FACULDADE DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E EDUCAÇAO - fACITE

 

           

HELENILSON FLORENCIO DOS SANTOS

RAIANE DE ARAUJO COSTA

SIOMARA DE ARAUJO COSTA

 

 

QUEIJO, RATOS, DUENDES E O LABIRINTO: Encarando o desafio da mudança.

 

 

 

Santa Maria da Vitória – Ba 

 2014

FACULDADE DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E EDUCAÇAO - fACITE

 

 

 

 

 

 

QUEIJO, RATOS, DUENDES E O LABIRINTO: Encarando o desafio da mudança.

 

Artigo apresentado na disciplina de Psicologia Aplicada à Administração, do Curso de Administração, da Faculdade de Ciências, Tecnologia e Educação – Facite,  para avaliação da segunda nota do semestre.

                               Professora Manuela Marta.

 

 

 

 

 

 

Santa Maria da Vitória – Ba 

 2014

 

SUMÁRIO

 

 

  1.     Introdução;
  2.     Concepção de humanismo;

2.1           Analise dos personagens;

2.2           O desafio da mudança;

2.3           Motivação  

2.4           Liderança motivadora

2.5           Considerações finais

3.      Bibliografia Consultada

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Resumo

 

O presente artigo apresenta uma análise das mudanças que podem ocorrer tanto no campo profissional como pessoal. Podendo ser desejadas e também imprevistas. Independentes da maneira que for às novas situações levam o individuo a buscar diferentes formas de adaptação dá a oportunidade de ampliar suas experiências e amadurecimento. Com base no livro do escritor Spencer Johnsons “Quem mexeu no meu queijo?” e embasados nas teorias humanistas retrata a vida, suas mudanças e os objetivos que os individuos almejam alcançar e os metodos que estes utilizam.

 

 

Palavras-chave: Mudanças. Motivação. Liderança

 

 

Abstract

           This paper presents an analysis of the changes that can occur both in the professional and personal. May be desired and also unforeseen. Independent is the way to new situations lead the individual to seek different forms of adaptation gives the opportunity to broaden their experience and maturity.  Based on the book of the writer Spencer Johnson's "Who Moved My Cheese?" Grounded in humanistic theories and portrays life, its changes and the goals that individuals aim to achieve and the methods they use.

Keywords: Change. Motivation. Leadership.

Introdução

 

            Este trabalho está relacionado à Psicologia humanista que estuda o comportamento do individuo nos processos de desenvolvimento e os desafios por este enfrentado, objetivando mostrar a relação do individuo frente às mudanças, bem como as teorias motivacionais e  conceitos de liderança, o líder e seu papel, cenário e paradoxos a ele relacionados.

2 Concepção de humanismo

 

Segundo Silvia Generali (2011) a psicologia humanista aplica-se à gestão de pessoas nos processos de desenvolvimento humano e na crença da capacidade humana de crescimento, de evolução e na possibilidade de auto-realização.

O homem é considerado um animal dotado de necessidades que se alternam ou se sucedem conjunta ou isoladamente. Satisfeita uma necessidade, surge outra em seu lugar e, assim por diante, contínua e infinitamente. As necessidades motivam o comportamento das pessoas dando-lhe direção e conteúdo.

Ao longo de sua vida, o homem evolui por três níveis ou estágios de motivação: na medida em que cresce e amadurece, vai ultrapassando os estágios mais baixos e desenvolvendo necessidades de níveis mais elevados. As diferenças individuais influem na duração, na intensidade e na possível fixação em cada um desses estágios. Os três níveis ou estágios de motivação correspondem às necessidades fisiológicas, psicológicas e de auto-realização.

Segundo a teoria de Maslow “Hierarquia das Necessidades”, onde ele as agrupou em cinco categorias, sendo elas: Necessidades fisiológicas Necessidade de segurança, Necessidades de pertencer e ser amado, Necessidade de estima e Necessidades de auto-realização e enfatizando que o surgimento de uma necessidade não está obrigatoriamente condicionado à integral satisfação da necessidade anterior.

Podendo compreender então que cada individuo carrega em si um misto dos personagens de Sniff e Scurry, os ratinhos, levando em consideração a parte prática da vida, nos atos mecânicos, como ir e vir, alimentar-se, trajar-se, adapta-se com mais facilidade a mudanças e Hen e Haw, os duendes, quanto a melhoria nos relacionamentos, o aprimoramento pessoal e grupal, a busca de novas oportunidades; são tarefas bem difíceis de serem conquistadas o que é proposto por Maslow em sua teoria.

2.1 Análise dos personagens

Ao ser feito uma analogia com base no livro do escritor Spencer Johnsons “Quem mexeu no meu queijo?” é percebivel que para os personagens de Johnsons a auto-realização destes acontecia quando encontrassem o queijo, que por sua vez tinha significado diferente e especifico para cada um.

O queijo é uma metáfora para qualquer coisa que o individuo deseja ou necessita em sua vida. É seu objetivo.  Pode ser um curso, um novo trabalho, uma casa, um bom relacionamento, e tantas outras coisas. Cada individuo quer encontrar o “seu queijo” e age de acordo com as suas capacidades, competências, circunstâncias, o momento e o lugar.

Carl Rogers (2009) apresenta alguns pressupostos, construídos a partir de suas vivências na clínica e de profundas reflexões pessoais, e que refletem as bases de sua psicologia humanista e afirma que a experiência e a análise dos fatos são essenciais para a aprendizagem e para as descobertas o que representa o cerne da psicologia humanista que é a crença nas qualidades humanas.

 Ele expressa sua crença no fluxo constante de transformações e possibilidades que a vida enseja, quando vemos os personagens se depararem com a necessidade de voltar ao labirinto , que  por sua vez representa a vida, qualquer que seja o lugar onde as pessoas passam o tempo buscando aquilo que desejam e necessitam.

O labirinto é onde essa busca acontece. Seja na empresa onde se trabalha na família ou então na comunidade em que está inserido, onde vive. Cheio de corredores e divisões pode ser que em alguns lugares, haja queijos (objetivos) deliciosos. Porém em outros, corredores escuros e até becos sem saída.

2.2 O desafio da mudança

 

Existem as mudanças desejadas e também as imprevistas. Independentes do jeito que for às novas situações levam os individuos a buscar diferentes formas de adaptação e lhes dá a oportunidade de ampliar nossas experiências e amadurecer.  A aceitação da mudança, a persistência em não aceita-la ou fazer dela uma oportunidade de crescimento, depende do julgamento e dos sentimentos do individuo. Ás vezes a vontade de mudar existe, é legítima, mas o indivíduo se vê paralisado frente às transformações que deseja realizar.

Toda mudança leva a algum tipo de perda. É preciso colocar isso em perspectiva. Perder o queijo do Posto C, por exemplo. É preciso perder o conforto do ambiente conhecido, as perdas são naturais e positivas em certa medida, fazem parte do movimento da vida e são necessárias para que novas situações possam de fato acontecer.

A psicologia existencial tem por base as crenças de que o comportamento só pode ser entendido a partir da experiência subjetiva de um sujeito e de que o homem não é vítima do determinismo, sendo responsável por suas escolhas como sugere Carl Rogers (2009).  Frente aquela situação de perda os personagem ao se deparar com o desaparecimento do queijo a que estavam acostumados, diante de uma mudança, cada um dos personagens reagiu de forma distinta, de acordo com suas personalidades.

Alguns individuos são como os ratinhos têm facilidade em enfrentar as mudanças, adaptando-se facilmente a elas, existe um elemento essencial para fazer a passagem da situação antiga para a nova: Coragem! Essa capacidade de enfrentamento dos desafios é essencial para abrir o caminho e chegar onde é preciso, outros são individuos como o Hem precisam ser motivados.

2.3 Motivação

Minicucci (1995), fala que há duas forças que contribui para a motivação: a positiva que leva a pessoa a corre atrás do estímulo e a negativa que afasta deste estímulo. Na história de Spencer vemos estas duas forças nos duendes, diante da situação.  Hew teve medo então achava mais seguro ficar buscando a origem do problema, saber quem havia mexido no queijo, quem tinha provocado à mudança. Haw por sua vez teve medo, porém a pespectiva de encontrar um queijo novo, o impulsionou a agir, e isso o motivava, a esperança de encontrar um queijo novo, a mudança era necessaria, então partiu para o labirinto.

De acordo com a literatura existente, a motivação exerce influência sobre atitudes, desejos e consequentemente no desempenho dos indivíduos para o trabalho. Chiavenato (1999) diz que a motivação possui diversos significados, mas constitui principalmente, o conhecimento da natureza humana e a explicação do comportamento humano. Portanto, para compreender o comportamento humano é necessário conhecer sua motivação. Para ele, motivo é o que impulsiona o indivíduo a agir de determinadas formas e a assumir determinados comportamentos.

De acordo com Chiavenato (1992) a motivação está dentro das pessoas, mas, também pode e deve ser influenciada por fontes externas e pelo próprio trabalho dentro da organização. Ou seja, a motivação é intrínseca, no entanto, formas de trabalho extrínseco.

Para Bergamini (1997) “motivação deriva originalmente da palavra latina movere que significa mover. Origem desta palavra encerra a noção de dinâmica ou de ação que é a principal tônica de função particular da vida psíquica.” A motivação exerce influência sobre atitudes, desejos e consequentemente no desempenho dos indivíduos para o trabalho.

Segundo Spector (2004) motivação é o que leva um indivíduo a assumir determinados comportamentos, podendo-se escolher a direção do comportamento, ou seja, qual tipo de comportamento irá seguir, e também com que intensidade irá desenvolver determinada tarefa e se será ou não persistente nesta realização. No entanto, também pode ser o desejo de adquirir ou alcançar algum objetivo. “A motivação é geralmente descrita como um estado interior que induz uma pessoa a assumir determinados tipos de comportamento” (op cit., p. 198).

“O ponto de partida para motivar o pessoal é conhecê-lo e identificar suas necessidades, prioridades e desejos. O que motiva uns não é válido para outros. Os empregados mais intratáveis absorvem uma proporção enorme do tempo e da energia dos gerentes. (...) Todas as pessoas têm algum tipo de motivação, mas muitas vezes ela está canalizada para outras áreas fora do trabalho.”

 (LACOMBE 2005, p. 142-143)

 

Motivação se refere ao comportamento que é causado por necessidades dentro do indivíduo e que é dirigido em direção aos objetivos que podem satisfazer essas necessidades. Imaginar-se concluindo seu objetivo é um fator que o impulsiona a continuar trabalhando para encontra-lo realmente. Muitas vezes a motivação partirá do próprio individuo. Segundo Macedo (2007) o maior desafio de gerar uma motivação é perceber a medida exata para estimulá-lo. E quando isso não ocorre gera a frustração, levando o colaborador a agir com mecanismo de defesa.

Kurt Lewin em suas pesquisas sobre o comportamento social já se referia ao importante papel da motivação. Para Lewin, (Appud Chiavenato, 2003) toda necessidade cria um estado de tensão no indivíduo e uma predisposição à ação. Quando um objeto exeqüível é encontrado, ele adquire uma valência positiva e um vetor é despertado para dirigir locomoção para o objeto. Quando a tensão é excessiva (muita fome, por exemplo), ela pode tumultuar a percepção do ambiente e desorienta o comportamento do indivíduo. Se surge uma barreira, ocorre a frustração pelo não alcance do objetivo, provocando aumento da tensão e levando a um comportamento ainda mais desorientado.

 2.4 Liderança motivadora

Em determinado momento será necessário que este estímulo venha de outro individuo, quer seja no âmbito pessoal ou no meio empresarial, na maior parte da situação a motivação deverá partir do líder, pois este é orientador, motivador, influência e provoca estímulos em seus liderados.

A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana, seja nas empresas, seja em cada um de seus departamentos. O administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar.

 Para Weich líder eficaz reconhece e aceita a incoerência, mas se mantem em movimento em seu cenário de liderança ele deverá conviver com paradoxos, quer seja para acompanhar os avanços tecnológicos, sem deixar de ser humanista, quer seja na diversificação do aprofundamento dos conhecimentos em sua área relacionada, o líder possui poder e habilidades para atuar influenciando outros indivíduos este possui também autoridade para mandar e comandar ações por parte de seus liderados.

 Antes a influência dos líderes advinha de suas características físicas, intelectuais, sociais e profissionais peculiares, porém o líder precisa possuir também uma boa pespectiva e saber observar todos os detalhes. É necessario prestar atenção no que esta acontecendo em sua volta, se os dois duendes Hem e Haw estivessem observado às mudanças que estava acontecendo teriam percebido que o queijo estava acabando, como Sniff e Scurry que em todo e tempo supervisionava e observava , quando perceberam que o queijo havia acabado , não ficaram se lamentando, pois já sabiam que poderia acontecer e imediatamente partiram em busca de um queijo novo.

Uma Liderança deve ser clara, forte e madura, com direção segura e prioridades bem definidas, tem que correr riscos, não ficar acomodado.  Ao sair do ponto C o duende saiu da sua zona de conforto, dando o primeiro passo para a conquista, o lider deve inspirar e motivar pelo seu próprio exemplo. A necessidade também de terem um alvo comum a fim de não serem vencidos pelas barreiras que surgem eu seu caminho, mas com deteminação conserguiram alcançar o ponto N, conquistado assim um novo queijo.

Chiavenato (2003) diz que o líder surge como um meio para a consecução dos objetivos desejados por um grupo.  Assim, o líder é um estrategista que sabe indicar os rumos para as pessoas. Os líderes devem estimular a mudança. Para isso, precisam respeitar as pessoas e aprender que a mudança envolve todas as suas atividades.

2.5 Considerações Finais

           

Mudar deve atender o anseio de levar o sujeito para uma realidade mais condizente com aquilo que traz sentido para a sua vida e consequentemente mais satisfação e alegria, então quando  houve a necessidade os ratinhos não perderam tempo com questionamentos, tudo que fizeram foi partir imediantamente a procura de quejo novo, ou seja, de novos obejetivos, entretanto isso não quer dizer que não haverá dificuldades.

O lider execerá um papel fundamental para que as mudanças enfrentadas por seus liderados sejam superadas, deverá concientizá-los que problemas existirão sempre, o que muda é a condição emocional do individuo. Quando se faz uma escolha em direção a uma nova situação e a mudança é concretizada, a sensação de realização traz contentamento e o individuo tende a se tornar mais tolerante perante as adversidades e mais capaz de superar os próprios desafios, além de se tornar apto a motivar e incentivar outros.

Bibliografia Consultada

 

MINICUCCI, Agostinho. Psicologia aplicada à administração. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 1995.

     COSTA, Silvia Generali da (org.) Psicologia Aplicada à Administração, 2011 – Ed. Elsiever.

     CHIAVENATO, Idalberto Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1985.

SPECTOR, Paul E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva 2004.

LACOMBE, Francisco J. M. Recursos Humanos: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva 2005.

TERRA NOVA, Renê. Formando um líder de Êxito, 2005 – Ed. Semente de vida.

Chiavenato, Idalberto, Introdução à teroria geral da administração - 7. ed. rev. e atual. - Rio deJaneiro: Elsevier, 2003

 

FACULDADE DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E EDUCAÇAO - fACITE

 

           

HELENILSON FLORENCIO DOS SANTOS

RAIANE DE ARAUJO COSTA

SIOMARA DE ARAUJO COSTA

 

 

QUEIJO, RATOS, DUENDES E O LABIRINTO: Encarando o desafio da mudança.

 

 

 

Santa Maria da Vitória – Ba 

 2014

FACULDADE DE CIÊNCIAS, TECNOLOGIA E EDUCAÇAO - fACITE

 

 

 

 

 

 

QUEIJO, RATOS, DUENDES E O LABIRINTO: Encarando o desafio da mudança.

 

Artigo apresentado na disciplina de Psicologia Aplicada à Administração, do Curso de Administração, da Faculdade de Ciências, Tecnologia e Educação – Facite,  para avaliação da segunda nota do semestre.

                               Professora Manuela Marta.

 

 

 

 

 

 

Santa Maria da Vitória – Ba 

 2014

 

SUMÁRIO

 

 

  1.     Introdução;
  2.     Concepção de humanismo;

2.1           Analise dos personagens;

2.2           O desafio da mudança;

2.3           Motivação  

2.4           Liderança motivadora

2.5           Considerações finais

3.      Bibliografia Consultada

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Resumo

 

O presente artigo apresenta uma análise das mudanças que podem ocorrer tanto no campo profissional como pessoal. Podendo ser desejadas e também imprevistas. Independentes da maneira que for às novas situações levam o individuo a buscar diferentes formas de adaptação dá a oportunidade de ampliar suas experiências e amadurecimento. Com base no livro do escritor Spencer Johnsons “Quem mexeu no meu queijo?” e embasados nas teorias humanistas retrata a vida, suas mudanças e os objetivos que os individuos almejam alcançar e os metodos que estes utilizam.

 

 

Palavras-chave: Mudanças. Motivação. Liderança

 

 

Abstract

           This paper presents an analysis of the changes that can occur both in the professional and personal. May be desired and also unforeseen. Independent is the way to new situations lead the individual to seek different forms of adaptation gives the opportunity to broaden their experience and maturity.  Based on the book of the writer Spencer Johnson's "Who Moved My Cheese?" Grounded in humanistic theories and portrays life, its changes and the goals that individuals aim to achieve and the methods they use.

Keywords: Change. Motivation. Leadership.

Introdução

 

            Este trabalho está relacionado à Psicologia humanista que estuda o comportamento do individuo nos processos de desenvolvimento e os desafios por este enfrentado, objetivando mostrar a relação do individuo frente às mudanças, bem como as teorias motivacionais e  conceitos de liderança, o líder e seu papel, cenário e paradoxos a ele relacionados.

2 Concepção de humanismo

 

Segundo Silvia Generali (2011) a psicologia humanista aplica-se à gestão de pessoas nos processos de desenvolvimento humano e na crença da capacidade humana de crescimento, de evolução e na possibilidade de auto-realização.

O homem é considerado um animal dotado de necessidades que se alternam ou se sucedem conjunta ou isoladamente. Satisfeita uma necessidade, surge outra em seu lugar e, assim por diante, contínua e infinitamente. As necessidades motivam o comportamento das pessoas dando-lhe direção e conteúdo.

Ao longo de sua vida, o homem evolui por três níveis ou estágios de motivação: na medida em que cresce e amadurece, vai ultrapassando os estágios mais baixos e desenvolvendo necessidades de níveis mais elevados. As diferenças individuais influem na duração, na intensidade e na possível fixação em cada um desses estágios. Os três níveis ou estágios de motivação correspondem às necessidades fisiológicas, psicológicas e de auto-realização.

Segundo a teoria de Maslow “Hierarquia das Necessidades”, onde ele as agrupou em cinco categorias, sendo elas: Necessidades fisiológicas Necessidade de segurança, Necessidades de pertencer e ser amado, Necessidade de estima e Necessidades de auto-realização e enfatizando que o surgimento de uma necessidade não está obrigatoriamente condicionado à integral satisfação da necessidade anterior.

Podendo compreender então que cada individuo carrega em si um misto dos personagens de Sniff e Scurry, os ratinhos, levando em consideração a parte prática da vida, nos atos mecânicos, como ir e vir, alimentar-se, trajar-se, adapta-se com mais facilidade a mudanças e Hen e Haw, os duendes, quanto a melhoria nos relacionamentos, o aprimoramento pessoal e grupal, a busca de novas oportunidades; são tarefas bem difíceis de serem conquistadas o que é proposto por Maslow em sua teoria.

2.1 Análise dos personagens

Ao ser feito uma analogia com base no livro do escritor Spencer Johnsons “Quem mexeu no meu queijo?” é percebivel que para os personagens de Johnsons a auto-realização destes acontecia quando encontrassem o queijo, que por sua vez tinha significado diferente e especifico para cada um.

O queijo é uma metáfora para qualquer coisa que o individuo deseja ou necessita em sua vida. É seu objetivo.  Pode ser um curso, um novo trabalho, uma casa, um bom relacionamento, e tantas outras coisas. Cada individuo quer encontrar o “seu queijo” e age de acordo com as suas capacidades, competências, circunstâncias, o momento e o lugar.

Carl Rogers (2009) apresenta alguns pressupostos, construídos a partir de suas vivências na clínica e de profundas reflexões pessoais, e que refletem as bases de sua psicologia humanista e afirma que a experiência e a análise dos fatos são essenciais para a aprendizagem e para as descobertas o que representa o cerne da psicologia humanista que é a crença nas qualidades humanas.

 Ele expressa sua crença no fluxo constante de transformações e possibilidades que a vida enseja, quando vemos os personagens se depararem com a necessidade de voltar ao labirinto , que  por sua vez representa a vida, qualquer que seja o lugar onde as pessoas passam o tempo buscando aquilo que desejam e necessitam.

O labirinto é onde essa busca acontece. Seja na empresa onde se trabalha na família ou então na comunidade em que está inserido, onde vive. Cheio de corredores e divisões pode ser que em alguns lugares, haja queijos (objetivos) deliciosos. Porém em outros, corredores escuros e até becos sem saída.

2.2 O desafio da mudança

 

Existem as mudanças desejadas e também as imprevistas. Independentes do jeito que for às novas situações levam os individuos a buscar diferentes formas de adaptação e lhes dá a oportunidade de ampliar nossas experiências e amadurecer.  A aceitação da mudança, a persistência em não aceita-la ou fazer dela uma oportunidade de crescimento, depende do julgamento e dos sentimentos do individuo. Ás vezes a vontade de mudar existe, é legítima, mas o indivíduo se vê paralisado frente às transformações que deseja realizar.

Toda mudança leva a algum tipo de perda. É preciso colocar isso em perspectiva. Perder o queijo do Posto C, por exemplo. É preciso perder o conforto do ambiente conhecido, as perdas são naturais e positivas em certa medida, fazem parte do movimento da vida e são necessárias para que novas situações possam de fato acontecer.

A psicologia existencial tem por base as crenças de que o comportamento só pode ser entendido a partir da experiência subjetiva de um sujeito e de que o homem não é vítima do determinismo, sendo responsável por suas escolhas como sugere Carl Rogers (2009).  Frente aquela situação de perda os personagem ao se deparar com o desaparecimento do queijo a que estavam acostumados, diante de uma mudança, cada um dos personagens reagiu de forma distinta, de acordo com suas personalidades.

Alguns individuos são como os ratinhos têm facilidade em enfrentar as mudanças, adaptando-se facilmente a elas, existe um elemento essencial para fazer a passagem da situação antiga para a nova: Coragem! Essa capacidade de enfrentamento dos desafios é essencial para abrir o caminho e chegar onde é preciso, outros são individuos como o Hem precisam ser motivados.

2.3 Motivação

Minicucci (1995), fala que há duas forças que contribui para a motivação: a positiva que leva a pessoa a corre atrás do estímulo e a negativa que afasta deste estímulo. Na história de Spencer vemos estas duas forças nos duendes, diante da situação.  Hew teve medo então achava mais seguro ficar buscando a origem do problema, saber quem havia mexido no queijo, quem tinha provocado à mudança. Haw por sua vez teve medo, porém a pespectiva de encontrar um queijo novo, o impulsionou a agir, e isso o motivava, a esperança de encontrar um queijo novo, a mudança era necessaria, então partiu para o labirinto.

De acordo com a literatura existente, a motivação exerce influência sobre atitudes, desejos e consequentemente no desempenho dos indivíduos para o trabalho. Chiavenato (1999) diz que a motivação possui diversos significados, mas constitui principalmente, o conhecimento da natureza humana e a explicação do comportamento humano. Portanto, para compreender o comportamento humano é necessário conhecer sua motivação. Para ele, motivo é o que impulsiona o indivíduo a agir de determinadas formas e a assumir determinados comportamentos.

De acordo com Chiavenato (1992) a motivação está dentro das pessoas, mas, também pode e deve ser influenciada por fontes externas e pelo próprio trabalho dentro da organização. Ou seja, a motivação é intrínseca, no entanto, formas de trabalho extrínseco.

Para Bergamini (1997) “motivação deriva originalmente da palavra latina movere que significa mover. Origem desta palavra encerra a noção de dinâmica ou de ação que é a principal tônica de função particular da vida psíquica.” A motivação exerce influência sobre atitudes, desejos e consequentemente no desempenho dos indivíduos para o trabalho.

Segundo Spector (2004) motivação é o que leva um indivíduo a assumir determinados comportamentos, podendo-se escolher a direção do comportamento, ou seja, qual tipo de comportamento irá seguir, e também com que intensidade irá desenvolver determinada tarefa e se será ou não persistente nesta realização. No entanto, também pode ser o desejo de adquirir ou alcançar algum objetivo. “A motivação é geralmente descrita como um estado interior que induz uma pessoa a assumir determinados tipos de comportamento” (op cit., p. 198).

“O ponto de partida para motivar o pessoal é conhecê-lo e identificar suas necessidades, prioridades e desejos. O que motiva uns não é válido para outros. Os empregados mais intratáveis absorvem uma proporção enorme do tempo e da energia dos gerentes. (...) Todas as pessoas têm algum tipo de motivação, mas muitas vezes ela está canalizada para outras áreas fora do trabalho.”

 (LACOMBE 2005, p. 142-143)

 

Motivação se refere ao comportamento que é causado por necessidades dentro do indivíduo e que é dirigido em direção aos objetivos que podem satisfazer essas necessidades. Imaginar-se concluindo seu objetivo é um fator que o impulsiona a continuar trabalhando para encontra-lo realmente. Muitas vezes a motivação partirá do próprio individuo. Segundo Macedo (2007) o maior desafio de gerar uma motivação é perceber a medida exata para estimulá-lo. E quando isso não ocorre gera a frustração, levando o colaborador a agir com mecanismo de defesa.

Kurt Lewin em suas pesquisas sobre o comportamento social já se referia ao importante papel da motivação. Para Lewin, (Appud Chiavenato, 2003) toda necessidade cria um estado de tensão no indivíduo e uma predisposição à ação. Quando um objeto exeqüível é encontrado, ele adquire uma valência positiva e um vetor é despertado para dirigir locomoção para o objeto. Quando a tensão é excessiva (muita fome, por exemplo), ela pode tumultuar a percepção do ambiente e desorienta o comportamento do indivíduo. Se surge uma barreira, ocorre a frustração pelo não alcance do objetivo, provocando aumento da tensão e levando a um comportamento ainda mais desorientado.

 2.4 Liderança motivadora

Em determinado momento será necessário que este estímulo venha de outro individuo, quer seja no âmbito pessoal ou no meio empresarial, na maior parte da situação a motivação deverá partir do líder, pois este é orientador, motivador, influência e provoca estímulos em seus liderados.

A liderança é necessária em todos os tipos de organização humana, seja nas empresas, seja em cada um de seus departamentos. O administrador precisa conhecer a natureza humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar.

 Para Weich líder eficaz reconhece e aceita a incoerência, mas se mantem em movimento em seu cenário de liderança ele deverá conviver com paradoxos, quer seja para acompanhar os avanços tecnológicos, sem deixar de ser humanista, quer seja na diversificação do aprofundamento dos conhecimentos em sua área relacionada, o líder possui poder e habilidades para atuar influenciando outros indivíduos este possui também autoridade para mandar e comandar ações por parte de seus liderados.

 Antes a influência dos líderes advinha de suas características físicas, intelectuais, sociais e profissionais peculiares, porém o líder precisa possuir também uma boa pespectiva e saber observar todos os detalhes. É necessario prestar atenção no que esta acontecendo em sua volta, se os dois duendes Hem e Haw estivessem observado às mudanças que estava acontecendo teriam percebido que o queijo estava acabando, como Sniff e Scurry que em todo e tempo supervisionava e observava , quando perceberam que o queijo havia acabado , não ficaram se lamentando, pois já sabiam que poderia acontecer e imediatamente partiram em busca de um queijo novo.

Uma Liderança deve ser clara, forte e madura, com direção segura e prioridades bem definidas, tem que correr riscos, não ficar acomodado.  Ao sair do ponto C o duende saiu da sua zona de conforto, dando o primeiro passo para a conquista, o lider deve inspirar e motivar pelo seu próprio exemplo. A necessidade também de terem um alvo comum a fim de não serem vencidos pelas barreiras que surgem eu seu caminho, mas com deteminação conserguiram alcançar o ponto N, conquistado assim um novo queijo.

Chiavenato (2003) diz que o líder surge como um meio para a consecução dos objetivos desejados por um grupo.  Assim, o líder é um estrategista que sabe indicar os rumos para as pessoas. Os líderes devem estimular a mudança. Para isso, precisam respeitar as pessoas e aprender que a mudança envolve todas as suas atividades.

2.5 Considerações Finais

           

Mudar deve atender o anseio de levar o sujeito para uma realidade mais condizente com aquilo que traz sentido para a sua vida e consequentemente mais satisfação e alegria, então quando  houve a necessidade os ratinhos não perderam tempo com questionamentos, tudo que fizeram foi partir imediantamente a procura de quejo novo, ou seja, de novos obejetivos, entretanto isso não quer dizer que não haverá dificuldades.

O lider execerá um papel fundamental para que as mudanças enfrentadas por seus liderados sejam superadas, deverá concientizá-los que problemas existirão sempre, o que muda é a condição emocional do individuo. Quando se faz uma escolha em direção a uma nova situação e a mudança é concretizada, a sensação de realização traz contentamento e o individuo tende a se tornar mais tolerante perante as adversidades e mais capaz de superar os próprios desafios, além de se tornar apto a motivar e incentivar outros.

Bibliografia Consultada

 

MINICUCCI, Agostinho. Psicologia aplicada à administração. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 1995.

     COSTA, Silvia Generali da (org.) Psicologia Aplicada à Administração, 2011 – Ed. Elsiever.

     CHIAVENATO, Idalberto Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1985.

SPECTOR, Paul E. Psicologia nas organizações. São Paulo: Saraiva 2004.

LACOMBE, Francisco J. M. Recursos Humanos: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva 2005.

TERRA NOVA, Renê. Formando um líder de Êxito, 2005 – Ed. Semente de vida.

Chiavenato, Idalberto, Introdução à teroria geral da administração - 7. ed. rev. e atual. - Rio deJaneiro: Elsevier, 2003