A sociologia, como ciência, não é individualista, comunista ou socialista, pois ela ignora visões parciais do mundo, mas verifica os fatos sociais em si, suas causas e consequências para compreender a realidade e necessidades sociais.

Pode-se dizer que sociologia não toma partido entre as hipóteses que dividem os doutrinadores sociais, segundo Émile Durkheim. Contudo, a sociologia estuda o princípio da causalidade que se aplica aos fenômenos sociais, pois ela assim considera como necessidade racional de postulado empírico e produto de indução legítima para sua certificação de ciência expressa e sistematizada.

Dos resultados práticos, surgem investigações de fatos que sem liberta  das paixões de partidos e doutrinas,  e o espírito de questionamentos se faz como atitude especial de ciência pelo contato direto com as instituições históricas sociais, que daí, utiliza-se o método objetivo de tratar fatos sociais com fórmula teórica da ampliação prática de Comte e Spencer. Assim, os fatos sociais são tratados como fenômenos sociológicos explicados de ordem lógica, o que por si só, é uma prova da ciência social.

O método exclusivamente sociológico é a explicação do fato social por outro fato social, que situa o meio social como motor principal da evolução coletiva. Deduz-se, então, que a sociologia não é anexa a outra ciência, mas é autônoma da realidade social para compreender os fatos sociais.

Florestan Fernandes, ao verificar tal abordagem imparcial de Durkheim, coloca a sociologia na situação sócio-econômica-cultural, a qual produz efeitos positivos e negativos nas instituições, e por isso,  o ensino e a pesquisa sociológica se desenvolvem com padrões científicos.

O problema do financiamento da pesquisa científica é igual para as demais ciências: por um lado, os cientistas sociais são indiferentes aos problemas brasileiros, e por outro, os sociólogos acreditam que suas vontades não são determinantes na resolução de tais problemas.

O progresso das ciências sociais no Brasil se acelerou entre 1933 e 1934, quando líderes culminaram instituições de conhecimento da existência social do povo brasileiro e verificou o nível educacional, intelectual e prático da existência social.

Vinte e cinco anos antes dos anos oitenta do século vinte, os revolucionários que fizeram a revisão das teorias e reconstrução da problemática social, refletiram o desenvolvimento da sociedade com suas tendências e operou uma racionalização crescente como um exemplo das sociedades ocidentais de difundir a tarefa revolucionária concreta no sentido de se aplicar a ciência social como oportunidade para líderes e partidos divulgarem propaganda de ideias de forma dirigida às massas ou a setores sociais específicos.

O cientista social, como profissional, teve que rever sua posição social na sociedade e sua vocação de combater a mistificação ideológica do Estado, dos grupos políticos, de instituições religiosas e de imprensa para reconstruir o significado do seu trabalho como conquista progressista da sociedade humana.

REFERÊNCIAS

DURKHEIM, Emile. Regras do Estudo Sociológico. São Paulo: Martín Claret, 2003.

FERNANDES, Florestan. A Sociologia no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1977.