Análise crítica 

 

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

POLO: Governador Nunes Freire

DISCIPLINA: Fundamentos e metodologia no ensino da Geografia

PROFESSOR: Vilmar Martins

ACADÊMICAS: Jéssica da Silva Moura e Kerllém Dannyelly Tavares Teixeira

 

 

ATIVIDADE ORIENTADA

Análise Crítica do capítulo 4, Ler o espaço geográfico: a formação de conceitos, do Livro Metodologia do Ensino de Geografia

 

          O capítulo inicia considerando que o espaço geográfico é o objeto de estudo da geografia, este por sua vez pode ser entendido como o espaço natural modificado pelo trabalho humano, uma vez que os seres humanos através das ações racionalizadas modificam continuamente o espaço natural, sendo, portanto, um elemento construído ao longo da história.

          Entendendo que o espaço geográfico é o espaço habitado pelo homem e o mesmo a partir das suas necessidades e através do seu trabalho transforma esse espaço, entendemos dessa forma a sua relação com o capitalismo e o fenômeno da globalização, pois todas as transformações do espaço geográfico foram oriundas do modo de produção capitalista. Esse processo de alteração realizado a partir da ação humana ou ação antrópica, deixa de ser uma paisagem natural e passa a ser uma paisagem humanizada, onde são utilizadas técnicas para a realização de um determinado trabalho, pois todo trabalho necessita de procedimentos que envolvem os meios de produção, as ferramentas utilizadas e a organização do trabalho, assim as técnicas terão influencias direta na transformação e formação do espaço geográfico. Dessa forma podemos observar que o capitalismo está relacionado diretamente com o trabalho e a evolução das técnicas de trabalho se relacionam a forma como o espaço geográfico é organizado.

Atualmente o espaço geográfico está altamente modificado, influenciado pelas tecnologias e em constante transformação, isso se dar em consequência da globalização. O desenvolvimento tecnológico nos sistemas de transportes e comunicação é que permite a construção do espaço da globalização. Essa transformação vai além da transformação física de espaço natural em espaço artificial, englobando também as relações entre as pessoas, numa relação econômica, social e cultural.

O texto também aborda a importância da Geografia para as crianças das séries iniciais, pois é essencial e de extrema importância que os alunos construam uma ideia sobre o seu ambiente de vida, o desenvolvimento de habilidades como a percepção do espaço e o entendimento de onde sua vida está inserida. O aluno deve ter no ensino básico essa percepção do espaço, é essencial entender essa relação sociedade e natureza entre os alunos e a disciplina Geografia. Outra questão importante é o entendimento do espaço através das representações gráficas da superfície terrestre, ou seja, a cartografia.

A criança ao fazer um desenho em uma aula de geografia, desenvolve a linguagem gráfica, por isso é de sua importância que o professor trabalhe com o aluno métodos que faça com que ele entenda e compreenda o espaço que está inserido, uma vez que o desenho é uma forma de o professor conhecer também o processo cognitivo do aluno.

Para que haja interesse da criança em mapas ou outras representações do espaço, é necessário que a mesma tenha raciocínio cartográfico e para que isso aconteça, ela tem que interpretar o mapa que estar sendo apresentado. Também é de devida importância   que o educador saiba a importância de se trabalhar as noções espaciais com a criança.

Nas escolas o ensino da Geografia é comum os alunos fazerem copias de atividades e continuar aderindo o ensino mecânico ou tradicional, onde ficam totalmente restritos de fazer uma reflexão sobre as noções espaciais, e a compreensão desses fatores ficam devidamente prejudicadas. O que os alunos necessitam aprender em assuntos ligados a Geografia é a representação do espaço geográfico, apresentar atividades sobre orientação e localização, tanto deles quanto dos objetos e elementos que fazem parte do espaço.

É interessante fazer com que elas desenvolvam atividades sobre o espaço de convivência, ou seja, que falem ou desenhem o modelo de sua casa, da escola, ou mesmo o trajeto da sua casa para a escola, de lugares onde elas gostam de passear com a família, espaços que elas gostariam de conhecer, que eles relatem também sobre características da sua cidade e do lugar onde residem.

A proposta da Alfabetização Cartográfica é o desenvolvimento do pensamento espacial, é quando os alunos desenvolvem um pensamento espacial identificando, representando e observando um espaço e por fim conseguem realizar expressões e sínteses sobre o objeto de estudo.

Outra atividade muito explorada e comum em livros didáticos e manuais e à leitura de mapas do mesmo lugar ou escala, cujos os temas estabelecem relações que o professor queira explorar ou discutir com seus alunos. Por exemplo a média anual de temperatura ou precipitação sobre uma área de natureza abstrata, humana ou de qualquer outra característica, tal como a taxa desenvolvimento, indicadores sociais, perfil, de uma população segundo variáveis como sexo, cor e idade, dentre outros. Cada mapa possui um objetivo específico, de acordo com os propósitos de sua elaboração, por isso, existem diferentes tipos mapas.

Cabe ao professor de Geografia propor aos alunos uma aula dinâmica e contextualizada, essa forma escolhendo metodologias e recursos didáticos para as diversas situações pedagógicas de ensino-aprendizagem, levando em consideração o tema da aula, o conteúdo e faixa etária dos alunos fazendo integração entre a teoria prática através de uma perspectiva crítica afim de que o educando tenha uma participação ativa aprendendo aspecto fundamentais do espaço geográfico.

Segundo a BNCC, o ensino da Geografia está organizada com base nos principais conceitos da Geografia contemporânea, diferenciados por níveis de complexidade. Embora o espaço seja o conceito mais amplo e complexo da Geografia, é necessário que os alunos dominem outros conceitos mais operacionais e que expressam aspectos diferentes do espaço geográfico: território, região, natureza e paisagem.

De acordo com Celso Vasconcelos , o ensino da Geografia pode abordar três momentos que são: a mobilização para o conhecimento, a construção do conhecimento e a elaboração e expressão da síntese do conhecimento.

A mobilização do conhecimento é a criação do vínculo entre o aluno e os conteúdos de estudo, ou seja, mostrar possibilidades de como esse conhecimento pode ser significativo (útil) para a vida do aluno. Na construção do conhecimento o aluno aprende a ter relações internas e externas sobre o que aprende, ele tem a oportunidade de pensar, refletir, elaborar perguntas e problematizar o objeto estudado. E por fim a elaboração e expressão do conhecimento, que é a expressão e elaboração analítica do conhecimento do aluno, sendo que eles podem construir esse conhecimento através de linguagens escritas e orais...

Vasconcelos e Kaercher no texto criticam à metodologia tradicional em relação ao ensino da Geografia, se referindo as provas, que por vez repassam dados que os alunos devem decorar o conteúdo, essas aulas enfadonhas fogem do que realmente os alunos necessitam aprender. Os demais autores defendem uma prática pedagógica relacionada a uma geografia presente no cotidiano e vocabulário dos educandos. É preciso fugir também das armadilhas de aulas-espetáculo, quando o professor usa e pensa recursos auto-suficientes para a aprendizagem, por exemplo, vídeos-aulas onde os alunos dispersam sua atenção e no final do vídeo não sabem falar sobre o que viram no filme. Então não adianta buscar e elaborar os “melhores” recursos se eles não apresentam interesse e atenção dos alunos.

O uso de imagens, fotos aéreas, cenas de jornais, são recursos interessantes que se forem bem trabalhados podem trazer uma parcela muito significativa na visão da realidade, porque revela uma compreensão total que exige pesquisas para além do que estar sendo mostrado nesses recursos.