Trabalho de campo: Discussões teóricas e práticas sobre questões Agrárias.
                                               Maria Alzeni Costa da Silva
                              Resumo
O presente trabalho discute as questões agrárias mostrando principalmente como o capitalismo vem interferindo de forma injusta e exploratória na vida campesinata. Para saber e conhecer a vivência dos camponeses foi feito um estudo bibliográfico e um trabalho de campo, objetivando ouvir dos próprios acampados e assentados como foi e é sua luta pela terra e a vida. O local escolhido foi o assentamento Esperança localizado em Sobral- Ce e o acampamento Terra Prometida em Santa Quitéria- Ce, nos mesmos foram discutidos e observados sua vivência.
Palavras chaves: Questões Agrárias, camponeses e reforma Agrária.
                                Resume
This paper discusses land issues mainly showing how capitalism is interfering unfairly and exploratory way in campesinata life. To know and understand the life of the peasants a bibliographic study and fieldwork, aiming hear the settlers themselves and camped as it was and is their struggle for land and life was done. The venue was the Hope community located in Sobral-Ce and the Promised Land Camp in Santa Quitéria-Ce, the same were discussed and observed their experience.
Key words: Agricultural Issues, peasants and agrarian reform.

Introdução

       A discussão em estudo está relacionada sobre as questões agrárias, focando principalmente a luta dos acampados e assentados. Mostrando como a vida campesinata foi explorada e injustiçada pelos latifundiários. Hoje se percebe que o capitalismo perturba as pessoas em termos de consumismo e de exploração, principalmente aqueles que são oprimidos.
       A luta por reforma Agrária, no Brasil é um dos objetivos dos oprimidos, mesmo que para isso tenha que passar por uma serie de conflitos, como já estão acostumados com mobilizações não vai ser nada fácil, mas não será impossível. Muitos deles já fizeram ocupações de terras e foram vitoriosos, conquistando a terra, precisa apenas ser mais crítico, questionar os seus atos, direitos e lutar por um mundo mais justo.
        Durante a pesquisa fizemos um trabalho de campo que se realizou no Acampamento Terra Prometida e no Assentamento Esperança localizada respectivamente no município de sobral e Santa Quitéria. No decorrer do percurso foi discutida sobre Reforma Agrária, levando-o a compreender o contexto social de um Assentamento e Acampamento, e principalmente a luta dos guerreiros que apoiam a luta pela terra. O trabalho de campo na disciplina de Geografia é essencial, pois através dele é possível identificar, analisar, observar e entender melhor, o que vem sendo estudado na sala de aula e principalmente poder relacionar a teoria com a prática.
       O objetivo da pesquisa é entender toda a complexidade dos lutadores por Reforma Agrária e buscar fontes de conhecimento de como vencer nesse contexto social. E através da análise buscar algo que possa contribuir e aumentar o número de seguidores dessa luta tão bonita por igualdade social.
       Decidimos aprofundar o estudo dessa temática porque é um assunto que vem movendo muitas pessoas, à busca por igualdade social e um mundo mais justo sem tantos sofrimentos e exploração. Apesar de ser difícil por que vivemos num modelo de produção capitalista não é impossível, basta força, coragem, luta e fé em Deus.
       Com essas profundas palavras espera-se que possa contribuir para que outras pessoas despertem interesses em querer estudar e se aprofundar nessa área como também passe a fazer parte das mobilizações e luta por reforma agrária.

A questão agrária

     A questão agrária nos faz lembrar-se da vida camponesa e como vem sendo a correlação de força do poder capitalista ao interferir em suas vidas. Analisando desde quando o poder ganha forças nos podemos ressaltar a criação da lei da terra em 1850, onde nos transformou a terra em mercadoria, como propriedades de grandes latifundiários.
     Os camponeses tornaram-se revoltados por ter sido injustiçados, eram eles quem sabia trabalhar na terra e não foram beneficiados com nada, na falta de opção sem ter onde viver era obrigado a viverem escravizados e humilhados, porém com sonhos de um dia ganhar liberdade e a posse da terra. Segundo Diniz (2008) em suas entrevistas com camponeses a religiosidade nos ajudou muito na conquista da terra, para eles Deus está acima de tudo e é quem nos dá força para continuar, nos deixou a terra para todos tirar dela seus sustentos de forma sustentável.
Mediante os relatos das histórias contadas por todos os que foram entrevistados, ressaltamos que a questão da religiosidade estava muito presente, era, realmente, a principal força que movia os moradores em luta; logo, o que realmente deu resistência foi a fé que tinham em Deus e a certeza de que estavam lutando por uma coisa justa, pois “Deus não vendeu a terra pra ninguém, ele deu a terra pra quem vive dela”, ou de que “a terra não é de ninguém, mas de todos aqueles que dela necessitam tirar o seu sustento” (p.152)
     Além da religiosidade, o MST, os sindicatos também contribuíram para vencer e resistir vários desafios tomados ao longo do tempo da vida campesinata.
    A exploração de trabalho e as condições precárias da vida dos oprimidos nos motivaram vários conflitos como ocupação de terra, quando eram feitas os proprietários mandavam homens para expulsar e até matar os acampados. Conforme Fernandes (2000.p. 295) “ocupar a terra diversas vezes como forma de pressão para abrir a negociação, Fazem machas até as cidades, ocupam prédios públicos, fazem manifestação de protestos, reuniões etc.”, são mobilizações que podem conquistar à luta da terra, fazendo com que o INCRA tome suas devidas providências, de desapropriação da terra tornando-a, um assentamento.
     Para os camponeses a ocupação é uma das mobilizações mais importante na luta pela terra. Além de romper uma condição de vida a que estava submetida, nos traz a esperança de viver melhor. Não podemos esquecer que mesmo estando assentados, nas suas palavras se percebe que “fica marcada na memória das pessoas, e, apesar do sofrimento, lembram-se desse momento com saudade, chegando mesmo a dizer que foi um momento muito bom, pela união e solidariedade que havia entre as pessoas”, Diniz (2008, p.162).
      O agronegócio além de explorar as pessoas é um dos fatores que vem destruindo a vida do homem no campo. Ao colocar diante de tantos problemas e confrontos, como a perda do conhecimento histórico e popular, características deixada pelos camponeses, indígenas, afrodescendentes e entre outras. Conforme Gonçalves (2004) as sementes utilizadas popularmente pelos agricultores familiares, as criolas (aquelas produzida pelo agricultor familiar) estão sendo substituídas pelas grandes empresas por sementes hibridas (aquelas com alteração na forma genética) e transgênicas (altamente transformada). Percebe-se que esse tipo de substituição nos coloca em risco a nossa alimentação e saúde, como também nos trazem perdas de patrimônio.
      A degradação ambiental é outro fator que está ocorrendo de forma predatória, o monocultivo tem avançado muito nos últimos anos, causado principalmente pela força do capitalismo. Além de tornar o solo infértil e causar desequilíbrio ambiental, torna a produção altamente dependente de agrotóxicos levando-a sérios riscos de saúde.
     De acordo com Gonçalves(2004) a revolução verde não trouxe nenhum desenvolvimento para o campo, apenas nos causou profundos danos ambientais, sociais e históricos levando-os numa grande preocupação como presente e o futuro da humanidade.
    O mundo rural com a Revolução Verde com suas sementes híbridas e seu mais recente desdobramento com a biotecnologia dos transgênicos e do plantio direto, está sofrendo mudanças profundas tanto ecológicas, como sociais, culturais e, sobretudo, políticas.Gonçalves (2004, p.7)
      Durante todos esses questionamentos agrários nos faz aumentar a mobilização da população brasileira em querer cada vez mais, uma transformação política e ideológica para a sociedade em busca de mudanças e por reforma agrária no país. Assim
se observa como as paralisações contribuem e são importantes nas negociações das lutas por igualdade social e por uma vida mais justa.

Uma contextualização sobre Acampamentos.

    Os acampamentos são espaço de lutas e resistência dos camponeses, existe apenas, por causa da conjuntura política e da correlação de força, do poder capitalista Fernandes (2000). Contudo diante da convivência da pobreza, da exclusão social e desigualdade que a maioria da população vem sofrendo, principalmente aqueles são oprimidos, resolve-se mobilizar, pressionar e acampar em busca de melhorias e de justiça social. Segundo Fernandes (2000, p.293) “a ocupação da terra é um trunfo nas negociações”, por isso a ocupação de terras ainda é dos principais movimentos da luta pela terra. Para os camponeses acampar sem ocupar dificilmente leva a sua conquista, por isso as decisões são tomadas coletivamente objetivando uma transformação da realidade e de um dia serem assentados.
       Ser acampados é lutar, resistir e produzir e por mais que sofram desrespeitos, humilhação e despejos, não são motivos que faça desistir de continuar lutando pela terra. São características que carregam consigo de permanecer na luta e resistir, embora que para isso tenha que perder sua própria vida. Para eles só assim, podem existir mudanças de melhorias e uma transformação da sociedade.
     Para os sem-terra a caminhada para acampar ou ocupar uma terra, apesar ser cansativa, vai sempre nos lembrar da caminhada do povo de Hebreu com destino a terra Prometida, como também nos representa um forma de conquista, de apoio e divulgação da luta pela terra. De acordo com Fernandes (1996, p.240).
Uma das formas de informar a opinião pública acerca da sua situação e pressionar o estado é a caminhada. A caminhada é um ato público em movimento, onde centenas de trabalhadores ocupam as rodovias percorrendo centenas de quilômetros, passando por diversas cidades, conquistando apoio e divulgando a luta pela terra.
      Como afirma Fernandes (2000, p. 295) “O acampamento é um lugar de mobilização constante”, além dessa mobilização é também um espaço interativo e
comunicativo, onde as pessoas se organizam buscando os objetivos proposto na saúde, trabalho, educação, segurança, negociação, etc. Conforme os mesmos vão conquistando a terra, vai também mobilizando outras famílias para também a compor. O acampamento acontece no processo de mobilização e espacialização da luta por território e quando se efetiva com o ato de resistir, a ocupação coloca o poder capitalista num processo de criação de poder familiar.
       Então, para conhecer a realidade e ouvir dos próprios acampados como é sua luta e vivência nesses locais, foi escolhido o Acampamento Terra Prometida localizado em Santa Quitéria Ceará. No mesmo existem aproximadamente quase 40 famílias morando, dados segundo umas das acampadas.No Ceará existe mais de 500 assentamentos e 27 Acampamentos, cinco desse foram acampados no período da jornada de luta, realizado pelo o MST, que ocorre no mês de abril, conhecido como abril vermelho.
       A nossa chegada ao Acampamento foi extremamente bem recepcionada, na qual podemos vivenciar como é maravilhoso viver em união e em harmonia. Solidariedade nesse povo tem sobrando. Durante a nossa visita fomos para uma igrejinha simples, porém muito significante. Tivemos a oportunidade de debater e ouvir dos próprios acampados como foi sua luta para estarem atualmente acampados.podemos observar os acampados em forma de luta e mostrando sua cultura. Pedrinho, o de calça preta, blusa azul e boné vermelho têm 52 anos de idade, um dos acampados e filho de um morador expulso da terra, falou que passaram por várias batalhas, inclusive já passaram por três confrontos, o primeiro ocorreu em 1986, o segundo em 2000 e terceiro em 2013. Ainda relatou que os que viviam na fazenda eram bastante humilhados e escravizados, pois trabalhavam três dias da semana de graça para  o dono da terra e os outros dois dias eram para se mesmo, mas que teria que pagar uma renda, uma terça da produção para o patrão.
      Ouvido Pedrinho e vários outros dos acampados tivemos o prazer de entender como eles vivem atualmente e como é sua luta pela Terra. O trabalho é base da agricultura e a pecuária, quase tudo que existem é coletivo, só existe algum plantios que é familiar; a escola não é no Acampamento ainda, existe um carro que vem buscar as crianças para estudar em Lisier. E relação à ajuda que eles têm do Estado é pouca, o resto eles tiram do sustento da terra.
Mesmo diante de tantos problemas, batalhas e sofrimento que passaram não deixaram de lutar pela terra, pois para todos ela é um bem natural e de sobrevivência.
      Vivendo arriscando a vida e a qualquer momento se submeter num confronto de despejo do acampamento, não se mostraram pessoas infelizes, pelo contrário são pessoas alegres e de coração enorme. Todos esses guerreiros fazem parte da mesma família e lutam com o mesmo objetivo por justiça social e para serem assentados.

Assentamento, uma conquista e uma luta.

      Assentamento representa a vida e a luta dos camponeses que tiveram durante anos para conquistar a terra. Foram resultados de ocupações, resistências, lutas, apoios sindicalistas, religiosos, do MST e entre outros. O conhecimento do Estatuto da terra e as perseguições, humilhações dos latifundiários motivaram cada vez mais, os camponeses à luta pela terra.
      Para entender como se formou um assentamento é importante saber que vieram de várias batalhas, sofrimentos e acampamentos. Existe uma diferença entre ambos, pois acampamento é um local em que os camponeses ainda lutam pela terra, podem ainda surgir um confronto de retirada deixando-os desabrigados e em estado de sofrimento. Já assentamento todos os residentes estão amparado por lei em se fixar no local (terra), porém não lutam mais pela terra, mas para viver como cidadão. Um dos objetivos principais dos assentados é Lutar por melhores condições de vida e igualdade social.
      Quando se conquista o assentamento, além de vencer um desafio do poder capitalista, refletida na concentração fundiária, é também uma forma de força para mobilização de outras ocupações e conquistas de novos frutos. Segundo Diniz (2008) as lutas não terminam com a conquista do assentamento será preciso buscar outras, como escolas, transportes, creditos, saúde, etc.
a conquista do assentamento, as lutas não terminam, desdobram-se em outras, tanto dentro do assentamento, na luta para conquista de crédito, infra-estrutura e demais condições para viabilizar a produção e a vida nos assentamentos, como escola para crianças e adultos, postos de saúde, associações, mas, também, para buscar a conquista de novas terras. (p.174)
      Para entender e ouvir dos próprios assentados como foram e são suas vidas nos assentamentos escolhemos o Assentamento Esperança localizado no município de Sobral próximo ao distrito de Taperuaba- Sobral-Ceará.
       Ao ouvir os assentados percebemos que suas lutas foram imensas, pois a maioria já eram moradores da terra, humilhados e escravizados. Diante de tanta rebeldia, a ocupação da terra seria uma das formas de se conquistar, daquele que se dizia dono da terra, até porque a terra é todos e não é mercadoria para ser comercializada, ela é de quem precisa para viver e tirar seu sustento alimentar de forma sustentável. Depois de
vários confrontos e batalhas venceram a luta pela terra, porém hoje lutam por igualdade social e por melhorias no local.
      Analisando as falas dos assentados tivemos a sensação de muitos sofrimentos e desesperos na época da ocupação da terra, o atual presidente da associação nos falou que “nunca se esqueceu de sua mulher grávida e sendo humilhada pelos homens do latifundiário e sem poder fazer nada em defesa”. Isso para ele ficou marcado e nos lembra até hoje, porque uma pessoa que não respeita uma grávida, um idoso, uma criança e uma pessoa especial não tem dignidade.
      Hoje estão todos assentados por lei, no entanto dividiram as terras em grupos familiares, seus trabalhos na terra são em grupos ou em individual, diferente dos Acampamentos que maioria acontece coletivamente. Atualmente a escola funciona na sede do prédio da antiga fazenda até ao 9° ano e o ensino médio existe um transporte escolar que levam os alunos para o distrito de Taperuaba.
     A sua economia ainda é baseada na agricultura e Pecuária, como podemos observar na figura cinco, mas existem outros recursos do governo, como aposentadorias, bolsa famílias e entre outros trabalhos autônomos.
Quando um dos assentados migra para outros locais fica a disposição para receber um assentado ou então aquele que saiu, que por motivo pessoal teve que voltar.
     Viver como cidadão é direito de todos, por isso esse é o objetivo principal dos assentados de caminhar na busca por seus direitos, sabendo respeitar seus deveres e acolhendo e apoiando aqueles que ainda lutam pela posse de Terra.

Reflexões por reforma agrária é um desafio, uma luta e um gesto de amor.

    Lutar por reforma Agrária é objetivos dos militantes do MST, acampados, assentados e entre outros. O Brasil diante de tantos problemas ambientais, econômicos e sociais deveria ter vergonha de ainda não ter feito reforma Agrária. A classe que mais sofre é dos oprimidos e como quem está no poder é a classe dominante tenta impedir a ocorrência, porque querem ser sempre privilegiados. O egoísmo não está presente nas pessoas de bom coração e quem é leitor da Bíblia, da palavra de Deus, sabe que devemos amar o próximo como a si mesmo e como a população irá ter uma vida justa de igualdade social si ainda existe pessoas que só pensa em si mesma.
     Fazendo uma relação com o modo de produção capitalista, onde prega o individualismo, o egoísmo a competição fica difícil se esperar muito das pessoas. Nesse modelo de produção não há lugar para a solidariedade ajuda, mas somente a exploração. Diante dessas constatações nos resta dizer que as poucas pessoas que restam contra o capitalismo são as idealizadoras para lutar por reforma agrária e principalmente tentar conscientizar outras pessoas com uma visão critica, de lutar por transformações e mudanças de melhorias na sociedade.
     A fome é o que mais mata no planeta. 57 mil pessoas morrem de fome por dia. Somente no ano de 2012, 70 milhões de pessoas morreram. Destas, 18 milhões morrem de fome. A cada 5 segundos, uma criança no mundo morre de fome. Cerca de 870 milhões de pessoas que não têm o necessário para comer e levar uma vida saudável. Isto significa, que um em cada oito habitantes do globo, todos os dias, passa fome. Gonçalves (2004, p.01) afirma que “a fome não é um problema técnico, pois esta não se deve à falta de alimentação, mas ao modo com os alimentos são produzidos e distribuídos”, assim podemos perceber como a sociedade está vivendo com desigualdade social, não precisa se produzir muito alimento, mas se precisa produzir com qualidade e distribuir de forma justa entre as pessoas. Vivendo numa era em que a nossa alimentação é produzida com muito agrotóxico (veneno), isso pode causar danos ambientais e a própria vida humana levando-o numa série de doenças. Será que tudo virou mercadoria até a natureza o homem não respeita mais, só pensa no lucro para está comercializando tudo. Isso são reflexões que deve ser debatidas e questionadas nas salas de aulas como forma de contribuição e conscientização da sociedade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

     Enfim, na construção desse trabalho entendemos que a vida camponesa é vítima de sofrimento e exploração do capitalismo, e que agronegócio, além de colocar em risco a saúde humana vem causando uma destruição da natureza.
A luta e resistência dos sem-terra na ocupação de fazendas realizaram várias conquistas de terras. Hoje existem muito assentamentos, mas graças às lutas e mobilizações que tiveram. Venceram a guerra da luta pela terra e continuam lutando por direitos de cidadão e de um dia se realizar reforma agrária nosso país.
O motivo de ter feito um estudo a campo foi gratificante e aprender com os assentados e acampados não tem preço e nem como explicar o tamanho, pois são pessoas que carregam em suas almas algo de solidariedade e amor, nos passam uma história de como é bom viver em amizade e união. É algo que não se encontra em quem vive em função do lucro, da soberania do capitalismo que além de nos tornarem pessoas individualistas nos tornam também egoístas.
Diante de tantas solidariedades que foram presenciadas nos acampamentos e assentamentos descobrimos que podemos viver felizes com as pequenas coisas e que mesmo diante dos problemas no decorrer da vida, não podemos desistir, pois são ocorrências que acontece para nos fortalecer. E lutar por “Reforma Agrária” no nosso país será um dos objetivos daqueles que vivem oprimidos.

Bibliografia

DINIZ, Aldiva Sales. Trilhando Caminhos: A resistência dos camponeses no Ceará em busca de sua libertação. Tese de doutorado, Programa de Pós Graduação em Geografia Humana, Departamento de Geografia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, São Paulo: USP, 2008.
FERNADES, Bernardo Mançano. Formação e Territorialização em São Paulo. São Paulo: Editora Hucitec, 1996.
____________. A Formação do MST no Brasil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Geografia da riqueza, fome e meio ambiente: Pequena contribuição crítica ao atual modelo Agrário/ Agrícola de uso dos recursos naturais. Revista. Inter. Interdisc. INTERthesis, Florianópolis, SC, Brasil, v,1, n. 1, elss1807-1384, 2004.
OLIVEIRA, Ariolvaldo Umbelino de. A geografia agrária e as transformações territoriais recentes no campo brasileiro. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri. (org.). Novos caminhos da geografia. São Paulo: Contexto, 1999.
PAULINO, Eliane Tomiasi. Por uma geografia dos camponeses. São Paulo: Ed. UNESP, 2006.

segue em forma de link o texto (artigo)