Autor[1], Jamar de Oliveira Melo 

Declaro que sou autor (a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.

Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

 

RESUMO - O papel da arteterapia práticas integrativas ao idoso, consiste em uma pesquisa onde pretende analisar como a arte enquanto linguagem expressiva, pode beneficiar o idoso e suas questões de saúde, fazendo com que as diversas possibilidades artísticas, estimulem o cérebro e traga uma vida saudável para as pessoas da terceira idade, através de oficinas ministradas. Parte-se do pressuposto que a arte é uma área importante para a saúde mental e oferece suporte teórico prático para a educação. Devido às alterações na faixa etária brasileira, percebe-se o aumento significativo da longevidade do indivíduo, daí a necessidade de buscar meios, os quais possam possibilitar um envelhecer saudável. Nesse sentido, o presente artigo foi de apresentar como problemática:  a arteterapia como práticas integrativas ao idoso? Com base nessa problemática, o artigo pode observar que a arte é uma ferramenta imprescindível de incentivo do despertar para o envelhecimento humano, fornecendo subsídios pedagógicos para o desenvolvimento de uma consciência cidadã, de valorização das pessoas idosas, visando o seu protagonismo social. Para o referencial teórico contou-se com a contribuição de alguns pesquisadores, como: Coqueiro, Vieira e Freitas (2010), Andrade (2000, p. 17), Philippini (1998, p. 5). Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo explicativa, indicando a necessidade de realizar a arteterapia.   Desse modo, a pesquisa pretende oferecer ainda, através do meio artístico e de oficinas, um espaço que proporcionará à Terceira Idade a oportunidade de trabalhar e exercitar seu lado criativo, sua mente e sua autoestima, com a melhora de sua saúde mental.

 

 

PALAVRAS-CHAVE: Idoso. Arteterapia. Inclusão. Aprendizado. 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO  

 

 Este trabalho tem por objetivo ressaltar a arteterapia como práticas integrativas ao idoso. Dessa forma, pode-se afirmar que a Arteterapia é um processo terapêutico não-verbal que trabalha com a expressão de sentimentos através de artes como pintura, desenho, colagem, dança, dramatizações dentre outros. Essas técnicas estimula o corpo e a mente por meio da arte. O objetivo principal é que as pessoas demonstrem suas emoções através de seus próprios trabalhos artísticos. Os aspectos metodológicos utilizados para dar sustentabilidade na realização deste trabalho foram realizados análises e estudos bibliográficos. Este artigo, pretende oferecer reflexões sobre a arte e sua influência benéfica para o idoso. Diante da desvalorização do idoso no seu meio social, o mesmo sente não ter mais utilidade, tornando-se desmotivado para a vida e ingressando, algumas vezes, em estado depressivo, devido às circunstâncias sociais ou familiares em que se encontra.

Portanto são inúmeros os benefícios mentais que a arteterapia proporciona. Além de atuar no fator emocional dos idosos ajudando a expressarem suas emoções através da arte. Essa terapia também auxilia na diminuição dos níveis de estresse e ansiedade, melhora a criatividade, o desenvolvimento psicológico e as atividades cognitivas de forma geral. Na parte física, a reabilitação de movimentos é um dos fatores principais que envolvem essa técnica, já que os trabalhos são manuais e/ou corporais.

Para se dedicar a arteterapia, não é necessário ter experiência com trabalhos manuais, não precisa saber desenhar, pintar ou até mesmo ter aptidão. O profissional, denominado como arteterapeuta, auxilia em todo o processo de preparação e criação. Ele apresenta a ideia para aquela aula, orienta e se necessário, auxilia o idoso na execução da tarefa com o mínimo de intervenção possível.

Segundo Coqueiro, Vieira e Freitas (2010), diz que é a Arteterapia, uma ferramenta fundamental para amenizar os efeitos negativos da saúde mental, ou seja, é um instrumento de bem estar no campo afetivo, interpessoal, relacional, de equilíbrio emocional e das angústias. E além destes benefícios terapêuticos, a estimulação cognitiva que a arteterapia proporciona, é de extrema importância para os idosos exercitarem sua mente para estimular o cérebro, prevenindo os grandes declínios cognitivos, característicos da idade. Por exemplo: em Oficinas de Memória usam-se jogos, palavras cruzadas, sudokus; enfim, exercícios que estimulam o pensamento lógico, matemático e linguístico. Pois a atenção e concentração em atividades que por muitas vezes pode ser uma novidade para eles e ainda funciona como um canal para se expressarem livremente. 

2.METODOLOGIA

 

O presente estudo foi elaborado por meio de uma pesquisa do método qualitativa, onde definiu-se a estratégia de “Pesquisa explicativa” como a melhor opção para este estudo. O autor Gil (2012) menciona que este tipo de pesquisa, a explicativa, precisa ser elaborada buscando identificar os fatores que sejam mais determinantes na contribuição da ocorrência dos fenômenos.

Nesse sentido, segundo Gil (2012) a pesquisa explicativa possui como objetivo fundamental o aprofundamento em relação aos conhecimentos da realidade, de forma a trazer uma possível explicação os acontecimentos com base na razão e do por que dos fenômenos. O método pretende ainda identificar os reais motivos que contribuem de forma mais expressiva para o acontecimento de um determinado fenômeno. A pesquisa explicativa ainda pode ser enquadrada ou apenas percebida, como, sendo uma extensão da pesquisa exploratória ou da pesquisa descritiva (GIL, 2012).

Na maioria das vezes as pesquisas são realizadas em situações de déficit de informações em uma empresa ou campo de trabalho, ou ainda que estas informações, mesmo que existam, sejam insuficientes. Portanto, com a pesquisa pretende-se chegar até as respostas aos respectivos problemas identificados na pesquisa (GIL, 2012).

Dessa forma, para que seja realizado um estudo científico, é preciso que se realize uma pesquisa. Portanto, geralmente esta pesquisa é realizada em etapa anterior ao estudo, sendo comumente utilizada por meio de uma ‘pesquisa do tipo bibliográfica’.

(CERVO; BERVIAN, 2007). Com a realização deste referencial teórico, o autor consegue desenvolver uma fundamentação teórica sobre o assunto proposto, levando-se em consideração para isso, as ideias e conclusões de outros autores, devidamente referenciados para embasar o seu estudo e ajudar na discussão dos seus próprios resultados (GIL, 2012).

Portanto, o presente estudo irá apresentar um referencial teórico que foi constituído a partir de consultas bibliográficas que foram realizadas durante o desenvolvimento do estudo, sendo realizado principalmente através de leituras e consultas em trabalhos acadêmicos, normas regulamentadoras para definição dos conceitos e textos científicos oriundos do Scielo, Portal da Capes, Google Acadêmico, dentre outros. Ainda, foram feitas algumas leituras em livros impressos, jornais e revistas que estão à disposição em bibliotecas.

 

3. ARTETERAPIA

 

A arte, historicamente é reconhecida na cultura humana, como uma forma de socialização e de expressão. Hoje se sabe que, além destas funções, a arte pode exercer uma função terapêutica. Segundo Andrade (2000, p. 17).

 

A expressividade ou arte passa a ser um instrumento, técnico e conceptual, de um método de trabalho, ao combinar o fazer arte, e expressar-se, o uso de materiais plásticos e outras formas de expressão a um objetivo educacional ou terapêutico. As artes terapias e as terapias expressivas procuram juntar essas duas atividades, ou seja, o fazer arte enquanto expressão humana e o fazer terapia.

 

 

Existem inúmeros conceitos para Arteterapia, sendo um deles seria a terapia por meio da arte. Philippini (1998, p. 5) nos lembra que a Arteterapia não se preocupa com a estética e com a técnica, ela “privilegia a possibilidade de expressão e comunicação e o resgate e ampliação de possibilidades criativas”. A criatividade em arteterapia tem a intenção de dar vida e forma a conteúdos e personagens esquecidos, desconhecidos, distantes ou temidos.

Carl Gustav Jung começou a utilizar a arte como forma de tratamento na década de 20, quando pedia a seus pacientes que fizessem desenhos, representações de imagens de sonhos e de situações de conflitos. Para ele, essas representações simbolizavam o inconsciente individual ou o inconsciente coletivo. Jung, com essas práticas, cria o conceito de arquétipos que são formas instintivas de imaginar e de representar imagens. Segundo Silveira (2001, p. 69):

 

A noção de arquétipo [...], permite compreender por que em lugares e épocas distantes aparecem temas idênticos nos contos de fadas, nos mitos, nos dogmas e ritos das religiões, nas artes, na filosofia, nas produções do inconsciente de um modo geral – seja nos sonhos de pessoas normais, seja em delírios de loucos.

No Brasil, a psiquiatra Nise da Silveira, desenvolveu um trabalho semelhante ao de Jung. Ela não gostava de tratar seus clientes (nunca denominados por ela como doentes mentais ou pacientes psiquiátricos) com choques elétricos, lobotomia, etc., sua sensibilidade apontava para outros caminhos. Fundou então, em 1946, a Seção de Terapia Ocupacional no Centro Psiquiátrico Pedro II. Nise da Silveira3 queria compreender o que se passava no mundo interno daqueles indivíduos tão fechados, cuja linguagem verbal, dissociada e cheia de novas expressões, tornava difícil a comunicação. Para isso a psiquiatra, utilizava a terapia ocupacional, oferecendo atividades que permitiam os clientes expressarem vivências não verbalizáveis, como aquelas que se encontravam mergulhadas no inconsciente, isto é, emoções e impulsos fora do alcance das elaborações da razão e da palavra. Andrade (2000, p.104) comenta que Nise da Silveira, a fim de estudos científicos, enviou para Jung pinturas de seus clientes (hoje expostas no Museu de Imagem do Inconsciente). Ele respondeu as cartas de Nise e confirmou que as pinturas enviadas por ela representavam materiais do inconsciente coletivo, exatamente como os analisados por ele em sua prática clínica. Jung e Nise da Silveira mantiveram contato até sua morte.

O processo de formação do profissional em arteterapia

 

De acordo com a American Art Therapy Association (1995), “arteterapeuta é um profissional treinado em arte e em terapia que tenha uma formação em arteterapia”. Também é importante ressaltar:

Também é importante ressaltar:

A necessidade de os arte-terapeutas e terapeutas “expressivos” serem formados nas áreas pertinentes aos seus campos de trabalho, ou seja, artes, teorias e técnicas de psicoterapia e praticarem seus trabalhos com critério, ética e versatilidade;

 Terapeutas e educadores terem cuidado em manter em mente o objetivo e extensão do campo de seus trabalhos, a configuração específica de suas áreas de atuação (psicoterapia e educação), sabendo o quanto o campo de estudo e aplicação da psicologia e da pedagogia se interpenetram;

. Os profissionais dessas áreas podem e devem construir uma prática psicoterapêutica ou educacional considerando a possível complementaridade entre elas. Precisa-se pensar, tanto em educação como em saúde, na necessidade de atuação de vários profissionais, dentro de uma concepção multidisciplinar.

É condição que, a arte esteja no centro do trabalho para este poder ser considerado como arteterapia. (AATA, 1995, p. 40).

Considerando que a psicoterapia é uma atividade restrita a psicólogos e médicos, o profissional com outras formações que lhe dão embasamento para melhorar a vida das pessoas são considerados terapeutas.

Ainda de acordo com Valadares (2004):

 

A partir de uma visão de ecologia profunda, e de uma definição de saúde como um estado de bem-estar psicossomático, social, ambiental e cósmico, postulada pela Organização Mundial de Saúde, três categorias de terapeutas são reconhecidas: a clínica, a social e a ambiental. A primeira é reservada aos profissionais clínicos habilitados, como médicos, psiquiatras e psicólogos; a segunda, aos profissionais que cuidam do social, como educadores, empresários, engenheiros, arquitetos, artistas, políticos, cientistas, sacerdotes...; a terceira diz respeito aos cuidadores do meio-ambiente, como biólogos, ecólogos, engenheiros florestais, entre outros. A tarefa de ser agente de saúde, portanto, é estendida a todo ser humano, que se importa com o bem-estar, de si, de todos e de tudo, abrindo-se à responsabilidade de cuidar. (VALADARES, 2004, p.13)

 

O arteterapeuta, portanto, utiliza recursos artísticos como: artes plásticas, poesia, dança, música, teatro, modelagem, ou outras formas de expressão, para proporcionar o autoconhecimento e a melhora do estado emocional da pessoa que o busca como terapeuta. Ele pode focar seu atendimento nas mais diversas abordagens terapêuticas ou correntes psicológicas.

A arteterapia vem sendo usada em clínicas, hospitais, escolas, empresas, como mais um recurso de crescimento interior e bem-estar das pessoas. Através dos meios que mais tem afinidade, percebe a arte como um processo de comunicação não-verbal, onde tem menos importância o resultado e a estética do trabalho. A importância maior está naquilo que a arte revela do inconsciente e o seu efeito no consciente, melhorando o seu viver e o seu sentir.

Para isso, se faz necessário um conhecimento prévio das técnicas a serem usadas, dos materiais expressivos, e o treinamento na escuta e percepção do outro, com o acolhimento e a compreensão próprios de quem cuida.

Andrade (2000) ressalta que:

 

O arteterapeuta trabalha com o sujeito individualmente, ou com grupos, desenvolvendo práticas, dinâmicas, vivências que valorizam a Arte em todas as suas manifestações: pintura, escultura, música, desenho, teatro, poesia. Ao realizarmos uma atividade artística, não só interferimos na realidade, como também desenvolvemos competências pessoais que aprimoram a performance, o desempenho da pessoa, o que estabelecerá formas de comunicação entre o real e o imaginário, entre o pragmático e o sensível, transformando o ato criativo em expressão produtiva. (ANDRADE, 2000, p.53).

 

Andrade (2000) elucida que as pessoas aprendem a construir espaços de autoria; reconhecem-se como autores e desfrutam o prazer de criar, valorizando a invenção de coisas originais e não a mera repetição estereotipada; acrescentando detalhes específicos, comprovadores de que o criar nos faz humanos e nos leva a sair da lógica dual: melhor ou pior. O sujeito artista/artesão aprende a relativizar; a perceber sua obra com diferentes matizes e cada uma com sua beleza única.

Os educadores têm a missão de ajudar seus alunos a definir seus pensamentos limitadores, a reconhecer e comunicar seus medos, seus verdadeiros sentimentos e desejos. Afinal o educador é também um agente atuante na formação de uma personalidade. O trabalho do arteterapeuta é de estimular o sujeito a criar até a finalização de sua obra. Seu bom preparo se faz necessário para acompanhar a execução desse trabalho, observando suas atividades, reações e expressões. Antes de trabalhar as técnicas, o arteterapeuta tem de conhecê-las, para não aplicar como se estivesse seguindo um manual.

Professor arteterapeuta deve pesquisar constantemente, buscar fundamentação teórica para embasar sua aprendizagem e seu trabalho, para poder discriminar suas possibilidades de cooperação e complementaridade, bem como contemplar um outro lado seu, e perceber a transformação pela qual está passando; perceber as vivências que lhe estão permitindo trabalhar a autoimagem, bem como a percepção de que é positivo investir em comportamentos que não polarizem, mas ajudem a relativizar e amadurecer. (ANDRADE, 2000).

É importante que cada educador/arteterapeuta esteja desperto, atento à dinâmica da escola como um todo e da sala de aula em particular, cônscio de que é fundamental para o processo de identificação, valorizar personagens com traços de sabedoria e perspicácia, que usem estratégias para convencer os oponentes, vencendo pela sutileza e não pela força física; ciente de que nenhum herói sozinho dá conta de toda a diversidade, mas que, de acordo com a situação, cada uma das forças heroicas (prazer, competição, força, sabedoria, colaboração, complementaridade) deve ser resgatada/convocada, para agir na superação dos obstáculos, na transformação e evolução da própria atuação.

O papel do arteterapeuta no início do processo pode aqui ser bem entendido: “O trabalho de um arteterapeuta é o de estimular o sujeito a criar até a finalização de sua obra, observando neste percurso, suas atividades, reações e expressões orais durante a execução do trabalho” (URRUTIGARAY, 2004,p. 30).

Assim, o papel do arteterapeuta é o de conduzir e facilitar o processo expressivo, através da utilização dos materiais e suportes, coletando dados que serão analisados através das imagens criadas.

 

5.INCLUSÃO DA ARTETERAPIA ao idoso 

A arteterapia para idosos é uma metodologia que está ganhando cada vez mais espaço e sendo muito indicada por médicos e especialistas. Ela desempenha um papel importante na saúde e no bem-estar do idoso, justamente por exercitar o corpo e estimular a mente, para que ele consiga lidar melhor com as mudanças da terceira idade.

As oficinas de arteterapia para idosos visam ser um veículo de expressão do ser humano além do verbal, atingindo níveis inconscientes, muitas vezes de difícil acesso se forem usadas somente as palavras. É possível libertar de forma lúdica os traumas, as dores, as rejeições e os medos, possibilitando a elaboração desse conteúdo de forma sutil e plena.

As oficinas de arteterapia para idosos utilizam diversas técnicas de expressão, como a pintura de mandalas, colagem, modelagem, plantio, contos, entre outras tantas técnicas. Sem priorizar a estética, valorizando a liberdade de expressão, dentro de um processo terapêutico transformador. 

            Os benefícios da arteterapia para idosos são diversos, pois ela atua no fator emocional, ajudando os idosos a expressarem suas emoções com alegria. Além disso, a arteterapia diminui os níveis de estresse e ansiedade, estimula a criatividade, exercita a paciência, o desenvolvimento psicológico e as atividades cognitivas de forma geral.

            Na parte física, a arteterapia auxilia na reabilitação de movimentos, uma vez que os trabalhos são manuais, auditivos e corporais. As atividades são realizadas em grupos, estimulando a interação social, o olhar e o cuidado consigo e com o outro.

            A expressão artística visa ser uma forma de elaboração do conteúdo imaginário em um objeto concreto. A arte contém uma linguagem universal e proporciona um canal singular de expressão dos afetos, fantasias, sonhos, conflitos e ressignificação de suas vidas, até o momento presente. As criações artísticas revelam as experiências do indivíduo diante das atividades propostas pela arteterapeuta.

 

6.a saúde do idoso

De acordo com Sérgio Ximenes (dicionário da língua portuguesa), saúde é: “(...) Estado do indivíduo cujas funções orgânicas, físicas e mentais estão em condições normais; força, robustez (...)”.

A idade avançada vem trazendo na bagagem uma soma de experiências de vida acumulada por cada indivíduo, mas, de certa forma vem subtrair a saúde do idoso. Pois, afeta algumas funções do seu organismo, que como consequência trazem prejuízos as suas capacidades mentais, físicas, psicológicas e sociais.

A maior preocupação de uma pessoa que anseia envelhecer é chegar a chamada melhor idade sem ter uma doença que possa estar limitando o seu cotidiano, tornando-a dependente de outras pessoas. Estudos realizados em pessoas da terceira idade vêm demonstrando que a maioria deles julga a saúde como o valor mais importante e fundamental para a longevidade.

Na área da saúde, essa rápida transição demográfica e epidemiológica traz grandes desafios, pois é responsável pelo surgimento de novas demandas de saúde, especialmente a “epidemia de doenças crônicas e de incapacidades funcionais”, resultando em maior e mais prolongado uso de serviços de saúde.

Logo, o conceito de saúde deve estar claro. Define-se saúde como uma medida da capacidade de realização de aspirações e da satisfação das necessidades e não simplesmente como a ausência de doenças. A maioria dos idosos é portadora de doenças ou disfunções orgânicas que, na maioria das vezes, não estão associadas à limitação das atividades ou à restrição da participação social. Assim, mesmo com doenças, o idoso pode continuar desempenhando os papéis sociais. O foco da saúde está estritamente relacionado à funcionalidade global do indivíduo, definida como a capacidade de gerir a própria vida ou cuidar de si mesmo. A pessoa é considerada saudável quando é capaz de realizar suas atividades sozinha, de forma independente e autônoma, mesmo que tenha doenças (MORAES, 2009).

Bem-estar e funcionalidade são equivalentes. Representam a presença de autonomia (capacidade individual de decisão e comando sobre as ações, estabelecendo e seguindo as próprias regras) e independência (capacidade de realizar algo com os próprios meios), permitindo que o indivíduo cuide de si e de sua vida. A própria portaria que institui a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa considera que “o conceito de saúde para o indivíduo idoso se traduz mais pela sua condição de autonomia e independência que pela presença ou ausência de doença orgânica” (BRASIL, 2006). Por sua vez, a independência e autonomia estão intimamente relacionadas ao funcionamento integrado e harmonioso dos seguintes sistemas funcionais descritos abaixo:

  • Cognição: é a capacidade mental de compreender e resolver os problemas do cotidiano.
  • Humor: é a motivação necessária para atividades e/ou participação social. Inclui, também, outras funções mentais como o nível de consciência, a senso-percepção e o pensamento.
  • Mobilidade: é a capacidade individual de deslocamento e de manipulação do meio onde o indivíduo está inserido. Depende da capacidade de alcance/preensão/pinça (membros superiores), postura/marcha/transferência (membros inferiores), capacidade aeróbica e continência esfincteriana. ∙
  • Comunicação: é a capacidade estabelecer um relacionamento produtivo com o meio, trocar informações, manifestar desejos, ideias, sentimentos; e está intimamente relacionada à habilidade de se comunicar. Depende da visão, audição, fala, voz e motricidade orofacial.

 

  1. AUTOESTIMA DO IDOSO

 

Quando se trata especificamente do direito à Educação, Cultura, Esporte e Lazer, destinada as pessoas acima de 60 anos, o Estatuto do Idoso (Art.20), informa que: o idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de idade.

O Estatuto do idoso entrou em vigor em 1º de janeiro de 2004. Sancionado em outubro de 2003, ele garante direitos e estipula deveres para melhorar a vida das pessoas da terceira idade.

Tendo em vista que a vida tem seus momentos de altos e baixos, muitas   pessoas dependem de estímulos e elogios para se sentirem melhor. É claro que o idoso não é diferente, ele gosta de receber uma palavra amiga de encorajamento, um elogio sincero ou algum tipo de reconhecimento por tudo o que já fez durante a longa jornada. No entanto, o idoso não pode viver dependendo de fatos externos, para se sentir melhor e ter uma autoestima que lhe proporcione bemestar. Caso contrário, ele sempre dependerá de uma circunstância positiva para se fazer vencedor. Como descreve o autor Silmar Coelho: “O vencedor não é movido por acontecimentos externos, mas por aquilo em que acredita interiormente”. (2002, pg. 71).

Dentro desse contexto, verifica-se, a importância de o próprio idoso valorizar a sua autoimagem, percebendo que é capaz de vencer todos os obstáculos e elevar a sua autoestima. O idoso deve viver com toda intensidade, para ele, é muito importante estar em contato com o mundo que o cerca, sentir-se útil e ativo, participando de algum tipo de atividade, onde envolva a arte para que possa desenvolver a criatividade adormecida dentro dele.

Ao idoso cabe optar entre se entregar à velhice ou viver efetivamente a melhor idade. Atualmente pode se constatar que a população idosa está cada vez mais enfrentando os desafios e integrando-se a programas de ginástica nos batalhões da Polícia Militar, dança em associações de bairros entre outros. Ao desenvolver estas atividades, o idoso está possibilitando mudanças de perspectivas e de visão de mundo. E assim, eles estão enfrentando as suas dificuldades, com uma autoestima bem estruturada, proporcionando-lhe o seu retorno efetivo à sociedade, passando a ter maior facilidade para enfrentar os problemas que certamente surgirão nessa fase da vida.

Como descreve a autora Otilia Rosângela no livro Longevidade com Criatividade:

 

“O idoso criativo tem idéias próprias, aceita os limites do corpo, cuida-se mais, encontra novas possibilidades e opções agradáveis para desfrutar a vida. Valoriza mais todos os instantes, presta mais atenção nos belos detalhes da vida, é dono de seus desejos e luta por eles, constrói relações mais positivas, o que, afortunadamente levará a um bem-estar maior e          a          uma melhor qualidade de vida”. (2005, pg.13).

 

Diz ainda a autora que a criatividade, é uma estrada que abre, no entardecer da existência, nova perspectiva de uma vida mais feliz e com um significado especial. O principal agente do processo para combater a baixa autoestima do idoso é a própria família, face ao seu contato direto e diário com o mesmo, cabendo diagnosticar quando o idoso está apresentando atitudes estranhas, demonstrando tristeza ou agressividade e iniciar o processo de resgate.

Diante desse quadro, fica nítida a necessidade do comprometimento de todos aqueles que estão ligados à terceira idade, sendo uma das frentes de ação, o combate à exclusão social dos idosos, a fim de garantir que o mesmo sinta-se parte integrante da família e da sociedade, mostrando-lhes que viver é lutar constantemente e os encorajando na busca de soluções das várias circunstâncias que poderão surgir no dia a dia. Sendo assim, a família estará garantindo a sua integração no cotidiano familiar, de modo a contribuir para a sua transformação, pois o idoso bem cuidado possui uma autoestima que os fazem sentirem totalmente diferentes dos idosos que vivem à margem da sociedade, em asilos, nas ruas ou até mesmo abandonados em seus próprios lares.

E como já dizia o escritor Jean Rostand “A velhice só começa quando se perde o interesse”. (1995, pg. 48). Logo, devemos manter os mais velhos bem orientados para que não percam o interesse pela vida, e que eles possam viver a velhice, sem se       sentirem        velhos

 

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

O estudo do tema nos sugere que chegar a terceira idade requer a superação de muitos obstáculos impostos por uma sociedade desigual, mas também aponta que muitas são as alternativas encontradas nas mais diversas classes sociais, no sentido de superá-los. A falta de recursos não é, nem pode ser suficiente para justificar uma desistência ou mesmo o fracasso promocional da família, dos amigos ou da sociedade em geral.

A arteterapia surge neste contexto como um promotor de qualidade de vida, de agente motivador para a elevação da autoestima e de integrador de técnicas e possibilidades de expressão para as pessoas da terceira Idade.

A inclusão da terceira idade na arteterapia não é um ideal a qual chegamos um dia, mas um processo que já se encontra em andamento e cujo fim não existe. Tal processo tem um peso maior nas atitudes que assumimos perante o mundo que desejamos ter, lutando pela inclusão das pessoas com idade avançada e contra a exclusão dos mesmos na família, nos clubes (na dança), e na vida ativa e participativa da comunidade na totalidade.

A inclusão e a exclusão têm significados opostos, apesar de caminharem paralelamente e a opção depende de cada um. Enquanto uns fazem a opção pela indiferença, pelo preconceito e discriminação, outros resistem e revelam-se amorosos, humanos e colaboradores das pessoas idosas.

Podemos dizer que a arteterapia além de integrar, de amenizar os impactos das exclusões dos idosos na sociedade, ela tem a sua máxima no cuidar. O cuidar com arte e todas as suas possibilidades e técnicas de expressão.

 

 

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