Arbitrar bem uma partida de futebol é fazer cumprir as regras do jogo, o regulamento da competição e manter o espírito esportivo entre os atores do espetáculo. O árbitro é escalado pela entidade responsável pelas competições existentes. No livro de regras da FIFA o árbitro está na quinta regra e os assistentes estão na sexta regra. Para se tornar árbitro se tem de abdicar diversas coisas, principalmente o sentimento de torcedor de clube de futebol. As exigências para se formar um árbitro hoje são inúmeras: nível superior, falar outros idiomas, nome limpo no comércio, além de excelente preparação física. Há escolas de futebol que ensinam os interessados a ser árbitro ou assistente, onde há o preparo para se aprender outros idiomas, as regras do jogo, psicologia do esporte, noções de preparação física, redação de súmulas e relatórios. Baseado no exposto há uma grande discussão quanto à profissionalização ou não do árbitro de futebol, já que hoje ele tem que se doar inteiramente à arbitragem para galgar posições na elite, além de se tornar um atleta de alto nível. Para alguns a regulamentação da profissão poderá gerar corrupção no meio futebolístico, gerar submissão do árbitro à federação a qual pertence, mas também terá seus direitos trabalhistas garantidos, maior dedicação ao trabalho e mais tempo disponível para realização de seus treinos físicos já que é um atleta de alto nível. O árbitro é o responsável pela direção do espetáculo, tem o poder e a supremacia em suas mãos, quer dizer, no som do seu apito e na tinta da caneta e, quanto menos errar, melhor. Logo, deve ser PROFISSIONAL.

Em virtude de a FIFA divulgar publicamente que só utilizará na copa de 2014 Árbitros profissionais, no último dia 25 de outubro árbitros e ex-árbitros (como o ex-FIFA Carlos Simon) se reuniram com deputados na Câmara Federal para a realização de uma audiência pública sobre o tema. Há engavetado no Congresso o Projeto de Lei no 6.405, de 2002, de autoria do Senado Federal que dispõe sobre “A regularização da profissão de árbitro de futebol e dá outras providências”. Esse projeto foi colocado em pauta, porém, até agora nada saiu do papel.  Eu como Árbitro “Profissional” filiado à FCF defendo a regulamentação da profissão, pois além dos pontos positivos citados nos renderia mais valorização e respeito.

Enfim, o Brasil como sede, corre um grande risco de não ter um Árbitro o representando na Copa de 2014. Será uma grande perda para o futebol brasileiro, caso isso aconteça.