A PSICOLOGIA CANINA E A RAÇA CANINA APROPRIADA NO TRABALHO POLICIAL NA ÁREA DE FRONTEIRA ENTRE MATO GROSSO E BOLÍVIA

 

Autor: André de Souza Hill.

E-mail: [email protected]

Co-autora: Silvana Bento de Melo Couto.

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RESUMO

 

O presente artigo foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica procurando destacar algumas características de raças de cães que são mais utilizadas por serem mais aptas que outras, para exercer o emprego policial como o Pastor Alemão, Pastor Belga Malinois, Pastor Holandês, Labrador Retriever e Rottweiler. E, dentre estas, verificar qual raça se encontra mais apta para exercer o emprego policial em atividades operacionais que necessitam de muita força, agilidade e resistência na área de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia. Apoiou-se em alguns autores como ADLER (1945), FAGUNDES (2018), MACEDO (2019), PEREIRA (2019), P. H. SALDANHA (1973) entre outros, para uma melhor compreensão das possíveis características que um cão policial deve ter para atuar em operações estratégicas e especiais para fins militares no combate e na redução da criminalidade, na fiscalização e combate às drogas em especial nas áreas de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia. Após a realização de várias leituras concluímos que para exercer tais funções com fins policiais, a raça Pastor Belga Malinois e o Pastor Holandês são raças mais apropriadas que devido a sua versatilidade e com uma condição física melhor apresentam vantagens para resistir bem aos deslocamentos longínquos e às dificuldades do ambiente encontrado na área de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia, onde o clima é predominantemente tropical.

 

PALAVRAS-CHAVE: Resistência. Versatilidade. Área de fronteira.

 

INTRODUÇÃO

 

Ante a grande dificuldade encontrada pelos Treinadores de cães do Canilfron – Canil Integrado de Fronteira Bradock, situado na cidade de Cáceres – MT, mediante as áreas de atividade na fronteira ser bem afastadas, onde as estradas costumam não apresentar boas condições de trafegabilidade, os deslocamentos se tornam longo para que estes cães sejam transportados, onde isto acabada interferindo ao longo do tempo na saúde física do cão desencadeando mais rapidamente doenças, faz-se necessário da utilização de raças caninas com vantagem para resistir bem a esses deslocamentos longínquos e às dificuldades do ambiente encontrado na área de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia, onde o clima é predominantemente tropical.

O presente artigo foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica procurando destacar algumas características de raças de cães que são mais utilizadas por serem mais aptas que outras, para exercer o emprego policial, como o Pastor Alemão, Pastor Holandês, Pastor Belga Malinois, Labrador Retriever e Rottweiler. E, dentre estas, verificar qual raça se encontra mais apta para exercer o emprego policial em atividades operacionais que necessitam de muita força, agilidade e resistência na área de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia.

Para a realização do presente artigo, fizemos um levantamento bibliográfico para embasar teoricamente o estudo. E, para atender ao objetivo proposto, o presente artigo está organizado da seguinte maneira:

No capítulo I, fizemos uma breve conceituação sobre Etologia para uma melhor compreensão sobre o comportamento animal, a partir de observações dos movimentos, postura e outros aspectos.

No capítulo II, apresentamos uma breve discussão sobre a Psicologia canina para entendermos o estudo do comportamento natural dos cães com ênfase nas condutas naturais que estão associadas ao instinto que se relacionam com genética e a sua evolução.

No capítulo III, tratamos sobre as principais características da raça canina mais apropriada para o trabalho policial na área de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia.

Nas considerações finais, relatamos que para exercer atividades policiais, as raças Pastor Belga Malinois e Pastor Holandês são raças mais apropriadas que devido a sua versatilidade e com uma condição física melhor apresentam vantagens para resistir bem aos deslocamentos longínquos e às dificuldades do ambiente encontrado na área de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia.

 

  1. CONCEITUANDO ETOLOGIA

 

Etologia é a ciência que estuda o comportamento animal, onde o estudo do comportamento passa a ser considerado segundo P. H. SALDANHA (1973, p. 798):

 

[...] como investigação sistemática organizada, originando-se a partir do trabalho de Lorenz publicado em 1930 sobre o comportamento inato de aves, com base em investigações já iniciadas principalmente por Heinroth em 1951. A partir desta data o “instinto” tem sido alvo de inúmeros estudos, particularmente de Russell em 1938, Thorpe em 1967, Tinbergen em 1951 e Hinde em 1966, possibilitando o florescimento da nova ciência da Psicologia animal e comparada ou simplesmente Etologia.

 

A Etologia com base em análise do objeto e dos métodos também pode ser considerada como um campo de estudo proeminentemente interdisciplinar onde são reunidos conhecimentos integrados da Psicologia, Biologia (Fisiologia) e Ecologia.

De acordo com P. H. SALDANHA (1973, p. 799):

 

A Psicologia participa da etologia como ciência básica oferecendo-lhe seus métodos para análise das manifestações não orgânicas do comportamento; a Biologia esclarecendo a estrutura orgânica do comportamento em termos de organização anátomo-funcional, particularmente da neurofisiologia da atividade nervosa superior (central ou hipotalâmica) e a Ecologia permitindo definir as condições naturais que um comportamento específico ocorre como função de fatores ou estímulos ambientais. A definição de um padrão comportamental, consequentemente, só e precisa com a análise do ambiente, da população, da comunidade e, finalmente, do conhecimento da história evolutiva da espécie - Há, pois, uma íntima relação entre os estudos etológicos e o processo de seleção natural, o que confere a investigação da Evolução orgânica e da filogenia da espécie, papel também saliente para compreensão do comportamento animal.

 

A partir de observações dos movimentos, postura e outros aspectos de um animal, inicia-se o estudo do comportamento, onde o mesmo se diferencia segundo P. H. SALDANHA (1973, p. 799 - 800):

 

[...] entre respostas inatas e aprendidas, dicotomia ligada a dois conceitos clássicos: instinto e aprendizagem. Enquanto que os etólogos tem dado mais ênfase ao estudo do comportamento instintivo, verificado “in natura” através da observação naturalística, os psicólogos da aprendizagem se utilizam de métodos experimentais em laboratório. Essas duas posturas metodológicas configuram linhas e tendências de pesquisas nitidamente diversas. Por exemplo, a aprendizagem animal tem sido orientada quase que exclusivamente pelos estudos de Pavlov sobre o reflexo condicionado e os neo-behavioristas, estudam o comportamento operante, liderados por Skinner em 1967.  Ainda que comportamento exclusivamente inato ou aprendido seja uma situação abstrata, os conceitos de instinto e aprendizagem são úteis para configurar situações extremas. Neste contexto, instinto seria todo comportamento geneticamente determinado, não aprendido, presente em todos os membros da espécie e qualquer modificação de um comportamento instintivo seria fruto da aprendizagem. Poderia ser considerada a existência, ainda, de traços comportamentais genéticos (logo, não aprendidos) presentes em alguns membros da espécie, e, logo, por definição, não instintivos.

 

Parafraseando P. H. SALDANHA (1973) uma descrição etológica inclui vários níveis: biofísico, bioquímico, motor, neurológico, psicofísico, além do ecológico. Qualquer tentativa de explicar o comportamento reduzindo-o a qualquer dessas manifestações particulares, significa negar o aspecto mais importante da etologia — a visão global do comportamento. Deduz-se que a etologia envolve três fases metodológicas: observação, experimentação e comparação, todas elas através de estudos qualitativos e quantitativos, em que a análise do comportamento é complementada por sua síntese global.

 

2- PSICOLOGIA CANINA

 

O estudo do comportamento natural dos cães com ênfase nas condutas naturais que estão associadas ao instinto que se relacionam com genética e a evolução dos cães é denominado de Psicologia canina, onde a partir dela, é admissível comunicar-se, ou seja, entender e ser entendido com qualquer cão rapidamente em sua própria linguagem quer seja através da linguagem corporal, emoção ou intencional, mesmo que ele nunca tenha recebido um treinamento formal, em outras palavras, a Psicologia canina busca compreender quais são os motivos que levam um cão a um mau comportamento, onde a partir daí, passa a desenvolver um tratamento eficaz, onde o tratamento pode envolver mudanças no ambiente, alterações na rotina, entre outras situações.

Conforme informações contidas no site www. https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_canina a psicologia canina expandiu-se pelo mundo através do mexicano radicado nos Estados Unidos Cesar Millan, através do programa de TV “O Encantador de Cães”, com sua fórmula de exercício, disciplina e afeto.

Para se comunicarem, os cães usam principalmente sua linguagem corporal quer seja através do rabo, orelhas e quer seja por meio de latidos, estes são aspectos mais facilmente percebidos, mas há inúmeros sinais que podem ser usados pelo cão para transmitir uma mensagem, como a postura do corpo, boca e língua, olhos, pelo, rosnado, patas, movimentação, entre outros sinais.

Quanto ao adestramento, o intuito é ensinar ao cão um modelo de aprendizado, onde a partir da comunicação cria - se comandos baseados em voz, gestos, entre outros. O treino de comandos passa a ser considerado um desafio psicológico ao cão, que objetiva abrandar um pouco a ansiedade, onde passa a ser visto apenas como um auxiliar na reabilitação do comportamento do cão.

A psicologia canina se firma em quatro pilares para prover as necessidades naturais dos cães, como animal, como espécie, como raça e como indivíduo com suas próprias peculiaridades.

Problemas comportamentais tais como, o medo, a frustração e conflitos apresentados em cães, podem ser tratados através da psicologia canina, de modo a eliminar o problema e reequilibrar o cão fazendo uso do adestramento para que o tratamento do mau comportamento canino seja realmente eficaz.

O mau comportamento canino costuma estar relacionado a uma vida sem orientação que influenciam na qualidade de vida e na conduta de cada cachorro, tais como: alimentação adequada e balanceada, ambiente, educação, atividade física, socialização, entre outras. E, para que ele possa se sentir seguro é importante que haja uma rotina estruturada, surgindo assim, a importância de dedicar tempo de qualidade ao animal de estimação, através de brincadeiras, carinho, educação e socialização, pois o cão é capaz de aprender algo tanto ao receber correções e orientações quanto também ao ser ignorado.

Importante mencionar que conhecer o passado do cão poderá servir também para detectar a origem de certos comportamentos e com isso, tais problemas encontrados poderão ser corrigidos, pois alguns cães, como por exemplo, os cães que moram na rua ou até mesmo os que tenham sofrido abusos, poderão apresentar algum tipo de carência, atitudes que serão refletidas com estresse, depressão, possessividade com objetos e comida ou até mesmo agressão. Mas também há muitos comportamentos que são resultados de problemas de saúde, que podem ocasionar mudanças repentinas de atitudes no cão, neste caso, sugere-se que o animal seja levado ao veterinário para descobrir a causa para fazer o devido tratamento.

 

3- AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA RAÇA CANINA MAIS APROPRIADA PARA O TRABALHO POLICIAL NA ÁREA DE FRONTEIRA ENTRE MATO GROSSO E BOLÍVIA

 

Podemos definir o aprendizado canino como sendo uma forma de um indivíduo reagir ao ambiente, modificando o comportamento através da utilização de sinais perceptíveis sensorialmente ou de instrumentos disponíveis, com fins de solucionar problemas para obter algum benefício (MACEDO, 2019, p. 06)

Parafraseando MACEDO (2019), podemos considerar duas formas básicas de aprendizado, o de reações involuntárias ou reflexos e, o de ações voluntárias. De fato, apesar de serem mecanismos diferentes, durante as diversas situações práticas e reais, normalmente as duas vias ocorrem simultaneamente, pois, cada ação é inevitavelmente repleta de emoções, sensações e percepções ambientais.

Nos últimos anos, percebe-se que houve progresso na ciência do treinamento canino e nas suas técnicas, a propensão é que continue crescendo numa espiral.

Para que haja sucesso no treinamento canino faz-se necessário que o treinador/adestrador, domine a compreensão dos mecanismos de aprendizado, de como os instintos funcionam e, conheça bem o cão que se deseja treinar.

MACEDO (2019, p. 29) enfatiza que:

 

Na maior parte dos diversos propósitos, queremos não apenas ensinar o cão a responder comandos, mas, principalmente, responder a comandos verbais. Trata-se do aprendizado mais difícil para ele, pois, devido as características anátomo-funcionais do seu sistema nervoso, não é dotado desta capacidade de processamento da comunicação oral na mesma medida em que o ser humano.

 

Para o emprego policial, há um investimento forte em treinamento, pois desde filhote, mais ou menos com dois meses de idade já se inicia um treinamento onde aprendem obediência de comando básico e socialização, e, a medida que vão crescendo passam a receber um treinamento mais peculiar.

Algumas raças de cães são mais utilizadas por serem mais aptas que outras, para exercer o emprego policial, como o Pastor Alemão, Pastor Belga de Malinois, Pastor Holandês, Labrador Retriever e Rottweiler. Dentre estas, para exercer o emprego policial em atividades operacionais na área de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia, a raça Pastor Belga de Malinois tem sido uma raça favorita utilizada para treinamento no Canilfron – Canil Integrado de Fronteira Bradock, situado na cidade de Cáceres – MT, para exercer sua função em operações estratégicas e especiais para fins policiais no combate e na redução da criminalidade, na fiscalização e combate às drogas em especial nas áreas de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia. Isto se deve ao fato desta raça apresentar características precisas e natas, como por exemplo, ser ágil, inteligente, possui instinto de caça, ser determinado e observador, por possuir habilidade de aprender e executar comandos, ser corajoso e vigilante, por apresentar agilidade e farejamento para exercer atividades com fins policiais.

Na Bélgica, foram desenvolvidos no final do século XIX quatro variedades de cães pastores, dentre elas, a raça Pastor Belga Malinois. Estes cães eram utilizados em fazendas como cão de guarda e eram responsáveis para conduzir o rebanho.

A raça canina Pastor Belga Malinois apresenta curiosidade aguçada, possui boa capacidade olfativa, ou seja, o olfato de um cão Pastor Belga Malinois é delicado e apurado, podendo ser considerado uma das características mais apreciadas para exercer qualquer função, como trabalho de detecção, patrulha e busca e resgate, pois mesmo quando existe mais um cheiro ao seu redor, ele consegue com facilidade diferenciar um odor específico. De porte físico médio e atlético, apto para realizar atividades e apresentando resistência a variações climáticas e principalmente devido a sua versatilidade faz do Pastor Belga Malinois uma raça canina com vantagem para resistir às dificuldades do ambiente encontrado na área de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia.

Importante mencionar que devido às áreas de atividade na fronteira ser bem afastadas, os deslocamentos é longo causando certo desgaste aos cães, e a raça canina Pastor Belga Malinois resistem bem a esses deslocamentos.

Na área de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia, traficantes de drogas com o intuito de ludibriar os controles da polícia no Posto Policial de Fronteira para que a substância passe despercebida, eles estão sempre tentando usar métodos não-convencionais, como por exemplo, disfarçar o odor da droga com café, óleo, graxa, diluição da cocaína em água entre outros,  no entanto fez-se necessário que o Canil Integrado de Fronteira entre Mato Grosso e Bolívia aprimorasse o treinamento dos cães Pastor Belga Malinois utilizando o Método Nose-mp, um sistema de micropartículas/nanopartículas de odores, capaz ajudar a desenvolver o sistema olfativo dos cães em formação (PEREIRA, set de 2019) para combater e reduzir a criminalidade, na fiscalização e combate às drogas. Este novo Método Nose-mp, ajudará os cães também na detecção de droga sintética entre outras.

O Pastor Alemão é uma raça canina que possui pelo com camada dupla e de pelo externo longo e duro e devido a sua pelagem possuem maior adaptação ao frio.

Ao longo do tempo, esta raça foi se tornando popular, não houve um controle de cruzas, com isso os problemas de saúde foram aumentando, como por exemplo, problemas de temperamento, problemas de displasia do quadril e cotovelo.

O Pastor Alemão é um cão inteligente para aprender comandos e treinamentos, é obediente e também é muito utilizado para empregos policiais, como no rastreamento de pessoas e detecção de drogas ilícitas.

Devido às variações climáticas e também às áreas de atividade na fronteira ser bem afastadas, onde as estradas costumam não apresentar boas condições de trafegabilidade, os deslocamentos se tornam longínquos para que estes cães sejam transportados, e isto acabada interferindo na saúde física do cão desencadeando mais rapidamente doenças de displasia no quadril. Mediante a isto, o Canil Integrado de Fronteira não tem preferência em adquirir a raça Pastor Alemão para realizarem atividades operacionais na fronteira entre Mato Grosso e Bolívia.

A raça canina Labrador Retriever é inteligente e possui um olfato apurado o que favorece no farejamento de substâncias ilícitas e explosivos. Possui estrutura robusta e seu porte médio atlético permite que ele seja utilizado em operações de busca e resgate, e salvamento. Possui pelagem grossa e impermeável, e sua cauda o ajuda a nadar. Quanto ao temperamento, são cães amáveis, pacientes, bem ativados com elevado nível de energia e fácil de ser adestrado.

Os Labradores Retriever necessitam de exercícios diários e sua alimentação deve ser controlada para evitar a obesidade, pois é um cão que tem tendência a engordar com facilidade.

Uma das doenças encontradas com frequência na raça labrador é a displasia coxofemoral canina. Apesar de ser uma raça que se adapta a vários ambientes, o Canil Integrado de Fronteira não tem preferência em adquirir a raça para serem adestrados e treinados para realizar atividade operacional em áreas de fronteira. Um dos fatores que interferem pela não preferência da raça se deve ao fato do clima ser predominantemente tropical, pois em ambientes quentes a disposição desta raça canina diminui, pois tendem a sentir a alta temperatura.

Durante a I Guerra Mundial, a raça Rottweiler com seu instinto protetor, foi utilizada para policiar e proteger, sendo até os dias de hoje, muito utilizados na Europa como cães policiais. É inteligente e tem facilidade em aprender comandos. É uma raça muito utilizada para detecção/farejador. É mais empregado como cão de ação tática, contenção, proteção ou policiamento. Necessita receber treinamentos de obediência e socialização desde filhotes, para que seja dócil, pois costuma desenvolver um temperamento agressivo e destrutivo. Sua alimentação deve ser controlada, pois tem predisposição a ganhar peso excessivo.

Assim como qualquer outra raça, o Rottweiler está sujeito a alguns problemas de saúde e problemas genéticos, como por exemplo, a displasia de quadril, a displasia de cotovelo, entre outros.

É uma raça apta para realizar tarefas que necessitam de muita força, agilidade e resistência.

A raça Rottweiler gosta de clima frio, podem até se adaptar em locais onde o clima é temperado a frio e podem superaquecer em climas muito quentes, principalmente por causa da pelagem escura que costuma absorver muito calor. Este é um dos fatores que fazem os treinadores do Canil Integrado de Fronteira não aderir esta raça para receberem treinamentos para exercerem atividades operacionais nas áreas de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia.

O Pastor Holandês foi criado a partir do cruzamento entre Malinois e cães pastores na Holanda. Devido suas diversas habilidades, o Pastor Holandês mostra-se adequado para o treinamento, tornando-se popular como cão policial e como cão guia para cegos. Possui muita energia e é bem ativo. Desde filhote, o cão passa por um treinamento básico de obediência e mais tarde ele é submetido a um adestramento diferenciado para ser utilizado em situações de abordagem, faro, rastreamento de odores, busca, captura entre outras.

O cão Pastor Holandês é uma raça versátil, devido a isto, é um cão com possibilidades de resistir às variações climáticas, aos longínquos deslocamentos e de se adaptar à dura e esparsa dificuldades do ambiente encontrado na área de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Conforme já mencionado, o presente artigo procurou destacar algumas características de raças de cães que são mais utilizadas por serem mais aptas que outras, para exercer o emprego policial como o Pastor Alemão, Pastor Belga Malinois, Pastor Holandês, Labrador Retriever e Rottweiler. E, dentre estas, verificar qual raça se encontra mais apta para exercer o emprego policial em atividades operacionais que necessitam de muita força, agilidade e resistência na área de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia.

Após a realização de várias leituras concluímos que para exercer tais funções com fins policiais, a raça Pastor Belga Malinois e o Pastor Holandês são raças mais apropriadas que devido a sua versatilidade e com uma condição física melhor apresentam vantagens para resistir bem aos deslocamentos longínquos e às dificuldades do ambiente encontrado na área de fronteira entre Mato Grosso e Bolívia, onde o clima é predominantemente tropical.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

FAGUNDES, Tiago. Como Ter o Cão Perfeito Sem Treinamento, p. 5, 2016, eBook, Auphaville Dog, 10 de julho de 2018.

 

ADLER, Alfred. A Ciência da Natureza Humana. Tradução de Godofredo Rangel e Anísio Teixeira. Companhia Editora Nacional. São Paulo. 2ª série. Vol. 2. 1945.

 

PEREIRA, Ribamar. Cocaína líquida: Desafio para equipes K9 – Artigo. Set. de 2019.

 

P. H. SALDANHA.  O conceito de etologia, com especial referência ao comportamento dos primatas (Comentário). Bol. Zool. E Biol. Mar., N. S., nº 30, pp. 797-808, São Paulo, 1973.

 

MACEDO, Max. Aprendendo o Aprendizado Canino – Max Macedo. Editado no Brasil, Novembro de 2016. 2ª Edição corrigida e atualizada: Maio de 2019.

 

https://www.caes-e-cia.com.br/destaques/ler-destaque/366/pastor-holandes-disposicao-para-qualquer-trabalho

 

https://canaldopet.ig.com.br/curiosidades/2018-02-07/cao-policial-racas.html

 

https://hillspet.com.br/dog-care/dog-breeds/labrador-retriever

 

https://meusanimais.com.br/as-seis-bases-da-psicologia-canina compreender-e-controlar-os-maus-habitos-do-seu-cachorro/

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicologia_canina

 

https://tudosobrecachorros.com.br/psicologia-canina/#ixzz6LECA0igz