Processos de trabalho e serviço social

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A caracterização do que é trabalho está na condição de uma atividade desenvolvida pela espécie humana para remodelar a natureza e adaptá-la para a satisfação de suas necessidades.

Tanto animais como seres humanos realizam trabalho, contudo devemos estabelecer uma profunda diferença entre os dois. O trabalho animal é realizado por instinto, como uma aranha que tece sua teia, pois em nenhum momento ela questiona o aspecto desse trabalho e nem o modifica. Ela é capaz de repetí-lo por gerações, pois  é parte característica da sua espécie.

Já o homem, ao trabalhar, executa uma atividade que previamente havia planejado em sua mente e, ao desenvolvê-la materialmente, pode modificá-la ao seu modo. Afinal, o trabalho humano é consciente e proposital.

Ao longo da realização do projeto a que se dispõe realizar o homem é capaz de resolver os problemas que surgem, muitas vezes modificando a sua concepção inicial.

Considerando esses pontos, notamos que o homem ao trabalhar sofre uma transformação no seu modo de pensar. O trabalho humano é aquele realizado por um individuo que detém a posse do conhecimento de todo o processo de produção, do ofício ao qual está ligado, ou seja, o planejamento e a força de trabalho pertencem a quem desempenha a atividade produtiva.

O capitalismo - ao implementar a divisão técnica do trabalho nas linhas de produção - rompeu essa característica de domínio do processo produtivo pelo trabalhador. Embora tenha ampliado de forma significativa a produtividade do trabalho social, o capitalismo acabou impedindo o pleno desenvolvimento individual daqueles que estavam ligados ao processo produtivo – os operários – ao longo dos séculos XlX e XX.

O trabalho executado na moderna e complexa sociedade tem aspectos que, vistos em sua individualidade, podem não ter relação com a concepção original de intervir na natureza. O trabalho surge na forma de planejamento na mente humana, depois de levado à pratica, ele sofre modificações, e, ao mesmo tempo, modifica a natureza humana.

No inicio da organização industrial, os camponeses, os pequenos produtores, os fazendeiros, os artífices e os artesãos perderam gradualmente o acesso à propriedade produtiva. Sem os meios de subsistência, eles foram forçados a se submeter a um mercado de trabalho, vendendo, assim, a sua força de trabalho mediante o recebimento de um salário. Embora essa forma de organização seja uma fase essencial do capitalismo, ela não aconteceu de uma só vez nem de maneira generalizada. Os indivíduos, ao se verem separados da propriedade produtiva, não aceitaram automaticamente as relações de trabalho assalariado. Ao contrário, houve uma intensa resistência, forte oposição e muitos conflitos contra a emergente organização da produção.

Para contornar tal resistência, os capitalistas tiveram que instituir estratégias organizacionais que foram arquitetadas para disciplinar o trabalho e extrair desse mais produtividade. Foram os primeiros esforços para subordinar os insubordináveis recursos humanos.

Dentre as muitas descrições da transição para capitalismo industrial, a mais comum é a que descreve a natureza modificada do trabalho sob o capitalismo, envolvendo o contraste entre os artesãos pré-capitalistas, que possuíam habilidades raras e exerciam um total controle sobre o processo de trabalho e o trabalhador da indústria que não possuía habilidades especiais e que poderia ser caracterizado como um mero “apêndice” de máquina. Da mesma forma, sob o capitalismo moderno, nem todo individuo trabalha em linha de produção. O que deve ser claro é que a ascensão do capitalismo destruiu um modo estabelecido de vida, particularmente a sua relação de trabalho.

Nesse contexto de conturbados avanços e retrocessos para a vida do trabalhador moderno, surge o Serviço Social como forma de paliar as expressões cruéis da questão social no mundo. Com o passar dos anos e alcance do reconhecimento do setor como profissão inserida na divisão sócio-técnica do trabalho, o serviço social ganhou novo status e passou na produção e reprodução da vida social.

O Serviço Social vem se modificando e evoluindo junto com o homem. Ao longo dos anos, e desde seu surgimento é uma profissão caracterizada por atenuar as problemáticas da vida social e vem se reconstruindo nas últimas quatro décadas para atuar interventivamente de forma a enfrentar as múltiplas faces da questão social, buscando reduzir as disparidades sociais, transformado em objeto de trabalho do assistente social.

Como o profissional de serviço social vende sua força de trabalho, quem delimita as suas atribuições na empresa ou instituição é o empregador, o que muitas vezes dificulta o trabalho do profissional, pois em não raras vezes este profissional tem que trabalhar atendendo as necessidades do empregador e não as dos usuários dos serviços prestados, principalmente em empresas privadas, ou (infelizmente) ainda mesmo da sociedade em que esta inserida, e lutas sociais com relação de poder se transformam em demandas profissionais que devem ser reelaboradas para atenderem os interesses do empregador.

Por encontrar-se inserida no centro da disputa e contradição do capital e trabalho, compreendemos que a ética não leva à superação da alienação, pois nos termos da concepção que informa no Código de ética, tal superação implica a ruptura com a ordem burguesa em sua totalidade. Entretanto, o serviço social por ser uma profissão onde a atuação crítica e um pensar investigador torna-se um gerador de atitudes práticas, segundo Barroco (2004), transforma-se em um “[...] sentimento ético que reclama a justiça e faz emergir, da indiferença e da naturalização da pobreza, a perspectiva de transformação, da revolta contra o antiético”. (BARROCO, 2004, p. 39).

O profissional de serviço social deve se adequar às exigências do mercado de trabalho, porém jamais tornar-se alienado para que a qualidade do seu trabalho não fique prejudicada, para isso esse profissional deve potencializar a sua relativa autonomia através de seu projeto político profissional com bases humanistas que tenham sustentação em forças sociais.

A sua principal função desse profissional é o atendimento as necessidade das classes mais pobres da sociedade e da execução de políticas públicas voltadas para essa área, ele trabalha com as singularidades que um indivíduo família ou grupo de uma determinada população vivem.

O mercado de trabalho hoje para um profissional de serviço social é amplo, principalmente nas organizações públicas, podendo atuar na assistência social, saúde, previdência social, educação, educação ambiental, nos espaços não-governamentais o profissional também é inserido nas áreas vinculadas a garantia de direitos, onde algumas de suas funções são as de mobilizar pessoas, instituições e empresas para debate e ações de cunho social e assistencial, saneamento básico, infância e adolescência, idosos, mulheres, trabalhadores rurais ou urbanos, famílias, etc..

Por o Serviço Social estar inserido nessa divisão sócio-técnica do trabalho, uma das atuais demandas da profissão é o trabalho realizado junto aos Conselhos Municipais de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) em todo o país. Com embasamento na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) que em seu artigo segundo estabelece como um dos seus objetivos o amparo e proteção a famílias, crianças e adolescentes em situação de risco social. Dessa maneira, o programa de Atenção Integral à Infância e Adolescência visa concretizar esta prioridade, em consonância com os princípios estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente que compreendem o grupo infanto-juvenil proveniente de famílias em situação de abandono e pobreza traz na sua história a marca da exclusão. Os efeitos da pobreza se fazem sentir no precário acesso que este grupo tem aos serviços de saúde, à educação e ao lazer, etc., e na sua inserção precoce no mundo do trabalho.

Se a Assistência Social pretende romper o ciclo da pobreza e garantir efetivo acesso a bens e serviços de direito à nossas crianças e adolescentes, é necessário que ofereça programas que funcionem como facilitadores estratégicos da obtenção e usufruto desses bens (saúde, educação, cultura, etc.). Trabalhar com crianças e adolescentes de maneira responsável e comprometida, do ponto de vista ético, significa proporcionar a ampliação de suas potencialidades, desenvolver o espírito crítico que permite intervir e transformar a comunidade de que se faz parte.

Um exemplo real de uma intervenção realizada junto ao C.M.D.C.A. em Ibirapuã-BA, é que o projeto realizado pela assistente social em campo prevê as seguintes ações:

  • Implementação da oficina de artes, onde vários cursos são ministrados além dos que já existem, como pintura em tecido, dança - coreografia, manicure e pedicure, desenho, artesanato com material reciclado, etc., para promover renda e transformar adolescentes marginalizados em aprendizes capacitados e com presença constante na escola.
  • Campanha para renovação e ampliação do acervo existente na biblioteca e brinquedoteca.
  • Monitoria de aulas de teatro, visando desenvolver estas habilidades e incrementar as potencialidades.
  • Encaminhamento para obtenção de documentos; encaminhamento para serviços de saúde (médico e odontológico).
  • Palestras sobre higiene corporal e do meio ambiente, sexualidade, protagonismo juvenil, importância da auto-estima, prevenção de acidentes e primeiros socorros, prevenção de gravidez indesejada, prevenção contra o uso de drogas, entre outras informações de interesse do grupo.
  • Estimulo ao desenvolvimento de outras habilidades importantes, tais como: saber comprar, vender, manuseio de dinheiro, reparos em eletrodomésticos, estímulo à participação em campanhas de vacinação e de saúde em geral.
  • Estímulo à comunicação, a sociabilidade, devendo estes adquirir o aprendizado para lidar com a união, a solidariedade, a justiça, e principalmente o respeito ao próximo.

Com esse trabalho realizado no C.M.D.C.A observa-se que foram alcançadas as alterações na qualidade de vida das crianças e adolescentes participantes dos trabalhos e da comunidade a qual estão inseridos. Afinal, a ampliação de atividades obteve resultados coerentes com os objetivos propostos, na medida em que as atividades foram se constituindo em instrumento para reflexão crítica e ampla, acerca da realidade vivida pelas crianças e adolescentes com a ampliação das atividades que viabilizaram um trabalho conjunto entre as crianças, os jovens, a família, a escola, a comunidade.

Pois a intervenção profissional favoreceu encaminhamento coletivo das necessidades e interesses a que os usuários tinham de direitos na sociedade na qual vivem, pois produziram alterações na qualidade de vida dos mesmos como: sociabilidade, comunicação, habilidades para a vida cotidiana, habilidades artísticas, esportivas, integração e melhoria da qualidade de vida familiar e o sucesso escolar dos usuários.

Por estar inserido nessa contradição trabalho-capital o assistente social é o profissional mais qualificado para atender as demandas da questão social. Assim, investir na capacitação técnica contínua, não estagnando e apreender ética no contexto da lógica perversa do capitalismo é fundamental uma vez que o mesmo é um mediador ligado às políticas sociais e principalmente a política de Assistência Social e está totalmente inserido neste contexto podendo contribuir nos processos que dizem respeito a reprodução da vida social de seus usuários.

Como a sociedade está sempre em constante mutação não podemos parar de investir em capacitação técnica, pois através da boa prestação destes serviços que o profissional intervém pois,

“pode produzir resultados concretos nas condições materiais, sociais, políticas e culturais da vida de seus usuários; em seu acesso às políticas sociais, programas, serviços, recursos e bens; em seus comportamentos e valores; em seu modo de viver e de pensar, suas formas de luta e organização e em suas práticas de resistência.” (YAZBEK, 2004, p.14).

É na prática profissional, no campo prático do trabalho que percebemos como uma boa formação acadêmica pode proporcionar a desmistificação do cotidiano e impelir o assistente social a uma nova ação e a um reconceito na perspectiva de analisar a realidade social com olhar mais crítico, investigativo e amadurecido da profissão.

 

FAVOR LER COM ATENÇÃO TODO O TEXTO, POIS TODAS AS INFORMAÇÕES ESTÃO CONTIDAS NELE.

 

 

 

Estou lançando o curso "INSTRUMENTAIS TÉCNICOS DO ASSISTENTE SOCIAL" que visa capacitar todos os Assistentes Sociais para elaboração de toda a documentação técnica necessária para atuação profissional, que querem melhor se preparar para atuar no mercado de trabalho com mais habilidade.

 

 

O curso acontecerá ao longo também de 2013 e 2014  e é totalmente a distância; você faz a pré-inscrição e logo te envio o arquivo virtual com o conteúdo do estudo do módulo I.

 

O conteúdo Programático do curso é:

 

 

UNIDADE 1. Competência Teórico-metodológica, Autonomia e Compromisso Ético-profissional: UNIDADE 2. Elaborando Encaminhamento:

 

UNIDADE 3. Estudo Social:

ASPECTOS CONSIDERADOS NA ELABORAÇÃO DO ESTUDO SOCIAL

 

UNIDADE 4. Entrevista Técnica:IMPORTANCIA, VANTAGENS, LIMITAÇÕES.

 

TIPOS DE ENTREVISTAS

Andamento e condução da entrevista

Formulação das Perguntas

Estímulo a Respostas Completas

Registro das Respostas

Conclusão da Entrevista

VISITA DOMICILIAR

 

UNIDADE 5. Relatório Social:

Alguns procedimentos que podem facilitar a elaboração do relatório:

TIPOS DE RELATÓRIO

 

UNIDADE 6: Parecer Técnico:

 

UNIDADE 7. Laudo Social: Diferença entre relatório e laudo

Estrutura do laudo social

 

UNIDADE 8. Perícia Técnica-Social: ESTUDO SOCIAL OU PERÍCIA TÉCNICA-SOCIAL

DIFERENCIANDO: Estudo Social, Perícia Técnica, Relatório Social, Laudo Técnico.

 

                     Atenção!

 

Todos estes temas e documentos, vão com o MODELO e o PASSO-A-PASSO de como elabora-los.

 

----- Entregarei certificado de 15hs. 

 

 

Valor do curso: R$70,00 ou em 2X de R$35,00.

 

 

Como proceder para participar do curso:

 

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TALITA CARMONIA VIEIRA

Assistente Social - CRESS 8107 / BA.

MBA Executiva Empresarial em Organizações e Saúde do Trabalhador.

Técnica de Referência do CRAS em Ibirapuã, na Bahia.

 

Telefone do meu trabalho (73) 3290-2770.

 Telefone da Prefeitura no qual sou concursada: (73) 3290-2332

 

                                                                                                                                   

Maiores Informações: [email protected] ou pelo telefone (73) 8163-3384.

 


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