INTRODUÇÃO

No cenário atual, usar como argumento a sobrevivência dos jornais, ao fato de eles não terem desaparecido na era do rádio e mais tarde na TV. Pode até ser um argumento plausível, mas, diante do novo mundo digital, esse raciocínio não pode ser levado ao pé da letra, pois, as tiragens dos jornais têm oscilado muito, em função da concorrência com essa nova mídia: a internet que abriu espaço para a massa se comunicar entre si de maneira recíproca, praticamente de maneira simultânea e em tempo real. Pode-se afirmar que esse novo meio de comunicação, se tornou, em tempo recorde, a ferramenta mais importante e essencial para aqueles que precisam e almejam se comunicar com o denominado “mundo globalizado”, sem fronteiras.

O fim do jornalismo impresso foi decretado em vários momentos da história mundial. Nos últimos anos, essa discussão voltou a ser pauta em muitas redações pelo mundo, devido ao rápido crescimento da internet.

Com base em pesquisas, entrevistas, estudo de caso e referencial teórico, o estudo propõe a retomada deste antigo debate — o fim do jornal impresso — que há décadas é um dos principais meios de comunicação de massa existente no país, junto ao rádio e a televisão, veículos que foram as primeiras ameaças ao império da informação impressa.

Dessa forma, o argumento de que o jornal sobreviverá mais uma vez, mostra-se falho na era digital, pois a internet não é o rádio e nem a TV, mas sim, todos os veículos em apenas um veículo. Em um mundo, veloz e interativo. Hoje, o “cidadão internauta”, através de uma linguagem toda peculiar, de qualquer lugar onde esteja, através de seu computador e/ ou de seu aparelho celular, se comunica com o mundo.

Fator que credita, a era digital, a possibilidade de ser a responsável pela extinção da forma de mídia impressa, como foi concebida há anos e que perdura — não se sabe ainda por quanto tempo — até os dias de hoje.

  1. 1.      MARCA

Pensar, criar e desenvolver. Esses são os primeiros passos para elaboração de uma marca, que pode tornar-se uma referência para o indivíduo. Segundo AAker (2007, p. 23) uma marca, determinada marca só é lembrada se ela vem à mente do consumidor de maneira espontânea, sem grande esforço e é relacionada a uma classe de produto de sucesso comprovado no mercado consumidor.

Mas para uma marca ser lembrada é necessário um longo processo de desenvolvimento e de planejamento de marketing, através do qual será determinado o valor a ser agregado pelo consumidor. Também são indispensáveis ações que gerem contato com o público alvo, condição essa seguida a risca por grandes empresas.

  1. 2.      CONSTRUÇÃO DA MARCA

Uma fórmula a ser seguida na construção de uma marca ou método descrito para ser seguido passo a passo, não existe, já que o caminho traçado por uma marca não caberá 100% a outra, pois, se deve levar em consideração todos os fatores para criação, mercado, público alvo, ambiente e concorrência, dentre outros fatores afins. “A construção é muito mais do que dar um nome a uma oferta. Na verdade é fazer certa promessa aos clientes sobre como viver uma experiência”. (Kotler, 2006).

O desenvolvimento de uma marca pode ser uma tarefa difícil, já que ela passa por todos os estágios de criação, manutenção e gerenciamento estratégico.

Para Aaker (2007), um dos problemas práticos de construção de uma marca é o desenvolvimento de uma comunicação eficiente e coerente nos diferentes tipos de mídias e ao longo do tempo.

Tudo isso, evidencia que construir uma marca nos dias de hoje, não é uma tarefa simples. O mercado globalizado muda constantemente e a concorrência atualiza-se periodicamente. “O construtor da marca poderá ser inibido por pressões e barreiras substanciais, tanto internas quanto externas. Para estarmos capacitados a desenvolver estratégias de marca eficiente, será útil compreender essas pressões e barreiras”. (AAKER, 2007)

De forma detalhada, AAker (2007), sinalizou os oito obstáculos para o desenvolvimento de uma marca. Após analisar as possibilidades e as dificuldades, deve-se traçar uma linha de trabalho visando o aspecto visual da marca, tendo como foco os valores da própria empresa (ética, social, econômico, ambiental e cultural), cujos fatores levarão de encontro à identificação dos valores buscados pelos consumidores. Isso ocorre tendo em vista que a marca, invariavelmente, é vista como um ativo responsável pelo preço relativo à avaliação do produto ofertado ou do serviço prestado.

  1. 3.      VALOR DA MARCA PARA O CONSUMIDOR

Buscar os benefícios que uma marca pode proporcionar é o que o consumidor vislumbra nas mensagens elaboradas pelos operadores de marketing das empresas detentoras das marcas. Por esse fato, se faz necessário entender que a marca é uma ferramenta importante dentro de uma empresa e deve ser gerenciada de forma responsável, de tal modo a ser capaz de influenciar a percepção dos atributos físicos e funcionais do serviço.

Sua procedência e qualidade devem conferir ao produto uma personalidade e um conjunto de valores, significando um diferencial dos demais concorrentes nos pontos de venda. “Conseguir construir uma marca forte, requer um cuidadoso planejamento e gigantesco investimento de longo prazo. Na essência de uma marca bem sucedida, existe um excelente produto ou serviço, sustentado por marketing desenvolvido e executado com muita criatividade”. (Kotler, Keller, 2006, p. 268).

Como já citado neste estudo, o mundo globalizado é cada vez mais competitivo, o que eleva a necessidade das empresas lançarem os seus produtos ou serviços antes da concorrência. Dessa forma, cabe às empresas se firmarem por meio de uma marca reconhecida em um mercado que a cada dia ganha mais produtos e serviços similares e posicioná-la na mente do consumidor, como uma referência em seu segmento de produto ou serviço.

Para David Aaker (2007), as dimensões do valor percebido para as marcas podem ser expressas da seguinte forma:

Fidelidade (grau de ligação do consumidor com a marca);

Consciência (habilidade da marca em ser reconhecida pelo consumidor como parte de uma categoria de produto);

Qualidade percebida (percepção pelo consumidor de superioridade de um produto ou um serviço em relação as alternativas disponíveis);

Associações (conjunto de significados que o consumidor atribui à marca).

Um serviço ou produto que constrói uma marca e a posiciona à apreciação do público e obtêm uma boa aceitação, pode reduzir a sensação de insegurança do consumidor, tornando-o mais disposto a 'correr o risco e pagar para ver', já que por trás do bem que ele adquiriu, encontra-se uma marca de excelência e procedência reconhecidas.

  1. 4.      A CHEGADA DA IMPRENSA AO BRASIL

A imprensa chegou de maneira tardia em solo brasileiro, em relação a outros países. Os primeiros resquícios de vida em termos de comunicação de massa em nosso país, aportaram aqui nos idos de 1808, com a vinda da Família Real Portuguesa ao Brasil.

O Brasil tem se firmado cada vez mais como um país no qual a imprensa é livre, e esse fato tem tido enorme relevância em sua vida política e social. Nem sempre foi assim. (Brito, 2009, p. 19)

Antes disso era proibido o uso de tipografia no território, objetivando evitar a manifestação de ideias que pudessem atrapalhar os planos da Coroa Portuguesa para com a colônia. Porém, mesmo diante de todo impedimento observado à época, Hipólito José da Costa, em junho do mesmo ano, imprimia, fora do Brasil, o jornal Correio Braziliense, cujo periódico era trazido à colônia clandestinamente, transportado em porões de navios de origem  inglesa.

A Gazeta do Rio de Janeiro, foi o primeiro periódico impresso no Brasil, a partir de setembro de 1808. O jornal foi confeccionado na Impressão Régia — prensa do governo — cuja engenhoca chegou ao país com a família real. Mas, diferentemente do Correio, a Gazeta tornou-se um Diário Oficial da Coroa.

Apesar de todo esse começo cheio de restrições quanto à introdução de órgãos da imprensa no país, esses dois veículos representaram a das portas ao jornalismo impresso que temos nos dias de hoje.

  1. 5.      O JORNAL NA SOCIEDADE

Os jornais impressos, nos moldes que se vê nos dias atuais — conforme as tendências adotadas em termos de “linha editorial” —, de um lado atuam como aliados de governos que buscam manter um bom relacionamento com eles por interesses que lhes são comuns; por outro — também de conforme com a linha editorial adotada —, tornam-se ferramentas fundamentais para difusão de ideias e movimentos grupos da sociedade civil organizada que encampam lutas constantes contra ou a favor de algo que julgue direito dos cidadãos.

Entre todos os meios de comunicação de massa no Brasil, nenhum participou ou registrou tantos fatos e contribuiu na disseminação da informação quanto o jornal impresso. Mesmo sem toda agilidade e velocidade dos meios eletrônicos, ele informou aos seus leitores, entre outros assuntos de grande interesse público e histórico: a chegada de Getúlio Vargas à Presidência da República; o auge do mercado da borracha; a derrota do Brasil na partida final da Copa do Mundo de 1950, entre outros fatos.

Esse precursor da comunicação de massa no Brasil, ainda tem o seu charme, ao noticiar em suas páginas: “boas, más, tristes, felizes, banais, importantes, fundamentais, perfeitamente dispensáveis, triviais ou profanas notícias. Mais histórias sobre as cidades, a política, a economia, as ciências, os esportes, as artes, o dia a dia do cidadão, célebre ou comum, o consumo, a moda, a vida e a morte” (Caversan, 2009, p. 3).

Temas do cotidiano dos leitores, que viram pautas, textos e fotos, para a cada dia rechear as páginas dos jornais, com um conteúdo que reflete a necessidade de conhecimento do leitor e da divulgação daquele (s) que pretende (m) vender uma imagem, com base em realizações e/ ou fatos, ou simplesmente oferecer um produto ou serviço.

“O potencial das mídias impressas no Brasil tem alguns limites. O primeiro deles é que grande parte da população não tem condições econômicas para comprar revistas e jornais. Além disso, é preciso considerar que cerca de 15 milhões de brasileiros são analfabetos e 33 milhões não completaram a 4ª série, encontram dificuldades para ler textos. O resultado disso é que as mídias impressas só chegam a pouco mais que metade da população brasileira...” (Modé e Prazeres, 2009, p. 20).

É fato que o jornal serve à sociedade como um instrumento de informação diversas e não apenas como um diário oficial de governos ou de determinados grupos com interesses pessoais. Porém, devemos reconhecer que o jornal é uma ferramenta de poder; um poder de fazer conhecer, de narrar fatos, de investigar histórias, de mostrar os dois lados e em alguns casos um único ponto de vista. Enfim, de informar e formar opinião, mesmo que uma parcela significativa da população não tenha acesso direto a ele. Ou seja, embora julgado obsoleto por muito, o jornal impresso ainda se constitui num dos responsáveis por acender a luz na obscuridade do cotidiano da sociedade.

  1. 6.      JORNAL IMPRESSO EM NÚMEROS

A imprensa brasileira na forma escrita registra mais de 200 anos de atividade. No entanto podemos afirmar, com base em fatos, que em nenhuma época como a de hoje, ela sofreu tanto com a concorrência.

As emissoras de rádio passaram a se dedicar cada vez mais em fornecer notícias, tendo como foco um público que passa horas preso em congestionamentos no trânsito, bem como aguardando por confirmação ou cancelamento de voos nos aeroportos de todo o país. As emissoras de TVs abertas ampliaram sua abrangência e melhoraram em qualidade; as de Tvs a cabo expandiram e ficaram mais baratas, além de ofereceram canais com documentários, notícias e programas de debates envolvendo assuntos de interesse público. As revistas semanais, quinzenais e mensais especializaram-se em coberturas de matérias de cunho investigativo, acompanhando as notícias desde a ocorrência de um fato, até o seu termo final, além de divulgar matérias especiais e de pesquisas.

Em julho de 2008, a revista ABIGRAF, trouxe em suas páginas a reportagem “Jornal, ano 2020”, escrita pela jornalista Ada Caperuto. Na Matéria, a jornalista relata as dificuldades que o setor impresso enfrenta, além de indicar as 66 tendências que vão impactar jornais no mundo todo, indo desde a redução na tiragem a mídia digital que oferece novas possibilidades para elaborar conteúdo de acordo com nichos específicos de público.  Porém, dentre todas as novas ou reformuladas modalidades de mídia, a internet, com suas inúmeras páginas disponíveis, atualizadas quase em tempo real, é quem mais tem conquistado os leitores dos jornais impressos. Pode-se afirmar que se trata de um concorrente de força arrebatadora e sem precedentes. Símbolo de uma modernidade até pouco tempo refutável; tanto, quanto, ou mais, de que refutável era o fato de o homem conquistar o cosmos, com suas máquinas construídas à custa da produção de muita miséria em diversos pontos do planeta, em face do montante em dinheiro dispendido à consecução dos nominados projetos espaciais.

Com toda essa concorrência, os índices de aceitação e aquisição do jornal impresso, que chegou, tempos atrás, à marca de quase oito milhões de jornais produzidos e consumidos diariamente, mais precisamente na década de 90, apesar de ainda ostentar índices melhores que os verificados entre os veículos impressos na Europa e nos Estados Unidos da América do Norte, os jornais brasileiros começaram a sentir a perda sensível de leitores para outros meios de comunicação, segundo dados da Associação Nacional de Jornais (ANJ).

Mesmo que o número de títulos de jornais tenha crescido entre os anos de 2001 e 2008 — com um salto de 491 para 603 (segundo número de associados a entidade mencionada) —, o número de tiragem por edição e outros indicadores afins não acompanharam esse crescimento. Veja o gráfico demonstrativo dos dados descritos no box abaixo:

Jornais

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

DIÁRIO

491

523

529

532

535

532

555

603

SEMANAL

937

1.221

1.405

1.399

1.533

1.531

0

0

QUINZENAL

249

377

395

397

445

420

0

0

MENSAL

176

380

396

424

380

378

0

0

BISSEMANAL

93

113

125

131

139

145

0

0

TRISSEMANAL

34

39

35

35

36

40

0

0

OUTROS

0

31

108

86

30

30

0

0

TOTAL

1.980

2.684

2.684

3.004

3.098

3.076

3.779

4.103

 

                                                                                                                                                 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                                                                     Fonte: ANJ 2008

Com a adesão cada vez maior por novas mídias, o número de leitores diários tem diminuído significativamente nos últimos anos. O termômetro desse fenômeno registra que o último aumento de leitores ocorreu em 2001, quando havia 64,2 exemplares de jornal para cada grupo de mil adultos no país. Desde então, esse número chegou a 45,3 unidades (ver gráfico abaixo). Com isso, o Brasil passou a ocupar o 50º lugar no ranking de 94 países, divulgado pela Associação Mundial de Jornais. 

 

         

                                                                                                                           Fonte: ANJ 2006

 

O número de jornais diminuiu e continua diminuindo ano após ano, e o de leitores acompanhou a queda, só que em menos tempo. Segundo a ANJ, em 2001 os leitores dedicavam em média 64 minutos do dia para leitura do jornal diário de segunda a sábado. Em 2005, esse tempo caiu para 46 minutos. A leitura do tradicional jornal de domingo também registrou queda de 56 minutos para 51 minutos em quatro anos, conforme dados da tabela abaixo:

 

ANO

SEGUNDA A SÁBADO

DOMINGO

2007

45,38

49,53

2006

45,7

51,53

2005

46

51

2004

47

54

2003

50

54

2002

51

56

2001

64

                     Fonte: ANJ e IBOPE MONITOR 2008 (tempo dedicado a ler ou folhear um exemplar de jornal)

 

Com menos leitores, o número de jornais rodados dia a dia no país caiu entre 2000 e 2003 e oscilou bastante nos anos seguintes (ver gráfico). Em 2000, a circulação quase registrou a marca de oito milhões de exemplares em circulação, o que igualaria o índice obtido na década de 90.

 

          

                                                                                                                                          Fonte: ANJ 2007

 

 Os maiores diários brasileiros em circulação oscilaram de 2008 para 2009, alguns positivamente, mas, os cinco primeiros juntos tiveram uma variação negativa de -45,3%. Já o diário “Dez Minutos de Manaus” que ocupa a 18ª posição nesse ranking, teve uma variação positiva de 112,6% no último ano. Veja na tabela abaixo os principais jornais do país em números absolutos, a maioria registrando queda acentuada em termos de tiragem e/ ou vendagem:

 

TÍTULO

2009

2008

VARIAÇÃO %

FOLHA DE SÃO PAULO

295.558

311.287

-5

SUPER NOTÍCIAS

289.436

303.087

-4,5

O GLOBO

257.262

281.407

-8,6

EXTRA

248.119

287.382

-13,7

O ESTADO DE SÃO PAULO

212.844

245.966

-13,5

MEIA HORA

185.783

231.672

-19,8

ZERO HORA

183.521

179.934

2

CORREIO DO POVO

155.131

155.569

-0,3

DIÁRIO GAÚCHO

146.885

166.886

-12

LANCE!

125.050

113.715

10

AQUI (CONSOLIDADO)

105.568

75.959

39

AGORA SÃO PAULO

87.370

83.400

4,8

ESTADO DE MINAS

75.833

77.432

-2,1

EXPRESSO

71.798

62.076

15,7

O DIA

71.736

105.084

-31,7

DAQUI

66.499

50.777

31

A TRIBUNA

61.657

61.638

0

DEZ MINUTOS

60.345

28.387

112,6

DIÁRIO DE SÃO PAULO

57.010

70.009

-18,6

CORREIO BRAZILIENSE

55.722

52.203

6,7

 

 

                                                                                                           

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                                  

 

 

 

 

 

                                                                                                                            Fonte: IVC 2010

Seguindo o mesmo caminho de queda nas tiragens, o faturamento dos jornais também sofreu um revés. Se os jornais faturaram juntos R$ 3,594 bilhões em 2000, esse valor recuou 35%, em quatro anos.

                                                                                                                                                                                                                       Fonte: ANJ 2005

 

Todo esse faturamento se deve a receita de circulação; assinatura; venda em bancas e outros pontos; classificados e anúncios publicitários. Essa divisão por anos manteve o caixa de muitos jornais no azul. Mas, entre os anos de 2003 e 2004, segundo dados do Projeto Inter-Meios, as verbas publicitárias, antes destinadas em massa para os veículos impressos, encontraram na concorrência, preços acessíveis e um alcance maior, fator que ocasionou em uma evolução fraca no faturamento dos jornais nos últimos anos.

 

       

                                                                                                                         Fonte: Projeto Inter – Meios 2005

 

                                                                                                                                                      Fonte: ANJ e Projeto Inter – Meios 2007

 

 

Esses números mostram que o jornal impresso ainda é uma importante ferramenta do “Quarto Poder” — representado pela imprensa no país —, porém, com todas as perdas significativas registradas ao longo do tempo, os periódicos terão cada vez menos força dentro desse poderio subjetivo destinado aos órgãos de imprensa. 

  1. 7.      EFEITOS NO MUNDO

 

Muito se discute sobre o destino da mídia impressa com o crescimento e avanço da internet, sobretudo em razão do fácil e gratuito acesso a informação em todos os níveis sociais.

A disseminação do acesso a internet levou a busca por leitores além do campo físico da notícia (meio impresso), chegando ao campo virtual, tudo em virtude da profissionalização dos sites e blogs (endereços eletrônicos difundidos, de maneira cada vez mais usual, até mesmo entre as camadas mais pobres da sociedade e, também, entre crianças e adolescentes, seguidores precoces da nova mídia através da qual encontraram o direito de interagir e se comunicar), que cada vez mais recorreram a fontes confiáveis e aos conhecidos articulistas e cronistas da mídia impressa que estão migrando para o novo endereço.

A internet, ao pé da letra “entre redes”, é a conhecida rede mundial e computadores. É ela que interconecta computadores ao redor do mundo, fazendo com que tenhamos acesso a todo tipo de informação, “navegando”, por uma infinidade de páginas eletrônicas, onde podemos encontrar textos, sons, imagens e vídeos. Essa ferramenta tecnológica foi primeiramente desenvolvida por solicitação do governo norte-americano. (Modé, Prazeres, 2009, p. 24).

Nos Estados Unidos, noventa e três periódicos encerraram as atividades ou migraram em definitivo para a internet. Já os conhecidos como “grandes”: The New York Times, The Washington Post e o Los Angeles Times sofreram uma substancial queda em suas tiragens, além de perder leitores para os tabloides populares (gratuitos) e para os sites noticiosos.

Não diferente do que ocorreu nos Estados Unidos, os jornais Europeus amargaram o mesmo mal que acometeu, de súbito, os norte-americanos. Diversos jornais fecharam, migraram para internet, perderam espaço para os “sensacionalistas” e/ou gratuitos, além da amarga e abrupta queda nas tiragens. Os que sobreviveram, apostaram na credibilidade adquirida no meio impresso e a aplicaram na internet para conquistar os leitores e anunciantes do seu veículo impresso.

Nesse movimento, o australiano Rupert Murroch, proprietário do Grupo News Corp, vedou o conteúdo dos sites de notícias do grupo. Os leitores, para acessar as notícias, tiveram de fazer assinaturas digitais, pela qual pagavam uma Libra para cada dia de acesso; ou duas Libras para o acesso semanal, valores equiparados aos dos veículos impressos. Essa tendência de cobrar pelo conteúdo jornalístico dos jornais será adotada pelo americano New York Times e pelos alemães Berliner Morgenpost e Hamburger Abendblat, cujos órgãos  adotarão o mesmo expediente na busca de sobrevivência a qualquer preço.

Na França, o presidente, Nicolas Sarkozy, lançou um pacote governamental para ajudar os veículos da mídia impressa do país, ao custo de quase 600 milhões de Euro, cujos valores serão diluídos num  investimento ao longo de três anos, a partir de 2009. 

“A avaliação foi de que se, a competição com as mídias digitais já representava ameaça à mídia impressa, a profunda crise que abalara o mundo a partir de 2008 só servira para apaziguar esse quadro...” (Brito e Pedreira, 2009, p. 101)

Entre as medidas adotadas pelo governo francês, destaca-se a garantia do aumento da publicidade estatal (medida muito usada para manter um controle nos veículos impressos), subsidiando assinaturas gratuitas à população francesa por um ano e reduzindo os tributos cobrados das empresas de mídia impressa no país. Tudo, segundo o presidente, para “garantir uma imprensa forte, livre e democrática”.

A crise que atingiu os jornais americanos colocou um fim nas atividades de jornais centenários. Mas, a exemplo de outras crises, a dos jornais se espalhou pelo mundo como um vírus, que navegou pela internet e minou a estabilidade de outros jornais impressos pelo mundo.

  1. 8.      OS GRANDES TAMBÉM ENCOLHERAM

Dois dos principais jornais de circulação nacional e de importância editorial, O Estado de São Paulo e a Folha de São Paulo — juntamente com outros jornais — sofreram com a queda em suas tiragens. Esse evento nefasto distanciou a ambos os órgãos de imprensa das boas tiragens obtidas no início da década de noventa, quando a Folha chegou a ter uma tiragem de um milhão de exemplares na edição dominical. Mesmo assim o jornal continua com a maior tiragem entre os jornais filiados a ANJ. O jornal O Estado de São Paulo caiu da terceira para a quinta colocação no ranking dos maiores diários brasileiros em circulação, segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC).

Crise econômica, falta de investimentos, queda na circulação, queda no tempo disponível a ser dedicado à leitura e o crescimento cada vez mais acentuado da concorrência, tornaram-se fatores perversos para o meio impresso brasileiro e mundial nos últimos anos. (...) “As circunstâncias são outras, mas o cenário de 2009, lembra o dilema vivido pela mídia brasileira após o estouro da bolha da internet no início dos anos 2000. A crise havia sido precedida por enorme euforia, baseada nas precificações exorbitantes atingidas em bolsas de valores por empresas de tecnologia e mídia digital...” (Brito e Pereira, 2009, p.101).

Em matéria publicada no Jornal Meio e Mensagem de maio de 2010, escrita pela jornalista Sônia Araripe, destacou que a circulação média dos jornais no Brasil em 2009, levando em consideração todas as publicações filiadas ao IVC, teve um declínio de 3,5% em comparação em 2008.

O Estado de São Paulo é um dos mais antigos jornais em circulação no país. Fundando em 1875, por um colegiado de intelectuais paulistas, engajados em ver o fim da escravidão e fiéis defensores da instalação da República. O clã dos Mesquitas assumiu o jornal apenas em 1902, estando à frente do jornal há quatro gerações.

A família ficou no comando do jornal até 2003, quando, devido a problemas financeiros, deixou a gestão do Grupo Estado, ficando apenas no Conselho Administrativo da empresa. Em 2004, o jornal passou por uma grande reforma gráfica, que tirou aquela característica de tradicional, atribuindo às suas páginas um ar mais moderno e leve. Em meio a todas essas mudanças, em 2007, o jornal apostou nas reportagens especiais, o que resultou numa 'agressividade' maior ao periódico em termos de linha editorial.

Hoje, o Grupo Estado edita os jornais: O Estado de São e o Jornal da Tarde, além dos sites de noticiário online.  Mas para manter os seus leitores, os jornais passaram por uma grande reformulação gráfica para deixar os veículos mais atraentes, porém, adotando uma postura tal de modo a não perder a sua credibilidade e tradição, marcas registradas da empresa. Outra inovação foi a de que o jornal ganhou uma versão para o IPad, fator que fez o periódico ser o primeiro no país a adotar essa nova mídia.

O jornal Folha de São Paulo, surgiu da fusão dos jornais Folha da Manhã e Folha da Noite (fundado em 1925). Octavio Frias de Oliveira, falecido em abril de 2007, assumiu o jornal em 1962, em sociedade com Carlos Caldeira Filho. Na época, o jornal editava três periódicos. Hoje apenas os jornais  Folha  e Agora continuam sendo geridos pelo Grupo Folha.

Na década de 80, o jornal passou por uma grande reforma gráfica, que modernizou o veículo, além de inovar com o lançamento do seu Manual de Redação, projetando normas para os profissionais que trabalham na empresa e para os estudantes de jornalismo de modo geral. Ainda no mesmo período, a Folha ultrapassou em tiragem o seu principal concorrente, O Estado de São Paulo, e consolidou-se (até hoje) como o jornal de maior circulação do país com 295.588 exemplares em 2009 (média diária).

Em 2010, a Folha de São Paulo promoveu mudanças estéticas tanto na versão impressa quanto na online. Todas essas mudanças da Folha ocorreram em conjunto com a integração das redações do impresso, com a da online em um único time para dessa forma, obter uma apuração mais eficaz e ágil, o que amplia as possibilidades de acesso do leitor, seja em relação aos serviços ou informações.

                                                                                                                                              

                                                                                                              Fonte: ANJ 2010

 

Os dois periódicos são exemplos e motivo de orgulho para muitos profissionais que passaram por suas redações. Mas, particularidades a parte, os dois jornais, ano após ano, veem sofrendo com a queda em suas tiragens. Para conter essa constante queda, além das atividades próprias, também endossam o grupo de jornais que fazem frente aos concorrentes diretos e indiretos, na batalha diária para manter os leitores.

Em entrevista concedida ao jornalista Luiz Caversan (2009), o secretário de redação e responsável pela área de produção diária Vaguinaldo Marinheiro, falou sobre o momento que as mídias estão convergindo, devido uma crescente demanda do mercado de leitores.

“Há quase um consenso mundial entre estudiosos de comunicação de que no futuro não existirão jornais, TV, rádios e internet como conhecemos hoje. Haverá provedores de conteúdo jornalístico, que serão oferecidos ao público por meio de várias plataformas: papel-jornal, internet, vídeo a cabo e principalmente celular. Por isso, penso que não devemos ficar apenas pensando em unificar ou não as redações, mas em formar profissionais que possam produzir esse material a ser utilizado pelas novas e velhas mídias”, destacou Vaguinaldo.

“A partir do momento em que o leitor de “O Estado”, assim como de outros jornais, passou a contar com inúmeras fontes de informação (computador e celular, além do rádio e da TV), tornou-se necessário encontrar uma maneira de estar disponível para esse leitor o tempo todo, o que colocou a questão da integração com os meios digitais e a necessidade de se discutir o tradicional foco no jornal com o ciclo de vida de 24 horas, sugerindo uma fórmula híbrida”. (Caversan, 2009, p. 91)

O Grupo Estado, que é um dos maiores conglomerados de mídia do país, e que além dos jornais O Estado de São Paulo e Jornal da Tarde, é responsável pela Rádio Eldorado, Estadao.com.br, Limão, Território Eldorado, Ilocal e ZAP, trilha o mesmo caminho do Grupo Folha. Também em entrevista, o editor-chefe de O Estado de São Paulo Roberto Gazzi, destacou os seguintes pontos para Caversan:

“A notícia online, está no ar o tempo todo, com as mesmas necessidades, porém, exigindo de uma agilidade muito maior dos meios de produção. Além de retrabalhar todo o processo de fidelização feito no meio impresso, com o objetivo de manter este leitor também como um consumidor fiel da página virtual do seu veículo favorito”.

Nessa entrevista, os profissionais dos dois grupos, deixam claro que os leitores do mundo estão voltados aos novos meios de informação — todos lincados a partir da internet — e a sua praticidade de agrupar, simultaneamente, texto, som imagem e interatividade.      

  1. 9.      IMPRESSO VS ONLINE

Em tempos de queda nas tiragens, o que leva a pensar que o fim dos jornais impressos é uma questão de tempo, os dois principais jornais do país (em número de exemplares e importância editorial), não deixam de ser possíveis vítimas da existente e veloz migração dos leitores para os outros meios de comunicação: TV aberta e fechada, rádio, jornais populares distribuídos em faróis e, principalmente, para a internet.

Isso acelerou a realização de estudos e reformulações editorias para que fosse possível posicionar adequadamente esses veículos diante da nova realidade. Com a melhoria do cenário referido há pouco, mais investimentos passaram a ser feitos, e procedimentos implantados, com vistas a esse futuro, agora razoavelmente incerto. 

No cenário atual, podemos afirmar que a revolução tecnológica a serviço da informação é algo cada vez mais presente no cotidiano de milhões de pessoas que buscam informação cada vez mais atualizada. Ciente de todos esses avanços no cenário da comunicação de massa, os jornais estão atentos e buscam ocupar uma vaga ao sol nessa nova realidade, lançando a versão online dos veículos impressos e outros sites de notícias, sem perder o foco na convergência das mídias.

Tanto a Folha quanto O Estado de São Paulo já estão na internet. Vejamos o caminho percorrido pelos dois periódicos e suas ações para sobreviver nesse mundo virtual. Na contramão do que ocorreu nos Estados Unidos, onde os portais foram uma evolução dos sites de busca que recorreram ao conteúdo para manter os internautas em suas páginas. Os sites de notícias nasceram nas redações das empresas jornalísticas, sendo que alguns nem possuíam, no princípio, a característica de portal adotadas posteriormente.  

A empresa que dispõe de informação individualizada despertará o interesse do visitante, o qual aumentará o tempo de navegação em seu site e estudará como poderá aproveitar seus produtos [...] (Ferrari, 2003, p.34)

A estreia no mundo virtual entre os veículos impressos foi do Jornal do Brasil, cujo periódico lançou o site do jornal em 1995. Na sequência as Organizações Globo lançaram a versão online do jornal O Globo. Na mesma época, a Agência Estado — braço noticioso do Grupo Estado — também colocou na internet sua home.

A Folha de São Paulo seguiu o mesmo caminho e naquele mesmo ano, lançou o “Folha Online”, no qual o primeiro serviço foi o “Folha Web”, com resumos diários das reportagens veiculadas pela empresa jornalística. No ano seguinte, a empresa lança o “Universo Online”(UOL), em caráter experimental, com acesso aberto a todos os usuários da internet. Foi o primeiro grande serviço online no país. O Universo Online se equipara à audiência de grandes sites de informação dos EUA.

“A realidade deste início de século XXI mostrou que as empresas jornalísticas estão se reposicionando num mercado cada vez mais competitivo e com características e paradigmas completamente novos a partir da chegada da internet. Se em muitos países caiu a circulação dos jornais em papel, subiu em a alta velocidade a audiência dos sites jornalísticos [...]” (Brito e Pereira, 2009, p. 109)

O estouro real da internet no mercado editorial brasileiro ocorreu realmente em 2001, quando o mercado resolveu criar soluções para web. Passado quase dez anos, o número de internautas no mundo está na casa dos 1,5 bilhões. No Brasil, segundo dados do IBOPE Nielsen Online, já são cerca de 34 milhões de internautas. Números que credencia a internet como a grande mídia do futuro

A audiência dos sites cresce a cada dia, junto com a sede por conhecimento e interação do internauta. Um site pode proporcionar ao internauta a possibilidade de interagir com outros usuários da rede em tempo quase que real, como também possibilita cerca três ou até cinco atividades extras em uma única home. Além das comunidades, redes sociais, e-mails, mensagem instantânea, chats entre outros.

Esse crescimento demonstra que as pessoas continuam a necessitar de informação (do emissor para o receptor), como também de interagir e participar da distribuição da notícia, de uma forma que só a internet permite.

10. OS NOVOS MEIOS

Rádio, TV, revista e o jornal, por muito tempo foram os principais meios de comunicação de massa. Hoje, com a internet em alta, temos celulares, smartphones, IPad e o Kindle, aparelhos que além de armazenarem imagens e arquivos de som, possibilita ao usuário conectar a internet a qualquer momento. Fatos que os credenciam como ferramentas móveis de comunicação para receber e enviar notícias e fotos, quase em tempo real.

Esses aparelhos móveis despertaram o interesse dos proprietários de grupos de mídia, os quais passaram a produzir desde boletins SMS, sites móveis e aplicativos apropriados para os aparelhos mais modernos.

A demanda por esse tipo de serviço cresce a cada dia. A rádio Band News FM recebe durante todo o dia informações dos seus ouvintes via SMS, com detalhes sobre o trânsito do município de São Paulo ou sobre os eventos da cidade.

Nos Estados Unidos, convencionou-se chamar o novo jornalismo decorrente da mídia digital de narrowcasting — o específico — o personalizado, enfim, a informação dirigida ao indivíduo. A grande diferença entre a mídia tradicional impressa e a digital passa pelo seguinte conceito: a tradicional tem como objetivo falar com uma grande quantidade de pessoas. Já a digital busca a solidificação da era da informação. (Ferrari, 2003, p. 53).

 

Já os jornais impressos passaram a fornecer o conteúdo dos seus veículos em parceria com as integradoras, responsáveis pelo licenciamento e distribuição do conteúdo por meio das plataformas tecnológicas integradas às das operadoras de telefonia, com o intuito de levar conteúdo a uma série de pessoas que cresceram jogando jogos eletrônicos e interagindo com esse crescente mundo tecnológico.

O proprietário de celular que adere ao serviço de boletins no formato SMS, paga de R$ 0,49 a R$ 4,99 mais os impostos, por mensagem (o usuário chega a receber até quatro mensagens por dia). Os SMS’s são separados por temas de interesse do usuário.

Mesmo que ainda não represente uma fatia significativa do faturamento das empresas, já que o retorno ainda gira em torno da casa dos centavos, os principais veículos impressos do país já participam desse novo mercado.

“Outra modalidade de disponibilização de conteúdo para celulares, cujo crescimento deve acelera-se no decorrer deste ano, é composta pelos aplicativos para IPhones, mas especificamente, e smartphones em geral”. Esse foi dos subtítulos da matéria “Deu no celular”, publicada na edição 37 (2010), da revista Negócios da Comunicação.

O grupo gaúcho RBS envia todo mês algo em torno de três milhões de SMS, para quase 167 mil assinantes. O grupo ainda possui dois sites móveis, que juntos receberam uma média de 500 mil acessos em dezembro de 2009. No mesmo período, o Diário Esportivo Lance!, com os seus aplicativos para Iphone e Smartphone teve quase 1,2 milhões de pageviews. O jornal ainda disponibiliza para o assinante, material para downloads de vídeos, pelo qual é cobrado R$ 2,99 por assinatura semanal, além de ter boletins em SMS sobre os times de futebol e de outras modalidades esportivas.

Participando também desse mercado, o Grupo Estado já encaminha mais de 10 milhões de mensagens dos seus vinte canais de notícias, além de fornecer conteúdo noticioso para os seus sites móveis, sendo um Wap — destinado para os aparelhos de celular mais simples — e outro para os mais modernos.

Segundo o diretor de produtos e plataformas digitais do grupo, Nicholas Serrano, “o celular colocou-se como novo canal de distribuição para o conteúdo que as empresas de mídia já produzem”.

A Folha de São Paulo tem o seu conteúdo distribuído pela Integradora Takenet, que diariamente dispara mais de um milhão de SMS, com notícias do Grupo Folha e de outros parceiros como a Agência Estado. Outra possibilidade para os proprietários de aparelhos móveis e leitores digitais do IPad, é o de poder baixar o conteúdo do portal Estadao.com.

Outro ponto importante é que os meios de comunicação já estabelecidos, e que gozam de credibilidade, não podem perder a enorme vantagem que têm sobre os sites que estão surgindo. Essa vantagem é exatamente a credibilidade. O leitor, é claro, vai preferir uma informação que vem com o “carimbo” de, por exemplo, “New York Times”, “Folha” etc., em vez de um a material sem procedência conhecida. (Caversan, 2009, p. 85).

 

Esse mercado pode não ser tão lucrativo para as empresas de mídia impressa, mas os veículos cada vez mais participam desse novo cenário da comunicação de massa no Brasil, onde existe hoje mais de um aparelho por habitante, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Número superior aos da França, Estados Unidos e do Japão. 

Esses novos meios disponíveis no mercado de comunicação em massa podem causar outro fenômeno, que gere mais perdas no futuro para os meios impressos. Por exemplo, o Ipad com muitos usuários no mundo, poderá ocasionar no cancelamento da assinatura dos jornais impressos, ou fazer com que o leitor do veículo deixe de comprar o jornal favorito nas bancas, para consumir apenas as notícias por meio do aplicativo do jornal disponibilizado no aparelho da Apple e da Amazon, como salienta a pesquisa realizada pelo Donald W. Reynolos Journalism Institute (RJI) da Universidade de Missouri – EUA.

Os dados da pesquisa apontam que mais de 1.600 donos de Ipad, um montante de 84% dos entrevistados destacaram que uma das funções do aparelho é “ler notícias”. Outro dado pode assustar ainda mais os proprietários de jornais, já que os entrevistados afirmaram que o fator do cancelamento das assinaturas, se deu pelo fato de o conteúdo nos aparelhos ter um custo menor que o dos veículos impressos. Outros 10%, informaram que eram assinantes de algum periódico.

A pesquisa ainda destacou que, segundo os entrevistados, os maiores jornais (The New York e Imense The Wall Street Journal) tendem, em um curto espaço de tempo, a migrar em definitivo para o meio digital.

No Brasil, alguns veículos tradicionais já estão seguindo o mesmo caminho. Após 119 anos de circulação, o Jornal do Brasil, deixou de circular na versão em papel, em 2010, por não resistir à queda na tiragem, além de não conseguir competir com outros diários cariocas, tidos como populares: Meia Hora, Expresso, Destak e Metro (os últimos de distribuição gratuita).

Pouco tempo depois e prestes a completar seis décadas de circulação, o jornal O Estado do Paraná, deixou de circular. Segundo o dono do veículo, Paulo Pimenta, a decisão de trabalhar apenas com a versão digital partiu dele mesmo.  Pimenta salientou que a circulação de vinte mil exemplares durante a semana e 25 mil aos domingos, não cobriam os custos da produção diária do jornal curitibano.

11. VISÃO DOS ESPECIALISTAS

Os jornais construíram marcas fortes e com uma vigorosa credibilidade perante ao leitor. Porém, como vimos na abordagem anterior, existem obstáculos que podem colocar em risco o tempo vindouro das edições impressas, que vão desde a redução nas tiragens, à queda no número de anunciantes, tudo isso, somado a disputa por leitores com as novas plataformas já consolidadas de comunicação em voga no mundo globalizado.

Em meio a todos esses acontecimentos, ouvimos os profissionais envolvidos na produção diária de conteúdo, sendo eles jornalistas com atuação em jornais, revistas, portais e em assessoria, portanto, partes legítimas e diretamente interessadas no desfecho dessa situação em franco desenvolvimento. Quando os colocamos como partes legítimas e interessadas na questão, o fazemos por conta do fato de os mesmos, utilizando todas as plataformas em disponibilidade, visam divulgar o conteúdo de seus jornais, veiculando, assim, os produtos afins dos seus clientes. Parte dos mencionados — talvez pertencentes a uma ala mais conservadora da mídia —, não acredita que os novos meios de divulgação em massa possam substituir o meio impresso. Porém, outra parte — que congrega profissionais que já se renderam ante as possibilidades inquestionáveis de avanço em todos os sentidos pela adoção dos novos métodos em franco desenvolvimento —, aposta que os jornais impressos, em um futuro não tão distante, possam perder o status que possuem hoje.

Dos 250 jornalistas, locados nas cinco regiões do país, 115 acreditam que o jornal impresso, como temos hoje, além de perder espaço para mídia digital, desaparecerá totalmente do mercado em menos de 50 anos. Já 75 acreditam que o jornal sobrevirá a mais esse avanço tecnológico. Apenas dez dos entrevistados não souberam ou não quiseram opinar sobre o tema notadamente polêmico.

 “Não creio que uma mídia acabe com a outra, o impresso não vai morrer com o advento das mídias eletrônicas. Será e já está sendo transformado, como foi no surgimento do rádio e da televisão. São futurologias que não levam a nada”, destacou a jornalista e professora universitária, Marcela Mattos. (janeiro de 2010)

“O jornal impresso está ligado muito mais a uma forma de narrativa jornalística. Portanto, ela continuará existindo, mesmo que em outro suporte”, afirmou o jornalista Alexandre Barbosa. (fevereiro de 2010)

“Até a geração dos nossos pais partir, o impresso permanece! O fato é que a evolução humana tende a acabar com os jornais impressos. Talvez as revistas e publicações científicas ainda permaneçam por um tempo. Mas a geração ‘Y’ não é de ler aqueles jornais imensos e isso, certamente, já mudou muita coisa”, enalteceu a jornalista Andressa Danyi Marques. (novembro de 2009)

“Não acredito que a mídia impressa esteja ameaçada, mas sim, teremos que nos organizar para lermos as notícias em outros suportes. Acredito que o conteúdo deixará de ser físico como conhecemos para se tornar um bloco de dados para ser lido em vários suportes. Mas, até que isso aconteça, teremos ainda muitos anos de jornal impresso”, completou o jornalista e professor universitário, Alvaro Bufarah. (novembro de 2009)

“O jornal impresso foi e ainda é, mesmo que em menor grau de importância, uma referência para a nação. Porém, ele está cada vez mais perdendo espaço para um público novo e mais eletrônico que físico como os nossos pais. Acredito que em menos de 60 anos, os jornais impressos serão encontrados apenas em acervos das bibliotecas ou em tablóides direcionados para públicos específicos”, afirmou o jornalista Daniel Barbosa. (dezembro de 2009)

Como vimos, a opinião dos profissionais que lidam com a arte de  produzir notícias está dividida. Mas, não é apenas no Brasil que a opinião dos profissionais da mídia está dividida, devido a todos os efeitos que contribuem para diminuir as tiragens dos jornais ou até ocasionar o fechamento das empresas. Com isso, além do entendimento dos jornalistas, estudiosos da mídia apresentaram estudos sobre o tema.

Para o pesquisador de campo dos meios digitais e diretor do Laboratório de Comunicação Multimídia da Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra, em Pamplona (Espanha), Ramón Salaverría (2005), a absorvição do meio impresso — jornal — pela plataforma digital é algo mais evidente do que para muitos profissionais do setor.

Ele ainda destaca: “As empresas não devem se preocupar, já que o negócio das empresas é a informação, e não o papel. A forma migratória da informação em papel para o mundo digital, mesmo que ainda o papel seja meio intrigante, mas que em breve será descontinuado cada vez mais rápido. O jornalismo ganhará mais representatividade e alcance com o meio digital”.

Já Nicholas Negroponte, co-fundador do Media Laboratory do Massachustts Institute Of Technology (MIT), nos Estados Unidos, focou o seu estudo, nas potencialidades da tecnologia e dos meios digitais na disseminação do conhecimento. Em suas análises, Negroponte previu que os jornais impressos seriam amplamente “descontinuados” em meados de dez anos (entrevista concedida em 2004, a um jornalista brasileiro). Ainda segundo ele, os jornais deverão se lidos numa tela reflexiva, que não emite luz.

Essa análise vai de encontro ao anúncio do tablóide The New York Times, de que os leitores online já haviam superado os da versão impressa. No Brasil, a publicação de uma matéria no portal “Comunique-se” mostra exatamente essa realidade: “Jornal do Brasil encerra versão impressa e se mantém apenas na internet”.

A forma que os jornais vão interagir nesse cenário de crescente expansão dos novos meios da informação é uma dúvida. No ponto de vista dos profissionais do setor tudo indica que o caminho é a assimilação do meio impresso pela forma pela forma digital, que é mais ágil e interativa, que os tradicionais jornais impressos.

Esses mesmos profissionais, afirmam estarem preparados para atuar no segmento digital da notícia, além de interagir com os leitores após a publicação da notícia e acompanhar a velocidade da plataforma.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Há de se concluir, com base nos referenciais angariados ao longo da coleta de dados que consubstanciaram o conteúdo do trabalho ora apresentado, que a possibilidade de encerramento de atividades por parte de inúmeros jornais impressos, seja no Brasil, seja em outras partes do mundo globalizado, pode e deve ser encarada como real e cada dia mais iminente.

 Não há como negar e sequer suscitar qualquer questionamento no que tange ao importante papel até então exercido pelos meios de comunicação impressos, cujos os quais, por seu pioneirismo no setor de comunicação de massa, representou e ainda representam um potencial inequívoco na abrangência do público alvo.

 Não obstante isto, também não se deve ignorar os quesitos em termos de praticidade e funcionalidade atingidos plenamente, desde a inserção das novas mídias nos mercados de todo o mundo. São coisas próprias dos chamados “tempos modernos”, onde a sociedade civil organizada como um todo, não dispõe do mesmo tempo de anos atrás para buscar as notícias de seu interesse através dos meios tradicionais. O tempo urge, cada vez mais, e é justamente a urgência determinada pela corrida desenfreada pela necessidade premente de saber o máximo do que se passa na esfera midiática, que acena um adeus — não se sabe daqui a quanto tempo — ao direito (ou ao desejo) de o cidadão, por mais conservador que ele seja, de passar um tempo além do necessário folheando um periódico impresso, no afã de se inteirar das novidades em todos os setores da vida pública cujos efeitos abrange a tudo e a todos, de modo geral.

 A informatização está posta; e de modo tão clara que já não há como se afirmar que os meios de que ela dispõe, possam ou devam ser ignorados e/ ou menosprezados no contexto de tomada geral e irrestrita de todos os setores possíveis e imagináveis em termos de mídia futura. Se isso é bom ou ruim, eis uma consideração a ser feita à medida do gosto e do interesse de cada um.

 A mídia impressa ainda tem o seu sabor para aqueles que aprenderam a amar a leitura, através do manuseio direto do papel. O cheiro característico do papel e da tinta ainda se constitui em atrativo para os saudosistas de plantão. No entanto, com a sequência do desenvolvimento no setor que tende a não parar, as prensas das gráficas, dentro em breve (ou nem tão brevemente assim) podem se calar de uma vez por todas, deixando atrás de si, tão somente lembranças nostálgicas dos anos de sonhos dourados, quando de um jornal impresso, o leitor extraía para si o conhecimento dos fatos e dos produtos de seu interesse no mercado afim.

Entre os milhões que apreenderam a amar o jornal impresso, estão os muitos jornalistas que desde o ingressar na universidade sonharam em ver um texto, seu, publicado no meio impresso, seja para aclamar o próprio ego, ou, simplesmente para mostrar o seu feito, após longos anos de estudo. Mas, seja entre os jornalistas da “antiga” ou entre os populares “focas”, nenhum deles podem fechar os olhos diante do momento que a mídia passa.

Alguns jornalistas que até relutaram a deixar a máquina escrever, para adotar o computador, acreditam que o jornal impresso terá que se readaptar, ou, boa parte deles não suportará o fator digita. Mas, entre os novos jornalistas (recém-formados), têm os que acreditam que mesmo com todo avanço tecnológico, não levará ao fim do jornal impresso. Como também encontramos os que defendem a velocidade da informação como o futuro.

 Afinal, o mundo tem pressa. As pessoas têm cada vez menos tempo disponível, na mesma proporção que têm pressa de saber de tudo o que se passa ao redor de si; seja em termos de obtenção de notícias; seja em termos de compra e venda de produtos em disponibilidade no mercado consumidor, cuja relação, cada vez mais, se estabelece exclusivamente através de endereços eletrônicos. Assim é que não há como esperar pelas notícias dos fatos de agora, até a circulação dos jornais de amanhã.

Portando, acredito que nesse mundo tão imediatista que vivemos, os jornais impressos, sejam eles grandes como a Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, ou, pequeno como o semanal carapicuibano Primeira Edição estão com os seus dias contados, pois as notícias diárias são atualizadas quase que em tempo real nos sites de noticiosos, mesmo os jornais regionais estão perdendo espaço para os site que se especializaram na cobertura de fatos localizados (fatos que nem sempre são apurados e noticiados pela grande mídia). Esses são apenas alguns fatores reais e presentes na luta diária dos jornais por leitores.

 E nesse cenário, que os jornais devem emprenhar-se na elaboração de um conteúdo jornalístico mais condensado e atrativo, para desta forma apresentar ao leitor flexível, interessante, objetivo, de fácil manuseio e com um maior apelo social, mas sem perder a credibilidade adquirida ao longo dos anos.

 Essas são apenas algumas saídas deste futurólogo para os jornais impressos sobreviverem a essa avalanche de conteúdo fornecido, segundo a segundo, pelo mundo digital, além de ganhar uma sobrevida de mais cindo décadas, ainda como um importante meio de comunicação de massa, para uma população que a cada dia se comunica de massa para massa, mais rápido que o jornal impresso.

Agradecimentos

 

A Deus por ter permitido mais esse passo em minha longa caminhada.

 

Aos meus amigos, guias e tutores espirituais.

 

Aos meus pais pelo eterno apoio.

 

Ao amigo Gil Brasileiro Garcia, jornalista de ofício, amigo de primeira hora e professor de todos os momentos.

 

A todos profissionais com quem trabalhei e trabalho, pois com eles aprendo todos os dias.

 

Agradeço a todos os amigos e professores do curso de pós-graduação.       

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Marcelo Simões Damasceno