Medidas da Saúde Coletiva - Indicadores e Determinantes Econômicos

Braulio da Costa Péres

Caroline Picanço

Dayane Parreira

Jessica Lemos

Laís Lessa

 

Acadêmicos do Curso de Fisioterapia – Faculdade Redentor

 

Maria Esther de Araujo

Mestre em Gestão Ambiental - Docente de Saúde Coletiva - Faculdade Redentor

 

1 - Introdução

A relação saúde e doença se diferencia segundo a história e a cultura de cada povo; cada grupo social. Essa diferença está relacionada com a composição do processo dinâmico e de relações recíproco entre o estar saudável e o estar doente, a partir de uma rede causal múltipla e complexa. Conhecer como a saúde e a doença se comporta nos indivíduos (a clínica); conhecer o modo pelo qual a saúde e a doença dos indivíduos se relacionam com o meio social (a medicina social); contar estes fatores para observá-los no coletivo (a estatística) é fundamental para se intervir corretamente no problema. Uma vez conhecida a clínica e a relação da saúde e da doença com o meio social, o passo seguinte é "contar”, ''enumerar" estes fatos, "medir" a saúde coletiva, através principalmente das estatísticas de saúde e de seus indicadores. MEDRONHO (2002)

2. Indicadores de Saúde e Doença

"Indicadores de saúde são parâmetros utilizados internacionalmente com o objetivo de avaliar, sob o ponto de vista sanitário, a higidez de agregados humanos, bem como fornecer subsídios aos planejamentos de saúde, permitindo o acompanhamento das flutuações e tendências históricas do padrão sanitário de diferentes coletividades consideradas à mesma época ou da mesma coletividade em diversos períodos de tempo" (Rouquayrol, 1993, online)

Os indicadores de saúde são medidas para avaliar a execução de ação de saúde ou situação de saúde, de uma determinada população especifica em um determinado tempo. São medidas sínteses que contem determinadas informações relevantes, sobre atributos e dimensões  do estado de saúde, como desempenho do sistema de saúde, reflete a situação sanitária da população, seve para vigilância das condições de saúde. (BARCA, online).

3. Determinantes Gerais da Saúde

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os principais determinantes da saúde, incluem um ambiente social, físico e econômico, influenciando e  determinando o comportamento individual de cada pessoa. O ambiente onde o indivíduo vive e de grande relevância na sua vida e saúde, bem como as condições econômicas e o nível de escolaridade, que acabam por relacionar-se diretamente com um alto padrão; pessoas que tem o ensino superior estão propicias a ter uma vida mais bem sucedida ao contrário das pessoas que não possui o ensino superior. (JORNAL LIVRE SEU ARTIGO NA WEB, online)

 3.1. Aspectos Econômicos

No Brasil, a economia apresenta mudanças expressivas. Nas últimas décadas, a melhora econômica trouxe incrementos na expectativa de vida, redução da mortalidade infantil, aumento de cobertura em programas de imunizações e erradicação de doenças imunopreventivas e incorporação de tecnologias de ponta e resolutivas. Essas transformações trouxeram uma evolução com  efeitos identificados nos indicadores econômicos e epidemiológicos do Brasil. (NERO 2002)

A economia do Brasil tem um péssimo convívio com as profissões do campo da saúde. Essas razões originam-se nas  diversas maneiras com que cada uma delas considera a assistência à saúde. Tradicionalmente, as profissões de saúde se localizam na ética individualista,  a qual a importância à saúde não tem preço e uma vida salva justifica qualquer esforço. Um outro olhar refere-se à ética do bem comum ou ética do social. Essas diferenças influenciam as atitudes de cada grupo sobre a utilização de recursos. Esses olhares diferenciados acabam por gerar um espaço para conflito entre economistas e profissionais de saúde no que diz respeito à gestão eficiente dos serviços de saúde. É difícil encontrar pessoas economistas que se interessam e permanecem interessados pela área da saúde; em contrapartida, poucos profissionais de saúde entram no campo econômico. (PIOLA et al, 2008).

3.1.1. Morbidade e Mortalidade nos Aspectos Econômicos

A doença é mais propícia nas periferias, pois nas periferias o saneamento tende a ser precário, com lugares onde os esgotos são abertos ao ar livre, lixo contaminado é facilmente encontrado em locais que, inicialmente, deveriam servir como áreas de lazer, misturados a crianças, animais e moradores de rua, tornando o ambiente completamente inadequado à saúde e qualidade de vida.

Infelizmente esse é um quadro bastante comum e está associado à pobreza. Ambientes assim favorecem o surgimento de doenças respiratórias, pela contaminação do ar, a doenças de pele e as doenças de origem gastrointestinais. Soma-se a isso as doenças de origem hídrica, como dengue, hepatite, leptospirose, entre outras. Tal situação é agravada por outro aspecto observado na população de baixa renda: a má alimentação. A carência do alimento ou a alimentação inadequada acaba por ser um facilitador das doenças, tornando o corpo debilitado e frágil em suas defesas. Esse contexto, leva ao aumento de óbitos, debilitando a saúde e qualidade de vida das comunidades afetadas e, muitas vezes, esquecidas ou mesmo isoladas política e economicamente.

 

 4. Considerações

Saúde e doença sofrem influência de múltiplos e complexos fatores, compondo um processo dinâmico. Conhecer como a saúde e a doença se comporta nos indivíduos e no meio social é fundamental para intervir corretamente nos problemas identificados.

Entender os indicadores facilita o acompanhamento das flutuações sociais, conduzindo a um planejamento adequado a região. Nesse sentido os determinantes gerais da saúde colaboram para melhoria da qualidade de vida e seu estado de saúde, assim os ambientes sociais e os aspectos econômicos são fatores primordiais que determinam os estados de saúde dos indivíduos. No que se refere aos aspectos econômicos, é necessário uma política igualitária e uma medicina preventiva. È necessário entender que promover saúde e prevenir doenças é a única saída para melhoria de vida dos menos favorecidos economicamente, sendo dever o estado e direito do cidadão.

5. Referências

MEDRONHO, R. A. Epidemiologia. São Paulo: Atheneu, 2002.

ROUQUAYROL, M. Z. Epidemiologia & Saúde. Rio de Janeiro, MEDSI, 1993.

BARCA, http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/danila_indicadores.pdf

JORNAL LIVRE, http://www.jornallivre.com.br/314863/os-relatorios-determinantes-gerais-da-saude.html

NERO, http://www.ppge.ufrgs.br/ats/disciplinas/2/nero-2002.pdf

PIOLA, http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/livro_aval_econom_saude.pdf