Hoje, com a prática política do Estado em vislumbrar a Educação como mero serviço à sociedade, uma esmola, perde-se, em meio ao induzido instinto de sobrevivência atual pautado na fama, poder e dinheiro, o verdadeiro foco da educação: educar para a libertação, para o pleno gozo da cidadania.

Como conseqüência, a literatura, principalmente a infanto-juvenil (se realmente há essa dicotomia estrutural do fenômeno literário) fica relegada a um segundo plano, tida como pouco importante, merecedora de pouca atenção.

Engana-se o leigo que menospreza essa literatura. É, instrumentalmente falando, um meio incrivelmente eficaz de fazer com que a criança comece a adquirir noções sobre a vida em sociedade de forma natural e pessoal, permitindo que a criança retire de cada texto o que julga necessário ou o que precisava para se tornar um cidadão melhor.

Que diga Paulo Coelho, que escreve sobre bruxas e fadinhas para os adultos que não tiveram a oportunidade de ler Chapeuzinho Vermelho quando eram crianças... $$$$$