Brasil, Brasileiro e Eleições

A grande mídia se gaba e enche os olhos ao dizer “A festa da Democracia”, questiona-me essa realidade, até porque quando se faz uma festa, proporcionalmente supõe-se que todas as pessoas estejam aptas no que tange a vestimenta. Nesta suposição compreendemos que deva existir o mínimo de relação cognitiva entre os participantes. A realidade da democracia nacional tira e demonstra duas realidades, uma no que tange a ignorância, e outra ao que tange a corrupção popular. Os brasileiros ou “grande parte desses”; vê a política no âmbito Estadual e Federal como algo “Ideal”, logo sem proporções ativas para com a realidade prática da vida. Gaba-se, o eleitor ao afirmar que todo político é corrupto no que tange a realidade dos votos Federativos e Estaduais; mas, quando chegamos às eleições municipais em nome do chamado “Cabide de Emprego- Real” conseguem visualizar um candidato que afirmam ser o melhor. Fica aqui evidente a realidade da Ignorância sendo sujeitada a Corrupção e vice versa. Muitas pessoas que votam não sabem nem a representação ou função de seu candidato, para verificar este imperativo categórico da nação, basta fazer uma pesquisa e questionar a função do Deputado Estadual, Federal ou quem sabe do Senador. Poupemos aqui o Executivo, a saber, Governador e Presidente; pois penso que se não pouparmos a questão será bem mais agravante, um típico caso clínico de suicídio aos intelectualmente providos de senso crítico. Recentemente vimos brasileiros em meados do ano de 2014 com passeadas. Parecia que o Gigante realmente tinha acordado, o Brasil é Sonâmbulo! Realmente é necessário e fundamental afastar-se da realidade para vê-la como ela realmente é. E a realidade é que as manifestações não passaram de uma modinha juvenil que mobilizou um bando de adultos e velhos que adornados pelo complexo de Peter Pan se juntavam a juventude que protestava por causa de 20 centavos. Sim, foi só por vinte centavos. Temos duas realidades em jogo uma macro-política idealista e a outra micro-política bairrista, coronelista, empresarial. Uma por ser ideológica pauta em Leis generalizantes, aliás, o complexo de Deus é um complexo generalizante. Então, é mais fácil generalizar com peito cheio “Todo mundo é Ladrão” e votar em leis universais como a ascensão divina/ fundamentalista de nossa democracia, ou quem sabe, ao âmbito do ridículo eterna condição do eu subjetivo quando descobre que a água e o Sol não existem para seu deleite, o desespero do ridículo, o riso, aqui a democracia se reveste de palhaço ou artista. Passam-se dois anos e o olhar do eleitor muda, ovacionando candidatos a prefeito e a vereador, levantando bandeiras afirmando que existem sim melhores candidatos, ora como podem existir duas realidades tão distintas? Simples, é só pensar o que uma pessoa é capaz diante da Ignorância e da Corrupção!