior propensão a tornar-se obeso, porém estes casos significam apenas 2% do total.
Segundo Dobrow; Kamenetz; Devlin (2002) a obesidade é, basicamente, um transtorno do comportamento que reflete um excesso de consumo de comida comparado com o dispêndio de energia. Em estudos de amostras comunitárias, os indivíduos obesos geralmente não têm mais psicopatologia do que os com peso normal. Em contraste a isso, entre indivíduos obesos que procuram tratamento, vários estudos relataram índices significativamente elevados de depressão, Índices mais modestos de transtornos de ansiedade (incluindo agorafobia, fobia simples e transtorno de estresse pós-traumático), bulimia, tabagismo e transtorno de personalidade borderline. No entanto, existem subgrupos de indivíduos obesos que possuem padrões anormais de alimentação: aqueles que têm o transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) e os com a síndrome do comer noturno (SCN).

Transtornos alimentares sem outra especificação ou atípicos

Apresenta quadros assemelhados aos anteriores, mas não apresentam sintomas completos nem para o diagnóstico de AN nem para BN, foram classificados como Transtornos Alimentares Atípicos nos anos 1980. (CORDAS, 2004)
Segundo o (DSM-IV e CID-10) os seguintes critérios diagnósticos são encontrados:


DSM-IV CID-10
1. Preencher critérios para AN exceto amenorréia 1. AN Atípica ? um ou mais aspectos-chave da AN está ausente ou tem todos em grau + leve
2. Preencher critérios para AN com perda de peso, mas ainda dentro da faixa normal 2. BN Atípica ? um ou mais aspectos-chave da BN pode estar ausente. Ex. faixa normal Bulimia de peso normal - episódios de hiperfagia e purgação em indivíduos de peso normal ou excessivo
3. Preencher critérios para BN exceto pela freqüência e cronicidade 3. Hiperfagia associada a outros distúrbios psicológicos (levando a obesidade)
4. Comportamento purgativo após ingestão de pequena quantidade de comida 4. Vômitos associados a outros distúrbios psicológicos
5. Mastigar e cuspir fora os alimentos 5. Pica em adultos, perda de apetite psicogênica
6. Transtorno de compulsão alimentar periódica 6. Transtornos alimentares não especificados

Fatores que contribuem para o desenvolvimento dos Transtornos Alimentares

Através de estudos sobre as barreiras de uma alimentação saudável os autores concluíram que a falta de tempo, o desejo de continuar a consumir os alimentos preferidos, a falta de vontade e o alto preço, eram os principais obstáculos (LAPPALAINEN; et al., 1997).
Os critérios utilizados pela maioria das pessoas para selecionar os alimentos estão basicamente entre o paladar, o custo, a influência dos parceiros e amigos, a publicidade, a embalagem e a disposição nas prateleiras das lojas e diversos fatores de ordem psicológica e psicossocial, como falta de motivação, influências sociais, crenças e sentimentos de baixa auto-eficácia. (VIANA, 2002)
Quando observadas as práticas alimentares, compreendidas da amamentação à alimentação cotidiana da família, verifica-se que são oriundas de conhecimentos, vivências e experiências, construídas a partir das condições de vida, da cultura, das redes sociais e do saber científico de cada época histórica e cultural. E observa-se que os hábitos e as práticas alimentares são permeados pelo aprendizado materno, que têm início na infância, e são associados aos hábitos urbanos de consumo. (ROTENBERGL; VARGAS, 2004)
Segundo Trindade e Teixeira (s.d.), alguns aspectos são importantes e devem merecer uma maior atenção com relação a fatores familiares que influenciam os comportamentos de saúde das crianças e dos adolescentes, como por exemplo:

- relacionamento com os comportamentos alimentares, exercício físico, o consumo de substâncias e a prevenção de acidentes;
- Impacto de mudanças do funcionamento familiar na saúde das crianças, em particular em situações de divórcio, famílias monoparentais, etc.;
- Influência dos maus tratos, negligência e violência familiar sobre a saúde física e mental das crianças;
- Influência da doença ou deficiência das crianças no funcionamento familiar, designadamente a relacionada com a prestação de cuidados de longa duração.

A AN e BN têm um forte componente familiar e elevadas taxas de patologia alimentar entre os familiares mais próximos bem como incidência elevada de doenças do humor, abuso de substâncias e perturbação da personalidade e ansiedade. A hereditariedade para traços de personalidade familiar tais como evitamento, obsessionalidade e contenção emocional podem ser um fator para o desenvolvimento de AN e, instabilidade emocional e impulsividade para a BN (BOUÇA, D; SAMPAIO, D., 2002). É possível incluir aqui também a obesidade e outros transtornos alimentares sem especificação.

Metodologia

Esta pesquisa está classificada nos critérios de pesquisa bibliográfica para o embasamento teórico.
Partindo da pesquisa realizada, os dados foram analisados a partir de leitura crítica e redação dialógica a partir dos autores apresentados.




Considerações finais

Como já visto, anteriormente, os transtornos alimentares estão intimamente relacionados com o ambiente familiar além de traços de personalidade, temperamento e predisposição. Levando em consideração que tudo pode começar na família ou no relacionamento familiar me leva a pensar o que poderia ser feito para se prevenir estes transtornos.
O conhecimento relacionado à fisiologia, anatomia e psicologia do corpo humano é de fundamental importância para todas as pessoas independente de classe social. Com maior responsabilidade é claro aos que já possuem uma formação específica em instruir e orientar aos demais e a humildade de aceitar orientações aos que não a tem.
O comportamento alimentar é um aspecto importante no estilo de vida possuindo grande influência na saúde ou doença. Prevenir doenças implica em aprender novos hábitos e mudar maus hábitos de vida. Certamente é mais fácil aprender e implantar o quanto antes, possíveis hábitos saudáveis do que mudar velhos hábitos já estabelecidos, aí a importância dos pais na educação dos filhos ainda na infância.
Os hábitos não saudáveis adquiridos na infância e juventude podem comprometer direta e irreversivelmente, tornando-se hábitos firmemente estabelecidos que difícil ou demasiadamente tarde sejam mudados.
Cada idade ou fase de desenvolvimento psicossocial constituem uma oportunidade para serem ensinados atitudes e comportamentos saudáveis e adequados.
As famílias devem estar alerta com relação aos sinais apresentados relacionados aos transtornos alimentares. Assim como em todas as doenças, os transtornos alimentares apresentam sinais de alerta como o emagrecimento, cuidado excessivo com a alimentação, desculpas para não comer ou comer sozinha, isolamento, alterações de humor e agressividade, excesso de exercício físico, vômito e uso de laxantes, atitude demasiado crítica quanto à sua imagem e perda da menstruação.
Para se realizar um tratamento mais eficaz, o paciente, deve ser acompanhado por médico, nutricionista, psicólogo e psiquiatra, para poder alcançar um peso mais saudável, diminuir a influência dos fatores psicológicos mantenedores desse comportamento, receber a medicação com psicotrópicos, acompanhar a evolução dos sintomas e prevenir ou conter as possíveis patologias associadas. Em casos mais graves será necessária hospitalização.

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