O que de fato sustenta fisicamente o ser humano está ficando para segundo plano. Em um modelo de governo em que a população é encarada como fluxo monetário, pouco importa os que não influenciam para isto.

A fome deixou de ser vista como luta pela sobrevivência, onde os mais fortes sobreviviam e davam continuidade à sua espécie. Atualmente, enxergamos de maneira comum, ou fechamos os olhos para ela.

A sociedade que não sabe o que é sentir fome fecha os olhos para os que a sente. Já o governo, principal responsável pela sociedade num todo, encara e dribla sem dar justificativas para tal ocorrência.

A fome que cito é de alimento, já que somos uma sociedade carente de tantas outras coisas. Fome esta que não era para existir; se tem alimento para todos, por que alguns não possuem?

Lemos notícias de que a exportação e importação de alimentos de um determinado país cresceram tantos por cento; e neste mesmo país ou em um país vizinho a ele temos tantas pessoas desnutridas. Isto ocorre pela concorrência econômica do governo e das pessoas. Uns sempre querem ter mais que os outros. Aqueles que têm renda salarial maior, pouco doam para os de renda mais baixa.

Numa sociedade de caráter econômico é difícil imaginar a igualdade social, porém, o problema da fome poderia não existir; não falo de luxo, falo de necessidade. A alimentação é necessária para a sobrevivência humana.