O Amor ao longo da história

 

Já em 427 a.C o filósofo grego chamado Platão desenvolveu em seus livros o significado do Amor como sendo algo puro, centrado na beleza do caráter, na inteligência, deixando de lado a beleza dos corpos, Dando prioridade a um alto romantismo, destes que vemos em alguns filmes como Crepúsculo.

É baseado nesta pequena definição que se deu a construção do Amor ao longo da historia até os dias de hoje. Porem no século XII surge uma nova idéia de Amor e creio que este perdura até o dia de hoje, gerado na Idade Média, em meio a grandes revoluções, inovações sejam elas na agricultura, no artesanato, nos grupos artísticos, na cultura de um modo geral, este amor nasce através de questionamentos decorrentes do cristianismo e das cortes feudais, esta paixão natural ou “Amor cortês” é fruto de um tratado escrito por André Capelão, registrado por volta de 1186. No livro intitulado “Tratado do Amor Cortês” dividido em três partes ele descreve, algumas definições sobre o amor; características que revelam a natureza do amor; por fim ele cita formas de se fazer a manutenção do amor. Segue um trecho do texto:

Fácil é ver que o amor é uma paixão. Isso porque angústia nenhuma é maior que a provocada por ele, pois o enamorado está sempre no temor de que sua paixão não atinja o resultado desejado e de que seus esforços sejam baldados. Teme também o falatório da multidão e tudo o que, de uma maneira ou de outra, possa prejudicar seu amor, pois é bem freqüente que uma perturbação mínima impeça de levar a bom termo o que se ia consumar. Se o enamorado é pobre, teme que a amada o troque por outro; se é feio, teme que ela despreze seu físico ingrato ou que procure o amor de alguém mais belo; se é rico, teme que sua investida acabe por reverter em prejuízo; e, para dizer a verdade, não há ninguém que possa contar em minúcias os temores do enamorado. Essa espécie de amor é, pois, uma paixão não-recíproca que se pode chamar de "amor singular". Mas, uma vez correspondido o amor, as angústias que surgem não são menores; porque cada um dos dois amantes teme perder, pela ação de um terceiro, aquilo que conquistou com tanto esforço.

CAPELÃO, André. Tratado do amor cortês (introdução, tradução do latim e notas de Claude Buridant; tradução de Ivone Castilho Benedetti). São Paulo: Martins Fontes, 2000.