Acabou, todo mundo tem seu dia do ganha ou perde, os melhores também, basta esquecer de apertar os parafusos ou mesmo de falar as coisas certas nos momentos onde é preciso.

Bom! Para quem vive do futebol é hora de repensar nos erros, recuperar a auto estima (se é que precisam disso!), pois somos e sempre seremos talentosos nessa área, já que a arte da bola é hereditária e impulsionada pelo baixo custo e assim parte do acesso à ilusão e diversão necessária para uma massa feliz.

Futebol como tudo é entrosamento e depende de linguagem integrada, para que não joguemos unicamente defendendo ou atacando, mas nas duas frentes, e com amor ao que fazemos, percebendo o significado e importância do momento, para si próprio, para o publico, parceiros, família e filhos.

Não houve erros, escolheram-se as melhores competências, trabalhou-se com estratégia, mas na pratica plano não assimilado vira pó. Tínhamos as melhores lideranças, a bem dizer, profissionais acostumados pela evidência da diferença pela habilidade individual, destaques em paises aonde prevalecem à dependência do conjunto como forma tática.

Sem erros e sem conquista faltou o lado da absorção pela meta conjunta, ou seja, todos sonhavam em superar a sua própria condição, mas falharam em entender que mesmo num time de talentos iguais, dependemos da humildade para um suor distribuído em 11 camisas, sem tantas cifras na cabeça, mas pelo amor a algo maior e superior aos anúncios publicitários.

Enquanto sonhava com a nossa bandeira, torcendo pelo talento dos outros, percebi mais uma vez que também podemos bater uma bolinha, já que sempre existirá um dia aonde o melhor não vai ser o maior. Quem sabe conseguindo uma prorrogação dos noventa minutos, ainda acertamos um gol de pênalti, suficiente para colocar a imagem em evidencia dentro do que sabemos fazer. Na próxima vez vou apostar no meu jeitão de lidar com a bola, mesmo porque sonhar de quatro em quatro anos é muito pouco e a vida de quem torce é muito pior do que a de quem faz.

Não sou muito de futebol, a pouco troquei de time para agradar meu filho e intensificar minha parceria com ele. Assisto todos os esportes e valorizo alguns detalhes de pessoas especiais e raras, que se encontram acima do valor pago. Faltou o Ayrton conduzindo a nossa bandeira para brindar com o coração, mais do que o vicio da tradição.