OLIVEIRA, Simone Maria* 

INTRODUÇÃO 

Estudos realizados por pesquisadores como Kalache, (1987) e Ramos (1987) e pesquisa feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que a expectativa de vida vem crescendo no Brasil assim como em todos os países do mundo. Desta forma, constatam-se um rápido crescimento do quantitativo de pessoas idosas nas próximas décadas. Com isso, faz-se necessário pensar em estudos e políticas públicas que venham atender as necessidades desta faixa etária nesse contexto. Observa-se que esse crescimento vem ocorrendo nos países de terceiro mundo onde até então existia uma população mais jovem. Isso acontece devido a alguns fatores como a diminuição da fecundidade e da mortalidade.  Nos dias atuais percebe uma mudança no padrão familiar que antes era composto por muitos membros e hoje é formado por um pequeno núcleo, com poucas pessoas. Ao mesmo tempo a expectativa de vida vem aumentando (tabela 1), devendo isso as condições de saúde e assistência dos dias atuais.   Segundo KALACHE, A. et al.  Em seu artigo “O envelhecimento da população mundial. Um desafio novo”, “... o aumento da população idosa será da ordem de 15 vezes, entre 1950 e 2025, enquanto o da população como um todo será de não mais que cinco vezes no mesmo período. Tal aumento colocará o Brasil, no ano 2025, com a sexta população de idosos do mundo em termos absolutos.” (Kalache e Gray13, 1985)

Esta pesquisa terá como ênfase o aspecto qualitativo sendo este trabalho desenvolvido através de análise documental e pesquisa bibliográfica utilizando a forma de estudo descritiva e analítica.  Será realizada também, como complementação, uma pesquisa amostral semiestruturada, com algumas pessoas com idade entre 60 a 75 anos buscando estabelecer um diálogo entre a fundamentação teórica abordada e a realidade vivida por esses indivíduos.

Por conseguinte, esse artigo busca suscitar reflexões sobre os fatores que interferem na qualidade de vida do idoso buscando desencadear propostas que visem contribuir para uma velhice com qualidade de vida. Compreende-se que é necessário buscar alternativas que estabeleçam meios de amparo e proteção onde o idoso possa se sentir-se seguro.  Por outro lado, entende-se que a Assistência Social ocupa um lugar de destaque nesse processo e dessa maneira objetiva-se sensibilizar essas pessoas e instituições para desenvolver ações que venham de fato contribuir para o bem estar e consequentemente uma melhoria na qualidade de vida do idoso.