COMANDOS MERCENÁRIOS BRASILEIROS OPERACIONAIS – COMBROP

Texto produzido com informações básicas obtidas diretamente de um dos fundadores da unidade.

Com créditos de Sydney Pinto dos Santos[1]

O Comando Mercenários Brasileiros Operacionais é uma unidade de comandos operacionais mercenários que age em vários locais do mundo em tempo de paz e guerra; sendo uma unidade operacional contratada para ações e operações furtivas, com destacamento de indivíduos preparados emocionalmente, psicologicamente, moralmente e fisicamente, com intuito de desenvolver missões que consistem o deslocamento em campo inimigo ou espaços que demandam perigo e grande destreza de ação.

Este comando foi fundado em final de 1996, precisamente em 3 de janeiro de 1997, quando militares brasileiros e colombianos se uniram para que assim pudessem formar em conjunto uma unidade paramilitar mercenária, com o intuito de utilizar seus conhecimentos e treinamento militar em outras áreas, como: segurança e escolta, transporte de pessoal, e eliminação de possíveis alvos terroristas, como neutralização de possíveis insurgentes.

Estes ex-militares brasileiros, advindos de vários batalhões especializados e constituídos de indivíduos com espírito aventureiro, determinante e guerreiro, além de alimentar o “espírito militar de ação e missões”, se reuniram em Santa Marta na Colômbia, para que assim, pudessem definir um protocolo e estatuto de fundação e ação desta unidade, conhecida como COMBROP – Comandos Mercenários Brasileiros Operacionais.

Entre os participantes da fundação do COMBROP, estavam: Cel. Castanheira (8º Becnst), Maj. Orlando (8º Becnst); Sgt. “Vian” (8º Becnst); Cel. Primazes (1º BIS); Cap. Andrade (2º BIS); SD Antunes (53º BIS); Sgt. Oliveira (Brigada Marabá); Cel. Fernandez (Cartagena das Índias); Alvarez (Santa Marta); Martinez (Guatapé), Ruán Díaz (Venezuela); Sgt. Perez Marquez (Peru).

Todos eles, no mais alto grau de confidência e discrição, para não dizer sigilo, seguiram depois de Santa Marta, para as altas montanhas frias da Colômbia para estabelecer um “campo de de treinamento”, que incluía “Guerra na Selva”, sobrevivência em locais inóspitos e claro, ações de guerrilha rural; vinculado a isto estava a dificuldade de deslocamento no terreno, com rios, rochas íngremes e chuvas constantes. O que permitiu durante um bom tempo o aprimoramento tático, técnico, e estratégico das ações a serem desenvolvidas.

O COMBROP, em primeiro momento foi visto como um espaço para organização de ex-militares desiludidos com o que tinham aprimorado: o treinamento militar, e não conseguiram seguir carreira efetiva nas FA de seus países; levando com isto a se organizarem em um grupo próximo com a realidade antes vivida e vivenciada na caserna. Ressaltando, que além de aprimorando físico, os mesmos tinham treinamento em explosivos, armas e emboscadas, assim como ações antiterroristas e outras afins.

No início de 1998, mudou-se a sede do COMBROP de Santa Marta para Cartagena das Índias (Colômbia), com finalidade de permanecer por bastante tempo, o que neste período já contava com uns 80 integrantes, como combatentes altamente “potencializados”, mas ainda conhecidos como os “Irreversíveis”. Eram combatentes advindos de toda a América Latina, inclusive oriundos do Panamá, Honduras, Bolívia, Nicarágua e até do México; formando assim um grupo com grande experiência em combate na selva e contra o o narcotráfico, como no caso dos colombianos que lá estavam.

Os comandantes brasileiros, de uma vez por outra, acabam recrutando elementos treinados, mas hoje com exclusividade para os indivíduos de batalhões de fronteiras, inclusive na fronteira brasileira da Amazônia; dos batalhões de paraquedistas e dos Batalhões de Infantaria de Selva; pois acreditava-se que, pela instabilidade política e social na América Latina, como foco na América Central e Caribe, e também na Venezuela, eles teriam um campo mais ativo e propício a ser engajados com mais rapidez.

No ano de 2005 a 2007 houvera uma quebra de comandos do COMBROP, pois uns ditos novatos mais preparados e, claro mais efusivos e afoitos, não concordam com certas atribuições, querendo a todo custo se rebarbar contra a cadeia de comando; inclusive desfazendo uma operação na Síria em 2007, o que acabou permitindo que houvesse certos insurgentes que não quiseram mais integrar o COMBROP, e formaram sua própria unidade de combate.

Após muitas missões bem sucedidas e, com bom “retorno moral” e financeiro, em 2011, o COMBROP, sofreu um duro golpe, quando fora contratada uma pequena unidade para se infiltrar em território do Sudão do Sul, com a premissa de bons “pesquisadores acadêmicos”; porém foram descobertos por rebeldes e quase toda a unidade, composta por 8 homens, fora eliminada, ficando apenas 2 indivíduos; os quais permaneceram presos em lugares incertos em território sudanês por mais de 4 anos.

Este incidente, que mais foi por descuido do que por traição, como muitas vezes ocorre neste submundo operacional militar, levou alguns comandantes “darem um tempo” de efetivo exercício em missões furtivas e perigosas; desmembrando uma grande parte da força. Reservando para os mais antigos, inclusive os fundadores, o seu retorno às suas pátrias, mas ficando com eles o papel de apenas inteligência, recrutamento e logística.

Ou seja, na prática, o espaço colombiano de organização das missões e elaborações de táticas e estratégias operacionais, se dava mais por meio digital, o que muitas vezes, aumentava o grau de ser descoberta a operação em si, já que as demandas e as etapas eram repassadas por meio online. Portanto, a base em Cartagena deixou de ser um “lar de encontro” dos irmãos de guerra, e virou apenas, de tempo em tempo” um ambiente de confraternização daqueles que não conseguiam deixar a adrenalina correr no corpo ou mesmo na “alma”.

Muitos foram os lugares, onde estes bravos guerreiros do COMBROP estiveram em plana ação operacional, como na Venezuela, Iraque, Síria, Sudão, Afeganistão e outros de menores relevância, já que neste último caso, era apenas para proteger instalações privadas, assim como dar suporte na condução e transporte de materiais, os quais até hoje não se sabe a sua procedência, contexto e destino, já que tudo tinha que ser mantido no mais seguro e absoluto sigilo.

Se sabe que muitos, depois desta jornada, implementada pelo espírito guerreiro e aventureiro do combate, voltaram para casa, constituíram famílias, estão em outros “empregos” e levando a vida com naturalidade; tentando esquecer um passado que tenha corroído suas almas, mas outros nem tanta sorte tiveram, inclusive ficando seus corpos pelos mais diversos países onde seu serviço foi “necessário”, e que mesmo assim, tiveram grande relevância em fazer parte de um unidade operacional que ainda hoje há seu endereço marcado no sigilo na Cartagena das Índias, que quem volta lá é apenas para recordar os tempos de outrora do guerreiro operacional de um mercenário sem medo, sem país e sem paz.

Em tese, esta unidade, se forjou na comunhão de combater nos mais diversos lugares do mundo, em nos tempos e espaços inóspitos, com fomentação de colocar em prática os conhecimentos práticos obtidos nas instituições militares que fizeram parte da vida do constituinte desta unidade operacional. Mas pouco se sabe ou se saberá dela, até porque age dentro dos conceitos de discrição, sigilo absoluto dos contratantes dos serviços oferecidos, assim resguardando os nomes dos componentes, suas ligações familiares, e seu país de origem.

Assim, os nomes usados, ou melhor, pseudônimos ou codinomes dos combatentes, foram obtidos junto a ex-comandantes e comandantes desta unidade paramilitar ou mercenária, com objetivo prático de proteger suas identidades.

 

[1] Professor e Pedagogo da Rede Pública de Ensino de Prainha – Pará; Mestrando em Educação (Educação Superior) pela FUNIBER/UNIB (Puerto Rico)