INTRODUÇÃO 

Venho através deste portfólio, falar a respeito sobre as cinco escolas administrativas que são: Escola Burocrática, Escola Estruturalista, Escola Sistêmica e Escola Desenvolvimento Organizacional e Escola da Contingência, mostrando os principais pensadores, as principais ideias e contribuições e as principais críticas que as escolas sofreram ao longo da história.

ESCOLA BUROCRÁTICA

A teoria burocrática surgiu em oposição a teoria clássica e a teoria das relações humanas, sendo elas criticadas, a primeira pelo excesso de mecanismo e a segunda pelo seu sentimentalismo.

Os primeiros estudos dessa teoria são atribuídos a Max Weber, nascido em Erfurt, na Turquia em 1864. Era sociólogo, cientista político e economista. Ele faleceu de uma gripe espanhola, e seus escritos foram encontrados em estado lastimável. Os escritos a respeito sobre burocracia foram traduzidos e publicados por estudiosos.

Essa teoria é uma espécie de organização humana baseada na racionalidade, ou seja, os meios devem ser analisados e estabelecidos de maneira totalmente formal e impessoal, a fim de alcançarem os fins pretendidos.

Para weber, a burocracia, tem suas origens vinculadas as alterações religiosas ocorridas após o renascimento. Sua ideia a respeito da burocracia está ligada ao conceito de autoridade, existindo três tipos:

  • Autoridade tradicional:  baseia-se em tradições, costumes e práticas passadas de uma cultura. Pode ser encontrada nas figuras dos patriarcas e anciões, principalmente das sociedades antigas, apesar de ainda hoje existirem. Nesse caso, a legitimidade da autoridade é assegurada pelas tradições religiosas, crenças e costumes sociais. Acreditando ser sagrada.
  • Autoridade carismática: baseia-se nas características físicas ou personalidade do líder em questão. Os seguidores reverenciam seus feitos, sua história e qualidades pessoais. Sua desvantagem e o fato de poder ser passageira, uma vez que se segura no reconhecimento por parte do grupo e por não deixar sucessores certos.
  • Autoridade racional – legal: é aquela garantida por regras e normas oriundas de um regulamento que é, por sua vez reconhecido e aceito pelo grupo. Aqui deve-se seguir os comandos da pessoa que ocupar o cargo e não na pessoa que exerce.

Weber também destaca três principais características do tipo ideal da burocracia.

  • Formalidade;
  • Impessoalidade;
  • Profissionalismo;

De acordo com ele a burocracia é o padrão mais eficiente de administração. Onde baseia-se em princípios definidos em normas, regras e leis que objetivam a padronização e a imparcialidade nas relações de trabalho. Logo ela tem o objetivo de colocar em ordem o trabalho participativo de pessoas, de forma estável e duradoura, sendo que cada um terá a sua atividade especifica. Sua intenção e separar as atividades profissionais dos familiares.

Podemos destacar também cada um dos princípios das estruturas burocráticas.

  • Caráter legal das normas e regulamentos;
  • Caráter formal das comunicações;
  • Caráter racional e divisão de trabalho;
  • Impessoalidade nas relações;
  • Hierarquia da autoridade;
  • Rotinas e procedimentos padronizados;
  • Competência técnica e meritocracia;
  • Especialização da administração;
  • Profissionalização dos participantes;

Max weber, foi o principal mentor mesmo seus estudos sendo traduzidos após sua morte. Sua obra foi de fundamental importância para sociologia e outras ciências como administração.

Temos outros estudiosos que colaboraram para essa teoria foram, Robert K. Merton, Philip Selznich, Alvin Goudner, Peter M. Blau, Richard Scott, Reinhard Bendix, Robert Michels, Terence Hopkins, Daniel Katz e Robert L. Kanh.

A teoria burocrática mesmo tendo suas vantagens teve seus problemas. A Dificuldades de adequação das organizações as novas realidades. Ênfase exagerada nos métodos e procedimentos administrativos e proporciona o inchaço das organizações.

ESCOLA ESTRUTURALISTA

A teoria estruturalista, surgiu a partir de um desdobramento da teoria burocrática, causada pelos princípios sociais e filosóficos da teoria das relações humanas. Chegou em determinado momento em que as teorias clássicas e relações humanas criaram situações sem saída para a teoria burocracia, assim não dando conta de resolver, com isso a teoria estruturalista foi criada na tentativa de suprir essa carência de soluções na administração.

Essa teoria teve como origem os seguintes fatos:

  • A oposição surgida entre a teoria tradicional e a teoria das relações humanas.
  • A necessidade que a organização seja vista como grande e complexa unidade social, onde os grupos sociais interagem.
  • A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações.
  • Novos conceitos de estrutura, conjuntos de dois ou mais elementos que permanece inalterado, na mudança ou na diversidade de um dos elementos.

O objetivo principal desta teoria, e o estudo das organizações, fundamentalmente na estrutura interna e na interação com outras organizações, que são as unidades sociais, e criada para cumprir e atingir objetivos específicos, mantendo relações estáveis a fim de viabilizar o conjunto de metas propostas.

Como nas demais teorias, nesta o foco é o ´´HOMEM ORGANIZACIONAL``, que desempenha diferentes papeis em várias organizações buscando ter grandes desempenhos, sendo assim necessitando seguir as características abaixo:

  • Flexibilidade;
  • Tolerância emocional;
  • Capacidade de adiar as recompensas;
  • Permanente desejo de realização;

Houve uma análise das organizações do ponto de vista estruturalista, que é feita a partir de uma abordagem múltipla em relação:

  • Organização formal e informal;
  • Analise Inter organizacional;
  • Recompensas materiais e sociais;
  • Os diferentes enfoques da organização;
  • Os níveis de organizações;
  • A diversidade de organizações;

Amitai Etzioni, é um sociólogo germano-estadunidense-israelense. É um dos autores mais importantes da teoria estruturalista da administração. Ele elabora sua tipologia de organizações, classificando as organizações com base no uso e significado da obediência. Sua tipologia consiste em: organizações coercitivas, organizações utilitárias e organizações normativas.

Peter Blau e Richard Scott, apresentaram uma tipologia das organizações baseada no beneficiário, ou seja, de quem se beneficia com a organização.  Outros representantes desta teoria são: James D. Thompson, Victor A. Thompson, David Sills, Burston Clarke e Jean Viet.

Como nas demais teoria, está também sofreu críticas, onde destacam as seguintes:

  • Ampliação da abordagem;
  • Ampliação do estudo para outros campos;
  • Convergência de várias teorias;
  • Dupla tendência teórica;

ESCOLA SISTÊMICA

A teoria dos sistemas, surgiu através dos trabalhas de um biólogo alemão chamado Ludwig Von Bertalanffy, após analise em que fez verificação de que existia uma tendência para integração das ciências naturais e sociais.

O sistema é um conjunto de unidade que são relacionadas. Ocorrem através de duas características básica:

Proposito ou Objeto – as unidades ou elementos definem um arranjo que visa sempre um objetivo a ser alcançado.

Globalismo ou Totalidade – todo sistema tem uma natureza orgânica, pela qual uma ação que produza mudanças em uma das unidades do sistema, deverá produzir mudanças em todas as suas outras unidades.

Essa teoria se baseia - se nas premissas de que os sistemas são compostos de subsistemas, onde os sistemas são abertos e que as funções de um sistema dependem de sua estrutura.

Os tipos de sistemas são: sistema físico ou sistema abstrato, e dependendo da sua natureza, eles podem ser sistemas abertos e sistemas fechados. Também temos em vista os parâmetros dos sistemas onde são elementos variáveis que por possuírem determinadas propriedades caracterizam o valor e a dimensão de um sistema, para demonstrar a totalidade que o mesmo possui sendo os elementos a seguir:

  • Entrada ou insumo;
  • Processamento ou operação;
  • Saída ou resultados;
  • Retroação ou alimentação de retorno;
  • Ambiente ou subsistemas;

A organização como sistema aberto, é um sistema criado pelo homem, a fim de matem uma dinâmica interação com o meio ambiente. Sendo assim um sistema integrado por diversas partes ou unidades relacionadas entre si, que trabalham em harmonia uma com a outras, com a finalidade de influenciar o meio externo e por ele ser influenciado. Logo essa teoria utiliza o conceito de ´´ HOMEM FUNCIONAL``.

Com isso temos as seguintes características em relação das organizações como sistema aberto:

  • Comportamento probabilístico e não determinístico;
  • As organizações como partes de uma sociedade maior e constituída de partes menores;
  • Interdependência das partes;
  • Homeostase;
  • Fronteiras ou limites;
  • Morfogênese;
  • Resiliência;

Além do alemão Ludwig, também obtivemos outros representantes que contribuíram bastante.

Edgar Schein, onde propõe aspectos que a teoria de sistemas considera na definição de organizações como sendo um sistema aberto, com o objetivo, é um conjunto de subsistemas em interação.

Daniel Kalz e Robert L. Kahan, onde desenvolveram um modelo de organização através da aplicação da teoria dos sistemas a teoria administrativa. Temos também Johnson, Kast , Rice, Rosenzweig, hurchman, Bums, Trist e Hichs.

De acordo com as pesquisas essa teoria é a menos criticada. Entretanto ela trouxe para a ciência administrativa, uma ampliação na visão dos problemas organizacionais se contrapondo as abordagens mais antigas de sistemas fechados. Suas críticas são, a existência de inverdades nas empresas é a dificuldade de aplicação da teoria na pratica.

ESCOLA DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

A teoria do desenvolvimento organizacional, surgiu como um conjunto de ideias a respeito do homem, da organização e do meio ambiente, no sentido de facilitar o crescimento e o desenvolvimento das organizações. O desenvolvimento organizacional é um desdobramento prático e operacional da teoria comportamental em direção a abordagem sistemática.

Essa teoria se baseia – se em quatro variáveis básicas: ambiente, organização, grupo e indivíduo. Onde são exploradas, para diagnostica a situação e intervir em aspectos estruturais e comportamentais para provocar mudanças que alcance os objetivos organizacionais e individuais.

De acordo com os autores, a organização é behaviorista, eles criticam a organização tradicional que adota o sistema mecânico, sendo que para eles o melhor é o sistema orgânico, onde torna as organizações coletivamente consciente de seus destinos e da orientação necessária para melhor se dirigir a eles.

A cultura organizacional faz parte do indivíduo, do grupo de pessoas e da organização, que constitui um conjunto de hábitos, crenças, valores, tradições e relacionamentos. O clima organizacional está ligado ao moral e a satisfação das necessidades dos participantes e pode ser saudável ou doentio, quente ou frio, positivo ou negativo, satisfatório ou insatisfatório, dependente de como os participantes se sentem em relação a organização.

Para que haja mudança na cultura e no clima organizacional, a organização necessita ter capacidade inovadora ou seja:

  • Adaptabilidade;
  • Senso de identidade;
  • Perspectiva exata do meio ambiente;
  • Integração entre os participantes;

Sendo a tarefa básica desta teoria, mudar a cultura e melhora o clima de organização. O desenvolvimento da organização pode ser feito por meia de estratégias de mudanças:

  • Mudança evolucionaria;
  • Mudança revolucionaria;
  • Desenvolvimento sistemática;

Sendo que os autores adotam esta terceira acima citada.

Para French e Bell, o desenvolvimento organizacional pode ser definido como um esforço de longo prazo, apoiado pela alta direção, buscando melhorar os processos de resolução de problemas de renovação organizacional, por meio de um eficaz e colaborativo diagnostico e administração da cultura organizacional.

As principais características do desenvolvimento organizacional são:

  • Focalização na organização como um todo;
  • Orientação sistemática;
  • Agente de mudanças;
  • Solução de problemas;
  • Aprendizagem experimental;
  • Processo de grupo e desenvolvimento de equipes;
  • Retroação;
  • Orientação contingencial;
  • Desenvolvimento de equipe;
  • Foco interativo;

Leland Bradford, foi quem início os estudos sobre esta teoria, temos também Richard Beckard, Kurt Lewin, Willian White, Rensis Likert, Eric Trist, Fred Emery, Edgar Shein, Warren Bennis, entre outros.

Assim como as outras ela sofreu críticas como:

  • Aspecto magico do desenvolvimento organizacional;
  • Imprecisão no campo desenvolvimento organizacional;
  • Ênfase na educação emocional;
  • Aplicações distorcidas do desenvolvimento organizacional;

ESCOLA DA CONTINGÊNCIA

A teoria da contingência, nasceu a partir de várias pesquisas realizadas com a intenção de buscar quais seriam os modelos de estrutura organizacionais mais eficazes em determinadas industrias. Os resultados apontavam que tanto a estrutura quanto o funcionamento das organizações dependiam da sua relação com o ambiente externo.

Esta teoria surgiu pela pesquisa de Lawrence e Lorsch, sobre a confrontação entre organização e o ambiente. Eles estavam preocupados com a características que devem ter as empresas para enfrentar com eficiência as diferentes condições externas e tecnológicas. A pesquisa abordou 10 empresas em diferentes meios industriais, onde foi concluído que os problemas organizacionais básicos são a diferenciação e a integração.

Temos como ideias básica dessa teoria:

  • As organizações devem se ajustar as condições do ambiente para serem competitivas e sustentáveis.
  • Quanto mais complexo e turbulento for o meio externo, mais complexa e diferenciada será a organização.
  • Não existe modelo organizacional único, o mais eficiente e competitivo e aquele que consegue adapta-se as contingencias do seu ambiente.

Além de Lawrence e Lorsch, temos outros representantes de extrema importância. Burn e Stalker, são sociólogos, realizaram pesquisas nas industrias inglesas, onde verificaram como era as relações entre práticas administrativas e ambiente externo, assim classificaram as organizações em mecânicas e orgânicas.

Alfred Chandler, fez sua pesquisa em quatro empresas americanas, onde conclui que a estrutura seque a estratégia organizacional e que a estrutura pode ser definida como modelo da organização através do qual a empresa é administrada.

E Joan Woodward, sociólogo industrial, fez uma pesquisa para sabe se os princípios de administração propostos pelas teorias administrativas se adequavam com êxito do negócio. Envolveu cem firmas inglesas diferentes, assim classificando elas em produção unitária ou oficina, produção em massa ou mecanizada e produção em processo ou automatizada.

 

Temos como críticas da teoria contingencial:

  • O relativismo em administração;
  • A bipolaridade continua;
  • Ênfase na tecnologia e no ambiente;
  • Compatibilidade entre abordagens de sistema aberto e fechado;
  • Caráter eclético e integrativo;

Portanto foi visto que esta teoria, incorporar conceitos das anteriores, assim mostrando que existe um caminho de alternativas à disposição do administrador, verificando a situação organizacional, e usando a abordagem que melhor se encaixar.

CONCLUSÃO 

Conclui que as escolas administrativas, foram de extrema importância para o desenvolvimento administrativo, através de pesquisas e estudos de cada autores e pesquisadores nela acima citados, obtivemos que ocorreram problemas no decorrer de cada teoria, assim surgindo pontos positivos e negativos, mais acima de tudo procurando encontrar soluções de melhoria a todas. Portanto no final obtivemos que um administrador, tem um leque de alternativas a sua disposição, para usar da forma que se enquadra.

Referências Bibliográficas:

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  • https://www.coladaweb.com/administracao/abordagem-sistemica-da-administracao
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  • https://monografias.brasilescola.uol.com.br/administracao-financas/abordagem-contingenial-administracao.htm
  • De Carvalho, L. M. G. introdução á teoria geral da administração. Maringá, 2008 -  http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/md_lucia_maria_gadelha_carvalho.pdf.