Em consonância:

Dia 07.03.2016, por volta de dezenove horas e vinte minutos, ainda estava trabalhando na Corregedoria, quando percebi que a Delegada Marilisa havia me ligado duas vezes pedindo retorno “urgente urgentíssimo”. Retornei a ligação e Marilisa foi relatando que havia recebido um telefonema do Advogado James Silva de Joinville que repassou a informação de que a Delegada Jurema estava presa no Presídio de Jaraguá do Sul, que por duas vezes foi agredida pelas presas e estava sofrendo ameaças constantes. Marilisa, parecendo meio perdida, foi me indagando quem era o presidente da Adepol/SC. Imaginei que ela poderia estar vagando noutro mundo, mas procurei falar quem era Ulisses Gabriel, casado com a herdeira da "Librelato", talvez um futuro Heitor Sché ou Maurício Eskudlark representando a Polícia Civil, enfim, um predestinado. Marilisa lembrou que já tinha visto o nome "Librelato" em algum lugar e eu aproveitei para perguntar se ela não tinha reparado nas carrocerias dos caminhões na BR 101 o nome "Librelato" e ela respondeu:

- "Isso, isso, agora eu lembro...". 

Durante a conversa fiz um relato o quanto na época que a Delegada Jurema foi Delegada Regional de Jaraguá do Sul e algumas vezes tentei conversar com ela pedindo que permanecesse à frente da DRP, mas sempre argumentava que continuaria à frente da Delegacia de Guaramirim. Relatei, subindo o tom, que como DRP estava abandonando o órgão mais importante..., e ela sempre me dava razão, mas que precisava continuar a cumular as duas funções por carência de Delegados na região. Argumentei que Jurema apesar de concordar continuava adotando o mesmo procedimento , ou seja, permanecia mais em Guaramirim, deixando a DRP nas mãos de estagiários, contratados e alguns poucos policiais civis. Cheguei a relatar uma conversa que ouvi do ex-Corregedor da Polícia Civil, Delegado Nilton Andrade - que da sua sala disse a um interlocutor pelo telefone “gritou” que iria sindicar Jurema caso ela não respondesse uma requisição judicial, pois já era a quarta vez que solicitavam e ela não dava a mínima. Disse para Marilisa que provavelmente os estagiários recebiam a requisição judicial na DRP e não repassavam para Jurema que estava trabalhando em Guaramirim. Relatei que na semana seguinte estive na DPCo/Guaramirim e conversei com Jurema e relatei a conversa, advertindo que se ela não respondesse a requisição judicial seria sindicada e que era para fazer isso para "ontem". Marilisa foi me ouvindo e eu fiz uma indagação:

- "...Você sabe quem foi que presidiu o processo disciplinar dela?"

Marilisa do outro lado pareceu meio que sem saber o que responder, pois parecia um questionamento meio desfocado e antes que ela falasse mais alguma coisa arrematei:

- "Fui eu. Sim, fui eu. E ao invés de pedir a demissão, nós pedimos a suspensão dela. Imagina o trabalho que tivemos que fazer para chegar a essa conclusão... Foram cinco Promotores de Justiça acusando...".

Em seguida comentei:

- "Marilisa, a minha vontade era escrever um artigo na rede: 'A diferença de tratamento dispensada ao Delegado Ademir Serafim e para Jurema Wulf'. Sim, imagina, um saiu por cima e ela confinada num presídio apanhando de presas, pode? Brincadeira...".

Marilisa pareceu concordar com minha alusão/comparação. Aproveitei ainda para externar minha opinião que o Delegado Ulisses Gabriel seria o futuro da classe dos Delegados e que a dúvida seria se ele pensará na instituição ou se vai buscar um projeto pessoal. No final da conversa disse que iria entrar em contato com o Presidente da Adepol para intervir no caso Jurema...:

Assunto: Re: Dra. Jurema

De: Ulisses Gabriel

Enviada em 07/03/16 19:53

Para: Felipe Genovez ([email protected])

 

Já fui demandado.
Ela não é associada, mesmo assim estou cobrando posição do DG e SSP.
Vou intensificar os trabalhos.
Abraço!

Enviado do meu iPhone

 

> Em 7 de mar de 2016, às 19:11, Felipe Genovez escreveu:
>
> Caro Presidente, recebi agora um telefonema da Delegada Marilisa (Joinville), relatando que o Advogado James fez contato solicitando urgente intervenção da nossa entidade de classe para a situação ultrajante que passa a Dra. Jurema.
> Segundo o causídico - como ato de comiseração e disposto a advogar de graça para nossa sócia e colega - a Dra. Jurema encontra-se presa na ala feminina do Presídio de Jaraguá do Sul e em duas oportunidades foi agredida por reclusas , sendo ameaçada de forma recorrente.
> A situação daquela colega é de indignidade e afronta a nossa classe e exige medidas urgentes para reverter seu quadro de progressivo estresse e desgastes emocionais.
> Tenho certeza que enquanto a referida autoridade policial aguarda a decisão de seu recurso no STJ poderia permanecer no Quartel/PM/Jaraguá do Sul ou em alguma unidade policial civil.
> Att.

Logo que soube da minha investida veio a resposta:

 

Assunto: Agradecimento

De: Marilisa Boehm

Enviada em: 09/03/16 18:24

 

Para: Felipe Genovez

Obrigada meu querido!
Tenho certeza que seu pedido será atendido e nossa amiga poderá aguardar o recurso de forma digna.
Deus te protegerá sempre pelas boas ações que fez  e certamente ainda fará.
Grande Abraço
De quem muito lhe admira
Mari.