Trânsito: Um Problema de Todos

Wanderson Vitor Boareto Graduado em História e Bacharel em Direito, Pós Graduado em História e Construção Social, Docência do Ensino Superior e Educação Empreendedora.

Resumo

Nos últimos anos o aumento do volume exacerbado dos veículos eleva a taxa acidentes e imprudência por parte dos pedestres e dos condutores. Nesse sentido a responsabilidade é sim dos órgãos públicos, mas temos que fazer a nossa parte para amenizar o tráfico urbano e diminuir os efeitos ambientais.

Palavras Chaves

Transportes, Carros, Motos, Sociedade, Educação

No sul de Minas, nas pequenas e médias cidades um problema está cada vez mais presente, o trânsito. Na maioria das cidades há uma falta de projetos que amenizem esta realidade caótica. As antigas vilas que hoje são as cidades, não foram planejadas para ter o grande movimento de carros e motos que se tem hoje e que a cada dia cresce mais. O que fazer? Já que no centro destas cidades, as ruas são muito apertadas e o estacionamento é reduzido em espaço. Na cidade de Varginha, Sul de Minas, este quadro é ainda pior, a prefeitura está adiando medidas que segundo eles podem melhorar o trânsito em nossa cidade. O caso é que trânsito não oferece votos, e como todos os políticos bebem da mesma água, que é reeleição fica difícil resolver problemas que poderiam beneficiar toda a população. A realidade é que o carro ficou como modelo e poder e de status, é comum em uma casa nos dias de hoje ter mais de um veículo, este automóvel que muitas vezes é dispensável nas rotinas diárias é um símbolo de riqueza. Isso é tão comum que se observa nos adolescentes que antes mesmo de se pensar em vestibular ou em uma ocupação remunerada se fala em tirar a habilitação. Este postura é estimulada pela família e pelos amigos, como um sinal de liberdade e de independência, mas na verdade é um gasto a mais comprometendo a renda familiar e dificultando o trajeto nas vias urbanas. A falta responsabilidade no volante é tema de discussão em vários setores da sociedade, entre os perigos do transito temos menores dirigindo, bebida no volante, pessoas sem uma qualificação mental para dirigir e as imprudências diárias dos condutores dos veículos leves e pesados. Entre os vários perigos de cidade está o transporte coletivo, que na maioria das vezes são causas de acidente devido à falta de respeito de seus condutores com os veículos menores, esta semana uma senhora de 65 anos perdeu a vida devido um atropelamento por um ônibus do transporte público de Varginha. Não se deve gerenciar, na prática a falta de educação dos profissionais que trabalham diariamente no transporte coletivo é um dos vilões do trânsito de nossa cidade. Outra questão preocupante é os moto-boys que trabalham sem uma fiscalização adequada, a falta de limite desta classe nas ruas é também uma referencia de acidentes constantes nos centros urbanos, é comum perceber a correria e a imprudência cometida por esses homens e mulheres que abraçam essa profissão é essencial nos dias de hoje, mas que deveria de ser mais bem preparada e mais cobrança dos órgãos competentes já que eles arriscam a sua vida e de outrem.

 “A ignorância das circunstâncias, da natureza ou das conseqüências dos atos humanos autoriza a eximir um individuo da sua responsabilidade pessoal, mas essa isenção estará justificada somente quando, por sua vez, o individuo em questão não for responsável pela sua ignorância”. (VÁZQUEZ, PG113)

Outro ponto interessante para ser abordado são as mulheres “desocupadas” que trafegam nas ruas em seus automóveis de luxo fazendo diversas imprudências como parar em fila dupla, não respeitar sinalização e estacionar em lugar proibido. Nesse sentido, também é interessante não generalizar e sim tentar entender algumas medidas que se fossem utilizadas amenizariam bastante os horários de pico nas cidades. A verdade que a Polícia Militar não dá conta da grande demanda, o contingente policial é pequeno para atuar eficazmente na fiscalização e manutenção do trânsito. Em Varginha há a Guarda Municipal, que tenta resolver, mas também tem dificuldade devido o tamanho da cidade e os limites do contingente que é inferior a demanda. Não estou analisando nem as questões ambientais que são afetadas diretamente pelo crescimento exacerbada dos automóveis leves e pesados, o lixo dos derivados do petróleo e a queima dos combustíveis fosseis, são agravantes no processo de extinção de nossa espécie. Grandes cientistas nos alertam diariamente dos danos que o meio ambiente vem sofrendo, os setores poluentes. Mesmo assim o luxo e a falta de esclarecimento nos levam aos “crimes” contra nossa casa, que é este maravilhoso planeta chamado terra.

“Ecologia é relação e interação que dialogam de todas as coisas existentes (viventes ou não) e com tudo o que existe real ou potencial. A ecologia não tem a ver apenas com a natureza (ecologia natural), mas principalmente com a sociedade e a cultura (ecologia humana, social etc.)”. (BOFF, PG15)

Esta questão é muito complexa e depende de cada cidadão ajudar a melhorar o trânsito, porém a responsabilidade é da prefeitura e dos órgãos competentes, mas se todos ajudarem fica mais fácil ter uma vida mais segura nas ruas e um conforto para trafegar nas cidades de todo o país

. Bibliografia

 VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez, Ética, Ed Civilização Brasileira,2005, Rio de Janeiro – RJ

 BOFF, Leonardo, Ecologia Mundialização Espiritualidade, Ed Átila, 1993,São Paulo - SP