AUTOMAÇÃO EM SISTEMA DE AR CONDIVIONADO UTILIZANDO CAIXA DE VAV (Volume de Ar Variável)

Paulo Pereira , Joilson Moura Menezes, Sidney Fernandes da Luz

Estácio-Uni-rádial
[email protected]
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RESUMO

Este trabalho apresenta o desempenho da auto-mação em sistema de ar condicionado utilizando caixas VAV (volume de ar variável) visando à oti-mização das funções básica que garante ao sis-tema rapidez, eficiência, economia de energia, re-dução do custo operacional do empreendimento melhor nível de conforto, resultando no aumento da produtividade dos usuários do edifício, otimiza-ção da equipe da manutenção e operação do sis-tema de ar condicionado, agilidade para oferecer informações ao gestor da instalação. Nota-se que o sistema de ar condicionado com caixa VAV pro-duz condições de maior conforto nos ambientes da instalação. Neste trabalho utilizaremos uma con-troladora VMA (Modulador Variável de Ar) fabrica-do pela a empresa Johnson Controls do Brasil, e apresentaremos um protótipo simulando uma cai-xa VAV.
Um sistema VAV consiste basicamente de múlti-plas unidades terminais de ar.
Unidades terminais de ar consistem de um damper e uma sonda de medição de pressão (tubo de pi-tot) instalados em uma caixa metálica.
Compreensão dos mecanismos e lógicas envolvi-dos no funcionamento do VMA.
À medida que a temperatura da zona aumenta,
o controlador da VAV (VMA) comanda a abertura do damper para permitir que mais ar
frio tenha acesso ao ambiente. O volume de ar re-querido para manter uma determinada
zona em seu setpoint de temperatura é definida pelo tamanho do espaço e cargas.

PALAVRAS-CHAVE

Automação, caixas VAV (volume de ar variável), temperaturas, carga térmica, ar condicionado, VMA (Variable Air Volume Modular Assembly)


1 INTRODUÇÃO

A utilização de caixas VAV (volume de ar variável) é bastante empregado em edificios modernos ou os chamados edificios inteligentes porque busacam melhor conforto para seus usuários.
A principal característica deste trabalho destaca-se na utilização de caixas VAV (volume de ar variável) para controlar o insuflamento de ar no ambiente e apresentendo so conceito de carga térmica de um projeto. As caixa VAV são equipamentos de ar condicionado que atraves de um damper permite controlar a passagem de ar através de um duto, desse moda a vazão de ar e a temperatura de uma sala.
O Variable Air Volume Modular Assembly (VMA) é um módulo integrado que inclui um
controlador digital de última geração, um sensor diferencial de pressão e um atuador
com motor de passo. Adicionalmente, uma vez que o tamanho da caixa VAV
determina sua capacidade máxima de resfriamen-to, a performance de uma caixa VAV
depende do seu correto dimensionamento pelo projetista de ar condicionado. Algumas vezes o tamanho e, portanto, a capacidade de uma caixa VAV pode não
atender adequadamente à demanda térmica da zona a que ela serve. Se a caixa for
muito pequena, ocorrerá resfriamento insuficiente e alto nível de ruído. Se a caixa for
muito grande, poderá ser difícil controlar adequa-damente a temperatura da zona, uma
vez que uma pequena abertura no damper causa uma grande mudança na vazão de ar.
As caixas devem ser ligeiramente sobre-dimensionadas para permitir uma operação
mais silenciosa e uma reserva de capacidade para eventuais aumentos na carga
térmica do ambiente. Tipicamente, recomenda-se que a vazão máxima de projeto seja
limitada entre 80 e 90% da capacidade de vazão da caixa (vazão máxima da caixa).
Condicionadores de ar normalmente são controla-dos a partir da norma ASHRAE, onde são
definidos padrões nos processos de controle de ar-condicionado, a variação da utilização do ar ex-terno
é o que determina qual ASHRAE utilizar.
ASHRAE 1 = Utiliza 100% do ar-externo todo o tempo, uma válvula de aquecimento é
modulada para manter a temperatura de ajuste, caso a temperatura de insuflação abaixar
muito, o damper de ar externo pode ser fechado (modo prioritário).
ASHRAE 2 = É fixada uma porcentagem mínima de uso do ar-externo (15 até 50%), válvula de
aquecimento ou damper de ar-externo são modu-lados para manter a temperatura de ajuste. Se
a temperatura de insuflação abaixar muito, o dam-per de ar-externo é fechado e a válvula de
aquecimento abre totalmente (modo prioritário)
[2].

2 Carga Térmica
O principio de um projeto de ar condcionado é conhecer a carga térmica de um ambiente que se deseja climatizar.
Para calcular a carga térmica de resfriamento é necessário:
Obter características físicas do prédio, dimensões, materiais, Determinar a localização do prédio, orientação e sombreamento;
Obter informações sobre o clima no local, e especificar os dados de projeto de acordo com normas;
Obter informação sobre iluminação, ocupantes, tipo de ocupação, equipamentos, etc, tudo que possa contribuir para a carga térmica interna;
Especificar o dia típico de cada mês para fazer os gerar os valores de carga térmica;
E vários outros.
2.1 Grafico demostrando a distribuição da carga
termica de um projeto.












Gráfico1. Demonstrativo das cargas térmicas.


2.2 Conceitos de dimensionamento de dutos:
Nas aplicações comerciais, industriais e residenci-ais o projeto de rede de dutos deve-se considerar: o espaço disponível, espaço para difusão do ar, níveis de ruído, vazamento nos dutos, ganhos ou perdas de calor, balanceamento, controle de fu-maça e fogo, custos iniciais e custos operacionais.
A Equação de Bernoulli (3).

onde
= velocidade das linhas de fluxo (m/s);
P = pressão absoluta, Pa (N/m2)
= massa específica (kg/m3)
g = aceleração da Gravidade (m/s2)
z = elevação (m)
Resolvendo a equação acima considerando a massa específica como constante, e aplicando en-tre dois pontos distintos, tem-se:


V = velocidade média no duto, (m/s)
= perda de pressão total por atrito e perdas dinâmicas entre as seções 1 e 2.
Assim, considerando-se a pressão atmosférica e a pressão devido à diferença de nível temos:







2.3 Perdas de Pressão nos dutos
As perdas de pressão são processos irreversí-veis de transformação de energia mecânica em calor. As perdas podem ser devido ao atrito e di-nâmicas.
Perdas devido ao atrito
As perdas devido ao atrito são devido aos efei-tos viscosos e são um resultado da troca de mo-mento entre as moléculas no regime laminar e en-tre as partículas individual e a adjacente camada de fluido que se move em diferente velocidade no regime turbulento.
Equação de Darcy-Weisbach (2).
A perda total de pressão ao longo de um trecho de duto é calculada pela equação abaixo:


onde:
= perda de pressão em termo de pressão total, Pa
f = fator de fricção, adimensional
L = comprimento do duto, m
Dh = diâmetro hidráulico, mm
V = velocidade, m/s
= massa específica, kg/m3
C = coeficiente de perda local, adimensional
O fator de fricção é dado pela equação de Co-lebrook

onde:
= rugosidade absoluta do material, mm
Re = número de Reynolds
Atshul et al, 1975 desenvolveram uma fórmula simplificada para o fator de fricção e modificada por Tsal:

se : f = f?
se :
e o número de Reynolds

onde
n = viscosidade cinemática, m2/s
Considerando o ar nas condições padrões

Diâmetro hidráulico

Dh = diâmetro hidráulico, mm
A = área da seção transversal do duto, mm2
P = perímetro da seção transversal do duto, mm [2].
2.4 Metodologia de Cálculo da Caixa VAV

Baseado nas equações desenvolvemos os cálcu-los do duto da nossa caixa VAV, o problema de dimensionamento de um duto se reduz a solução da relação básica entre Q, a vazão volumétrica em m3/s, A, área da seção transversal do duto em m2, e v, a velocidade média do escoamento em m/s, dada pela a equação, o problema se reduz em es-colher uma velocidade adequada ou uma perda de pressão apropriada.
Q=A x V
Cálculo de área:
Área= π x R²
Dados:
D=0.1m
Área= π x (0.05)² =7,85m2

Pickup Gain (Ganho) =2
Velocidade 200 cfm =1.7 x200=85m3/h
Com esses dados de4 dimensionamento da nossa caixa VAVo software HVAC-PRO nos forneceu uma pressão estática d 3.8Pa.

2.5 Medição de Vazão
A vazão de ar é calculada pelo VMA utilizando-se dois parâmetros: a área da caixa
(área da seção da caixa onde se localiza a cruzeta de medição de pressão ? pickup de
ar) e o fator K característico da caixa (pickup gain ou supply pickup gain). Com estas
informações, o VMA calcula a vazão de ar a partir da leitura de pressão obtida no pickup
de ar, utilizando-se a seguinte equação [3]:



Onde:
Vazão de Ar = Calculada em m3/h ou l/s, depen-dendo do coeficiente de vazão
utilizado
Coeficiente de vazão = Constante de adimensio-nalização da equação. Ao nível do
mar é igual 4644 para vazão em m3/h e 1290 para vazão em l/s
Fator K = Pickup Gain (ganho do pickup). Cons-tante adimensional característica de
cada caixa VAV. NÃO é a perda de carga da cru-zeta de medição, como é
erroneamente divulgado.
Delta P = Pressão diferencial em Pascais. A cru-zeta de medição da caixa VAV tem
uma seção de medição no sentido contrário ao flu-xo de ar (pressão dinâmica) e
uma outra seção voltada para o mesmo sentido do fluxo (pressão estática). O valor que nos interessa para o cálculo de vazão é a diferença entre as du-as medições
(pressão de velocidade).

2.6 Lógicas de Aplicações Diversas
O VMA opera em diversos modos. Alguns modos ocorrem sob condições normais de
operação e alguns são comandados apenas por um sistema supervisório. O modo de
operação da caixa VAV determina quais loops de controle PID estão ativos. O modo de
ocupação determina o estado atual de ocupação do ambiente. Status de pressão de
velocidade e de temperatura da zona determinam o próprio funcionamento do VMA[3].


2.7 Parâmetros de leituras;
A unidade de leitura do sensor de pressão nos programas das controladoras VAV é
?polegada de coluna d?água (In Wg)?, diferente-mente da VMA que apresenta leitura de
pressão em ?Pascais (Pa)?. Essa unidade deve ser declarada apropriadamente no
sistema supervisório (Metasys PMI, Metasys Ex-tended Architecture, M3 e M5).
1 Pascal = 1 N / m
1000 pascal = 4.01 (In Wg)
A unidade de leitura de vazão nos programas das controladoras VAV é ?Cubic feet per
minute (CFM)?, independente do sistema de uni-dade selecionado no menu ?Options? do
HVAC PRO. Essa unidade deve ser declarada a-propriadamente no sistema supervisório
(Metasys PMI, Metasys Extended Architecture, M3 e M5).
1 CFM = 1,7 m_/h

1 m2 = 10.76 ft2
No exemplo acima:
0,0077 m2 = 0.0829 ft2
O valor do parâmetro ?Supply Mult?, conhecido também como Fator K (Pickup Gain)
não muda, pois esse parâmetro é adimensional (não possui unidade).
Outro parâmetro importante é o ?Damper Stroke Time? que deve ser digitado em
minutos, esse valor é o tempo que o atuador leva para modular da posição ?0%? para
?100%?.
A unidade do parâmetro Área da Caixa VAV (Supply Box Area) nos programas das
controladoras VAV é ?pé ao quadrado (Sq Ft). Na tabela de tamanho de caixa VAV
deve ser convertido o valor em m² para ft² [3].
A base para desenvolver os cálculos de projetos de dutos foram os princípios básico de fenômenos dos transporte com base nas equações de Ber-noulli, foi fundamental para calcular o duto do pro-tótipo.

2.8 Testes de simulação de abertura do Dam-per.

Dados coletados do software HVAC-PRO de uma situação real em campo para comparação com os teste realizado com o protótipo.
Tela de dados do HVAC-PRO

Fig.1. Tela de dados do HVAC-PRO


Fig.2. Tela de dados do HVAC-PRO

Este grafico apresenta os dados de duas situações de de funcionamento de uma caixa instalald em um prédio.

Tabela de dados:

Temperatura 23.5° 24.1°
vazão m3/h 270,1 1203,8


Gráfico 2. Atuação da caixa



Gráfico 2. Atuação da caixa

Foi usado um potenciômetro e um resistor de um 1k para simular a condições de temperatura den-tro de uma sala onde determinamos uma tempera-tura mínima e máxima conforme demonstração no gráfico não usamos dados de vazão .

.Este gráfico apresenta atuação do damper rela-cionado com a temperatura.


Gráfico.3.Atuação do damper x temperatura.

Tabela1. Dados usados para teste
19º 20º 21º 22º 23º 24º 25º
Abertura 10% 20% 40% 60% 80% 90% 100%


2.9 Resultados e Discussão.
As comparações entre os gráficos nos mostra as evoluções da atuação dos atuadores da caixa VAV onde mostramos uma simulação real e uma simu-lação com protótipo, o gráfico de teste aplicamos valores de temperatura para avaliarmos o compor-tamento da VMA e no gráfico do software a VMA calcula a vazão de ar suficiente para manter o setpoint ajustado no projeto através da leitura do termostato instalado no ambiente.


3. Desenvolvimento da VAV

As controladoras da Johnson Controls VMA-1410 e VAV foram desenvolvidas para controlar e
supervisionar caixas de Volume de Ar Variável (VAV), será introduzido o funcionamento mecânico básico de uma caixa VAV, para posteriormente tra-tar da parte de instalação e programação dessas controladoras.
A programação dessas controladoras é desenvol-vida no software HVAC-PRO Configuration
Tools (Treinamento Módulo 1 ? HVAC PRO).
As controladoras VMA e VAV podem ser supervi-sionas através dos sistemas de automação
Johnson Controls: Metasys PMI, Metasys Extended Architecture, M3 e M5[3].


4. CONCLUSÕES

O presente artigo apresenta os resultados realiza-dos com um dispositivo de condicionamento de ar baseado na aplicação de caixas VAV (volume de ar variável) e controladora VMA (Modulador Variável de Ar) empregado em edifícios voltado para pro-porcionar conforto ao ambiente e economia de e-nergia para a instalação.
Vimos que a atuação do nosso protótipo corres-ponde as mesmas caracteristicas de uma caixa VAV instalada no campo, e que a sua atuação a expectativas de proporcionar conforto para o usá-rio.
Para desenvolver esse trabalho foram utilizadas pesquisa e estudo em trabalhos desenvolvido em edifícios com intuito de demonstrar toda a eficiên-cia desses equipamentos no campo da engenhari-a.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] ASHRAE = American Society of Heating, Refrigerating, and Air Conditioning Engineers
[2] Air Conditioning Engineering. Second Edition
W. J. Pones.
[3] Johnson Controls do Brasil
[4] Revista Climatização e Refrigeração
[5] Carrier Ar Condicining, 1976,



"MANUAL DE AIRE CONDICIONADO", Barce-lona, Espanha.
www.yorkbrasil.com.br
WWW.controls.com
www.abrava.com.br
www.trox.com.br