l Por:Raquel Crusoé Loures de Macedo Meira

Ponto de convergência e de encontro da Região, o Município de Montes Claros constitui-se em um pólo privilegiado de convivência social e de fermentação cultural. Para acompanhar o ritmo das forças que nele convivem e torná-lo suporte na definição e implantação de uma sociedade justa e promissora, é preciso compreender que a solução dos nossos problemas parte da resolução das múltiplas necessidades da vida no seu cotidiano. Portanto, espera-se que esta gestão municipal, inovadora e dinâmica, envolva todos os setores da sociedade, integrada com as propostas para a administração pública, educação, meio ambiente, turismo, ação social, comércio, ciência e tecnologia.

É nesse contexto que o direito a cultura como direito humano assume o eixo central. Cultura como identidade de um povo, sua maneira de ser, pensar, agir, interagir e sobreviver. A cultura pode e deve ser usada como uma arma poderosa de inclusão social, solo fértil para gerar empregos, superar pobrezas e valorizar a cidadania. É urgente a busca de soluções para minimizar a grave crise social que destrói a qualidade de vida e o sentimento de pertencer a uma comunidade, afetada pela erosão das relações, pelo desemprego e pela violência, fenômenos que atingem a maioria das cidades. A transição para um desenvolvimento sustentável pode ser a solução e deve privilegiar um estilo de vida que leve em conta os valores culturais de cada comunidade.

Montes Claros, “Cidade da Arte e da Cultura”, das Festas de Agosto, da Festa do Pequi, da Fenics, do Psiu Poético, do Festival Internacional do Folclore, da Igrejinha dos Morrinhos, da Praça da Matriz, das Folias, das Pastorinhas, dos artistas músicos, cantores, pintores, poetas e cênicos; das serestas em noites de luar, da carne de sol, da cachaça, do pequi; com um artesanato rico e promissor e com os seus recursos naturais e sítios arqueológicos, tem uma tradição cultural artística de uma diversidade invejável.

Assim, as políticas culturais são vitais para a transformação da realidade social, para o combate à exclusão social e cultural, para a criação de uma cultura da paz e de geração de empregos. Uma política cultural que democratize a gestão do município deverá incluir a comunidade nas decisões culturais e nos processos participativos, respeitando os valores humanos e as várias culturas que compõem a vida local. Cultura é também qualidade de vida e qualidade do Ser, pois o desenvolvimento não pode ser promovido sem a Cidadania Cultural.