A TECNOLOGIA EM FAVOR DA EDUCAÇÃO
Publicado em 10 de novembro de 2009 por Neander Celso
A TECNOLOGIA EM FAVOR
DA EDUCAÇÃO
Neander Celso – [email protected]
ONTEM, HOJE
E AMANHÃ...
Ao longo dos
anos o Ensino vem sofrendo modificações em todos os aspectos, a todo instante. Seu
currículo, deve se adaptar a uma realidade vivida e, muitas vezes, um
professor, deve se empenhar e tornar sua matéria, um pouco, mais independente,
para se alcançar objetivos que na maioria dos casos é preparar seu aluno para
um vestibular, ou algo parecido.
A interação
do indivíduo com suas tecnologias, tem transformado profundamente o mundo e o
próprio indivíduo (SANCHO,1998,30), e de fato, se for analisado a educação dada
a um tempo atrás e a de hoje, vê-se que alguns tópicos são bem diferentes. A
educação segue uma evolução que vem desde a época das palmatórias até hoje,
onde encontramos um ensino através de programas de computador e meios
eletrônicos. Existe uma grande mudança de hábitos para a nossa própria
adequação ao que criamos.
A INOVAÇÃO TECNOLÓGICA NA EDUCAÇÃO
Antes tudo tinha uma profunda
dependência do livro e, é claro que hoje ainda e, acredito que sempre,
continuaremos a tê-la, porém os meios de pesquisa ficam cada vez mais amplos,
graças ao auxílio de equipamentos eletrônicos e informatizados.
Os meios de telecomunicações nos
libertam daquele mundo que se limita até onde conseguimos ver ou ouvir e
passamos a ter um contato com todo o mundo. Passamos, portanto, a ter fontes de
pesquisas internacionais nas nossas próprias casas, o que traz também, uma gama
de pesquisas, ajudando quem antes não podia adquirir vários livros.
É lógico, e fato também, de que a
internet ou qualquer outro meio não substitui a maneira tradicional de
pesquisa, que se dá a partir do momento que a faz, se resume e, conseqüentemente,
se entende, pois num livro até se achar o que realmente se quer, sobre um
determinado conteúdo, o conhecimento de técnicas de pesquisa, leitura, resumo e
de repente até da própria matéria é mais apurado, uma vez que na internet, é
possível, se achar trabalhos até prontos e que, de fato, não forçam o aluno nem
a leitura do mesmo e quem dirá a análise detalhada.
Mas, com toda essa inovação, se
ganha não só as fontes de pesquisa, mas também, ferramentas que auxiliam no
ensino-aprendizado. Através de softwares, por exemplo, consegue-se dependendo
do caso, fazer com que um aluno entenda melhor o assunto e de maneira menos
complicada. Porém, não se pode desfazer do tradicional quadro negro, pois
certos ensinamentos necessitam dele, contudo, os softwares estarão para
auxiliar a fixação do conteúdo, o auxilio na editoração de gráficos e de
desenhos geométricos. É bom ressaltar o fato, de que quando se fala em
tecnologia não somente é a informática, mas também, equipamentos audiovisuais,
como projetores, vídeos e mais.
Esta evolução, que estamos
presenciando, faz com que conseqüentemente, criemos uma cultura tecnológica.
Podemos notar que a tecnologia gera
novos avanços ou instrumentos não para dar respostas às necessidades das
pessoas, mas o processo costuma ser inverso (SANCHO,1998,238), ou seja nós
temos que dominar estes conhecimentos, justamente para poder sermos capazes de
respondermos, à altura, os sistemas tecnológicos.
TECNOLOGIA Vs. O ENSINO TRADICIONAL
Como nada se muda da água para o
vinho a não ser por milagre, não se pode mudar algo, onde tudo pede uma
comprovação científica, como o Ensino. Quem é adepto a um ensino tradicional,
geralmente atua como tal, inteirando sua resistência ao que é ”novo”. E isso
causa uma dificuldade na propagação de novas metodologias.
Esta tecnologia que vem crescendo a cada dia, traz junto com as possibilidades de um maior conhecimento, certa insegurança para os profissionais de ensino, como segundo certas opiniões exemplificam para o professor, sair da zona de conforto e entrar na zona de risco é pagar um preço muito alto pela tecnologia (GAUDIO,2005,1), portanto o professor teme a sua nova experiência, por de repente não conseguir mostrar o total domínio da matéria, como antes tinha.
O que vem sendo disposto a nós teme
um professor pelo fato de que antes, com somente o auxílio dos livros, o mesmo
conseguia pesquisar e dar sua aula, de forma que dominasse completamente o
conteúdo, e o que acontece, hoje, é que se teme, por parte do professor, que
não consiga operar corretamente o sistema, ou cause algum erro operacional e
passe a ser visto pelos alunos como um profissional não capacitado.
O que vem a ser o novo perfil do
professor, será dada a partir do momento em que ele assumir e utilizar das
formas mais inovadoras para suas aulas.
Deixará aquele papel tradicional para ser um professor pesquisador, reflexivo,
orientador, com um planejamento que constantemente estará sendo retificado.
Isso comprova a tese de que o conceito de profissional integra uma série de
capacidades e habilidades especializadas que lhe permitem ser competente na sua
área de trabalho (SANCHO, 1998,66).
Mas se, teoricamente, utilizarmos
todos os recursos que possuímos, podemos tornar a educação mais eficaz, porque
os professores não são obrigados a usá-la? É uma pergunta que faz sentido mas,
que porém, tem uma resposta lógica, pois o Estado não pode influenciar na
metodologia de ensino de cada professor e, na verdade, mesmo que todos
dominassem essas técnicas, existem muitos que acham que os sistemas
informatizados trariam uma relação não muito humanizada, entre eles e os alunos.
O domínio do técnico e do pedagógico
não devem acontecer de modo estanque, um separado do outro (VALENTE, 2005,20),
ou seja, não adianta se dominar uma área da tecnologia se não se tem a
pedagogia de um professor e vice-versa. Estes conhecimentos devem ser
adquiridos, se possível, por igual.
A TECNOLOGIA E A MATEMÁTICA
A matemática é uma disciplina exata
e, por se tratar de tantos cálculos, se torna muito temida aos seus
espectadores, porém isso acontece, porque o aluno, de ensino médio, por
exemplo, se preocupa muito em “decorar” fórmulas e cálculos. A idéia do uso de
aulas mais dinâmicas, participativas, e que exercitam o ensinamento empírico do
aluno, se torna a nova metodologia e, que talvez, trará uma preparação maior ao
aluno, pelo motivo no qual a mesma utiliza de ensinamentos de auto-aprendizado,
conceitos, teorias, teoremas e de deduções lógicas.
A partir daqui, o estudante não
somente “decora” que um mais um é igual a dois (1+1=2) e sim, conclui este
resultado, porque, sabe que se tratando de uma soma entre um elemento (1) e
outro (1) existe a união dos mesmos, ou seja, dois (2).
O
estudo da matemática não somente será de cálculos e sim, de análises, provas e
conclusões, tendo o aluno a capacidade pensante de um matemático.
Hoje,
estamos repletos de equipamentos e meios que nos propiciam inovações, e na
matemática não se acontece de forma diferente. Para esta ciência existem
inúmeros softwares que ajudam na editoração de fórmulas, no desenho gráfico,
geométrico e outros afins, como já dito anteriormente. Os meios mais
conhecidos, hoje, e que já são suficientes para se alcançar avanços, no que diz
respeito ao ensino são, por exemplo, retroprojetor, fitas e CD´s audiovisuais
em geral, informática e muito mais.
Através
do retroprojetor, existe a possibilidade de se realizar uma aula demonstrativa.
É bom lembrar, que este equipamento foi criado, realmente com o objetivo de
ensinar e, para tal é de grande utilidade.
Uma
boa alternativa, também, é utilizar de métodos audiovisuais. Através de fitas
VHS, por exemplo, ou o uso de CD´s, que já se encontram tão populares, pode-se
apresentar dinâmicas ou traços do ramo geométrico que fazem parte do dia-a-dia.
Através da apresentação de filmes, entrevistas, documentários, se consegue um
resultado muito positivo em relação a atenção dos alunos.
Além da disposição de fontes
alternativas de pesquisa que temos, e que já foram descritas anteriormente,
temos com o auxílio da informática; e com o crescente ramo de programação,
vários softwares que possuem o objetivo de aprender, ensinar e se trabalhar com
a matemática. Informática e comunicações dominarão a tecnologia educativa do
futuro (D´AMBRÓSIO,2002,80).
Através
do computador, possuímos inúmeras possibilidades para o ensino. O
desenvolvimento da programação é muito significativo, nos disponibilizando
inúmeros softwares educativos, sendo bom acrescentar que poderíamos definir
“software educativo’ como um conjunto de recursos informáticos, projetados com
a intenção de serem usadas em contexto de ensino e de aprendizagem. de
demonstração, simulação, exercício e mais que permitem ao aluno uma
concretização do conteúdo da matéria (SANCHO,1998,169).
Na situação em que vivemos, já existem
aplicativos para tudo, pois a idéia é de automatizar, como tal vê-se que já
existem programas desde chamadas de classe, até para cálculos de integrais e
derivadas. Dentro deste contexto é bom ressaltar que até para orçamentos
domésticos já se encontram softwares disponíveis.
Um software, que já se encontra tão
popular entre os profissionais de ensino da matemática é o cabri geometre, que permite o desenho geométrico e a análise dos
mesmos, disponibilizando muitos dos recursos geométricos utilizados. Este se
encontra na língua portuguesa, o que torna o fato de saber operá-lo bem mais
fácil, do que se fosse à outro idioma. É um programa que disponibiliza ao
usuário uma interface gráfica, e com um sistema de ações pré-definidas o
operador consegue realizar os desenhos necessários, podendo o próprio aluno
corrigir seus exercícios manuais, verificando os valores de medidas, ângulos,
etc.
A matemática é sem dúvida uma das matérias
mais temidas pelos alunos em geral, e como tal, pode-se ver que quanto mais recursos
e meios reais forem utilizados numa aula maior será o aproveitamento da
matéria. A escola não se justifica pela apresentação do conhecimento obsoleto e
ultrapassado e, sim em falar em ciências e tecnologia (D´AMBRÓSIO,2002,80).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SANCHO,
Juana M.. Para uma tecnologia educacional. Ed. Artmed. Porto Alegre: 1998.
D´AMBRÓSIO,
Ubiratan. Educação matemática: da teoria à prática. Ed. Papirus, 9º edição.
Campinas, 2002.
VALENTE,
José Armando. O salto para o futuro. Cadernos da TV-escola. Sede MEC, Brasília,
2005.
GAUDIO,
Eduardo Viana. O uso de multimeios digitais como o suporte metodológico no
processo didático da educação matemática. Disponível em: www.somatematica.com.br/Artigos/a12/index.
php, acessado em: 19/03/2006.