A Paralisia Cerebral (PC) é o nome comumente usado para um grupo de condições caracterizadas por disfunção motora em razão de uma lesão cerebral não-progressiva no início da vida. Acomete o sistema nervoso central ainda em fase de maturação, essa lesão pode ocorrer no período pré-natal, peri-natal ou pós-natal até os primeiros dois ou três anos de idade. Pode ser causada por fatores como infecção, agentes tóxicos, malformações, alterações circulatório-anóxicas, disfunções cromossômicas e traumas intraparto. Tendo como características alterações tônicas, posturais, sensitivas, motoras e cognitivas. Sua incidência em países subdesenvolvidos é de 1,5 a 2,5 a cada 1000 nascidos vivos. O recurso lúdico é um meio extremamente prazeroso para a criança, pois promove motivação e satisfação além de revelar muito sobre o comportamento infantil. No ponto de vista terapêutico tal abordagem envolve componentes sensoriais, neuromusculares englobando experiências, repetições, integração com o meio acompanhando uma progressão seqüencial do desenvolvimento. Este trabalho destina-se ao estudo da importância das atividades lúdicas associadas aos exercícios fisioterapêuticos em crianças com PC. Trata-se de um estudo de caso de uma criança do sexo feminino, 10 anos de idade com diagnóstico motor de diplegia espástica no Centro de Reabilitação Uniban – ABC em sessões de 50 minutos de duração, duas vezes por semana no período de 2 meses. Justificando-se através de escalas pediátricas validadas, GMFM (Gross Motor Function Measure) que avalia a coordenação motora grossa e PEDI (Pediatric Evalution Disability Inventory) que quantifica a evolução nas atividades de vida diária, a evolução motora auxiliada de um recurso motivacional para os ganhos motores. Através das escalas concluímos que o ganho motor quantificado pela escala GMFM teve uma melhora de 4.6% e mantendo inalterado o resultado da escala do PEDI. Justificado pelo tempo de intervenção sugerimos a continuidade e a reavaliação periódica de ambas escalas pois notou-se melhora no equilíbrio e controle de tronco, podendo interferir posteriormente nos resultados da escala PEDI, no que se diz respeito á área de mobilidade no quesito transferências.