Comunidade de parasitas em Traíras, num córrego no distrito de Fontanillas, Juína-MT

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO. CAMPUS JUÍNA

LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

 

 

 

Comunidade de parasitas em Traíras, num córrego no distrito de

Fontanillas, Juína-MT

 

 

 

 

 

 

ORIENTADOR: ALEXANDER STEIN DE LUCA

ACADEMICOS: LEVI LOPES RIBEIRO

MARCIA D. REINKE

PATRICIA THAIS PAULI

RODOLFO E. SANDRIN

WIGNEY G. SEDANO

 

Setembro de 2013

 1.0 Introdução

O trabalho foi realizado na comunidade de Fontanillas com os alunos do 5º semestre em Ciências Biológicas do instituto Federal de Mato Grosso coordenado pelo professor Doutor Alexander S. de Luca, na disciplina de Ecologia.

 2.0 Objetivo

•  Determinar a diversidade de espécies de parasitas das traíras
• Determinar a abundância de espécies.

3.0 Material e Matérias Utilizados

- Cadernetas para anotações.

           - Balança.

- Régua.

- 5 Varas de pesca.

- Iscas (carne e minhoca).

- Bandejas

- Réguas

- Pinças

- Bisturis

- Tesouras

- Luvas

- laminas de vidro para microscopia

- Placas de Petri

- Microscópio

- Álcool a 70 %

- Formol a 5 %

- Lupas de mão

4.0 Metodologia:

A captura foi feita com anzol e realizada em dois turnos, o primeiro realizado das 16:00 a 17:30 e o segundo turno das 17:30 as 18:30. Os espécimes capturados foram transportados até a escola da comunidade para se realizar a biometria dos mesmos. Na necropsia os músculos e os órgãos internos foram observados sob lupas de mão. A larva do parasita encontrado foi retirada com o auxílio de uma pinça e bisturi, colocada na placa de Petri com solução salina 0,9% e fixadas em formalina 5 % morna. Posteriormente foi transferida para um frasco de vidro com álcool 70%. A identificação foi feita com base em literatura.

5.0 Resultados e discussões

            Os 15 (quinze) peixes capturados estão classificados em 4 (quatro) espécies diferentes distribuídos em 2 (duas) famílias, como mostra a tabela 01.

 

Tabela 01- Classificação Zoológica

Com Base nos peixes que foram apanhados, a tabela 02 compreende sobre a quantidade e a classificação zoológica, já a figura 01 mostra a quantidade de peixes relacionados com a família.

Tabela 02- Quantidade de peixes apanhados:

Classificação zoológica	Numero de indivíduos
Hoplerythrinus unitaeniatus	08
Geophagus brasiliensis	04
Hoplias sp	02
Crenicichla lacustres	01

Figura 01- Relação das espécies capturadas.

Tabela 03- relação da biometria do primeiro turno, peso, isca (minhoca), do dia 24 de agosto com inicio ás 16:39 á 17:30:

Peixe	Peso(g)	Comprimento Total (cm)	Comprimento Padrão (cm)	Altura (cm)
Hoplerythrinus unitaeniatus	95	19	16	4
Hoplerythrinus unitaeniatus	69	17,5	14,6	3,5
Hoplerythrinus unitaeniatus	74	18,6	15,6	3,7
Hoplerythrinus unitaeniatus	72	17,9	15,3	3,8
Hoplerythrinus unitaeniatus	64	17,3	14,6	3,2
Hoplerythrinus unitaeniatus	59	17	14	3
Hoplias sp	28	13,3	11	2,5
Hoplerythrinus unitaeniatus	18	12,4	10,3	2,3
Hoplias sp	76	19,5	16,1	4
Crenicichla lacustris	9	9,8	8	2
Geophagus brasiliensis	18	9,5	7	3,5

Tabela 04- Relação da biometria do segundo turno, peso, isca (Minhoca), do dia 24 de agosto com inicio ás 17:30 ás 18:30:

Peixe	Peso(g)	Comprimento Total (cm)	Comprimento Padrão (cm)	Altura (cm)
Geophagus brasiliensis	47	16	13,5	3
Hoplerythrinus unitaeniatus	90	17	14	5,5
Geophagus brasiliensis	28	11,5	9	4
Geophagus brasiliensis	24	10,5	8,5	3,5

            Dos 15 peixes apanhados, apenas um individuo apresentou a presença de parasita em suas vísceras parasita Cestoide é do filo Platyhelminthes que se caracteriza pela ausência do sistema digestório. Os alimentos são absorvidos pela pele que têm revestimento semelhante aos dos trematódeos, parente da Tênia.  A tabela 05 expõe as informações:

Tabela 05- Quantidade de parasitas encontrada

Espécie	Parasitas nas brânquias	Parasitas nas vísceras	Parasitas na musculatura
Hoplerythrinus unitaeniatus
Hoplerythrinus unitaeniatus
Hoplerythrinus unitaeniatus		X
Hoplerythrinus unitaeniatus
Hoplerythrinus unitaeniatus
Hoplerythrinus unitaeniatus
Hoplias sp
Hoplerythrinus unitaeniatus
Hoplias sp
Crenicichla lacustris
Geophagus brasiliensis
Geophagus brasiliensis
Hoplerythrinus unitaeniatus
Geophagus brasiliensis
Geophagus brasiliensis

5.0 Conclusão

            Podemos observar que foi capturado mais peixes da família Erythrinidae, e uma menor quantidade da família Cichlidae. Onde compreende 08 Jejum (Hoplerythrinus unitaeniatus) Cará (Geophagus brasiliensis), 02 Traíra ( Hoplias sp), 01 Joaninha (Crenicichla lacustres), totalizando em 15 espécies capturadas nos dois turnos. Foi possível identificar somente 01 parasita, num Jejum ( Hoplerythrinus unitaeniatus), o individuo apresentava em seus vísceras ( ver em anexo, figura 11) um parasita Cestoide.( ver em anexo, figura 12).

                                        Não sendo possível identificar nenhum parasita em Traíras, no córrego no distrito de Fontanillas, Juína-Mt.

6.0 Referencias Bibliográficas

Joaninha, tucunaré dos pampas ou truta brasileira - Um peixe da Lagoa dos Patos. Pesca na Lagoa dos Patos. Disponível em: < http://pescanalagoa.

blogspot.com.br/2011/12/joaninha-tucunare-dos-pampas-ou-truta.html>. Acesso em 05 de setembro de 2013.

Crenicichla lepidota. Crenicichla lepidota  Heckel, 1840 Pike cichlid. Disponível em: http://www.fishbase.gr/Summary/speciesSummary.php?ID=
11159&AT=giensa-verde >. Acesso em 05 de setembro de 2013.

Erythrinidae-Taxonomia e sistemática. Wike Peixes. Disponível em:  <http://wikipeixes.com.br/familias:erythrinidae >. Acesso em 05 de setembro de 2013.

 

 

 

 

 

ANEXOS

Figura 01-Córrego onde foi feito a captura

Figura 02- Córrego onde foi feito a captura

 

Figura 03- Espécimes capturados para realizar a biometria

Procedimentos da necropsia:

Figura 04- Espécime para a necropsia

Figura 05- Primeira etapa da necropsia: Corte abdominal

Figura 06- Segunda etapa da necropsia: Observação das guelras

Figura 07- Terceira etapa da necropsia: Retirada das vísceras

Figura 08-  Quarta etapa da necropsia: Observação das vísceras.

Figura 09- Observação das vísceras.

Figura 10- Ultima etapa da necropsia: Corte para ver a musculatura.

Figura 11- Vísceras em placa de Petri

Figura 12- Parasitoide