O que leva um jovem a se suicidar-se?

                                                            Regina Célia Victor De Domenico:

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Resumo

O suicídio a nível geral é uma das mais graves consequências dos que vivem a nível psíquico seriamente perturbado. A tensão nervosa quando envolve conflitos intrapsíquicos de gravidade muito acentuada, transtorna tão alucinadamente o psiquismo, que a pessoa vê a morte como única solução. De nada valem as riquezas materiais, a fama e glória, quando interiormente se vive no tédio, numa amargura angustiante sem encontrar solução nem saída para esses estados psíquicos. Aqui no Brasil, estima-se que o suicídio é o terceiro causa de morte entre jovens, logo atrás de acidentes e homicídios. Alexandrina Meleiro, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, afirma que. Antes as taxas eram maiores na terceira idade. Hoje tem crescido de forma assustadora!

Problemas familiares, conflitos nas escolas, mudanças climáticas talvez? O que leva um jovem ou um adolescente a cometer suicídio?

A grande maioria de suicídio de adolescentes é atribuída à depressão, abusos sexuais, drogas, separação dos pais e problemas decorrentes de atração por pessoa do mesmo sexo. Conquanto apenas um desses fatos, por si só, pode ser bastante para levar um jovem ao suicídio, muitos adolescentes estão sobrevivendo a mais de um clima de opressão a circunstância de um país.

Muitas das vezes, não é um único fato sério ou situação que leva o jovem a querer terminar com a própria vida. São de pequenas, mas decepcionantes circunstâncias podem criar na mente do jovem a imagem de um futuro sem esperanças. Muitos desses adolescentes não conseguem pedir ajuda, sofrem sozinhos e acaba caindo em um caminho uma válvula de escape que é as drogas, alcoolismo.

Palavras-chave: adolescente, depressão, família, escola, droga.

 

Introdução

O termo suicídio foi utilizado pela primeira vez em 1737 por Desfontaines, cujo significado tem origem no latim, na junção das palavras sui (si mesmo) e caederes (ação de matar), ou seja, é um ato que consiste em pôr fim intencionalmente à própria vida.

Nessa visão geral, define-se suicídio como um ato voluntário em que um indivíduo possui a intenção e provoca a própria morte, podendo ser causada entre outros fatores por um elevado grau de sofrimento, que tanto pode ser verdadeiro ou ter sua origem em algum transtorno psiquiátrico como a psicose aguda ou a depressão delirante ou outro transtorno efetivo.

Ação fatal contra si, geralmente premeditada, às vezes deflagrada por crise emocional ou desespero. Praticada por homem ou mulher e até por animal. Em algumas situações críticas, o escorpião finca o ferrão em si mesmo.Grandes personagens, Para o bem ou para o mal, eles foram autores de grandes feitos. Nas artes, na política ou na guerra, marcaram seus nomes nas páginas dos livros de História. Mas decidiram tirar a própria vida e, de diversas maneiras, cometeram suicídio. Vargas, Hitler, Hemingway.

Sêneca

Um dos maiores pensadores e intelectuais do Império Romano “foi suicidado”. Como assim? Acusado de ter participado de uma conspiração que planejava o assassinato de Nero, Sêneca foi obrigado a cometer suicídio. Diante de amigos e de sua mulher, o pensador cumpriu a sentença, cortando os próprios pulsos e sangrando até a morte. Era 65 D.C.

Virgínia Woolf

A escritora e ensaísta modernista passavam por um colapso nervoso, em 1941, quando decidiu interromper seu projeto literário e sua vida. Não tomou veneno e nem deu um tiro contra a própria cabeça. Vestiu um casaco largo, encheu os bolsos de pedras e entrou no Rio Ouse. Morreu afogada. Antes de morrer, escreveu uma última carta a Leonard Woolf, seu marido, explicando sua decisão:

Querido,

Tenho certeza que estou ficando louca novamente. Sinto que não conseguiremos passar por novos tempos difíceis. E não quero revivê-los. Começo a escutar vozes e não consigo me concentrar. Portanto, estou fazendo o que me parece ser o melhor a se fazer. Você me deu muitas possibilidades de ser feliz. Você esteve presente como nenhum outro. Não creio que duas pessoas possam ser felizes convivendo com esta doença terrível. Não posso mais lutar. Sei que estarei tirando um peso de suas costas, pois, sem mim, você poderá trabalhar. E você vai, eu sei. Você vê, não consigo sequer escrever. Nem ler. Enfim, o que quero dizer é que é a você que eu devo toda minha felicidade. Você foi bom para mim, como ninguém poderia ter sido. Eu queria dizer isto – todos sabem. Se alguém pudesse me salvar, este alguém seria você. Tudo se foi para mim, mas o que ficará é a certeza da sua bondade, sem igual. Não posso atrapalhar sua vida. Não mais. Não acredito que duas pessoas poderiam ter sido tão felizes quanto nós fomos.

Hitler (1945) e Eva Brauwn

Final da Segunda Guerra Mundial, a derrota alemã começa a se mostrar cada vez mais inevitável. Hitler, o líder alemão, estava com a saúde comprometida: passava por problemas cardíacos, era hipocondríaco, sofria de insônia. Estava em um esconderijo na cidade de Berlim. Em 30 de abril de 1945, diante da aproximação do Exército Vermelho, Hitler entregou a Eva Braun, sua esposa, um veneno mortal e, em seguida, se matou com um tiro. Antes de morrer, havia ordenado a que ateassem fogo em seu corpo e no de Eva. E foi o que aconteceu, enquanto soldados alemães faziam a saudação nazista.

Getúlio Vargas (1954)

Após ser eleito democraticamente em 1950, o “pai dos pobres” começou a sofrer uma série de perseguições. Em 1954, seu principal adversário, Carlos Lacerda, sofreu um atentado, o que colocou sua credibilidade ainda mais em xeque. No dia 24 de agosto do mesmo ano, Vargas disparou uma arma contra o próprio peito. Deixava a vida para entrar na História, como disse em sua carta-testamento, um dos documentos mais famosos da história do Brasil.

Ernest Hemingway (1961)

O suicídio era tema frequente na vida e na obra do escritor de O velho e o Mar, vencedor do prêmio Pulitzer e Nobel de Literatura. Seu pai, por conta de problemas financeiros e de saúde, havia se suicidado em 1929. Um dia, pelo correio, uma carta mudaria sua vida. Sua mãe, Grace, enviou-lhe a pistola com a qual seu pai havia se suicidado. Hemingway não sabia o que ela queria com a entrega. Em 1961, com hipertensão, diabetes e depressivo, pegou o objeto e o considerou como uma evidência do fim que se aproximava. Tomou um fuzil de caça e disparou contra si mesmo.

Personagem Bíblico

Judas, após beijar Jesus e o traí-lo logo após se suicidou.

A título de exemplo de suicídio temos o escritor japonês Ryunosuke Akutagawa, o qual se suicidou em 1927, aos 35 anos de idade. Em que escreve: Não tenho força para continuar a escrever, referido por Wolpert (2000, p.85).

A sociedade está doente.  Isso é com plena convicção. E quando falamos de doença não nos referimos “apenas” às patologias fisiológicas, falamos, sobretudo, do adoecimento psicológico e emocional que vivemos. E sabemos o que causou isso são os desajustes nas pessoas e nas suas relações: o sistema capitalista. Pode parecer que não, aos nossos olhos, pensamos que a sociedade está desse jeito porque as pessoas simplesmente foram sempre assim, mas, se lançarmos um olhar mais profundo sobre essa problemática, vamos compreender o porquê de estarmos tristes, deprimidos e insatisfeitos a todo o momento.

“O homem da atualidade está sofrendo pela porosidade de sua alma, de sua existência. O seu ser está sufocado pelo ter. Em nossa cultura ocidental prevalece à estética sobre a ética, há um culto à forma, à beleza, ao poder. Vivemos a ditadura do seja sempre melhor, seja excelente, mesmo que, para que isso ocorra você precise pisar esmagar, ser cruel e danoso com outro semelhante. O modelo político social vigente nas sociedades são os grandes causadores desse problema. O capitalismo potencializa o sofrimento humano. O psicanalista Charles Melman tem a seguinte premissa: “A relação com o outro se sustenta em uma concorrência agressiva, autorizando os golpes ao estado de violência atual: homens devorando homens”. É isso que o capitalismo promove: antropofagia (comer carne humana) simbólica e real. ”(jornal dos trabalhadores na luta pelo socialismo).

O capitalismo, na sua visão bem clara, transforma tudo em mercadoria, como já dizia Marx, onde o que importa é ter, e, nessa ampla realidade, tudo é comprável, inclusive o carinho, o afeto, a amizade de outras pessoas. O ser fica de lado, não importando quem você é, mas sim o que você tem. E nessa desvalorização do ser e na valorização do ter, a maioria das pessoas que não podem ter fica nessa angústia de viver em uma sociedade na qual o que é valorizado elas não possuem.

Várias são as falsas saídas a esse modelo político-econômico, muitas delas trágicas para aqueles que estão na base desse sistema. O suicídio é infelizmente é a causa de uma delas. O suicídio é um problema social e de saúde pública que tira a vida de um milhão de pessoas por ano, é uma vida a cada 40 segundos, em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Um dado interessante é que a terceira causa de morte entre os homens jovens de 15 a 44 anos de países desenvolvidos e em desenvolvimento é o suicídio. É o que mata 26 brasileiros por dia, um número surpreendente e que nos leva a pensar porque isso ocorre. Essa taxa não é alta só no Brasil, mas em vários países do mundo e, com o passar dos anos, só tem aumentado. Uma lista¹ dos 10 países que apresentam os maiores índices de suicídio do mundo aponta em primeiro lugar a Coreia do Sul, com 31,7 pessoas a cada cem mil habitantes, em segundo lugar, a Lituânia, com 31,6, e em terceiro a Guiana, com 26,4. A China está em sexto, com um índice de 22,23, o Japão, que é uma das maiores economias do mundo, está em sétimo lugar, com 21,9. O Brasil não aparece entre os dez, mas tem um índice elevadíssimo como vimos acima.

O modo de produção capitalista não proporciona as mínimas condições para a maioria da população do mundo e também do Brasil viverem. A maioria das pessoas não tem direito a moradia, a um trabalho digno e que traga satisfação e felicidade, a uma educação de qualidade, a saúde, a lazer, enfim, tantas coisas que deveriam estar presentes na vida das pessoas, mas não estão. É por essas carências que muitas pessoas desistem de viver. Sabemos que quando uma pessoa se suicida ela não quer acabar com sua vida, ela quer (Emanuela Nascimento e Tainan Amaral, estudantes de psicologia e militantes do MLC) “acabar com aquilo que lhe faz sofrer”. O que faz uma pessoa sofrer no Brasil? Educação precária precária, saúde pública em estado deteriorado, pessoas que passam fome, patrões tirânicos, insatisfação e tristeza no trabalho, essas e muitas outras são a causa do sofrimento da classe trabalhadora brasileira.

Por esses e outros sofrimentos que o capitalismo causa nas pessoas, precisamos nos organizar e lutar para acabar com esse sistema caduco que não nos serve mais e colocar no seu lugar o socialismo, que vai nos proporcionar uma vida mais digna na medida em que prioriza o ser humano e suas necessidades, acabando com a exploração do homem pelo homem  mudando os valores egoístas que hoje em dia são pregados nessa sociedade em que vivemos.”

Será que o capitalismo tem afetado os nossos jovens? e porquê? As políticas o que tem feito?

A implementação da Lei 8069/90 tem se revelado, mais do que um ato de voluntarismo desta ou daquela administração, um processo longo, laborioso e difícil. Depois da entrada em vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o desafio foi inserir as suas diretrizes e bases (art. 227 da Constituição Federal) nas leis orgânicas dos municípios e, a partir daí, criar as normas legais para a constituição dos Conselhos Municipais e Tutelares, processo que foi antecipado, no plano legal, pela implantação dos Conselhos Estaduais.

 [...] “Não temos, em nossa história republicana, a tradição de democracia participativa, ingrediente essencial da política pública de tipo novo que se quer ver implantada. Nossa cultura política é clientelista e fisiológica. Nossa cultura administrativa, burocrática e corporativa. Nossa cultura técnica, autossuficiente e formalista. Nossa cultura cidadã, de passividade e conformismo. Todos esses fatores, atuando de maneira convergente e sinérgica, impedem que a lei saia do papel. Entretanto, em alguns municípios, estes obstáculos puderam ser superados e a ECA foi, a duras penas, implantada.”.

A Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU, a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente listam diversos direitos que devem ser alvo de proteção prioritariamente pelo Estado, pela família e pela a fim de garantir uma existência digna e o desenvolvimento pleno da criança e adolescente.Dessa forma, é que a criança e adolescente, além dos direitos fundamentais inerentes a qualquer ser humano, têm alguns direitos que lhe são especiais pela sua própria condição de pessoa em desenvolvimento. O Estatuto da Criança e Adolescente, portanto, rompe com a doutrina da situação irregular do Código de Menores que tratava a criança e o adolescente como objetos, passando a tratá-los como sujeitos de direitos.

Assim, o art. 4.º determina que seja dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária. Esse artigo é quase uma reprodução literal do que está disposto na Constituição Federal do Brasil.

O Estatuto, visando garantir a efetivação desses direitos, dispõe que qualquer atentado, por omissão ou ação, aos direitos fundamentais das crianças e adolescentes são punidos conforme determina a lei.

Direito à vida e direito à saúde.

São disciplinados pelos arts. 7.º a 14 da ECA. Assim, o direito à vida e à saúde, segundo o art. 7.º da ECA, será efetivado através de políticas públicas que permitam o nascimento e desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.Para garantir a efetivação dos direitos é que a ECA determina que seja assegurado a gestante o acompanhamento pré-natal no sistema único de saúde, determina ainda que se possível, preferencialmente, o médico que fez o acompanhamento no pré-natal seja o que realizará o parto e mais que o Poder Público garanta a alimentação do recém-nascido.

Verifica-se, portanto que o que se busca é acabar com a mortalidade infantil ou, ao menos, reduzi-la, havendo uma preocupação clara com a saúde e vida da gestante e da criança recém-nascida.Além disso, há uma determinação do Estatuto para que os empregadores e as instituições propiciem o aleitamento materno, inclusive no caso de mães privadas de liberdade. Assim, tanto as mulheres que trabalham e também aquelas que estão presas, incluídas aqui as adultas e adolescentes, que são mães devem poder amamentar seus filhos. Como é cediço o aleitamento contribui para o desenvolvimento saudável da criança recém-nascida e, portanto, não basta apenas incentivá-lo, mas é necessário que se dê meios para que a mãe possa realizá-lo.

Direito à alimentação.

Embora não haja um capítulo especifico no Estatuto sobre tão importante direito ligado claramente à vida, pois não há vida sem alimentação, tanto a Constituição Federal como o Estatuto o elencam entre os direitos a serem protegidos, cabendo ao Estado fornecer essa alimentação se os pais ou responsáveis não tiverem condições de fazê-lo. E a preocupação com a efetivação desse direito é clara quando o Estatuto em seu § 3.º do art. 7.º dispõe que incumbe ao Poder Público propiciar alimentação à gestante e à nutriz que dele necessitem, pois é evidente que para um desenvolvimento sadio é necessária uma alimentação adequada desde a gestação.

Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade.

O direito à liberdade da criança e adolescente tem características especificas, já que são pessoas em desenvolvimento e por serem imaturas muitas vezes se encontram em situação de vulnerabilidade. Mas não é por essa condição peculiar que não tem direito à liberdade, aliás, esse direito se altera conforme o desenvolvimento vai se completando. O art. 16 da ECA esclarece que o direito à liberdade abrange o direito de locomoção, de expressão, de crença, de diversão, de participação da vida familiar, comunitária e política (nos termos da lei) e de refúgio.

O direito ao respeito, conforme art. 17 da ECA consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente. Para tanto se deve preservar a imagem, a identidade, a autonomia, os valores, as ideias e as crenças, os espaços e os objetos pessoais. A criança e adolescente, conforme determina o art. 18 da ECA deve estar protegida de todo e qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório e constrangedor, garantindo assim sua dignidade.Por isso, com base no direito ao respeito e à dignidade que há uma preocupação clara do Estatuto com o sigilo dos processos, principalmente processos de apuração de atos infracionais, além disso, há no Estatuto crimes específicos em caso de violação desses direitos, visando dessa forma impedir ou, ao menos, coibir que esses direitos sejam violados. A previsão está no art. 240 e 241 da ECA.

Direito à convivência familiar e comunitária

Para haver a efetivação de todos os direitos fundamentais que são assegurados à criança e adolescente é necessário se garantir a convivência familiar. Instituições não são como família, pois o vínculo familiar é calcado no afeto. E é por isso, com base na importância dessa convivência familiar, que permitirá um desenvolvimento com dignidade e efetivação dos direitos humanos que, o art. 19 da ECA dispõe que “toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta”.

Buscando-se impedir arbitrariedades e garantir que a criança e adolescente se desenvolvam no seio de sua família natural que o art. 23 da ECA dispõe que a falta ou carência de recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou suspensão do poder familiar. De fato, seria absurdo que um pai ou uma mãe pudessem perder ou ter suspenso o poder familiar por serem pobres. Embora tão claro e evidente não seja incomum decisões judiciais nesse sentido, decisões que refletem uma visão preconceituosa que um pai ou mãe pobre não tem condições de educar “bem” uma criança ou um adolescente.

Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer.

O direito à educação, garantido no art. 53 da ECA, tem por finalidade o pleno desenvolvimento da criança e adolescente, o preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Assim, o acesso à educação surge com um fator de transformação social, visando o combate a exclusão social, permitindo que a criança e adolescente se desenvolvam e estejam preparados para exigências da vida em sociedade, tanto quanto aos seus direitos e deveres no convívio com as pessoas como no seu trabalho. Dessa forma, o Estatuto dispõe que o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo da criança e adolescente.

Cabe aos pais e responsáveis a obrigação de matricular os filhos ou pupilos na escola e controlar a frequência cabem ao Estado oferecer o ensino obrigatório e ao estabelecimento de ensino fundamental comunicar ao Conselho Tutelar os casos de maus tratos, a reiteração de faltas injustificadas e evasão escolar e altos níveis de repetências. Assim, é evidente que há obrigação por parte da família, do Estado e também da escola para que a criança e adolescente não deixe de estudar ou abandone os estudos, para que se dê efetividade ao direito à educação que lhe é garantido.

É importante que a criança e adolescente conheça suas raízes, mais, que ela valorize essas raízes e as mantenha, pois é assim que ela manterá e desenvolverá a sua identidade com o grupo. Por isso, a preocupação do Estatuto que no art. 58 que dispõe que no processo educacional serão respeitados os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo a eles liberdade de criação e acesso as fontes da cultura. Por fim, há a preocupação que além da educação, a criança e adolescente possa brincar e praticar esportes. O esporte e o lazer contribuem para que a criança e adolescente desenvolvam outras potencialidades e desenvolvem o relacionamento social.

Direito à profissionalização e à proteção ao trabalho

É do trabalho que o homem obtém seu sustento. Porém, a busca por esse sustento compete a adultos, não a adolescentes ou a crianças. Por essa razão que a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e Adolescente proíbem que menores de dezesseis anos trabalhem, exceto se for para exercer suas potencialidades e os prepare para a vida adulta, o que é permitido a partir de quatorze anos quando o exercer na condição de aprendiz. A proibição tem um fundamento muito claro permitir que a criança e o adolescente tenha tempo para estudar. O exercício de um trabalho por uma criança ou por um adolescente lhe retira o tempo que lhe é necessário não só de frequentar as aulas, mas também de estudar o que foi passado em sala de aula e fazer as lições. Além disso, o trabalho em muitas situações acarreta danos para a saúde da criança ou adolescente, pessoas em desenvolvimento que são, e que muitas vezes não detém a força física necessária para realização de determinados trabalhos.

São vedados aos menores de 18 anos, conforme a Constituição Federal, o trabalho noturno, perigoso ou insalubre. E o Estatuto, em seu art. 67, complementa que também é vedado ao adolescente empregado ou aprendiz, o trabalho realizado em locais prejudiciais à sua formação e desenvolvimento físico, psíquico, moral e social, além dos realizados em horários e locais que não permitam a frequência à escola. (Apresentação feita conselho tutelar(ECA) –Bicas/2009).

O que nos chama a atenção é:

Esses jovens passam a maior parte de suas vidas na escola. A política sobre educação tem que levar em conta a política de saúde que por sua vez deve estar de acordo com as políticas de cultura, esporte e lazer. Assim teremos a chamada rede universal funcionando, pois as políticas de atendimento básicas estarão integradas e assim as ações terão os efeitos satisfatórios. Porém os que encontramos hoje, e exatamente o contrário têm, em sua grande maioria, políticas isoladas.

O estudo conduzido por Keith Hawton mostra que os adolescentes geralmente evitam procurar ajuda por temerem a opinião dos outros uma vez que seus pensamentos suicidas se espalham pela escola. Também indica outra mudança no perfil dos suicidas.

Referencias Bibliográficas

http://meuartigo.brasilescola.com/doencas-saude/adolescentes-suicIdio.htm

http://www.institutohipnologia.com.br/index. php?Option=com_content&view=article&id=17: jovem-suicida&catid=6: gerais&itemid=18

http://www.dicionarioinformal.com.br/suic%C3%Addio/

http://super.abril.com.br/blogs/historia-sem-fim/6-personagens-historicos-que-se-suicidaram/

http://averdade.org.br/2013/11/por-que-pessoas-se-suicidam/

http://ctbicas.blogspot.com.br/2009_11_01_archive.html