Artigo Jornalístico – Qual é a importância da cultura para o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade.

Garrafadas, chás, banhos cultura de Fé de um povo da periferia de Belém do Pará.

Remédios que auxiliam na cura de doenças e no combate as infeções tais como: Diabetes, Hipertensão, colesterol, triglicerídeos, banho de asseio vaginal e depurativo para o sangue, segundo o conhecimento e a crença popular das vendedoras de ervas que mostram plantas  com propriedades terapêuticas extraordinária, tais como: Babosa, Mastruz, Camomila, Laranja da terra, Verônica, Sacaca, Amor crescido, Água do pau de Jatobá, são alguns dos variados remédios vendidos na feira do Bengui periferia de Belém do Pará. Uma mistura de casca de arvore, cipó, azeite virgem tudo isso são exemplo da cultura terapêutica de um povo que acredita na medicina natural, e dão credito a estes compostos que tem a propriedade de curar ou auxiliam no tratamento de doenças consideradas incuráveis, compostos milagrosos com finalidade de combater diversos problemas que aflige a população mais carente do estado. Estado este que não investe o suficiente em politicas públicas, voltada para saúde, bem estar e educação voltada para o conhecimento agradável ao povo.

O que as Erveiras usam são medicamentos fito terapêuticos a base do conhecimento popular, herança que vem antes do descobrimento do Brasil, trazido também pelos negros africanos que se misturou com outros produtos regionais e sofreram influencias do conhecimento dos índios que habitavam a região muito antes da invasão portuguesa. Exemplos desta herança cultural podem ser encontrados nas Barracas de vendas de ervas do Bairro Bengui periferia distante do centro da capital. Na feira dentro do mercado Municipal, ali são encontradas diversas variedade de remédios naturais que combatem mais de 150 problemas de saúde com comprovação popular.

Relatos e depoimentos espontâneos.

As vendedoras da feira que trabalham nesta atividade, afirmam que “Leite do Amapá” e um liquido muito procurado pelo consumidor local é uma espécie de leite sem lactose, ou seja é bebida estriada do caule de uma árvore, que é encontrada na região Amazônica, entre outras podemos encontrar: Mastruz, Verônica, Barbatimão, Unha de gato, fruta da andirobeira. e o Boldo e alguns unguento com propriedades terapêutica milagrosa.

Vendedora de ervas da Feira há 24 anos, Dona Fatima assim gosta de ser chamada e uma das mais conhecida vendedora entre as Erveiras da Feira do Bengui, ela garante que todo preparado é feito por ela com plantas medicinais que curam, e  todos leva uma porção muito grande de fé. Fabricação 100% artesanal, utilizando a sapiência e a experiência de uma tradição antiga copiada e transmitida de geração e geração, colocada uma pitada de experiência e cursos técnicos realizados no decorrer deste período, muitos destes cursos foram realizado por conta própria, sem nenhum incentivo do poder publico ou comunidade científica.

As Vendedoras garantem ter participado de vários cursos de fitoterapia e de manipulação dos produtos, e lido uma coletânea de livros referente ao assunto. Elas dizem que o conhecimento não pode ser apenas um dom é necessário, aliar a sabedoria e buscar cada vez mais noções técnicas em relação às ervas e seus compostos.

A outra vendedora é a senhora Maria José que tem uma barraca de variedades em ervas e utensílios para degustação de comidas típicas, garante que os efeitos destes fitos terapêuticos assim preferem chamar as ervas, são de forma garantida que não adianta ter só a experiência diz que: Tem que juntar a prática aliada ao conhecimento popular.

Um dos maiores desafios das vendedoras é pode ver um dia sua profissão reconhecida por lei, pois segundo a dona Fatima da Banca de ervas Salmo 91, existe uma perseguição muito grande e uma pressão das indústrias farmacêuticas em relação ao trabalho artesanal desenvolvida por elas, assim como preparar e vender, óleos para massagem, unguento feito de mastruz e amor crescido, as ervas aromáticas, sabonetes e as famosas garrafadas, são alvo de muita pressão por parta da ANVISA (Agencia de Vigilância Sanitária). Comenta dona Fatima que alguns doutores não têm 20% do conhecimento que elas tem em relação às ervas e seus efeitos e princípios ativos.

Farmacêuticos e a oposição às plantas e ervas que curam.

Segundo as vendedoras da feira, só porque os compostos são preparados por elas e é utilizado apenas o conhecimento popular, por isso não é aceito pela maioria da comunidade científica, eles dizem que os produtos não são remédios e nem medicamento, pois não existe nenhum estudos que comprovem a eficácia de cura, e elas não tem registro no ministério da saúde, Em depoimento uma vendedora desabafa dizendo que: “Eles alegam que agente prepara sem mascara, sem luvas tudo isso é argumento de perseguição para freia nosso conhecimentos e o nosso sustento”.

A experiência de profissão e manipulação.

O depoimento de dona Fatima explica: Que a cura e uma satisfação e pode ser comprovado através dos testemunhos de centenas de usuário, que garante a cura através das plantas, exemplo é o consumido Junior morador do bairro, na Rua Betânia próximo à feira ele é usuário de ervas medicinais, e prefere mais o chá   que um comprimido ele assume que se sente muito bem. Segundo dona Fatima alguns composto de ervas devem ser utilizados com moderação, alguns  auxiliam no combate ao estresse, o colesterol ruim e controla a hipertensão arterial. Junior diz que há muito tempo não faz uso de remédios comerciais.

“O importante não é só lucrar, eu gosto de ajudar o próximo e ver a pessoa curada”.

                  (Dona Fatima , banca Salmo 91)

  

 “Nos somos muitas vezes confundidas com à Umbanda e associadas as praticas de magias e misticismos, só que algumas religiões trabalham com depurativo da alma e aflições espirituais tratando os sintomas com banhos de cheiros que tem os seguintes nomes, chega te a mim, pega não me larga, desmancha tudo, comigo ninguém pode, amansa homem, agarra marido, faz querer que não me quer e banhos de descarrego. O nosso trabalho não e feitiço é fito terapêutico coisas que são totalmente diferente trabalhamos no combate a doenças e a cura  de enfermidade  do corpo”.

  (Dona Fatima , banca Salmo 91)

Diante de tanto conhecimento podemos observar que a cultura de um povo cresce a cada dia, sofre influências de povos africanos, indígenas e adaptações do meio, mais elas não se apaga, a cultura pode ser usada como valorização de um povo pode ajudar diminuir as desigualdades e conflitos étnicos existentes.

Foi muito bom este desfio de relatar o documentário, com tema: Qual é a importância da cultura para o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade.

Neste documentário observamos que os seres humanos apesar de conhecer um pouco a medicina formada pelos padrões das universidades, recorrem sempre à medicina natural, procuram principalmente as feiras e as vendedoras de ervas, para fazer uma avaliação previa dos sintomas que os afligem, às vezes e pelo preço dos medicamentos vendidos nas farmácias que estão fora da realidade da população, e por outra opção e a falta de médicos nos centros de saúde, a dificuldade de marcar uma consulta, ficando mais fácil recorrer ao conhecimento popular, não precisa de receita médica as ervas e compostos tem preços populares.

De maneira geral, não é usado só o conhecimento existe um pouco de fé e religião misturada neste com texto, pois as práticas de manipulação se assemelham muito com a pajelança dos anciões indígenas, raiz cultural que não pode ser descartada, pois as formulas dos remédios, banhos e chás feitos por ervas, sementes, casca de arvore ou folhas de plantas, segue uma linha, uma receita previamente pronta, um manual de preparo, nada é inventado, de improviso, tem sempre uma crença popular ou uma herança cultural, um pouco de misticismo intelectual.