SOROPREVALÊNCIA DA DOENÇA DE CHAGAS EM CANDIDATOS A DOADORES DE SANGUE NA HEMORREDE DE RONDÔNIA NO PERÍODO DE 2008 A 2011

  • Moacir Longhi

 

Resumo

A doença de Chagas é a infecção humana causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi e a transfusional é a segunda forma de transmissão entre os humanos.

Este trabalho é um estudo descritivo retrospectivo a partir de levantamento de dados da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Rondônia – FHEMERON.

A pesquisa teve como objetivo verificar a soro prevalência da doença de chagas em candidatos a doadores de sangue na hemorrede de Rondônia bem como levantar quantidade de doadores por ano estudado, verificar a distribuição por municípios e avaliar o perfil sorológico da doença no período de 2008 a 2011.

O índice de positividade encontrado que é de 0,09% mostra que o hemocentro de Rondônia está, em percentuais, bem abaixo da média nacional e de outros Estados, onde foi realizada pesquisa semelhante.

Palavras chave: Doença de Chagas; doador de sangue; soro prevalência.

 

Abstract

Chagas disease is a human infection caused by flagellate protozoan Trypanosoma cruzi and transfusion is the second form of transmission between humans.

This study is a retrospective descriptive study based on data from the data of Hematology Foundation of the State of Rondônia - FHEMERON.

The research aimed to determine the serum prevalence of Chagas disease in blood donors from Rondônia in hemorrede well as raising the amount of donors each year studied, to verify the distribution by municipalities and evaluate the serological profile of the disease in the period 2008 to in 2011.

The positivity rate is 0.09% which shows that the blood bank of Rondônia is in percentage, well below the national average and other states where similar research was conducted. 

Keywords: Chagas disease; blood donor; serum prevalence

 

Resumen

La enfermedad de Chagas es una infección causada por el protozoo flagelado Trypanosoma humano cruzi y la transfusión es la segunda forma de transmisión entre seres humanos.

Este estudio es un estudio descriptivo retrospectivo de los datos de la encuesta de Hematología Fundación del Estado de Rondônia - FHEMERON.

La investigación tuvo como objetivo determinar la seroprevalencia de la enfermedad de Chagas en donantes de sangre en hemorrede de Rondônia y aumentar la cantidad de donantes por año de estudio, verificar la distribución por distritos y evaluar el perfil serológico de la enfermedad en el período de 2008 a 2011.

La tasa de positividad es de 0,09%, lo que muestra que el centro de sangre de Rondônia es, en porcentaje, muy por debajo de la media nacional y en otros estados donde se llevó a cabo una investigación similar.

Palabras clave: Enfermedad de Chagas, donantes de sangre, la prevalencia del suero.

Introdução

 

A doação de sangue é atualmente regulamentada pela Portaria nº 343/2002 do Ministério da Saúde, que estabelece e ratifica o disposto na Constituição Federal em vigor, enfatizando que a doação de sangue deve ser altruísta, voluntária e não gratificada. Entretanto, a cultura brasileira tem se mostrado adversa à doação de sangue espontânea e habitual em decorrência de mitos, preconceitos e tabus que ainda permanecem entre a sociedade (MOURA e cols, 2006).

Devido a esses fatores, a quantidade de doadores de sangue no Brasil é de apenas 1,8% da população, Esse percentual é insuficiente, principalmente se levada em consideração a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda o índice ideal entre 3% e 5% (LISAN, 2007).

Além dos baixos índices de doações, ainda temos os descartes por causa de diversas doenças, entre elas a doença de Chagas, que foi descrita em 1909 pelo médico Carlos Chagas, é uma enfermidade de caráter crônico exclusiva do continente americano, causada por Trypanosoma cruzi, um protozoário flagelado da família Trypanosomatidae, cuja principal via de transmissão é a vetorial seguida das vias sanguínea (transfusão), vertical (placentária), oral e acidental (OLIVEIRA e cols, 2008).

Os triatomíneos são insetos hematófagos da família Reduviidae,  e são os responsáveis pela transmissão vetorial de Trypanosoma cruzi (ALMEIDA e cols, 2007).

A transmissão por transfusão sanguínea constitui o segundo mecanismo de importância epidemiológica na doença de Chagas, principalmente nas grandes cidades onde a prevalência é alta devida ao êxodo rural, isto é, decorrente do deslocamento de famílias que residiam em áreas rurais endêmicas para os centros urbanos e à utilização crescente da hemoterapia (OLIVEIRA e cols, 2008)

No Brasil, existem normas técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde para a triagem sorológica de doadores de sangue. Em 25/09/69, foi decidido, por Portaria do Ministério da Saúde à obrigatoriedade na realização de testes sorológicos para Doença de Chagas. No Brasil, somente em 1975 foi publicada a Resolução nº 1/75, especificando que o sangue humano e seus derivados só poderão ser empregados como meio terapêutico profilático ou diagnóstico depois de terem sido submetidos a provas laboratoriais adequadas para o vírus da hepatite B (OLIVEIRA, 2001).

Equipamentos automatizados para a realização dos testes laboratoriais nos doadores de sangue foram colocados no mercado, tais como, pipetadores automáticos, incubadoras e leitores para a realização dos testes de Enzimaimunoensaio (ELISA), sistemas computadorizados de informação que permitem a disponibilidade on-line sobre as doações anteriores, assim como os registros necessários à correta identificação e rastreabilidade dos produtos sanguíneos (OLIVEIRA, 2001).

De acordo com Oliveira e seus colaboradores (2007), o principal objetivo da medicina transfusional na última década foi reduzir o risco de infecções transmitidas via transfusão sanguínea a níveis mais baixos possíveis. O procedimento mais importante para triagem de doadores no local da doação é a entrevista clínica, que contém questões que visam proteger o receptor de adquirir infecção pós-transfusional e protegem o doador de sofrer reações adversas após a doação. Assim, as estimativas dos percentuais de soro positividade em doadores de sangue previamente sadios, justificam-se, pela necessidade de monitorar a segurança das transfusões sanguíneas e evidenciar a necessidade de concentrar esforços na prevenção e profilaxia das doenças transmissíveis pelo sangue.

Salles e cols (2003), consideram que a taxa de descarte sorológico não representa a prevalência de uma determinada infecção na população de doadores de sangue; contudo, reflete um conjunto de variáveis que têm extrema importância para a qualidade do sangue.

Devido à falta de informações recentes acerca da infecção pelo T. cruzi no estado de Rondônia, o presente estudo se propôs a investigar a reatividade da infecção chagásica em doadores de sangue do Hemocentro de Rondônia – FHEMERON no período de 2008 a 2011 e fornecer informações atuais sobre a doença no estado.

A partir do momento em que o paciente tem sorologia reagente para determinado agente infeccioso, sua bolsa é descartada. Estudos como este, e outros relacionados, foram realizados em Hemocentros brasileiros, porém, não há estudos que traduzam a realidade na FHEMERON. Além disso, levantamento das causas sorológicas de descarte de bolsas pela FHEMERON (Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Rondônia) pode fazer parte de um diagnóstico endêmico das principais doenças que acometem os doadores em nossa região, inclusive a doença de chagas, podendo até mesmo proporcionar medidas preventivas, tornando esse estudo relevante.

No Brasil, a hemorrede pública encontra-se concebida de forma hierárquica, equânime e descentralizada, sendo responsável por 60% das transfusões realizadas no país, ficando os procedimentos restantes a cargo da rede privada ou conveniada ao Sistema Único de Saúde - SUS. (ANVISA, 2003). Diante do exposto, o presente trabalho busca investigar a soro prevalência da doença de chagas em candidatos a doadores de sangue na hemorrede de Rondônia, visto que a  transfusão sanguínea é um processo que mesmo realizado dentro das normas técnicas preconizadas, envolve risco sanitário com a ocorrência potencial de incidentes transfusionais. Dentre estes, destacam-se aqueles relacionados às doenças infecciosas e parasitárias. Para prevenir o aparecimento e/ou recorrência desses incidentes, torna-se fundamental o monitoramento e a vigilância de todo o processo, da captação do doador à transfusão (CAIRUTAS, 2001).

Assim verificou-se através de um levantamento de dados, a soro prevalência da doença de chagas em candidatos a doadores de sangue na hemorrede de Rondônia e levantar a quantidade de doadores por ano estudado; verificar a incidência de doadores portadores, distribuído por municípios e avaliar o perfil sorológico para doença de Chagas no período de 4 anos.

Dessa forma, a prevalência da doença de Chagas em candidatos a doadores de sangue na hemorrede de Rondônia, foi elucidada e respondida na conclusão.

Metodologia da pesquisa

Este foi um estudo descritivo retrospectivo a partir de levantamento de dados da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Rondônia – FHEMERON.

A população avaliada foi de doadores voluntários de sangue da hemorrede de Rondônia, que no período de 2008 a 2011 realizaram coleta de sangue. A amostra foi composta por doadores pretensamente hígidos, de ambos os gêneros, com idade variando entre 18 e 65 anos que realizaram a doação de sangue no mesmo período.

Foram excluídos do estudo, os dados de pacientes que doaram sangue antes ou após a referida data da pesquisa. Aqueles que doaram sangue mais de uma vez tiveram analisados os dados da primeira doação.

Os dados foram coletados dos arquivos da FHEMERON, onde foi realizado um levantamento quantitativo de soropositividade nos exames de triagem de doadores para a doença de Chagas. 

Após o levantamento dos dados, os mesmos foram analisados em programas estatísticos como o Microsoft Excel (2007) e foram convertidos em gráficos e tabelas, para posterior correlação e apresentação dos dados.

Considerações Éticas

Os participantes da pesquisa, foram registrados como dados da FHEMERON e não obtiveram benefícios diretos sobre a realização da pesquisa, no entanto, contribuíram de sobremaneira para a quantificação dos casos da doença de Chagas em candidatos e doadores de sangue na hemorrede de Rondônia.

Resultados e discussões

A quantidade de doadores de sangue nos quatro anos estudado, manteve-se estável, sendo que no mesmo período a população do Estado teve um forte aumento devido provavelmente à construção de duas grandes usinas hidrelétricas no Município de Porto Velho.

A quantidade de doadores por Municípios seguiram o percentual do Estado que é, segundo o Ministério da Saúde (2007), de 1,9% e em números absolutos, de acordo com a quantidade de habitantes das cidades.

Os resultados obtidos nesse trabalho, durante o período estudado para doença de Chagas em candidatos a doadores de sangue na hemorrede de Rondônia, são considerados elevados e preocupantes uma vez que os candidatos que efetuam sua doação, obrigatoriamente são submetidos a uma triagem rigorosa na qual em que os doadores que se “encaixe” em algum “grupo de risco” são impedidos de efetuar a sua doação. Sendo assim, o candidato que passa pela triagem clinica e realizam a doação propriamente dita, teoricamente é um doador previamente sadio.

Ainda baseado nos dados citados, vale ressaltar que os resultados encontrados nesse trabalho, não expressa a realidade de toda a população do Estado de Rondônia, pois segundo Ministério da Saúde (2007), em termos percentuais, a quantidade de doadores de sangue comparados com a população total do Estado é de apenas 1,9%, não retratando a real situação da doença de chagas em toda a população desta área.

Tabela 1:  Números de doações de sangue na hemorrede de Rondônia  por ano estudado e por Municípios.

Cidade ou Município

2008

2009

2010

2011

Total

Porto Velho

12.726

13.994

13.959

13.518

54.197

Ariquemes

3.403

3.448

3.543

3.393

13.787

Cacoal

2.855

3.400

3.341

4.183

13.779

G. Mirim

1.464

1.501

187

1.000

4.152

Ji-Paraná

4.132

4.330

4.093

4.296

16.851

R. de Moura

2.447

3.063

3.169

2.953

11.632

Vilhena

1.882

2.388

2.715

3.089

10.074

 

 

 

 

 

124.472

Fonte: Estatística/Fhemeron

Em números gerais temos um descarte de bolsa de sangue pela positividade da doença de chagas na hemorrede de Rondônia na ordem de 0,09%. Se compararmos com a pesquisa realizada no hemocentro regional de Uberaba, Estado de São Paulo, no ano de 2006 por Moares-Souza e cols, verificamos que os resultados na hemorrede de Rondônia  está bem abaixo do hemocentro de Uberaba, o qual mostrou inaptidão de doadores pela sorologia de doença de chagas na ordem de 0,31%.

Outra pesquisa realizada na Santa casa de Limeira por Piazza e cols em 2006, mostrou uma soro prevalência para doença de chagas em candidatos a doadores de sangue de 0,27% evidenciando que os resultados obtidos na hemorrede de  Rondônia que é de 0,09% estão abaixo dos índices observador em outros Estados da Federação.

Ainda fazendo comparação com outros Estados do País, verificamos que em Santa Maria, Rio Grande do Sul foi realizado estudo por Machado e Zuravski no ano de 2005, em candidatos a doadores de sangue que apresentou um descarte de 1,56% ocasionado por sorologia positiva para doença de chagas e mais uma vez temos índices bastante superiores aos encontrados na hemorrede de Rondônia.

Tabela 2: Positividade para doença de chagas na hemorrede de Rondônia por ano estudado.

Cidade ou Município

2008

2009

2010

2011

Total

Porto Velho

10

1

5

14

30

Ariquemes

5

3

7

6

21

Cacoal

4

2

1

2

9

G. Mirim

3

3

0

0

6

Ji-Paraná

1

0

1

2

4

R. de Moura

2

7

2

7

18

Vilhena

4

2

2

9

17

Total

29

18

18

40

105

Fonte: Estatistica/Fhemeron

Observando os resultados por ano estudado (TABELA 2) observa-se um aumento da positividade sem um aumento considerável das doações de sangue e isso pode ser explicado pelo aumento populacional que o Estado viveu no ano de 2010 em que se iniciou a construção das duas usinas hidrelétricas no Rio Madeira e que refletiu no ano seguinte, ou seja, em 2011. Essas obras de infraestruturas principalmente na capital, Porto Velho, atraíram trabalhadores de várias regiões do país, podendo ser a explicação para o aumento no numero de doadores portadores da doença de chagas nesse ano.

Também no Rio Grande do Sul, na cidade de Pelotas, uma pesquisa foi realizada no ano de 2007 pelos pesquisadores Peres e Rodrigues e os resultados são bem inferiores dos encontrados em Santa Maria, onde o índice de soropositividade para a doença de Chagas foi de 0,28%, e bem acima dos resultados encontrados nesse trabalho em Rondônia.

Outro ponto observado nestes resultados é a prevalência nos Municípios de Vilhena e Rolim de Moura para a doença de chagas, estar acima dos outros Municípios como Ji-paraná e Cacoal. A zona da Mata como é chamada a região Sul do Estado, é a porta de entrada do Estado de Rondônia e grande parte das pessoas que chegam a Rondônia proveniente de várias regiões do país, inclusive áreas endêmicas para doença de Chagas se estabelecem nos Municípios daquela região que apresenta maior índice de miscigenação do Estado. 

O município de Ariquemes também apresenta números considerados elevados perdendo apenas para Porto Velho, porém se comparados ao numero de habitantes de cada cidade que segundo dados do IBGE (2011), Ariquemes possui 91.570 habitantes e Porto Velho 435.732 habitantes, percebe-se que Ariquemes tem incidência maior que a capital, ou seja, um doador portando doença de chagas para cada 4.360 habitantes e na capital temos um doador com sorologia para chagas positivo em cada 14.524 habitantes. Esses dados podem ser justificados pelas características minerais do referido Município, ou seja, grandes áreas de garimpo que atraem trabalhadores de diversas partes do Brasil em busca de trabalho e riquezas, inclusive vindos de Estados endêmicos para a doença de chagas.

Com exceção do ano de 2011 que teve sua população aumentada, a variação encontrada nos outros anos pode ter se dado ao acaso, uma vez que o doador que é detectado como portadores da doença de chagas e de outras doenças investigadas pelo banco de sangue são descartados e encaminhados para tratamento e acompanhamento em unidades especializadas, não tendo participação nos resultados dos outros anos.

Outro dado que pode ser relevante para a saúde pública é a incidência de candidatos a doadores de sangue na hemorrede do Estado portadores da doença de chagas baseado na quantidade total de doações, ou seja, Rondônia tem um candidato a doador de sangue portador da doença de chagas a cada 1.185 doações. 

Os dados são preocupantes devido às questões já expostas de que só temos 1,9% da população que é doador de sangue e, esses são submetidos a um rigoroso processo de triagem para serem considerados aptos a doação. Deixando a entender que os índices de portadores da doença de chagas na população geral devem ser bem mais elevados e cabem as autoridades sanitárias do Estado fomentar pesquisas nessa área.

Considerações finais

            Os candidatos a doadores de sangue procuram a hemorrede espontaneamente para praticar um ato de generosidade para com o próximo doando um produto que não se pode ser produzido artificialmente e é indispensável para a manutenção da vida de muitas pessoas que passam por problemas de saúde.

            Os dados obtidos representam 1,9% da população que é doadora de sangue e a situação dessa doença no Estado de Rondônia pode ser ainda mais grave, pois além desses doadores serem a minoria, são também submetidos a uma triagem rigorosa que rejeita os candidatos que apresentem algum precedente que ofereçam riscos aos receptores de desse sangue doado.

É necessário que se façam pesquisas para medir a incidência da doença de Chagas na população do Estado, bem como os Municípios de maior incidência para que se intensifiquem os programas de prevenção e de conscientização para com isso, conhecer a real situação e manter um controle efetivo sobre essa patologia e esse estudo servirá como base para que se direcionem projetos envolvendo a hemoterapia do Estado.  

Os resultados mostram uma prevalência razoavelmente baixa da doença de chagas em doadores de sangue na hemorrede de Rondônia, uma vez que comparados a outros Estados que realizou a mesma pesquisa, o Estado de Rondônia apresenta uma das mais baixas taxas de descarte de bolsas de sangue por causa da positividade da doença de chagas.

Apesar dos resultados serem considerados inferiores aos outros hemocentros do País, não se deve de forma alguma, diminuir a vigilância e o cuidado com essa patologia.

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