A Geografia é por excelência uma disciplina que permite a ligação entre a teoria e a prática. O seu objecto de estudo é a superfície terrestre, onde ocorrem vários fenómenos físico-naturais e humanos.

Segundo, VYGOTSKY (2000) “Dentre muitas discussões teóricas sobre o processo de ensino e aprendizagem, destaca se a atenção que tem sido dada ao ambiente cultural escolar de aprender a observar e de aprender a partir do local que possibilita a incorporação dos recursos culturais que os alunos trazem para a escola”. Tal consideração parte do pressuposto de que o conhecimento escolar emerge do contacto entre conhecimento espontâneo e científico.

A compreensão das práticas sociais do sujeito aprendente e suas interacções com a cidade, o lugar como espaço do viver, habitar, do uso, do consumo e do lazer, enquanto situações vividas são importantes referências para analisar como vivenciam, experimentam e assimilam as dimensões da realidade geográfica do lugar e do mundo e a compreendem de algum modo. Pois é no lugar, em sua simultaneidade e multiplicidade de espaços sociais e culturais, que estabelecem práticas sociais e elaboram suas representações, tecem sua identidade como sujeitos sócio-culturais nas diferentes condições de ser social,

Para CAVALCANTE (1998:135), “o ensino de geografia tem a função de lidar com a espacialidade e com o conhecimento geográfico de cada um para provocar neles (sic) alterações no sentido de uma ampliação”. Para o desenvolvimento da prática de ensino no processo de produção e reprodução do conhecimento geográfico faz-se necessário à utilização de procedimentos que auxiliem esta prática.