RESUMO

O artigo consiste numa apreciação teórica sobre o estresse e aconselhamento nas organizações. Tendo como objectivo, compreender o estresse e aconselhamento nas organizações. Este foi sustentado por pesquisa bibliográfica com uma abordagem metodológica qualitativa, pelo qual se pode perceber, o estresse e aconselhamento como processos com funções distintos, o estresse ao profissional é provocado por factores organizacionais e aqueles não associados ao trabalho. E, o aconselhamento constitui o processo que dá suporte ao funcionário com estresse. Neste, para o funcionar lidar com o estresse, deve saber gerir as situações, tanto da organização quanto fora dela. Além disso, o artigo traz algumas considerações sobre estresse e aconselhamento no ambiente organizacional.

Palavras-Chave: funcionário, estresse, aconselhamento.


INTRODUÇÃO

As organizações são constituídas por uma combinação de recursos, humanos e técnicos, cuja interferência pode afectar ou não o desempenho do funcionário ou utentes que permanentemente procuram os serviços da organização. Ao incumbirem as pessoas nas tarefas e procedimentos da organização, não é necessário somente ter boa qualificação, é necessário que a condição de trabalho responda às expectativas do ambiente organizacional, isto é, para funcionários e utentes sentirem-se integrados sobre as políticas da organização. Num ambiente organizacional onde há exposição do funcionário em condições ergonómicas desfavoráveis, pode proporcionar situações de estresse, provocando assim, barreiras significativas para o desempenho eficiente e poder responder as necessidades organizacionais inerentes ao seu cargo. Os gestores nas organizações precisam ter em conta as diferentes dinâmicas enfrentadas pelos seus profissionais para evitar situações que vão contra os objectivos da organização. Desde a pré-história, há o reconhecimento de que o homem sofria exaustão após o trabalho, medo, exposição ao calor e frio, fome, sede, perda de sangue ou doença. Estas situações e outras, deflagravam uma série de desfechos biológicos e psicológicos que por sua vez, resultam em estresse (Santos, 2006). Da pré-história até aos dias de hoje, as situações de estresse resultantes aos factores do ambiente organizacional ainda são registados. Portanto, em ambiente organizacional, são várias as situações que provocam o estresse na vida dos colaboradores, nesta contextualização, estresse e aconselhamento são processos psíquicos que os profissionais nas organizações precisam perceber, isto pode os levar a gestão de diferentes situações a enfrentar. As organizações devem continuamente desenvolver políticas organizacionais para melhor gestão das situações que provocam o estresse, portanto, referente aos profissionais, qualquer condição de trabalho ou não pode produzir o estresse. Nesta conformidade, surgiu o seguinte questionamento: De que forma o aconselhamento pode constituir num dos processos fundamentais para a gestão do estresse dos funcionários nas organizações? Assim, para obter melhor compreensão dos resultados é preciso perpassar por um breve histórico da conceituação do estresse e aconselhamento no sentido global, bem como instigar o estresse no exercício do profissional. Efectivamente, o aconselhamento é um recurso que poderá abordar os reflexos da sua prática com o estresse e com as metas e resultados alcançados, isto é, unir as acções e planos para adoptar as estratégicas que melhor suportem a vida dos funcionários nas organizações. Compreensão do estresse e aconselhamento nas organizações 3 Portanto, estresse e aconselhamento são conceitos que vem sendo abordados desde a antiguidade. Para Santos (2006), estresse é um conceito que surgiu nos anos 400 a.c no filósofo Empédocles, este empregava para avaliar o sofrimento dos doentes, foi denominado como o método “a cura pela palavra”. Assim, depois de Empédocles, vários filósofos, como Pitágoras (480-410 a.c), Sócrates (470-399 a.c) e Aristóteles (384-322 a.c), também recomendavam a conversação com a pessoa doente. Desde então, estresse e aconselhamento são conceitos bastante interligados, os profissionais que continuamente estão em situações de estresse precisam da melhor gestão possível para mediar, isto é, para melhor perceber as dinâmicas do ambiente organizacional, não basta o profissional estar munido de competência, é importante, também, compreender as diferentes dinâmicas que interferem na vida das organizações. Portanto, para melhor sistematização do estudo, a metodologia utilizada ocorreu mediante o método qualitativo e da pesquisa bibliográfica, fundamentada principalmente em Newstrom (2008), Santos (2006), Serafim (1999), entre outros.