Estamos cansados de escutar e assistir cotidianamente na mídia, rádios, jornais, revistas e até mesmo pelos sites de relacionamentos o alto índice de criminalidade que, por exemplo, perpassa não só o Estado de Alagoas, mas como o país brasileiro. Sendo este um problema que precisa ser sanado pela representatividade do povo. Analisar a violência em si não é uma tarefa fácil, isso por que implica elucidar diversas questões relevantes para uma concepção minuciosa.
Debater a violência por um viés fragmentado e superficial, são formas que atualmente, as relações sociais buscam para intervir na realidade vigente. Diante do antagonismo de classes e da intensificação da exploração à classe trabalhadora, dando ênfase na implementação do ideário neoliberal, não visualizo formas precisas para amenizar a criminalidade. Isso porque a essência dos problemas sociais não é debatida.
O conhecimento que os indivíduos adquirem é limitado, impedindo de conhecer a verdadeira lógica que rege a sociedade Capitalista. E para os formadores de opiniões considerados como instrumentos ideológicos da burguesia, que conseguiram ultrapassar o conhecimento limitado, sentem a dificuldade de intervir na questão da violência. Isso porque negam reconhecer a violência como resultado do antagonismo de classes, resultando optar pela "invisibilidade das expressões da questão social", meio que naturaliza a criminalidade e culpabiliza os indivíduos.
É fácil, por exemplo, criticar um adolescente morador de rua que acabou de assaltar um mercadinho, uma loja ou até mesmo um banco. Mas é difícil enxergar no nosso cotidiano que, por mais que as pessoas estejam qualificadas não existe emprego para todos, é difícil enxergar que quando aquele adolescente era uma criança não foi amparada pelos direitos fundamentais inerente à pessoa humana, e até mesmo pelos direitos sociais como: educação, saúde, segurança, habitação e principalmente a assistência social direta fornecida pela esfera estatal, que atualmente se encontra precarizada e focalizada, ressaltando que muitos que se encontram em estado de vulnerabilidade social não conseguem acessar esses serviços que é dever do Estado prover.
Estamos em um patamar societário que quanto mais conseguimos o desenvolvimento das forças produtivas maior será a miséria, resultando no que evidenciamos no nosso cotidiano: o desemprego, a fome, criminalidade e etc.

Sendo assim, quem busca a liberdade, cidadania, democracia, igualdade e principalmente intervir na questão da violência, tem que buscar conhecer a essência que rege a sociedade capitalista, e deixos-lhes uma questão essencial para refletir: o que é "liberdade" em uma sociedade que para sobreviver e suprir as necessidades básicas é necessário vender a força de trabalho? Se na atual sociedade desumana e contraditória é necessário concentrar uma massa de trabalhadores alienados, desempregados e desprovidos dos direitos sociais. Ate quando teremos que atuar com ações solidárias nas ONG?s e ações de Responsabilidade Social promovida pelas empresas, contribuindo e camuflando a desresponsabilidade da esfera estatal?Até quando seremos coniventes com o discurso burguês que, culpabiliza os indivíduos das mazelas sociais oriundas do modo de produção vigente?