A Dissolução do Cosmo Grego.

O que foi a dissolução do cosmo grego.

Em síntese uma grande revolução científica a qual explicarei, por meio de um pequeno artigo, a Filosofia grega antiga e sua visão de mundo, pelo menos em grande parte foi destruída, sobretudo, quanto aos aspectos que referem as mitologias.

Isso aconteceu com uma revolução epistemológica que teve inicio no século XVI, uma mudança radical do ponto de vista da antiga mentalidade, em favor da Filosofia Iluminista e particularmente das Ciências Modernas.

Fundamentado na acepção da geometrização do espaço, uma visão concreta da Física determinada por uma morfologia crítica galileana, em resumo depois de Galileu a Ciência particularmente da natureza foi matematizada, a Geometria cumpriu sua função de lógica Matemática.

A antiga visão de mundo foi aos poucos sendo destruído, o que significa tudo isso do ponto de vista do fundamento filosófico, a destruição da concepção de mundo de estrutura finita, de uma hierarquia ordenada, substituído por um universo aberto, indefinido, entretanto, unificado e governado pelas mesmas leis universais.

O que é mais importante nessa nova acepção de mundo, criada e fundamentada pela Filosofia Moderna, no uso particularmente da Física e da Matemática, é que todas as coisas pertencem ao mesmo nível de lógica, do mesmo modo de fundamento.

A velha concepção de mundo que serviu inclusive de base a formulação da Filosofia aristotélica como fundamento do mundo cristão medieval também não tinha mais sentido científico.

 Galileu de fato tinha iniciado um estrago irreparável que nem mesmo o Vaticano teria percebido a sua extensão, a destruição do céu como lugar especial na vida da terra.

 Retiraria o próprio Deus do mundo simbólico dos homens.   Era apenas o grande início de uma revolução contínua que mudaria definitivamente o mundo para sempre.

A concepção de dois mundos, aquela que separava o céu da terra, as leis do céu e da terra se fundem, o que levou em nossos dias por meios empíricos ao entendimento dos universos contínuos intermináveis.

  O que se pode fundamentar numa nova acepção que certamente surgirá é o que defendo uma única origem, pelo mesmo princípio de todas as realidades materiais compostas nos universos contínuos.

 No meu artigo escrito e publicado falo da origem do nada e da formação da base única substancial de todos os universos e realidades materiais, será com certeza a terceira grande revolução em maturação.

  Ainda haverá outra revolução para as Ciências pos contemporânea, que é superação do que existe de errado, de ideológico, tanto nas acepções da Física Moderna, como na Filosofia Iluminista.

 Nascerá com certeza uma nova concepção melhor articulada e mais duradora que é a superação da Filosofia Iluminista, pelo menos em parte, como por outro lado, das Ciências Modernas, brevemente. O mundo está numa profunda maturação para algo melhor, muito mais revolucionário evidentemente.  Edjar.

Quanto à trajetória da história da superação anterior, a Astronomia e a Física tornam independentes, pelo menos do ponto de vista formal, porque permanecem unificadas, unidas. O que aconteceu na vida real nas Ciências da Natureza foi algo mais significativo para o mundo da própria Ciência que precisa de forma indelével ser compreendido, e o que está sendo analisado.

O desaparecimento de uma visão científica fundamentada na perspectiva do valor moral ideológico, numa suposta perfeição o que não faz parte da realidade dos universos contínuos, nada é pronto acabado.

 Tudo que existe relaciona com um movimento interminável de todas as coisas.  Heráclito de Éfeso, já tinha percebido tudo isso no mundo antigo grego, uma rara inteligência, que o princípio de identidade em Parmênides seria de certa forma em muitos aspetos uma ideologia.  

Em todos os aspectos esse princípio se aplica a tudo não apenas as Ciências da Natureza, como as Ciências do Social. O mundo é o seu próprio movimento, a história é aplicação dessa lógica.    

A matéria não é mais vista na perspectiva da harmonia, não existe a perfeição, tudo que simboliza qualquer forma real fundamenta se pela contradição, a harmonia e a aplicação de um único sentido na análise e simplesmente uma ideologia do fato ou do fenômeno natural em observação.

Acabou o significado do desígnio, de qualquer força sobrenatural, as Ciências Modernas sabem que Deus é a invenção de uma determinada mentalidade, que fez parte de uma forma de desenvolvimento.

 De um determinado tempo histórico e que nada disso faz sentido para a modernidade, muito menos fará para o que virá depois na terceira era que está em maturação.

 O homem é produto do seu tempo histórico, às vezes muda o tempo histórico, mais a mentalidade continua presa há outro tempo histórico, a mentalidade é ultima forma de mudança do tempo histórico.

 Às vezes é necessário morrer gerações inteiras para que possa acontecer à mudança real da história, da sua compreensão das mentalidades em cada tempo, quem não compreender as mentalidades e suas ideologias não consegue entender as revoluções realizadas no mundo.

 Transforma-se num ser eternamente anacrônico, o que é fundamental entender o princípio do anacronismo tipicamente de quem ainda não chegou à modernidade, não entendeu sequer a destruição do cosmo grego.

As considerações do antigo cosmo sumiram nas formulações do novo cosmo, no espaço infinito do novo universo, na geometria da nova realidade física, onde as leis são por natureza temporária, refiro a Física Clássica de Newton e Física Moderna de Einstein.

A revolução do cosmo grego foi sem duvida a revolução mais significativa que aconteceu no espírito humano por meio das Ciências Modernas, isso desde quando os gregos inventaram o cosmo.

 Mas no novo cosmo inventado pelo ocidente está também em processo de destruição, isso mesmo, ainda sem que haja a revolução completa da destruição do velho cosmo grego.

 Uma revolução tão profunda que hoje poucos entendem o seu verdadeiro significado, sua importância para formatação do mundo moderno.

 Do mesmo modo, que não tenha realizada completamente a nova revolução, tem que ser destruída pela terceira revolução que é a superação da velha e a moderna revolução.  O mudo vai mudar radicalmente brevemente, superando as duas concepções, e poucos estão entendendo a nova mudança. Está atribuindo genialidade a quem não tem nada de gênio.

Os fundadores da Ciência Moderna, entre os quais encontra se Galileu, tiveram uma tarefa imprescindível para a formulação do novo mundo, como os fundadores da terceira Ciência.

 Eles  tiveram que combater e criticar teorias erradas, fundamentadas nos princípios da Física de Aristóteles, entre outros procedimentos, superar equívocos do platonismo incorporados no cristianismo, enfim.   

Tiveram que fazer algo muito diferente, novas acepção tarefa muito difícil para o seus tempos históricos, precisaram antes de tudo inventar uma metodologia confiável, e foi assim feito, a elaboração do método empírico, o campo observacional da experiência.

Destruíram um mundo e substituíram por outro, eles tiveram que mudar a própria estrutura da inteligência, substituir por uma lógica racional ao mundo empírico, reformular conceitos de conhecimento ao novo cosmo, superar senso comum ligado ao mundo religioso, que prejudicava a formulação da nova revolução.

 Tudo isso foi muito difícil ao ponto de Galileu ser perseguido, ter que renunciar as próprias ideias e outros filósofos como Descartes reformular seu método escrevendo em acordo com o Vaticano evitando dessa forma a fogueira. Mas o novo cosmo nasceu e terá vida muito mais curta que a velha concepção.

Edjar Dias de Vasconcelos.