A IMPORTÂNCIA DO USO DE EPI’S PARA O PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM NA UTI

RESUMO:

O presente estudo objetivou descrever à importância do uso dos Equipamentos de Proteção Individual pelos profissionais de enfermagem no ambiente da Unidade Terapia Intensiva. A biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos que possam comprometer a saúde do homem e dos animais e o meio ambiente. A adoção de medidas de biossegurança nas atividades dos profissionais de enfermagem tem sido um desafio. O ambiente estressante a quantidade de pacientes, a carga horária de trabalho tem dificultado a adesão aos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) nas UTIs. Sendo, o Equipamento de Proteção Individual (EPI) um aparato de suma importância nas UTIs, tornando-se indispensável a sua utilização, pois, o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) não previne somente as infecções, como promove a saúde.

Palavras-chave: Equipamento de proteção Individual, Biossegurança, Enfermagem, UTI.

 ABSTRACT:

This study aimed to describe the importance of the use of Personal Protective Equipment by nursing professionals in the intensive care unit environment. Biosecurity is the set of actions aimed at preventing, minimizing or eliminating risks that may jeopardize the heath of man and animals and the environment. The adoption of biosecurity measures in the activities of nurses has been a challenge. The stressful environment the number of patients. The workload has hindered adherence to Personal Protective Equipment (PPE) in the ICU. Being the Personal Protective Equipment (PPE) an apparatus of paramount importance in ICUs , making it essential to use, therefore the correct use of Personal Protective Equipment (PPE ) not only prevents infections , as it promotes health.

 Keywords: Individual protective Equipment , Biosafety , Nursing, ICU.

INTRODUÇÃO

O Ambiente da Unidade de Terapia intensiva (UTI) é uma estrutura hospitalar que se caracteriza como uma unidade complexa de sistema de monitorização contínua que admite pacientes potencialmente graves. Considerado um setor altamente estressante, devido aos inúmeros equipamentos, fluxo de pessoas, tomada de decisões conflitantes relacionadas com a seleção dos pacientes que serão atendidos, aos procedimentos invasivos, bem como a situação de risco iminente de vidas. (1)

A biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos que possam comprometer a saúde humana. Na área da saúde pode-se observar um grande número de riscos ocupacionais, principalmente ao considerar-se que o hospital é o principal ambiente de trabalho dos profissionais que atuam nesta área. Neste sentido, a adoção de normas de biossegurança em saúde é condição fundamental para a segurança dos trabalhadores, qualquer que seja a área de atuação. (1-2)

Dentre os riscos a que os profissionais estão expostos, podemos destacar principalmente, a contaminação pelo HIV e hepatite B, que pode apresentar taxas muito mais alarmante quando nenhuma medida de biossegurança é adotada. No Brasil, as estatísticas de contaminação pelas hepatites virais, HIV e pela tuberculose entre trabalhadores da saúde após acidentes de trabalho ainda são escassas. No entanto estudos têm demonstrado que a contaminação de profissionais pelo HIV em acidentes pode ser evitada, se as medidas de biossegurança forem adotadas. (3)

Compreendida como uma área de conhecimento que impõe desafios não somente à equipe de saúde, mas também as instituições que investem em qualidade do cuidado, a biossegurança deve ser entendida também, como um conjunto de práticas e ações técnicas, com preocupações sociais e ambientais, destinados a conhecer e controlar os riscos que o trabalho pode oferecer ao ambiente e à vida. (2-4)

Neste sentido, e de acordo com a Norma Regulamentadora – NR 6, “[...] define-se um conjunto de Equipamento de Proteção Individual (EPI) como sendo todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”. Tal Norma Regulamentadora define ainda que tais equipamentos devem ser aprovados por órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e é de fornecimento gratuito e obrigatório aos empregados que dele necessitarem. (4-5)

A interpretação da NR 6, principalmente no que diz respeito à responsabilidade do empregador, é de fundamental importância para a aplicação da NR 15 – que trata das Atividades e Operações Insalubres, na caracterização e/ou descaracterização da insalubridade. A NR 6 tem a sua existência jurídica assegurada, em nível de legislação ordinária, nos artigos 166 a 167 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O uso de EPI será necessário sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes de trabalho e/ou de doenças profissionais e do trabalho, além disso enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas e para atender as situações de emergência. (5)

Os principais equipamentos que fazem parte da prática profissional de enfermagem são: máscaras para proteção respiratória; óculos para amparar os olhos contra impactos, radiações e substâncias; luvas para proteger contra riscos biológicos e físicos; avental ou capote descartável e gorro para evitar aspersão de partículas dos cabelos e do couro cabeludo no campo de atendimento. Todos esses EPI´s são utilizados para prevenir o usuário de adquirir doenças em virtude do contato profissional – paciente e contra riscos de acidentes de trabalho visando à conservação da saúde do próprio trabalhador. (6)

Sendo, o EPI um aparato de suma importância no contexto da saúde, tanto para os profissionais que atuam na assistência direta dos pacientes como para todos que permeiam o ambiente hospitalar, torna-se indispensável a sua utilização, pois, o uso correto de tais aparatos não previne somente as infecções, como promove a saúde.

A prevenção da transmissão de patógenos no ambiente laboral requer medidas diversificadas para reduzir o risco ocupacional, e nesse contexto os equipamentos de proteção individual é ferramenta fundamental para a prevenção de acidentes. Diante desse cenário, vale destacar que ainda existe uma considerável resistência dos profissionais em utilizar o EPI ou em alguns casos em sua utilização de forma incorreta, o que representam as principais barreiras para prevenir a exposição aos riscos do ambiente laboral. (8)

Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo descrever a importância do uso de EPI’S para a equipe de enfermagem que atua no ambiente de UTI, além disso apontar os principais fatores que dificultam ou facilitam a adesão da equipe de enfermagem ao uso de tais equipamentos.

MÉTODOS

O presente trabalho foi realizado a partir da revisão sistemática da literatura, com abordagem descritiva, focando na importância do uso dos EPI’s para a equipe de enfermagem na UTI. A busca pelas referências aconteceu no período entre Fevereiro à Junho de 2015. Foram selecionadas publicações a partir do ano de 1998, disponíveis na base de dados do Scielo (Scientífic Electronic Library Online), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), Google Acadêmico, MS (Ministério da Saúde), MT (Ministério do trabalho) e OMS (Organização Mundial da Saúde).

 Como critério de inclusão foram utilizados publicações compatíveis com a temática e publicadas entre os anos de 1998 a 2015. Foram considerando para o estudo a utilização de 23 artigos que abordaram a importância do uso dos EPI’s pela equipe de enfermagem.

Os descritores de busca utilizados foram, a importância do Uso dos EPI’s, equipe de enfermagem na Uti, biossegurança. O critério de inclusão dos periódicos deu-se a partir do tema.

 

RESULTADOS

Como resultados, o presente estudo conta com reflexões acerca da importância do uso dos EPI’s pela equipe de enfermagem na UTI. Sendo, o E.P.I um aparato de suma importância na contextualização da saúde, tanto para os profissionais da saúde como para todos que permeiam o ambiente hospitalar, torna-se indispensável a sua utilização pois, o uso correto dos E.P.I., não previne somente as infecções, como promove a saúde. Logo, a enfermagem em seu cotidiano laboral está exposta a riscos ocupacionais, dentre eles os riscos biológicos, pois presta assistência direta e constante ao paciente. Todavia, o E.P.I. é um instrumento importante para que se tenham mínimas condições de segurança.(10,13-15)

Os EPI`s têm como objetivo proteger os profissionais da enfermagem dos riscos inerentes aos processos, colaborando no aumento da produtividade e minimizando os efeitos de perdas em função da melhoria no ambiente de trabalho. Os EPI`s são indispensáveis aos profissionais da enfermagem que lidam todos os dias com materiais contaminados, substâncias agressivas ao organismo e máquinas utilizadas no processo de esterilização, mesmo esse tema sendo conhecido por toda a equipe, ainda há erros que podem comprometer a organização do trabalho, por esse motivo esses profissionais necessitam de estímulo continuamente para uso adequado desses objetos que lhes oferecem segurança. (31)

De acordo com a NR-6 da Portaria nº 3214 de 08 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho e Emprego, considera-se Equipamento de Proteção Individual – EPI: “Todo dispositivo ou produto de uso individual destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador”. (17,19-23)

O agrupamento de pacientes portadores de diversas enfermidades infectocontagiosas torna o hospital um ambiente considerado insalubre, além do que, viabiliza muitos procedimentos que oferecem riscos de acidentes e doença para os profissionais de saúde. Poucos locais de trabalho são tão complexos como o hospital. (31)

É considerado acidente de trabalho quando existe uma colisão repentina e voluntária entre pessoa e objeto, ocasionando danos corporais (lesões, morte) e/ou danos materiais. O acidente se diferencia da doença ocupacional adquirida em longo prazo, por ser repentino. A prevenção de acidentes, no entanto, deve ser focada inicialmente na eliminação dos perigos e na eliminação dos riscos potenciais. Para tanto, torna-se indispensável o fornecimento dos equipamentos de proteção individual. Essas medidas tornam possível obter melhores resultados na prevenção de acidentes no trabalho e de doenças ocupacionais. (31)

A complexidade e a grande oferta de procedimentos invasivos dos procedimentos realizados pela equipe de enfermagem na UTI, têm se tornado cada vez mais frequentes, tais como realização de entubação, aspiração de conteúdo traqueal, ráfia de vasos por amputação traumática, contenção de hemorragias por outras lesões e acesso central e periférico.Tais procedimentos tornam o profissional do atendimento em UTI tão susceptível aos riscos ocupacionais e acidentes de trabalho quanto qualquer outro que preste assistência à saúde. Esses riscos de contaminação aumentam de acordo com a função do profissional na equipe, na proporção direta em que este contato é maior e mais direto com o paciente. (32)

A preocupação com os riscos biológicos surgiu somente a partir da epidemia da HIV/AIDS nos anos 80, onde foram estabelecidas normas para questões de segurança no ambiente de trabalho. Os E.P.I tem como objetivo evitar lesões ou minimizar sua gravidade em casos de acidente ou exposição a riscos, além de proteger o corpo contra os efeitos de substâncias tóxicas, alérgicas ou agressiva que causam doenças e aumentam os riscos de acidentes. (5-23)

Os E.P.I. são entendidos na NR-6, como todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. E preconiza que a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente E.P.I adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento. Contudo, cabe ao profissional de saúde quanto ao E.P.I., adquirir o ideal ao risco de cada atividade; exigir seu uso; orientar e treinar a equipe sobre o uso adequado guarda e conservação. (5,16,22-23)

Os E.P.I. são os materiais utilizados nas práticas rotineiras de enfermagem, onde se enquadram as luvas, as máscaras, os gorros, o óculos de proteção, os capotes (aventais) e as botas que neste contexto atendem às seguintes indicações: As luvas deverão ser usadas sempre que houver possibilidade de contato com o sangue, secreções e excreções, com mucosas ou com áreas de pele não íntegra (ferimentos, úlceras de pressão, feridas cirúrgicas e outros). As luvas estéreis estão indicadas para procedimentos invasivos e assépticos. Luvas grossas de borracha estão indicadas para limpeza de materiais e de ambiente. Logo, é preciso trocá-las logo após o contato com material biológico, entre as tarefas e procedimentos num mesmo paciente, pois poderão conter uma elevada concentração de microrganismos. É necessário removê-las logo após o uso, antes de tocar em artigos e superfícies sem material biológico e antes de atender outro paciente, evitando a dissipação de microrganismos ou material biológico aderido nas luvas. É imprescindível lavar as mãos imediatamente após a retirada das luvas para evitar a transferência de microrganismos a outros pacientes e materiais, pois mesmo com o uso de luvas há transferência de microorganismos para as mãos. (22,23-32)

Com relação aos fatores que dificultam o uso dos EPI’s pelos profissionais de saúde evidenciou - se que esses profissionais mostram-se desinteressados pelo assunto, por não terem a real consciência dos riscos que estão expostos. Apesar de relatarem ter conhecimento do assunto, em suas práticas não utilizam desse instrumento. Na literatura encontraram-se como razões para o não uso dos EPI a ausência deles ou o seu tamanho inadequado, difícil acesso a eles, falta de recursos financeiros, estrutura organizacional, pressa, crença de que não vai contrair a doença, resistência, inconveniência do seu uso, interferência no trabalho, inabilidade para seu emprego e desconhecimento do seu papel preventivo. (17,21-25)

Ratificou - se então que, o motivo da pouca adesão à utilização do EPI, não se deve ao fato de não ter acesso aos equipamentos, uma vez que, a empresa fornece aos empregados, gratuitamente, o EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento e em quantidade que supra a necessidade de seu uso sempre que necessário. A falta da conscientização da adesão à utilização é um dos maiores motivos da não adesão desses profissionais. Nesse sentido, um dos motivos dessa não aderência, deve-se ao desconhecimento e desinteresse por parte da equipe, ao considerarem as normas com pouca significância e não valorizarem e incorporarem ao seu processo de trabalho, o que potencializa os riscos e acidentes de trabalho. (5,17-29)

A não adesão aos equipamentos, quando necessário, pode resultar em prejuízos afetando as relações psicossociais, familiares e de trabalho, contribuindo para que os acidentes de trabalho continuem ocorrendo.(17)

A prevenção é um dos fatores de extrema relevância, sendo considerada uma das medidas mais importantes na adesão dos EPI, que são os dispositivos utilizados pelo trabalhador prevenindo os riscos que podem ameaçar a saúde da equipe. Sendo que os equipamentos de proteção individual são itens indispensáveis nos hospitais, pois são atividades consideradas de risco para o profissional ali presente.(14-29)

Para que essa realidade possa ser modificada, é necessário que a equipe de enfermagem tenha a informação e reflexão sobre a importância e os riscos da não utilização dessa medida preventiva. Esse papel de orientação e informação pode ser realizada através de educação continuada a fim de diminuir ou, até mesmo, extinguir os acidentes ocupacionais referente a não utilização dos EPI’S na UTI. (17)

A adesão ao uso dos EPI’s traz consigo benefícios à saúde do trabalhador e aos empregadores sendo eles: maior produtividade, diminuição do número de licenças – saúde e redução dos gastos hospitalares com equipamentos e materiais. Lembrando que o uso dos EPI´s deve ser adequado às necessidades do procedimento avaliando o conforto, o tamanho do equipamento e o tipo de risco envolvido para não resultar em despesas para a instituição e comprometer a execução do procedimento. (17)

 DISCUSSÃO  

O E.P.I é um instrumento indispensável para os profissionais de enfermagem que estão inseridos no contexto da saúde, o uso correto dos E.P.I, não previne somente as infecções, como promove a saúde. A equipe de enfermagem pela maior proximidade com o paciente está mais exposta a vários riscos. Embora o profissional de enfermagem promova o cuidado ao indivíduo doente, pouco sabe a respeito de cuidar de sua saúde profissional, visto que a preocupação destes trabalhadores na relação saúde x doença.

Diante da quantidade de procedimentos invasivos exercidos pela equipe de enfermagem na UTI, os riscos de contaminação pessoal tornam-se grandes. Quanto aos riscos as barreiras protetoras podem ser físicas, mecânicas ou químicas, e previnem a disseminação de diversos microorganismos infecciosos de um cliente para outro, ou do profissional para o cliente e vice versa. Os tipos de acidente estão relacionados aos riscos ocupacionais, ou seja, aos elementos presentes no ambiente de trabalho que podem causar danos ao corpo do trabalhador, ocasionando doenças ocupacionais adquiridas em longo prazo. Uma das formas de evitar acidentes com maiores proporções é o uso de = (EPI), que constitui uma barreira protetora para o trabalhador, pois reduz efetivamente os riscos.

A não adesão ou a baixa adesão às recomendações da utilização de barreiras de proteção é uma realidade; entretanto, ainda pouco se sabe sobre o nível de conhecimento dos profissionais da área da saúde sobre o assunto, o que leva a indagar sobre fatores que possam estar contribuindo para esse tipo de comportamento. Ainda de acordo com as publicações pesquisadas a falta do conhecimento a cerca da importância da adesão dos equipamentos de proteção está diretamente ligada a não adesão dos EPIs na UTI. A falta de comunicação e de cooperação é um dos maiores problemas entre a equipe de enfermagem na UTI e isso implica em sobrecarga de trabalho, bem como o surgimento de conflitos. A Um meio de incorporar o uso dos EPI pode ser a prática da educação continuada a fim de conscientizar os profissionais de enfermagem quanto à importância do uso coletivo da equipe a cerca dos EPI’s.

A adesão dos EPI’s na UTI permite aos profissionais da equipe de enfermagem exercer os cuidados aos pacientes na UTI de forma segura, não colocando em risco a saúde do paciente e zelando pela integridade física dos mesmos. Os profissionais devem estar inseridos na prática da prevenção, participando assim do processo que envolve a própria proteção em termos de biossegurança durante a assistência de enfermagem. Por isso, a adoção de normas sobre o uso dos Equipamentos de Proteção Individual no âmbito da UTI é condição fundamental para a segurança dos profissionais da enfermagem e do paciente.

A elaboração de estratégias de intervenção capazes de aprimorar a conduta dos profissionais de enfermagem, ou seja, de aumentar a adesão destes profissionais aos EPI, requer quesitos como o treinamento em reunião informal, a ser executada pela(o) enfermeira(o) no próprio local de trabalho, direcionado aos profissionais da unidade a fim de discutir o assunto e esclarecer dúvidas, bem como treinamentos de atualização. Tais medidas visam proporcionar uma maior adesão ao uso de EPI e, consequentemente, a proteção e segurança da equipe.

CONCLUSÃO 

Os profissionais de enfermagem que atuam na unidade de terapia intensiva estão expostos a elevados riscos, quando comparados a outras áreas, isso se explica pela complexidade e exigência desse serviço. Vários são os fatores que condicionam a ascensão dos riscos, por exemplo, pelo grande número de procedimentos, equipamentos e a sobrecarga de trabalho nesse ambiente.(1-2)

Os riscos que os trabalhadores de enfermagem estão expostos são de diversas etiologias, nota-se a necessidade de conhecê-los e buscar estratégias de minimização desses, sendo a educação continuada uma oportunidade de transformação e construção de conhecimento para diminuição de riscos. (2-15)

O objetivo geral, juntamente com os específicos, foi alcançado mediante as pesquisas realizadas em artigos, sites e livros. A prevenção, eliminação ou diminuição dos riscos está diretamente relacionado à adesão dos EPIs pela equipe de enfermagem na UTI. A falta de comunicação e conhecimento entre os profissionais a cerca da importância da utilização dos EPIs foram os motivos encontrados para justificar a não adesão ao uso desses equipamentos de proteção.

Diante disso, notou-se a grande importância da Educação Continuada, assim como cursos sobre a manipulação e descartes de resíduos. Os profissionais de enfermagem que atuam em UTI não adotam as medidas de biossegurança necessárias à sua proteção durante a assistência que realizam o que pode ocasionar agravos à sua saúde e à do cliente sob seus cuidados. (6,23-25)

O estudo comprovou que a percepção da equipe de enfermagem na UTI quanto ao uso do EPI estão limitadas. Então, faz-se necessário que a adoção de práticas, como a educação continuada, para que os profissionais entendam a importância, propósitos e ações da Biossegurança, pois o enfermeiro, no setor atuante, é co-responsável pela segurança ocupacional de toda a equipe.

É sabido que, por razões culturais, nem sempre se dá à devida importância à prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais no ambiente hospitalar, o que é altamente preocupante. Portanto, é imprescindível a inclusão do uso dos EPI’s na rotina e protocolo do âmbito da UTI, assim como incluir na pauta da educação permanente, para que os profissionais de enfermagem possam discuti-las e encontrar soluções para a adesão permanente e diária do uso desses equipamentos que são sinônimos de segurança e proteção. Este estudo, portanto, deve ser considerada uma aproximação ao tema proposto, e seu objetivo é constituir-se em contribuição, mesmo que pequena, para a maior compreensão da importância do uso do equipamento de proteção individual na UTI para melhor segurança da assistência prestada e do profissional executante.

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