No processo da colonização firmou-se no Brasil características com traços culturais diferentes trazidos pelos europeus, índios e africanos que contribuiu nos aspectos econômicos, sociais e políticos para a formação da identidade brasileira. Devidos as necessidades de exploração econômica da mão- de - obra que os europeus estavam enfrentando, apelaram para a mão-de-obra escrava indígena, logo se aproveitou a força de trabalho do negro africano, vindos diretamente da áfrica nos navios negreiros para serem vendidos ao Brasil para trabalharem nos serviços pesados, obrigatoriamente tiveram que submeter a cultura africana. No entanto, o africano como povo escravizado precisou lutar intensamente para manter sua identidade cultural, que significou uma luta diária pela manutenção de seus valores culturais reelaborando esses valores para não deixarem perdidos na sociedade, no qual o africano terá que deparar-se com duas culturas religiosas, o cristianismo, cultuada pelos seus senhores, e o mito religioso africano, que é de sua origem natural, gerando uma série de confronto entre essas duas religiões, que mais tarde será denominada como um povo miscigenado.

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RESUMO

No processo da colonização firmou-se no Brasil características com traços culturais diferentes trazidos pelos europeus, índios e africanos que contribuiu nos aspectos econômicos, sociais e políticos para a formação da identidade brasileira. Devidos as necessidades de exploração econômica da mão- de - obra que os europeus estavam enfrentando, apelaram para a mão-de-obra escrava indígena, logo se aproveitou a força de trabalho do negro africano, vindos diretamente da áfrica nos navios negreiros para serem vendidos ao Brasil para trabalharem nos serviços pesados, obrigatoriamente tiveram que submeter a cultura africana. No entanto, o africano como povo escravizado precisou lutar intensamente para manter sua identidade cultural, que significou uma luta diária pela manutenção de seus valores culturais reelaborando esses valores para não deixarem perdidos na sociedade, no qual o africano terá que deparar-se com duas culturas religiosas, o cristianismo, cultuada pelos seus senhores, e o mito religioso africano, que é de sua origem natural, gerando uma série de confronto entre essas duas religiões, que mais tarde será denominada como um povo miscigenado.

1 INTRODUÇÃO

O negro começou a ser introduzido no Brasil no final do século XVI pelos Portugueses que colonizavam estas terras, com o intuito de substituir a mão-de-obra indígena pela negra. O negro passou a ser uma figura importante no cenário brasileiro. Trazido para fortalecer a economia o negro foi inserido nas, mas diversas áreas de trabalho, como na área agrícola, artesanato e até nos trabalhos domésticos. Assim o negro passou a fazer parte da construção do país e também da família brasileira.
Falar sobre a contribuição do negro para a formação da sociedade brasileira e falar daqueles que plantaram construirão casarões, igrejas, fortes e cidades inteiras num mundo feito para brancos que os viam apenas como objetos, ferramentas sem nome, sem memória, sem história e sem mérito algum pelo que realizaram na construção do país e da sociedade, que cada vez, mas se influenciava pela cultura, religião e até mesmo pela mesclagem do negro com branco.
Como falar desta contribuição do negro na formação da sociedade brasileira? Sabemos que este não era visto como gente e por não ser gente não existia, como tal não tinha identidade nem história para o homem branco só existia uma história a sua como colonizador, mas a o negro nem mesmo tinha alma muito menos mérito de alguma coisa. O negro que outrora na áfrica era príncipe ou rei de uma grande tribo, agora tinha seu nome, sua crença, sua dignidade e sua história apagada pelo europeu que o levou ao cativeiro.
Por compreendermos a necessidade de conhecermos o papel do negro na formação da sociedade, visto que sua influencia e inegável na cultura, na religião e na miscigenação racial apresentada hoje no Brasil elaboramos este texto a fim de publicarmos na internet e depois socializarmos e uma mesa-redonda, para que outros conheçam nossas origens conhecendo também a história de sua formação.
Neste texto tentaremos analisar, identificar e avaliar a contribuição do negro para formação da sociedade deste imenso país que e o Brasil, possuidor de uma tão grande miscigenação cultural e racial. Em uma pesquisa qualitativa bibliográfica; abordaremos a origem do negro, a vinda para o Brasil, o negro como mercadoria, o negro, e o fortalecimento da mão-de-obra, o negro construindo um país para brancos, o negro e a miscigenação e o negro e o sincretismo religioso.
Assim compreenderemos melhor esta importante contribuição do negro no processo de formação da sociedade Brasileira, deixando marcada a sua participação na formação da identidade da nação com herança Africana trazida para o Brasil, construindo um país diversificado racial e culturalmente. O que vemos hoje é reflexo de uma miscigenação em que o negro teve grande participação.

1 A ORIGEM DO NEGRO NA ÀFRICA

O negro foi vendido como mercadoria no Brasil do século ao XIX, para fortalecimento da mão- de- obra, e como tal era indispensável. O negro não veio de um continente desorganizado, sem cultura, sem tradição e sem passado. Mas para o europeu colonizador da áfrica era diferente, para este o negro africano era um ser inferior e que só servia para servir, um objeto, uma coisa, ignorando sua história e sua personalidade.
Segundo Mattoso (2003, p. 24) a áfrica tinha verdadeiros impérios organizados, com tribos e autoridades inquestionáveis, também lá se encontravam confederações tribais e cidades-pousadas com seus ricos mercados no caminho do ouro, das especiarias e do marfim. Seus mercados eram ricos em variedades de coisas como o sal e até escravos, em todo áfrica se encontrava um povo guerreiro, pescador, caçador, pastor, comerciante e agricultor, o que nos faz ver que o europeu tentou apagar a história da áfrica como se não existisse até sua chegada.
A religião na áfrica e diversificada, assim como os idiomas e etnias. Para eles a religião e uma forma de organização social e são variantes do animismo, e ela mantém enquadra o negro na sua vida cotidiana.
Com a chegada do europeu e a partilha da África ouve o desmoronamento de reinos, grupos tribais e etnias, que tiveram grande influência do mesmo, transformando a sua vida política e religiosa. As marcas da colonização foram profundas implantando a sua religião, seu idioma e sua política, desconstruindo tradições e costumes milenares.

2 A VINDA DO NEGRO PARA O BRASIL

Conforme Mattoso (2005, p. ) a viagem do negro em direção ao Brasil tem poucos relatos, mas com certeza não das melhores. Os documentos só informam a duração da viagem e ignoram o tempo de sofrimento passado pelo capturado entre a captura e o desembarque na América. Sabemos que o negro desde o momento de sua captura na África até a sua venda como mercadoria passava por sofrimentos terríveis, muitos até morreram na viajem, pois nos navios negreiros eram amontoados como objetos, coisas, sem conforto ou higiene.
Navios como o Emilia que em 1821 trouxe a Bahia um enorme carregamento de escravos que sempre aportavam no Brasil trazendo negros que em seu lugar de origem eram príncipes e reis e que durante a viagem era separado de sua tribo e família e transportados em condições sub-humanas, onde só os mas resistentes sobreviviam. Os doentes e menos resistentes ficavam sem alimentos ou eram jogados no mar para que não dessem trabalho.
Para Mattoso ( ano, p.. ) os estados guerreiros, caçadores e fornecedores de escravos, não conheciam a exploração de mão-de-obra servil tal como era do outro lado do Atlântico. No Brasil o negro servia para um sistema agrícola em primeiro lugar depois para a mineração de mineras e pedras preciosas e por último para os serviços urbanos. O sistema escravagista terá inúmeras modalidades de escravidão, e assim existira varias espécies de escravos no Brasil, e escravos de diversas condições sociais, matérias e afetivas.

3 O NEGRO COMO MERCADORIA

O tráfico negreiro tornou-se um grande negócio, algo extremamente lucrativo, o que fazia com que os comerciantes portugueses não parassem seus navios para os devidos reparos, e tornou-se comum navios com problemas de calafeto, mastros desgastados e outros indispensáveis e que não eram reparados por profissionais, mas apenas por alguns negros que as vezes o faziam. Tudo em nome do lucro a qualquer custo.
Os navios brasileiros eram bem equipados para o "resgate", mas os comerciantes da Bahia em busca de bons lucros negociavam elementos necessários a viagem como a diminuição do número de pipas de água para ter mais espaço nos navios. Os negros viajavam empilhados sem espaço até mesmo para suas necessidades naturais, se dormissem caiam um sobre os outros. Os negreiros brasileiros eram menores do que os holandeses e carregavam mais negros, enquanto um holandês transportava 300 negros em uma caravela, um brasileiro transportava 500. Nessas condições, a taxa de mortalidade era elevada chegando a 57% o número de mortos em uma viajem.
Quando a mercadoria chegava ao Brasil passava pelo de engorda para melhorar a aparência da mercadoria que iria para a exposição. Com a vigem era comum que os negros chegassem magros, debilitados e com uma aparência ruim, e para facilitar a venda da mercadoria era importante melhorar seu aspecto.
Existiam duas formas de venda desses negros uma era venda privada e a outra eram leilões públicos. Os leilões que geralmente aconteciam nos portos, eram feitos com escravos recém-chegados, quinze dias após o desembarque. Começava-se com os, mais difíceis de venda e depois os mais bonitos do lote. Em 1612 um escravo custava em média 28 mil reis. Um escravo para os escravocratas eram um bom negocio ou investimento. No leilão o escravo tinha o preço estabelecido pelo lance mais alto o que caracterizava esta modalidade.

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