PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Curso Ciências Contábeis – Ênfase em Controladoria

 

 

Iara Cristina Rodrigues Alves

Marco Túlio de Souza Nascimento

Mônica Costa dos Santos

Rafaela Andreata Silva Martins

Thamara Carolina Meireles Soares

 

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE UMA NOVA UNIDADE DE NEGÓCIOS TENDO EM VISTA A CONSTITUIÇÃO DE UMA CARTEIRA DE AÇÕES.

 

 

Belo Horizonte

2° semestre 2014

Iara Cristina Rodrigues Alves

Marco Túlio de Souza Nascimento

Mônica Costa dos Santos

Rafaela Andreata Silva Martins

Thamara Carolina Meireles Soares

 

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE UMA NOVA UNIDADE DE NEGÓCIOS TENDO EM VISTA A CONSTITUIÇÃO DE UMA CARTEIRA DE AÇÕES

Trabalho de pesquisa apresentado às disciplinas de Contabilidade e Orçamento Empresarial, Contabilidade das Instituições Financeiras e Mercado de Capitais e Sistemas Contábeis, como forma de materialização e concretização do Trabalho Interdisciplinar do 5º período do curso de Ciências Contábeis com Ênfase em Controladoria da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Unidade São Gabriel.

Professores: Paulo Emílio Lopes Gaetani, Ronaldo Procácio da Silva e Joselton Carvalho Pires Ferreira.

 

Belo Horizonte

2° semestre 2014

LISTA DE FIGURAS

 

Figura 01 - O processo de gerenciamento estratégico. 08

Figura 02 - Níveis de decisão e tipos de planejamento. 11

Figura 03 - Quadro de SWOT. 13

Figura 04 - Tabela Composição das Instituições Financeiras. - Site do BCB.. 19

Figura 05 - Quadro Iniciativas para o desenvolvimento do mercado. 24

Figura 06 - Fluxo das Aplicações e resgates dos fundos. 26

Figura 07 - Estrutura do Mercado de Capitais. 27

Figura 08 - Quadro Funções da bolsa de vários pontos de vista. 31

Figura 09 - Tabela Maiores bolsas por valor negociado em 2008. 32

Figura 10 - Carteiras de Ações da IMTR Fashion.. 34

Figura 11- Visão do Sistema Aberto. 39

Figura 12 - Quadro ERP – Etapas de Implantação. 41

Figura 13 - ERP Integração módulos ERP.. 42

Figura 14 - Ciclo de Vida de Sistemas ERP.. 43

Figura 15 - Análise do Ambiente Externo e Interno. 47

Figura 16 - Logomarca IMTR Fashion.. 48

Figura 17 - Organograma da IMTR.. 49

Figura 18 - Balanço Patrimonial 56

Figura 19 - Demonstração do Resultado da IMTR.. 58

Figura 20 - Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC da IMTR.. 59

Figura 22 – Resultado da Análise da Carteira de Ações............................ ...................62

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LISTA DE SIGLAS

 

APE - Associações de Poupança e Empréstimo

AID – Agência Internacional de Desenvolvimento

BACEN – Banco Central do Brasil

BCAM - Bancos de Câmbio

BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento

BIRD – Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento

BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

BNH – Banco Nacional de Habitação

CBLC - Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia

CD – Centro de distribuição

CEF - Caixa Econômica Federal

CETIP – Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos

CH - Companhias Hipotecárias

CIF – Companhia Internacional de Financiamento

CMN – Conselho Monetário Nacional

CNSP – Sistema Nacional de Seguros Privados

CVM – Comissão de Valores Mobiliários

CTVM - Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários

DPMFI - Dívida Pública Mobiliária Federal interna

FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador

FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

FMI – Fundo Monetário Internacional

FOFA – Forças, oportunidade, fraquezas e ameaças

IRB – Instituto de Resseguros do Brasil

LTDA - Limitada

PIS - Programa de Integração Social

S.A – Sociedades Anônimas

SBPE – Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo

SELIC - Sistema Especial de Liquidação e Custódia

SHF – Sistema Financeiro de Habitação

SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiros

SPC – Secretaria de Previdência Complementar

SUMOC – Superintendência da Moeda e do Crédito

SUSEP – Superintendência de Seguros Privados

SWOT - (strengths, weakness, opportunities e threats)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SUMÁRIO

1 INTRODUÇAO-- 7

2 DESENVOLVIMENTO-- 8

2.1 Planejamento- 8

2.1.1  Planejamento Estratégico- 8

2.1.3 Tipos de Planejamento- 10

2.1.3.1 Planejamento Estratégico- 11

2.1.3.2 Planejamento Tático- 11

2.1.3.3 Planejamento Operacional 12

2.2 Análise Ambiental SWOT (FOFA) 12

3 REFERENCIAL TEÓRICO- 15

3.1 Sistema Financeiro- 15

4 Sistemas Contábeis- 38

4.1.1 Sistema ERP e seu Conceito- 39

4.1.2 - Implantação ERP- 40

4.1.3 Benefícios do ERP- 41

4.1.4 Módulos ERP- 42

4.1.4.1 Implementação- 43

5 A empresa- 45

5.1 Caracterização da empresa- 45

5.1.1.3 Missão e Valores do negócio- 48

5.1.1.4 Estrutura da Organização- 49

5.2 Demonstrações financeiras- 49

5.2.1 Balanço Patrimonial 49

5.2.2 Demonstração do Resultado- 50

5.2.3 Demonstração do Fluxo de Caixa - DFC- 50

6 CONCLUSÃO-- 51

REFERÊNCIAS- 52

APÊNDICES- 54

APÊNDICE a- 55

ANEXOS- 56


1 INTRODUÇAO

O presente trabalho faz parte do Curso de Ciências Contábeis da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais unidade São Gabriel, 5º período e se desenvolve sobre a metodologia da interdisciplinaridade das disciplinas Contabilidade das Instituições Financeiras e Mercado de Capitais, Sistemas Contábeis e Contabilidade e Orçamento Empresarial. Tem como principal objetivo integrar horizontalmente as referidas disciplinas do período, permitindo uma visão sistêmica e interdisciplinar da atividade contábil.

Tendo como tema “Planejar Estrategicamente uma nova unidade de negócios tendo em vista a constituição de uma carteira de ações.” Trata-se do planejamento de ampliação do empreendimento IMRT Fashion S.A..

Essa prática do estudo (trabalho interdisciplinar) tende ao conhecimento tem o papel de fortalecer a aprendizagem do aluno, bem como torná-lo autônomo no seu processo de aprendizagem.

O trabalho se desenvolve em tópicos aprofundando nos conceitos sobre Planejamento Estratégico. Trafegamos nas especificidades dos conceitos e funções do Sistema Financeiro, Mercado de Capitais e Bolsa de Valores. Mostramos a importância de se implantar um Sistema ERP, para se ter uma visão da situação contextual econômico-financeiro da empresa e a apresentação da Empresa IMTR Fashion S.A em toda a sua estrutura legal, técnica, bem como a sua filosofia de ação.

Será ainda abordado, sobre a elaboração de uma carteira de ações, com o investimento inicial de R$ 150.000,00 e suas evoluções durante alguns meses.


2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Planejamento

2.1.1  Planejamento Estratégico

Com intuito de praticarem-se as tarefas gerenciais, podemos dizer que estratégia para uma empresa, segundo Thompson:

Consiste do conjunto de mudanças competitivas e abordagens comerciais que os gerentes executam para atingir o melhor desempenho da empresa. A estratégia verdadeira, é o planejamento do jogo de gerência para reforçar a posição da organização no mercado, promover a satisfação dos clientes e atingir os objetivos de desempenho. (THOMPSON, 2003, p. 1).

            Como citado acima, podemos entender que conquistar o melhor desempenho das empresas junto ao mercado não poderia ser por vias fáceis, encontrar o melhor caminho, métodos e ações sem estratégias torna um empreendimento sem rumo para seguir, isso anula programas para produzir os resultados almejados.

            Com isso, podemos definir que planejamento estratégico é “avaliar linhas de ações referentes às interações de uma organização com seu ambiente para atingir seus objetivos de longo prazo, relativos a seus produtos, mercado, clientes, concorrentes, sociedade. (VALERIANO, 2001, p. 11)”

            Como bem ilustrou o autor na figura a seguir:

 
   

 

FIGURA 01 - O processo de gerenciamento estratégico

FONTE: (adaptado de Valeriano, 2001).

 

            Assim, pode-se concluir que a planejamento estratégico está relacionado à ligação da empresa ao seu ambiente interno e externo. Significa orçar, criar um plano com a intenção de alcançar um determinado objetivo através de metas, normas, orçamentos, pesquisas e tudo que diga respeito a melhoras e inovação.

O planejamento pode ter muitas características que o definem como a simplicidade ou a complexidade, tudo depende do caso ou da empresa em questão.

O ato de planejar não deve ser confundido com o ato de provisionar, criar projetos, predizer ou mesmo resolver problemas de maneira isolada.

De acordo com Djalma:

[...] O Planejamento Estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando ao otimizado grau de interação com os fatores externos – não controláveis- e atuando de forma inovadora e diferenciada.

O planejamento estratégico é, normalmente, de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa e diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação – estratégias – a serem seguidos para sua consolidação, levando em conta as condições externas e internas à empresa e sua evolução esperada. [...]. (OLIVEIRA, 2013, p. 17-18).

Nesse sentido a principal meta do planejamento e de suas estratégias, é providenciar e executar um conjunto de decisões a serem tomadas pelos executivos e administradores das empresas no intuito de organizar, gerenciar e liderar os negócios no presente e para que aja influencia no futuro.

2.1.2 Princípios de planejamento

Dentro de uma organização estabelecem-se alguns princípios para que os seus resultados sejam alcançados. Podem ser definidos como princípios gerais e específicos.

  1.           I.        Princípios Gerais

É um conjunto de objetivos aos quais os executivos devem seguir, de acordo com Djalma e podem ser definidos da seguinte forma:

  • O princípio da contribuição aos objetivos e, nesse aspecto, o planejamento deve, sempre, visar aos objetivos máximos da empresa.
  • O princípio da precedência do planejamento, corresponde a uma função administrativa que vem antes das outras (organização, gestão de pessoas, direção e controle).
  • O princípio das maiores influência e abrangência, pois o planejamento pode provocar uma série de modificações nas características e atividade da empresa.
  • O princípio das maiores eficiência, eficácia e efetividade.
  • O planejamento deve procurar maximizar os resultados e minimizar as deficiências apresentadas pelas empresas. (OLIVEIRA, 2013, p.6 - 7).

II - Princípios Específicos

Baseado na ação e visão interativa do planejamento Ackoff (1974, p.28) apresenta quatro princípios de planejamento que podem ser considerados como específicos:

  • Planejamento participativo: o principal benefício do planejamento não é seu resultado final, ou seja, o plano, mas o processo desenvolvido. Nesse sentido, o papel do responsável pelo planejamento não é, simplesmente elaborá-lo, mas facilitar o processo de sua elaboração pela própria empresa, e esse planejamento deve ser realizado pelas diversas áreas pertinentes ao processo.
  • Planejamento coordenado: todos os aspectos envolvidos devem ser projetados de forma que atuem interdependente, pois nenhuma outra parte ou aspecto de uma empresa pode ser planejado eficientemente, se o for de maneira independente de qualquer outra parte ou aspecto da empresa.
  • Planejamento integrado: os vários escalões de uma empresa - principalmente as de porte médio ou grande - devem ter seus planejamentos integrados. Nas empresas voltadas para o mercado, nas quais os objetos empresariais dominam os de seus membros, geralmente os objetivos são estabelecidos de “cima para baixo” e os meios para alcançá-los “de baixo para cima”, sendo este último fluxo usualmente invertido em uma empresa cuja função primária é a de servir a seus membros.
  • Planejamento permanente: essa condição é exigida pela própria turbulência do ambiente empresarial, pois nenhum plano mantém seu valor e utilidade com o tempo. (ACKOFF apud OLIVEIRA,2013, p.10).

Esses são os princípios gerais e específicos do planejamento que fazem diferença nos processos executados pela empresa, pois estes dão bases aos executivos para que decisões sejam tomadas de maneira mais sólidas e certeiras.

2.1.3 Tipos de Planejamento

O planejamento é um processo contínuo que envolve um conjunto complexo de decisões inter-relacionadas que podem ser separadas de formas e maneiras diferentes.

Os planejamentos estratégicos são divididos em três níveis hierárquicos:

  • Planejamento estratégico
  • Planejamento tático
  • Planejamento operacional

Podemos correlacioná-los em um tipo de pirâmide organizacional, como mostrado a seguir.

Figura 02 - Níveis de decisão e tipos de planejamento

Fonte: (Oliveira, 2013)

 

 

 

 

2.1.3.1 Planejamento Estratégico

Segundo as definições de Oliveira (2013) o planejamento estratégico é um processo administrativo que ocasiona a sustentação metodológica afim de direcionar a empresa, com o objetivo de interagir os fatores externos – não controláveis – para levar a uma atuação inovadora e diferenciada.

Oliveira ainda disse que:

O planejamento é, normalmente, de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa e diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação – estratégias- a serem seguidos para sua consolidação, levando em conta as condições externas e internas à empresa e sua evolução esperada. (OLIVEIRA, 2013, p. 17-18).

2.1.3.2 Planejamento Tático

O planejamento tático por sua vez tem a função de otimizar o resultado da empresa, fazendo isso por partes e não como um todo. Sendo assim “[...] trabalha com decomposições dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidos no planejamento estratégico.” (OLIVEIRA, 2013, p. 19).

Oliveira expôs que:

O planejamento tático é desenvolvido pelos níveis organizacionais intermediários, tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis para a consolidação de objetivos previamente fixados, segundo uma estratégia predeterminada, bem como as políticas orientativas para o processo decisório da empresa. (OLIVEIRA, 2013, p. 19).

2.1.3.3 Planejamento Operacional

É a forma principal através da qual documentos escritos e metodologias se desenvolvem e são alcançados e usados pelas áreas funcionais da empresa.

Oliveira disse que o planejamento operacional tem partes do planejamento tático, as partes homogêneas, ainda disse também:

Cada um dos planejamentos operacionais deve conter, com detalhes, os: recursos necessários para seu desenvolvimento e implantação; procedimentos básicos a serem adotados; prazos estabelecidos; e responsáveis por sua execução e implantação. (OLIVEIRA, 2013, p. 20).

O planejamento operacional tem o foco nas atividades que são realizadas no dia-a-dia da empresa.

2.2 Análise Ambiental SWOT (FOFA)

            Como bem podemos entender no tópico acima, devemos direcionar o planejamento e tomada de decisão através de projeções ligadas a missão e objetivos da organização para o futuro, nesse sentido podemos dizer que o desafio de implementação de uma estratégia é moldar todas as decisões e ações da empresa em um padrão coeso (THOMPSON, 2003)”.

            Peter, Marcondes e Cesar em 2005, defendem que a análise dos ambientes internos e externos é uma “ferramenta útil para o entendimento da situação global da organização. Essa abordagem tenta equilibrar oportunidades e riscos que o ambiente externo apresenta com os pontos fortes e fracos de uma organização. (Peter et al, 2005, p. 70).

            Valeriano (2001) completa que são utilizados diversos processos e técnicas de análise e avaliação qualitativas e quantitativas. Um dos métodos simples e eficazes é o emprego da matriz que conjuga fatores externos e os internos de visualização e operacionalização fáceis (VALERIANO, 2001, p. 74).

Essa ferramenta é denominada modelo SWOT que segundo Machado (2005) e Wright, kroll e Parnell (2000), tem o seguinte significado: strenghts (forças); weaknesses (fraquezas); opportunities (oportunidades) e threats (ameaças). Ou como o professor nos esclarece no anúncio do exercício desse trabalho FOFA em português.

Valeriano (2001) apresenta um exemplo simples e ilustrativo de um processo de estabelecimento de estratégias que utiliza essa matriz, na figura a seguir:

                                                             

FIGURA 03 - Quadro de SWOT

FONTE: (adaptado de Valeriano, 2001).

 

FORÇAS

1 – Capacidade instalada ociosa para produção de A

2 – disponibilidade de capital/ crédito

3-

FRAQUEZAS

1-

2-

3-

. . . .

OPORTUNIDADES

1-     Mercado crescente (x% a/a) para produto A

2-      

3-     ;

. . . ..

Objetivo 1 – Expandir produção de A (quantificar/ cronometrar) Estratégias/forças/ oportunidades

a-     usar instalações atuais

b-    ampliar instalações atuais

c-     construir outra instalação

d-    adquirir empresas que produza A

e-     solução mista: a/b, a/c, a/d etc.

Objetivo 2 -?

Objetivo P -?

(quantificar/cronometrar)

Estratégias/fraquezas/ oportunidades

a-

b-

c-

. . . .

AMEAÇAS

1-      

2-      

. . . .

Objetivo N -?

(quantificar/ cronometrar)

Estratégias/forças/oportunidades

a-

. . . .

Objetivo Z -?

(quantificar/cronometrar)

Estratégias/fraquezas/ ameaças

a-

. . . .

Para Chiavenato (2009, p. 182) “a matriz SWOT proporciona uma análise estratégica que permite perceber como a organização pode lidar com tendências, oportunidades, coações e ameaças provenientes do ambiente externo. Seguem as quatro zonas presentes na matriz SWOT:

  • Forças as competências básicas (vantagens) da organização na sua área de atuação;
  • Fraqueza. Desvantagens das organização em relação a concorrência; ausência de competências; confiabilidade dos dados, planos e previsões.
  • Oportunidade: são aspetos externos e positivos da organização, como surgimento de novos mercados, mudança de hábitos da organização; diversificação, ou seja vantagem da empresa em relação aos concorrentes;
  • Ameaças: são aspectos externos e negativos da organização que podem colocar em risco a situação da mesma, como a entrada de novos concorrentes, mudança de hábitos dos consumidores, surgimento de novas tecnologias.

Além da possibilidade de fazer melhores projeções para alcance dos futuros objetivos esse modelo é capaz de ajustar as condições adversas inesperadas, executando defesas estratégicas e abordagens comerciais que podem a vir surgir, assim como ilustra a figura 1.

Peter, Marcondes e Cesar (2005), “sugere que as questões-chaves enfrentadas pela organização podem ser tratadas por meio de uma cuidadosa análise de cada um dos quatro itens analisados (PETER et al, 2005, p. 70).”

Thompson (2003) acrescenta que:

Sempre ocorrem circunstancias novas que acarretam ajustes corretivos. O rumo de longo prazo pode precisar ser alterado, o negócio redefinido e a visão da gerência, quanto ao rumo futuro da organização, podem ser elevados ou rebaixados [...]. A estratégia pode precisar ser modificada devido às mudanças no rumo de longo prazo, devido ao estabelecimento de novos objetivos, ou devida a mudanças nas condições ambientais (THOMPSON, 2003, p. 28).

Diante disso, podemos dizer que a gerencia dessas estratégias organizacionais são continuas, sempre precisam ser adaptadas com as novas realidades do ambiente utilizando-se de constantemente avaliações.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Sistema Financeiro

O sistema financeiro tem, basicamente, a função de controlar todas as instituições que são ligadas às atividades econômicas dentro do país, conforme o Banco Central do Brasil.

O Banco Central do Brasil define o Sistema Financeiro Nacional como um conjunto de instituições, órgãos e afins que controlam, fiscalizam e fazem as medidas que dizem respeito à circulação da moeda e de crédito dentro do país. O Brasil, em sua Constituição Federal, cita qual o intuito do Sistema Financeiro Nacional: “O Sistema Financeiro Nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram”.

Dentro desse controle existem grupos nacionais que subdivide as funções do sistema, de acordo com o Banco Central do Brasil esses grupos se definem como:

3.1.1 Conselho Monetário Nacional

É um dos principais controladores dentro dos subgrupos do sistema financeiro, sobre a CMN o Banco Central define como:

O Conselho Monetário Nacional (CMN) é o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional e tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito, objetivando a estabilidade da moeda e o desenvolvimento econômico e social do País. Criado pela Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, o CMN foi efetivamente instituído em 31 de março de 1965, uma vez que o art. 65 da Lei nº 4.595 estabeleceu que a Lei entraria em vigor 90 dias após sua publicação.  Conselho Monetário Nacional tem dentro de si muitos integrantes que são importante, cada um na sua função. No entanto, o mais importante desses membros é o Banco Central do Brasil.

3.1.2 Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional

É definido por Niyama e outros (2012), como um sistema criado para julgar em ultima instancia os recursos interpostos das decisões relativas à aplicação das penalidades administrativas pelo Banco Central do Brasil e Comissão de valores Mobiliários.

O Banco central explica que o conselho é constituído por oito Conselheiros, possuidores de conhecimentos especializados em assuntos relativos aos mercados financeiros, de câmbio, de capitais, de consórcios e de crédito rural e industrial.

3.1.3 Banco Central do Brasil

Para Niyama e outros (2012): “O Banco do Central têm a função clássica de controlar a oferta de moeda e de crédito, desempenhando a função de executor das políticas monetárias e cambial de um país”. No website do Banco Central do Brasil temos a sua definição mais formal:

Criado pela Lei 4.595, de 31.12.1964, é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Fazenda, que tem por missão assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente. Entre as suas atividades principais destacam-se: a condução das políticas monetária, cambial, de crédito, e de relações financeiras com o exterior; a regulação e a supervisão do Sistema Financeiro Nacional (SFN); e a administração do sistema de pagamentos e do meio circulante.

3.1.4 Comissão de Valores Mobiliários

Esse grupo criado pela Lei n° 6.385, de 7 de dezembro  de 1976, e de acordo com Niyama e outros (2012), tem a função de regular, controlar e disciplinar a emissão e a distribuição de valores mobiliários, bem como as atividades das instituições e empresas participantes do mercado de capitais.

De acordo com o BACEN suas principais atribuições são:

  • Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; proteger os titulares de valores mobiliários;
  • evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação no mercado;
  • assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido;
  • assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários;
  • estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários;
  • promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas.

3.1.5 Conselho Nacional de Seguros Privados

Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão responsável por determinar as normas de seguros privados. O BACEN explica que as principais funções desse subgrupo são:

Dentre as funções do CNSP estão: regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem como a aplicação das penalidades previstas; fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro; estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro; prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações e disciplinar a corretagem de seguros e a profissão de corretor.

3.1.6 Superintendência de Seguros Privados

A superintendência de seguros é definida pela responsabilidade de controlar e fiscalizar o mercado de seguro, previdência privada aberta e capitalização.

No website do Banco Central temos a suas principais funções no sistema financeiro.

Dentre suas atribuições estão: fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados; promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição; zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas; cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas; prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.

3.1.7 Brasil Resseguros (IRB)

Resseguradores são sociedades anônimas, que têm por objeto a realização de operações de resseguro e retrocessão.

3.1.8 Conselho de Gestão da Previdência Complementar

O banco central descreve que “[...] trata-se de um órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Previdência Social e cuja competência é regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar (fundos de pensão)”.

3.1.9 Órgãos Normativos

Órgãos normativos  são aqueles que controlam os subsistemas operativos através de normas legais ditadas por autoridades monetárias. É constituído pelas instituições financeiras privadas ou públicas, que atuam no mercado financeiro. No mercado financeiro os órgãos normativos são:

  • Conselho Monetário Nacional –CM: Aquele que controla a moeda e o crédito do país, com a meta de manter a estabilidade da moeda e do desenvolvimento do País.
  • Conselho Nacional de Seguros Privado: Aquele que define as normas dos seguros privados no país.
  • Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC: Aquele que realiza operações de resseguro e retrocessão.

3.1.10 Instituições que compõem o SFN

Abaixo a tabela com os órgãos normativos do sistema financeiro nacional:

Figura 04 - Tabela Composição das Instituições Financeiras. - Site do BCB

Conselho

Entidades supervisoras

Operadores

 

Conselho Monetário Nacional -CMN

Banco Central do Brasil - Bacen

Instituições financeiras captadoras de depósitos à vista

Demais instituições financeiras

Bancos de Câmbio

Outros intermediários financeiros e administradores de recursos de terceiros

 

Comissão de Valores Mobiliários - CVM

Bolsas de mercadorias e futuros

Bolsas de valores

 

Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP

Superintendência de Seguros Privados - Susep

Resseguradores

Sociedades seguradoras

Sociedades de capitalização

Entidades abertas de previdência complementar

 
   

Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC

Superintendência Nacional de Previdência Complementar - PREVIC

Entidades fechadas de previdência complementar
(fundos de pensão)

   

Fonte: (Composição e evolução do SFN - Banco Central do Brasil – 2014)

3.1.11 Distribuidores de títulos e valores imobiliários.

De acordo com o portal do investidor (Site do Governo Federal - 2013), a distribuição de títulos e valores imobiliários são instituições financeiras também autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e pela CVM, atuando na intermediação de títulos e valores mobiliários. Segundo Niyama e outros (2012), a distribuição é definida:

  • “É constituída sob a forma de sociedades anônimas ou por cotas de responsabilidade limitada, As corretoras podem ser admitidas como membros da bolsa de valores quando da aquisição de títulos patrimonial daquela entidade, tendo como principais objetivos: operar no recinto ou em sistemas mantidos por bolsa de valores; subscrever emissões de títulos e valores mobiliários para revendas; intermédias oferta publica de títulos e valores mobiliários no mercado; comprar e vender títulos e valores mobiliários, por conta própria e de terceiros; encarregar-se da administração de carteiras e da custodia de títulos e valores mobiliários; instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento e operar em bolsa de mercadoria e de futuros”.

No portal com Investidor ainda é ressaltado que:

Em 02.03.2009, a Decisão-Conjunta BACEN/CVM Nº 17 estabeleceu que as Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários ficariam autorizadas a operar diretamente nos ambientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de valores. Da mesma forma que as Corretoras, as Distribuidoras de Valores cobram taxas e comissões por seus serviços.

3.1.12 Sistema de liquidação e custódia

O Sistema de liquidação e custódia (Selic) de acordo com o Banco Central é definida:

Um depositário central dos títulos que compõem a Dívida Pública Federal Interna (DPMFI) de emissão do Tesouro Nacional e, nessa condição, processa a emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia desses títulos. É também um sistema eletrônico que processa o registro e a liquidação financeira das operações realizadas com esses títulos pelo seu valor bruto e em tempo real, garantindo segurança, agilidade e transparência aos negócios.

Ainda na definição do Bacen, “[...] por seu intermédio é efetuada a liquidação das operações de mercado aberto e de redesconto com títulos públicos, decorrentes da condução da política monetária.”

A Selic também tem módulos complementares, os principais são Ofpub e o Ofdealer, onde acontecem os leilões, e o Lastro, para especificação dos títulos objeto das operações.

3.2 Mercado de Capitais

        De acordo com Pinheiro (2006), o mercado de capitais pode ser definido como um conjunto de instituições que negociam com título e valores mobiliários, objetivando a canalização dos recursos dos agentes compradores para os agentes vendedores. Ou seja, o mercado de capitais representa um sistema de distribuição de valores mobiliários que tem o propósito de viabilizar a capitalização das empresas e dar liquidez aos títulos emitidos por elas.

         O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários que visa proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu processo de capitalização. É constituído pelas bolsas, corretoras e outras instituições financeiras autorizadas, O mercado de capitais abrange ainda as negociações co direitos e recibos de subscrição de valores mobiliários, certificados de depósitos de ações e demais derivativos autorizados a negociação.

3.2.1 Crescimento e desenvolvimento do mercado de capitais no Brasil

          O surgimento do mercado de capitais ocorreu quando o mercado de crédito deixou de atender às necessidades das atividades produtivas no sentido de garantir um fluxo de recursos nas condições adequadas em termos de prazos, custos e exigibilidades. Desse modo seu surgimento foi fundamentado em dois princípios:

Contribuir pra o desenvolvimento econômico, atuando como propulsor de capitais pra os investimentos, estimulando a formação da poupança privada; e

Permitir e orientar a estruturação de uma sociedade pluralista, baseada na economia de mercado, permitindo a participação coletiva de forma ampla na riqueza e nos resultados da economia. (Pinheiro, 2006, p.136).

       Na concepção de Assaf Neto (2005), o objetivo de crescimento e desenvolvimento econômico pelos países elevou a importância do papel do sistema financeiro, por meio principalmente de seu aporte de liquidez ao mercado e oferta diversificada de recursos para financiamento. Para tanto, foram criados instrumentos financeiros mais sofisticados e uma rede mai qualificada de intermediários financeiros com grande penetração no mercado. A maior diversificação do sistema financeiro trouxe ainda, melhores alternativas de prazos nas operações, bem como um mais eficiente controle do risco para os emprestadores de capital.   

3.2.2 Estrutura do mercado de capitais

       O sistema de distribuição e prestação de serviço do mercado de capitais brasileiro é composto por sociedades corretoras de valores mobiliários, sociedades distribuidoras de valores mobiliários, bancos de investimento e bancos de desenvolvimento. Existem também as empresas de liquidação e custodia de valores. No Brasil não existem títulos ao portador e quase a totalidade dos títulos negociados é escritural o que demanda alto grau de sofisticação operacional das empresas de liquidação e custodia. Todos os negócios em bolsa ao realizados por meio das sociedades corretoras. As comissões praticadas são estabelecidas de forma competitiva e todos os negócios são executados em nome do cliente final.

        O mercado de capitais pode ser subdividido em dois grandes segmentos: um institualizado outro não institualizado.

        O segmento não institualizado é aquele que não está sujeito a regulamentação e ao controle das atividades. Nesse mercado, a negociação é de forma direta entre empresa e investidor sem a participação de instituições financeiras. Geralmente, as negociações desse mercado ocorrem no mercado de balcão.

        As negociações no seguimento institualizado brasileiro são controladas pelos órgãos de controle e acompanhamento de mercado

       O sistema de regulação do mercado de capitais brasileiro é formado por quatro principais organismos:

  • O conselho Monetário Nacional
  • A Comissão Técnica da Moeda e do Credito
  • O Banco Central do Brasil
  • Comissão de Valores Mobiliários

Cada um desempenha uma ou mais funções de normatização, regulamentação, fiscalização e assessória relativa as atividades do sistema distribuidor de títulos e valores mobiliários.

 Outras formas de controle e acompanhamento do mercado são os mecanismos de garantias que são administrados pelas câmaras de compensação, constituídos por:

  • Margens de garantias depositadas por clientes
  • Garantias do agente de compensação
  • Patrimônio da câmara de compensação

Até 1999, o mercado de capitais brasileiro era composto por nove bolsas de valores distribuídas pelas diversas regiões do país:

  1. Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA)
  2. Bolsa de valores do Rio de Janeiro (BVRJ)
  3. Bolsa de Valores do Extremo Sul (BVES)
  4. Bolsa de Valores Bahia – Sergipe – Alagoas (BVBSA)
  5. Bolsa de Valores de Minas Gerais – Espírito Santo – Brasília (BOVMESB)
  6. Bolsa de Valores do Paraná (BVPR)
  7. Bolsa de Valores de Pernambuco – Paraíba (BVPP)
  8. Bolsa de valores Regional (BVRg)
  9. Bolsa de Valores de Santos (BVSt).

     A unificação do mercado de capitais brasileiro representa a ruptura do modelo anterior que se sustentava na utilização de nove bolsas de valores dispersas pelas diversas regiões do Brasil e representa uma tentativa de minimizar o problema de baixa liquidez (o mercado brasileiro gira em torno de R$400 a R$500 milhões por dia). A idéia básica não é alcançar volumes comparáveis aos das principais economias do mundo (o giro diário nos Estados Unidos é de US$ 60 bilhões), mas adequá-lo ao imenso potencial.

      Além desses processos de unificação das bolsas de valores, o mercado de capitais brasileiro vem sofrendo transformações no setor público e privado. Dentre as iniciativas que vem ocorrendo para o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro, destacamos:

Figura 05 - Quadro Iniciativas para o desenvolvimento do mercado

de capitais brasileiros

Iniciativas do setor público

Iniciativas do setor privado (BOVESPA)

  • Reforma da Lei das Sociedades por Ações.
  • Aprimoramento dos padrões contábeis das empresas abertas e exigência de transparência para empresas fechadas a partir de certo tamanho.
  • Regulamentação da  Previdência Privada Complementar, para os setores público e privado, incentivando hábitos  de poupança a longo prazo.
  • Revisão da lei de Falências, visando favorecer a realocação eficiente do custo do credito.
  • Novo sistema operacional: Megabolsa 1997
  • Criação da CBLC – Clearing  Independente 1997
  • Introdução do sistema Home Broker      1999
  • Inicio das operações After Market          1999
  • Novo Mercado                                         2001
 

Fonte: (PINHEIRO,2006, adaptado pela autora)

3.2.3 Investidores Individuais e Institucionais

       Os investidores individuais são pessoas físicas ou jurídicas que participam diretamente no mercado, seja comprando ou vendendo ações, por si próprios, assumindo sozinhos os riscos.

         Os investidores institucionais soão as pessoas jurídicas que movimentam recursos vultosos no mercado financeiro em geral, e por determinações governamentais são obrigadas a investir parte de seus capitais no mercado de ações, constituindo uma carteira de investimento.

        Os investidores institucionais podem der agrupados em:

  • Sociedades Seguradoras

São instituições obrigadas por instrumento legal (circular da SUSEP), a destinar investimentos para a cobertura de sinistros.

  • Entidades de Previdência Privada

São fundos formados pelas agremiações corporativas de segmentos do funcionalismo que se organizam inicialmente em instituições de pecúlio e cooperativas de crédito.

  • Clubes de Investimento

Trata-se de uma aplicação financeira criada por um grupo de pessoas que      desejam investir seu dinheiro em ações das empresas, ou seja, tornam-se sócias delas.

  • Sociedades de capitalização

São sociedades obrigadas por lei, assim como as sociedades seguradoras e os fundos de pensão, a destinar um percentual da provisão matemática constituída para pagamento do montante a ser restituído.

  • Fundos externos de investimento

São carteiras de títulos, principalmente ações, formadas pelas sociedades de investimento no Brasil, com a finalidade de realizar investimentos no Brasil com recursos oriundos da poupança de investidores externos.

  • Fundos mútuos de investimento

São entidades financeiras que, pela emissão de títulos de investimento próprios, concentram capitais de inúmeros indivíduos para aplicação em carteiras diversificadas de títulos e valores mobiliários.

      No Brasil, como em todo o mundo, o mercado financeiro oferece inúmeras opções de aplicações em fundos, tendo estes várias opções de risco, montante de aplicação, prazo e volume de negócios.

       Cumprindo sua responsabilidade de instituição gestora de recursos, o administrador do fundo reúne todos os recursos na forma de patrimônio e realiza operações de compra e venda no mercado, conforme a figura 6:

Figura 06 -  Fluxo das Aplicações e resgates dos fundos

 

Fonte: (PINHEIRO,2006, adaptado pelos autores)

 

3.2.4 Ações

      Na visão de Pinheiro (2006), ações significam títulos de propriedade de uma parte do capital social da empresa que as emitiu.

       Na concepção de Assaf Neto (2005), ações constituem na menor fração do capital social de uma sociedade anônima. São valores caracteristicamente negociáveis e distribuídos aos subscritos (acionistas) de acordo com a participação monetária efetivada.

       Assaf Neto (2005) ainda menciona que as ações podem ser classificadas de acordo com a natureza dos direitos e vantagens que conferem a seus titulares, em três espécies:

  • Ordinárias

Apresentam como principal característica o direito de voto, podendo, assim, essa espécie de acionista influir nas diversas decisões de uma empresa. Com relação aos dividendos, sua distribuição aos acionistas ordinários normalmente é efetuada em função do dividendo obrigatório previsto em lei, ou de acordo com o percentual previsto no estatuto da companhia, se maior ao mínimo legal.

  • Preferenciais

Preferência no recebimento de dividendos, devendo isso ocorrer antes dos acionistas ordinários, ficando eles na dependência de saldo.

Vantagens no recebimento dos dividendos, com fixação de um dividendo mínimo obrigatório ou fixo.

Preferência no reembolso do capital em caso de liquidação da sociedade.

Acumulação das vantagens e preferências enumerada. Em razão desses privilégios na distribuição de dividendos, as ações preferenciais no possuem o direito a voto, não participando, em conseqüência, das deliberações da empresa.

  • Ações de gozo ou de fruição

São colocadas em negociação em bolsas de valores, revelando interesse somente aos fundadores da companhia.

3.2.5 Mercado Primário e Secundário de Ações

 

Figura 07 - Estrutura do Mercado de Capitais

Fonte: (PINHEIRO, 2012)

 

O mercado primário de ações é onde se negocia a subscrição (venda) de novas ações ao publico. Quando a emissão e subscrita totalmente pelos antigos acionistas, embora a empresa seja registrada em bolsa, chama-se de subscrição particular e é feita diretamente na empresa ou por meio da bolsa de valores. 

O Mercado secundário é onde ocorrem as renegociações entre os  agentes econômicos das ações adquiridas no mercado primário .

Então podemos deduzir que a diferença entre eles é que o primário caracteriza-se pelo encaixe de recursos na empresa e o secundário apresenta as transações entre compradores e vendedores de ações.

3.2.6 Mercado de capitais e a economia

        Quanto mais o mercado de capitais é desenvolvido maior é a economia do país, o mercado de capitais tem uma importância muito relevante na economia, pois,

“Aumentas as alternativas de financiamento para as empresas

Reduz o custo global de financiamentos;

Diversifica e distribui risco entre os aplicadores

Democratiza o acesso ao capital. (PINHEIRO,2006,p.155)”.

3.2.7 Underwriting

      Segundo, Pinheiro (2005): “A operação de Underwriting tem por objetivo prover recursos às sociedades anônimas, com a finalidade de capitalizar ou de consolidar a estrutura e/ou seus investimentos. Para tanto, os instrumentos disponíveis são ações e/ou debêntures, estas em suas diversas formas” É uma operação de emissão de ações para subscrição publica, no qual a empresa encarrega uma instituição financeira da colocação desses títulos no mercado, ou seja, é uma operação realizada por uma instituição financeira, mediante a qual, sozinha ou organizada em consorcio, subscreve títulos de emissão por parte de uma empresa, para posterior revenda no mercado.

      A operação de aumento de capital com colocação de novas ações junto ao público investidor é denominada de Underwriting (Mercado Primário). Já o leilão de ações antigas (de posse da companhia ou de algum acionista), com colocação junto ao público investidor é denominado de Block-trade (Mercado Secundário), não resultando na captação de novos recursos para a companhia.

        A operação de underwriting tem por objetivo prover recursos às sociedades anônimas, com finalidade de capitalizar ou de consolidar a estrutura ou seus investimentos 

3.2.7.1 Formas de underwriting

      A operação pode ser feita das seguintes formas:

     Abertura do Capital: Operação em que as ações ou debêntures são oferecidas pela primeira vez ao público em geral e passam a ser admitas para negociação em Bolsa ou Mercado de Balcão. A lei determina que as empresas possam emitir os seguintes títulos de propriedade:

  • Ações
  • Bônus de Subscrição
  • Debêntures
  • PartesBeneficiárias
  • Notas Promissórias (Commercial Paper)

Aumento de Capital: Operação em que a empresa de capital aberto oferece preferencialmente aos seus acionistas e público em geral suas ações ou debêntures.

Abertura de Capital através de Block-Trade:

    Operação de leilão feita na Bolsa de Valores onde são negociados empresa.

Block-Trade de ações ou debêntures de companhias abertas:

      Processo igual ao anterior de negociação, com exceção de haver procedimentos especiais segundo normas da CVM e Bolsa de Valores.

     Quando a empresa passa a ser de capital aberto e que mantenha essa condição, são necessárias, de início, que sejam cumpridas exigências legais e institucionais decorrentes da abertura, tais como:

  • Relatório da administração, demonstrações financeiras anuais e respectivos pareceres de auditores independentes;
  • Demonstrações financeiras padronizadas (DFP);
  • Informações trimestrais (ITR);
  • Informações anuais ( IAN);
  • AGO/E(s) divulgadas com edital;
  • Divulgação de fato relevante
  • Proibição de uso de informação privilegiada por parte dos administradores;
  • Pagamento de taxa de fiscalização à CVM;
  • Pagamento de anuidade à bolsa.

3.3 BOLSA DE VALORES

3.3.1 Conceito

Segundo Assaf Neto (2005), as bolsas de valores constituem-se em associações sem fins lucrativos, cujo objetivo básico é o de manter um local em condições adequadas para a realização, entre seus membros, de operações de com e venda de títulos e valores mobiliários.

Já para Pinheiro (2009), as bolsas de valores são instituições de caráter econômico que tem como objeto a negociação publica mercantil de títulos e valores mobiliários, ou seja, é um local onde se compra e vendem ações. Nelas ocorrem a canalização da oferta e demanda dos investidores e a publicação oficial dos preços ou cotações resultantes das operações realizadas.

“As bolsas de valore não podem distribuir às sociedades corretoras membros parcela de patrimônio ou resultado, exceto nos casos de dissolução e na forma que a CVM aprovar”. (NIYAMA E OUTROS, 2012, p.16).

3.3.1.1 Mercado Secundário – Bolsa de Valores

“O mercado secundário registra unicamente a transferência de propriedade dos títulos e valores mobiliários, não determinando variações diretas sobre os fluxos de recursos das sociedades emitentes. Uma empresa somente obtém novos recursos por meio de subscrição de capital no mercado primário, não se beneficiando diretamente das negociações do mercado secundário.” (ASSAF NETO, 2005, p. 272)

Ainda para Assaf Neto (2005), o funcionamento do mercado secundário ocorre principalmente nas Bolsas de Valores, as quais viabilizam aos investidores a oportunidade de realizarem novos negócios com títulos anteriormente emitidos.

3.3.1.2 Definições e Funções da Bolsa de Valores

Segundo Pinheiro (2012), a função de uma bolsa de valores não é a de criar riqueza, mas a de transferir os recursos da economia, pois a cada entrada de fundos de mercado bursátil corresponde uma fuga de capitais previamente aplicados, que representa simples transferência de propriedade. Isso não significa que as bolsas são organizações neutras com relação à economia.

Figura 08 - Quadro Funções da bolsa de vários pontos de vista

   

Ponto de Vista

Funções

Investidor

  • Facilitação da canalização da poupança pela concentração na bolsa

de empresas de todos os tamanhos.

  • Canalização das poupanças dos poupadores para atividades mais produtivas.
  • Segurança jurídica e econômica, baseada nas regulamentações do mercado.
  • Liquidez para o investimento de valores.
 
 

Tomadores

  • Facilita a obtenção de fundos a Longo Prazo.

Economia

  • A economia é um dos fatores determinantes na formação dos preços bursáteis.

Por sua vez, os índices de ações constituem importantes indicadores conjunturais.

  • Ao favorecer o financiamento empresarial, constitui um importante elemento na

expansão e no crescimento econômico.

  • Submete as empresas a um julgamento de racionalidade econômica. A cotação

bursátil reflete o desempenho da empresa.

Social

  • Facilita a poupança de pequenos poupadores e oportunidade de investimento.
  • Facilita o conhecimento do preço do mercado, o que serve de proteção  à poupança.
  • Favorece a estabilidade social, ao tornar possível o incremento do número de
 
 

poupadores-investidores.

  • A organização bursátil dá segurança ao tráfico jurídico mercantil.

 

Fonte: Pinheiro 2012 (adaptado pela autora)

3.3.1.3 Bolsa de Valores no Mundo

Para Pinheiro (2012),os grandes avanços das telecomunicações, a crescente liberdade de movimentação de capitais e a queda das barreiras internacionais levaram os mercados de capitais a alcançarem uma dimensão global com grandes interligação. Dessa forma, fatos que acontecem em um determinado país imediatamente repercute em todos os outros mercados espalhados pelo mundo.

Ainda para Pinheiros (2012), as bolsas mais importantes do mundo são as dos Estados Unidos (New York e Nasdaq), Japão (Tóquio) e Reino Unido (Londres). Cada uma exercendo grande influencia em seu fuso horário e repercutindo eu desempenho no fuso seguinte.

Figura 09 - Tabela Maiores bolsas por valor negociado em 2008

   

 Valor Negociado (US$ bilhões)

1. Nasdaq OMX

                                        36.446

2. Nyse Euronext (US)

                                        33.639

3. London Stoc Exchange

                                         6.272

4. Tokyo Stock Excange Group

                                         5.607

5. Deutsche Borse

                                         4.679

6. NYSE Euronext (Europe)

                                         4.411

7. Shanghai Stock Exchange

                                         2.600

8. BME Spanish Exchange

                                         2.410

9. TMX Group

                                         1.716

10. Hong Kong Exchanges

                                         1.630

 

Fonte: Pinheiro 2012 (adaptado pela autora)

   

 3.4 Bovespa

Para Pinheiro (2012), a Bovespa foi fundada em 23 de agosto de 1890 como entidade oficial corporativa, vinculada às secretarias de finanças do governo estadual e composta por corretores nomeados pelo poder público, a Bovespa só assumiu a característica institucional com as reformas do sistema financeiro nacional e do mercado de capitais implementadas em 1965-1966. Ou seja, uma associação civil sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial.

Ainda segundo Pinheiro (2012), em 1999, com o propósito de facilitar e tornar viável a participação do pequeno e médio investidor no mercado, a Bovespa lançou o home broker e o after-market.

“A Bovespa torna-se o maior centro de negociação com ações da América Latina, destaque que culminou com um acordo histórico, em 2000, para integração de todas as bolsas brasileiras em torno de um único mercado de valores”. (PINHEIRO, 2012, p.277)

3.4.1 Pregão

“As negociações nas bolsas de valores realizam-se no pregão, local em que se reúnem os corretores, seus membros, para cumprir ordens de compra ou venda de ações emanadas de seus clientes”. (PINHEIRO, 2012, p.251)

Já para Assaf Neto (2005), o local onde são realizadas as diversas transações de compra e venda de ações registradas em Bolsas de Valores é denominado pregão. Todos os participantes do pregão devem ter amplo acesso às informações e fatos relevantes que possam influir sobre os preços de negociações das ações.

Segundo Pinheiro (2012), o pregão é o recinto em que ocorrem as negociações entre representantes das sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários. A ele têm acesso apenas os funcionários credenciados pelos brokers (os representantes das corretoras, chamados “operadores de pregão”, e os auxiliares de pregão) e os funcionários da própria bolsa, que fornecem a infraestrutura dos negócios e fiscalizam suas realizações.

3.4.1.1 Índices Bovespa

“A Bovespa coleta, organiza e divulga uma série de informações sobre os negócios realizados em cada pregão; entre elas estão os índices que mostram o comportamento de todo o mercado ou de segmentos específicos”. (PINHEIRO, 2012, p.288)

Para Assaf Neto (2005), o índice de Bolsa de Valores é um valor que mede o desempenho médio dos preços de uma suposta carteira de ações, refletindo o comportamento do mercado em determinado intervalo de tempo.

Segundo Pinheiro (2012), a Ibovespa é o valor atual em moeda do país de uma carteira teórica de ações, a partir de uma aplicação hipotética, procurando aproximar-se da configuração real das negociações a vista, em lote padrão, na Bolsa de Valores de São Paulo.

Já para Assaf Neto (2005), o índice da Bolsa de Valores de são Paulo é o mais importante indicador do desempenho das cotações das ações negociadas no mercado brasileiro. O Ibovespa foi criado em 1968 (2-1-1968) a partir de uma carteira teórica de ações, expressa em pontos. O valor inicial foi de 100 pontos, refletido sua pontuação atual a variação ocorrida na carteira desde 1968.

Ainda para Pinheiro (2012) a Bovespa calcula seu índice em tempo real, considerando instantaneamente os preços de todos os negócios efetuados no mercado a vista (lote padrão), com ações componentes de sua carteira.

De acordo com Assaf Neto (2005), o Ibovespa é apurado em tempo real, considerando os negócios com ações realizados no mercado a vista de forma instantânea e com divulgação on line.

Para colocarmos em prática nossos conhecimentos no mercado de ações, demonstramos abaixo nossa carteira de investimentos. O desenvolvimento das ações durante o período de Agosto à Outubro de 2014, está de acordo com as normas contábeis vigentes, utilizando o Ajuste do Valor Presente. Essa demonstração foi apresentada como parte dos Anexos na Figura 22, página 62.

Figura 10 - Carteiras de Ações da IMTR Fashion

Empresa

Tipo de Ação

Valor Unit.

Qtd.

Valor Total

 

ON/PN

 

 

 

Bradesco

PN

          34,95

        2.500,00

      87.375,00

Santander

ON

            7,76

           900,00

        6.984,00

Itau S.A

ON

            9,38

           320,00

        3.001,60

Banestes

PN

            0,42

           300,00

            126,00

Panamericano

PN

            3,50

           201,00

            703,50

AES ELPA

ON

            8,50

           801,00

        6.808,50

Eletrobras

PN

          10,99

        1.200,00

      13.188,00

Eletropaulo

PN

          10,46

        2.211,00

      23.127,06

Gerdau MET

ON

          12,95

           352,00

        4.558,40

Apple

DRN

          21,50

           192,00

        4.128,00

TOTAL

 

    150.000,06

Fonte: Criada pelo grupo

 

 

3.5 Caixa Econômica Federal

A Caixa Econômica Federal (CAIXA ou Instituição) é uma instituição financeira constituída pelo Decreto-Lei nº 759, de 12 de agosto de 1969, sob a forma de empresa pública com personalidade jurídica de direito privado, vinculada ao Ministério da Fazenda, com sede em Brasília – Distrito Federal - Brasil. Sua atuação abrange todo o território nacional e, no exterior, opera por meio de escritórios de representação no Japão, nos Estados Unidos e na Venezuela. Seu capital social pertence integralmente à União. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

A CAIXA desenvolve suas atividades bancárias por meio da captação e aplicação de recursos em diversas operações nas carteiras comerciais, de operações de câmbio, de crédito ao consumidor, de crédito imobiliário e rural, da prestação de serviços bancários, incluindo a administração de fundos e carteiras de investimento, e de natureza social, além de atividades complementares relacionadas à intermediação de títulos e valores mobiliários, a negócios com cartões de débito e crédito. Atua também nos segmentos de seguros, previdência privada, capitalização e administração de consórcios por intermédio da Caixa Seguros Holding S/A, uma investida da subsidiária Caixa Participações S.A. - CAIXAPAR. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

A Instituição exerce papel fundamental na promoção do desenvolvimento urbano e da justiça social do País. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

As principais demonstrações financeiras publicadas são encontram-se no Anexo A, são: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado, Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido; Demonstração do Fluxo de Caixa e Demonstração do Valor Adicionado. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

As demonstrações contábeis individuais (INDIVIDUAL) e consolidadas (CONSOLIDADO) da CAIXA são de responsabilidade da Administração. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

A Caixa Econômica Federal apresentou lucro líquido de R$ 6,7 bilhões no ano de 2013, crescimento de 19,2% sobre o resultado ajustado do ano anterior.

O crescimento do resultado decorreu, principalmente, do aumento da carteira e das receitas financeiras de crédito, do resultado de TVM e derivativos, e das receitas de prestação de serviços, além da manutenção da qualidade da carteira de crédito e das ações de aumento da eficiência operacional. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

Em 2013, o patrimônio líquido da Caixa aumentou em 13,8% e atingiu R$ 27,4 bilhões. Os ativos totais administrados alcançaram R$ 1,5 trilhão. Desses, R$ 858,3 bilhões representavam os ativos próprios da Instituição, expansão de 22,1% em 12 meses. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

As despesas com captação no mercado registraram R$ 34,9 bilhões no ano, crescimento de 29,3% em relação ao ano passado, influenciadas pelo aumento nas taxas básica de juros – SELIC e Referencial – TR e pelo crescimento do saldo desses recursos que cresceu 21,3% em 12 meses e alcançou R$ 561,1 bilhões em dezembro de 2013. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

Os valores reconhecidos como caixa e equivalentes de caixa são representados por disponibilidades em moeda nacional, moeda estrangeira, aplicações no mercado aberto, aplicações em depósitos interfinanceiros, certificados de depósitos bancários e fundos de renda fixa. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

A provisão para créditos de liquidação duvidosa é apurada em valor suficiente para cobrir prováveis perdas, conforme as normas e instruções do CMN e do BACEN, associadas às avaliações procedidas pela Administração quanto à classificação do risco de crédito. Já a provisão para IRPJ é constituída no passivo à alíquota-base de 15% do lucro tributável e adicional de 10%. A CSLL é calculada considerando a alíquota de 15% para empresas financeiras e do ramo segurador e de 9% para as demais empresas. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

O imobilizado de uso é representado pelos direitos que tenham por objeto bens corpóreos de propriedade da CAIXA e destinados à manutenção de suas atividades operacionais, tais como: prédios, terrenos, móveis, equipamentos, hardware de computados e outros utensílios. Esses ativos são registrados ao custo de aquisição ou formação, corrigidos monetariamente até 31 de dezembro de 1995 e depreciados pelo método linear sem valor residual. O valor depreciável do ativo é apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. Os ativos intangíveis da CAIXA estão constituídos essencialmente de software. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

Os investimentos em empresas controladas ou empresas cuja influência seja significativa estão avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os demais investimentos permanentes são avaliados pelo custo de aquisição. Os investimentos, independentemente do método de avaliação, são submetidos a teste de redução ao valor recuperável de ativos em conformidade com as instruções e normas do BACEN. Os investimentos em controladas e coligadas na CAIXA – Individual são compostos essencialmente pela Caixa Participações S.A (CAIXAPAR) que representa cerca de 93% dos investimentos, que no período alcançou o montante de R$ 4.272.753 (31/12/2012 – R$ 3.964.971). O resultado da equivalência patrimonial no período foi de R$ 360.793 (31/12/2012 – R$ 197.042). (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

A empresa que realizou a auditoria foi a Empresa Ernst & Young  Auditores Independentes S.S. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

Como reflexo do crescimento das operações de crédito da Caixa desde 2008, foram adicionados a sua base mais de 20 milhões de novos clientes, para os quais foram criadas condições adequadas de atendimento, aumentando a rede de agências e de auto atendimento em todo o país. Dando prosseguimento à estratégia de ampliação da rede de atendimento, em 12 meses, foram inauguradas 420 novas agências e 62 PA, com crescimento de 13,7%. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

No âmbito da Dimensão Governo e Sociedade, a CAIXA, uma das principais parceiras do Governo Federal na execução das políticas públicas, desenvolve os Programas de Aprendizagem – Adolescente Aprendiz e Jovem Aprendiz, Programa de Estágio e projetos de desenvolvimento de ações voltadas para a promoção do direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes. Além disso, a CAIXA estabelece parcerias com empresas da sociedade civil com o objetivo de planejar e implementar ações de Responsabilidade Social Empresarial. Algumas ações de Responsabilidade Social Empresarial que a CAIXA promove são: Projeto Vira Vida do SESI, Programas de Aprendizagem e Estágio CAIXA, Repasse CAIXA ao FIA e Repasses Sociais. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

Em 2013, a carteira de títulos e valores mobiliários possuía saldo de R$ 163,3 bilhões, dos quais R$ 145,0 bilhões representados por títulos públicos federais e R$ 18,0 bilhões correspondentes a títulos privados.  O resultado das operações com TVM e derivativos atingiu R$ 19,7 bilhões, 10,4% superior ao registrado no ano de 2012, influenciado pelo aumento do saldo da carteira e pela alta da taxa Selic. Estas informações estão contidas no balanço patrimonial. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

Conselhos: Órgão de orientação geral dos negócios da CAIXA, o Conselho de Administração é responsável pela definição das diretrizes, desafios e objetivos corporativos, e também pelo monitoramento e avaliação de seus resultados. De seus sete conselheiros, cinco são indicados pelo ministro da Fazenda (entre eles o presidente do Conselho) e um pelo ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão. O sétimo conselheiro é o próprio presidente da Caixa, que exerce a Vice-Presidência do Conselho. Seus mandatos valem por três anos, com direito à recondução por mais um período consecutivo. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

Diretoria: A Diretoria é constituída pela Presidência, Conselho Diretor, Vice-Presidência responsável pela gestão de ativos de terceiros e Vice-Presidência responsável pela administração ou operacionalização das loterias federais e dos fundos instituídos pelo Governo Federal, incluindo o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

Presidência: A Presidência é órgão de administração responsável pela gestão e representação da CAIXA, a quem compete, entre outras atribuições, propor ao Conselho de Administração o modelo de gestão, os desafios e objetivos corporativos e o plano estratégico da CAIXA, além de coordenar e supervisionar os trabalhos das Vice-Presidências. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2014)

 

4 Sistemas Contábeis

4.1 Teoria geral dos sistemas

De acordo com uma publicação na Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação (2007, ISSSN online), o uso de Softwares destinados à gestão empresarial, denominados sistemas ERP – Enterprise Resource Planning (Planejamento de Recursos Empresariais) – teve grande crescimento, a partir de 1990, nos mercados americano e europeu e, desde 1996, o mercado brasileiro vem presenciando uma demanda crescente pelo uso dessas ferramentas. 

Mas nem tudo “são flores”, não se pode obter tudo o que espera com uma simples compra do hardware adequado e do melhor software do mercado. É necessário se ter um planejamento para que não se gaste tempo e dinheiro. A grande decepção das grandes organizações, provém da preocupação com a tecnologia, não se preocupando com os aspectos sócio-comportamentais que acabam por refletir na estrutura organizacional e no relacionamento dos indivíduos. Vamos iniciar nossa pesquisa trazendo alguns conceitos sobre estes Sistemas e apontarmos no decorrer da pesquisa, o que seriam esses fatores organizacionais.

O conceito de sistema decorre da Teoria dos sistemas, assim explicada por Bertalanffy, que assim o define: “Seu objeto é a formulação de princípios válidos para os ‘sistemas’ em geral, qualquer que seja a natureza dos seus elementos que o compõem e as relações ou 'forças' existentes entre eles. A Teoria geral dos sistemas, portanto é uma ciência geral da ‘totalidade', que até agora era considerado um conceito vago, nebuloso e sem metafísico”.

A Teoria Geral dos Sistemas, de Ludwig Von Bertalanffy (1977), divide os sistemas em fechados e abertos. Os fechados se mantêm isolados de seu ambiente e os abertos em contínuo fluxo de entrada e saída. O autor ainda teoriza o sistema, como um complexo de componentes em interação, tais como interação, soma, mecanização, centralização, competição, finalidade entre outros.

Uma visão do sistema aberto da organização:

 

Figura 11 – Visão do Sistema Aberto

ORGANIZAÇÃO

Fonte: (www.tecsi.fea.usp.br)

4.1.1 Sistema ERP e seu Conceito

Consiste em um complexo de elementos em interação, fazendo com que haja uma comunicação entre as informações coletadas.

O Enterprise Resource Planning (ERP) é um sistema integrado e possui uma arquitetura aberta, viabilizando a operação com diversos sistemas operacionais, banco de dados e plataformas de hardware. Desta forma, é possível a visualização completa das transações efetuadas por uma empresa. Esses sistemas oferecem às organizações a capacidade de modelar todo o panorama de informações que possui e de integrá-lo de acordo com as suas funções operacionais. Eles devem ser capazes de relacionar as informações para a produção de respostas integradas a consultas que digam respeito à gestão de todo o negócio. (JAMIL, 2001).

Sistema “Considera-se sistema um conjunto de elementos interdependentes, ou um todo organizado, ou partes que interagem formando um todo unitário e complexo.” (OLIVEIRA, 1990. P. 31).

Integra as informações de todas as plantas, negócios e departamentos da empresa através de uma base contábil única. Entre outras coisas, o ERP viabiliza análises em tempo real de diversas questões fundamentais para a gestão de uma entidade proporcionando uma informação fidedigna.

O sistema ERP é a adaptação funcional as necessidades sistêmicas de uma empresa, com a finalidade de dar suporte à maior parte das operações da empresa.

O que o ERP realmente faz é organizar, codificar e padronizar os processos e dados de negócios de um grupo empresarial. O software transforma dados transacionais em informação utilizável e agrupa esses dados de forma que possam ser analisados. (NORRIS, Grant et al. 2001. p .5)

4.1.2 - Implantação ERP

A escolha e implantação de um Sistema ERP passam por diversas etapas, sendo uma delas a identificação do momento certo e os benefícios de se aderir ao Sistema Integrado de Gestão Empresarial.

O momento da escolha de um sistema nas empresas, geralmente ocorre devido a falta de controles, causando a curto ou longo prazo, prejuízos inestimáveis quando percebidos.  O quadro abaixo nos mostra as etapas de como identificar o momento certo dessa escolha:

A Implantação é o processo mais demorado, pois requer conhecimento especifico e interação dos funcionários as mudanças e adaptação aos métodos novos.

 

 

 

 

 

Figura 12 – Quadro ERP – Etapas de Implantação

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABSjEAG/erp-sistemas-casos-sucesso

4.1.3 Benefícios do ERP

Abaixo, mostraremos os benefícios decorrentes da implantação do ERP e suas variedades, que podem variar em aspectos quantitativos e qualitativos, são elas:

  • Aumento na eficiência do uso da capacidade instalada;
  • Blindagem contra fraudes e furtos;
  • Redução de erros;
  • Eliminação de retrabalho;
  • Melhor proximidade e conhecimento sobre os clientes;
  • Informação precisa e segura, sincronizada em tempo real com as operações da empresa;
  • Padronização dos processos em todas as áreas, com integração e uniformização;
  • Redução de despesas administrativas, gerais e de vendas;
  • Queda em custos de estoque;
  • Redução em custos de materiais;
  • Redução do ciclo de vendas;
  • Reduz o Lead time de produção e entrega;
  • Eliminação de erros de sincronização entre diferentes sistemas;
  • Controle sobre processos de negócios que envolvem diferentes departamentos;
  • Segurança da informação através da definição de permissões de acesso e log de alterações;
  • Facilita o aprendizado do negócio e a construção de visões comuns;
  • Favorece o desenvolvimento, a implantação e utilização de SGQ (Sistema de Gestão de Qualidade) e adequação a normas como ISO e outras.

 

4.1.4 Módulos ERP

Na imagem abaixo percebesse que os módulos (partes) do ERP, juntos formam um conjunto de informação com interação que torna possível o controle do processo e acesso em tempo real.

Figura 13 - Integração módulos ERP

 

Fonte: http://www.scriptcase.com.br/

 

 

4.1.4.1 Implementação

De acordo com Norris, “a implementação do software ERP e a mudança dos processos de negócios que precisam ocorrer simultaneamente afetam necessariamente a estrutura organizacional de uma empresa e, ainda mais importante, os papeis de cada indivíduo dentro da organização”. (NORRIS, Grant. 2001. p. 5)

Figura 14 - Ciclo de Vida de Sistemas ERP

Fonte: Cesar Alexandre de Souza; Ronaldo Zwicker

 

 

 

 

4.1.5 Contabilidade: sistema de informação gerencial

A contabilidade trata da coleta, apresentação e interpretação dos fatos econômicos, ou seja, absorve todos os eventos financeiros mensuráveis da organização com a finalidade de fornecer informações para tomada de decisões.

O contador gerencial é definido pelo IFAC-International Federation of Accounting (Federação Internacional de Contabilidade) – Como um profissional que: “identifica, mede, acumula, analisa, prepara, interpreta e relata informações (tanto financeiras quanto operacionais) para uso da administração de uma empresa, nas funções de planejamento, avaliação e controle de suas atividades e para assegurar o uso apropriado e a responsabilidade abrangente de seus recursos.” (CREPALDI, 2006, p.21-22.).

Essas informações são muito importantes para os administradores, para os acionistas, credores e outros que estão de fora da organização, auxiliando no desempenho de atividades gerenciais e na tomada de decisões.

O meio mais eficaz para armazenar essas informações e dados é através dos Sistemas de Informação Contábil (Sic), “... o Sic está atrelado à contabilidade pela geração de informação e conhecimento a respeito do valor patrimonial da empresa, inclusive, com utilidade para tomada de decisões nas organizações privadas ou governamentais.” (GIL, BIANCOLINO, BORGES, 2010, p.47).

Para Crepaldi (2006) é importante que esses sistemas alcancem tantos recursos humanos quanto tecnológicos, para atenderem plenamente seus usuários, produzindo informações que atendam a nível empresarial, administrativo e da estruturação da informação. Alguns pontos considerados na implementação de um sistema de informação gerencial são citados, sendo:

  • Que informações seu sistema deverá possuir para controle econômico e financeiro de sua empresa;
  • O que levar em consideração na decisão entre comprar pronto e desenvolver um sistema próprio;
  • Como a controladoria pode ser mais eficaz pela utilização de um sistema de informação contábil abrangente;
  • O diálogo com os Sistemas Integrados de Gestão (ERP);
  • O requisito necessário para se implantar um sistema de informações contábeis voltado para o usuário.

Um sistema de informação contábil bem estruturado contribui para uma transmissão rápida e correta de informações necessárias para o planejamento econômico e financeiro da empresa, bem como apresentará grande eficácia na relação custo/benefício.

É necessário que o sistema contábil contemple a abrangência necessária para se constituir no principal sistema de controladoria, operacional e estratégico, de tal forma que seja utilizado por todos os níveis hierárquicos dentro da organização e seja realmente um instrumento para o processo de gestão e avaliação de desempenho dentro da empresa. (CREPALDI, 2006. Pág. 26)

Com um sistema bem estruturado, suprindo todas as necessidades da empresa e sendo bem utilizado por todos os funcionários traz a empresa muitos benefícios no processo de gestão. Resultando em: mais confiabilidade para a empresa, mais clientes e consequentemente maior lucro.

5 A empresa

5.1 Caracterização da empresa

A empresa IMTR FASHION S.A, situada à Rua Itabira, nº 538, Bairro Centro, na cidade de Belo Horizonte/MG. É uma organização do segmento de vestuário masculino (revenda de roupas) e surgiu da idéia entre cinco irmãos que receberam uma herança e queriam fazer um investimento.

Como a família tinha um grande conhecimento nesse segmento, a idéia de constituir uma sociedade entre irmãos veio numa boa hora, e eles começaram na fabricação de roupas masculinas e começaram a fornecer roupas para todo território brasileiro. Inicialmente o negócio obteve uma lucratividade tão grande, que veio a idéia de investir parte desse lucro e abrir uma loja em um shopping Center de BH, criada também no mesmo ramo de atividade da Matriz, fornecendo produtos de alta qualidade e um atendimento diferenciado a seus clientes.

Com o passar dos anos a loja foi crescendo e abrimos mais Uma filial dentro do estado, pois os bons resultados trouxeram o sucesso da organização. Isso só aumentou a credibilidade da IMTR Fashion S.A no mercado e foi  nessa ocasião que os sócios decidiram fazer um investimento no Mercado de Ações.

Apesar da progressividade da empresa, os meses que apresentamos resultados para esta pesquisa acadêmica, não obtivemos bons resultados. O Mercado começa a ficar concorrido e tivemos que fechar até mesmo uma de nossas filiais, para diminuir nossos encargos e prejuízos. Assim, apresentaremos uma análise da nossa Organização, mostrando nossos pontos positivos e negativos dentro da Matriz SWOT.

5.1.1 Análise Prática da Organização

          Nesse item será apresentada uma análise ambiental – SWOT relacionada com produção e comercialização de vestuário masculino e tem como principais fatores a análise do ambiente interno e externo que é de grande relevância para a gestão do negócio. Para realização da análise ambiental – SWOT foram utilizados dois métodos, sendo eles:

  • o primeiro foi encontrar os principais elementos para o sucesso, procurando saber o porquê os clientes consomem os determinados produtos, quais são as ofertas da concorrência e qual o seu posicionamento diante desse ramo atividade.
  • O segundo é reconhecer as principais habilidades da empresa, essas habilidades devem estar bem apresentadas para ajudar na criação de valores para o consumidor final.

5.1.1.1 Análise Ambiental – SWOT da Organização

Feita a análise da organização podemos citar as principais forças na produção/comércio de vestuário masculino no seu ambiente interno, sendo na administração e nos resultados da administração da empresa, alguns deles são: orientação e normas de atendimento para se ter um atendimento qualificado, marketing e reconhecimento da qualidade de produto oferecido no mercado, variedades dos produtos disponíveis no mercado e a localização dos pontos de vendas.

         Diante da análise interna as fraquezas da empresa estão relacionadas com os seguintes fatores: a distância do centro de distribuição dos produtos, o que leva a demora para realizar a distribuição desses produtos, a falta da presença dos gestores nos pontos de vendas, falta de maiores investimentos para novas tendências.

         Dentro da análise externa feita na IMTR Fashion, podemos definir alguns fatores de oportunidades que foram relevantes para o desenvolvimento da organização, dentre esses fatores podemos citar: a procura do público masculino por roupas mais “descoladas”; a aquisição de uma loja no Shopping, pois através dessa loja veio a oportunidade diante do mercado de mostrar sua própria marca, que é um diferencial que fez loja se destacar diante de um mercado tão competitivo.

          Os riscos e ameaças podem atingir o crescimento do negócio e gerando prejuízo. Esses fatores estão relacionados com presença de novos concorrentes no mercado, outro fator que vem se destacando cada vez mais. A comercialização virtual onde os consumidores possuem maior praticidade e acesso, preços mais chamativos, comodidade, pois não precisam sair de casa para efetuar suas compras. Outro fator de risco muito importante, também no segmento de vestuário, é a padronização dos tamanhos das roupas e localização. Atendemos a público específico, em determinadas regiões e isso passar a ser um risco para nossa empresa.  

Figura 15 - Análise do Ambiente Externo e Interno

PONTOS FORTES

PONTOS FRACOS

INTERNO

Um dos fatores chaves é a forma de abordagem ao cliente, pois nesse caso o diferencial vai ser a alma do negócio.

A deficiência na distribuição dos produtos, é um fator preocupante  pois gera perda nas vendas.

EXTERNO

Oferecer ao mercado roupas de alta qualidade de marca exclusiva.

Forte concorrência com a comercialização virtual, pois tem grande destaque no comércio.

OPORTUNIDADES

AMEAÇAS

INTERNO

Variedades dos produtos disponíveis nos pontos de vendas.

Falta de maiores investimento para novas tendências.

EXTERNO

A procura do público masculino por roupas mais ‘descoladas’.

Padronização dos tamanhos das roupas.

Fonte: Elaborada pelo grupo

       Diante da análise do quadro acima fica mais viável para os gestores identificar quais são os pontos positivos e negativos da organização e também seve de auxilio para as tomadas de decisões.

5.1.1.2 Dados gerais

  • Razão social: IMTR Fashion S.A
  • Nome Fantasia: IMTR
  • Atividade econômica principal: 47.81-4/00 - Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios. exceto roupas íntimas
  • Site: www.imtr-fashion.com.br

5.1.1.3 Missão e Valores do negócio

Missão

Comercializar produtos da moda masculina com qualidade a preços competitivos e excelência na prestação de serviços, buscando atingir a satisfação de nossos clientes.

Visão

Ser reconhecida como uma empresa em referência em qualidade, com a qual os nossos clientes possam se identificar e nossos colaboradores se sintam respeitados e valorizados.

Valores

  • Dignidade e respeito: com clientes, fornecedores, sócios, concorrentes;
  • Responsabilidade e compromisso na construção e preservação do nosso patrimônio e da nossa imagem;
  • Excelência na qualidade;

Figura 16 - Logomarca IMTR Fashion

 

 

Fonte: Criada pelo grupo

 

5.1.1.4 Estrutura da Organização

A estrutura organizacional, da empresa foi composta inicialmente por uma administração geral e três gerentes (de produção, vendas e financeiro), funcionários da produção e vendedores.

 

Figura 17 – Organograma da IMTR

Fonte: Elaborado pelo grupo

 

5.2 Demonstrações financeiras

5.2.1 Balanço Patrimonial 

“O Balanço Patrimonial tem como objetivo mostrar a posição financeira de determinada empresa em um momento específico e informar a capacidade de geração dos fluxos de caixa.” (Szuster, 2011, p. 114)

O Balanço Patrimonial é considerado a principal demonstração. Mostra a situação financeira da entidade no final de determinado período. É constituído por duas colunas: Ativo e Passivo/Patrimônio Líquido.

Dessa forma, o balanço patrimonial da IMTR Fashion se apresenta como parte dos Anexos na Figura 18, página 56.

5.2.2 Demonstração do Resultado

“A demonstração do Resultado do Exercício é uma forma estruturada de se evidenciar a composição do resultado da entidade, ou seja, é um critério de se organizarem as receitas e as despesas incorridas no período.” (SZUSTER et al, 2011, p.161).

Sobre a forma de apresentação da DRE Iudícibus e Marion (2010) destaca que a DRE é apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se as despesas e, em seguida, indica-se o resultado (lucro ou prejuízo).

As demonstrações do resultado da IMTR Fashion podem ser analisadas como parte dos Anexos na Figura 19, página 58.

5.2.3 Demonstração do Fluxo de Caixa - DFC

“A Demonstração dos fluxos de Caixa mostra as origens e aplicações de caixa, que é a base para a avaliação da situação financeira da empresa e sua capacidade de pagamento das obrigações. Essa demonstração auxilia a responder a perguntas vitais, como: ‘Onde foi obtido o dinheiro?’ e ‘onde o dinheiro foi aplicado e com que objetivo?’”. (SZUSTER et al, 2011, p.175).

A DFC da IMTR Fashion pode ser analisada como parte dos Anexos na Figura 20, página 59.

6 CONCLUSÃO

Para compreender o desempenho de qualquer organização é preciso documentar as entradas, os processos, as saídas e os clientes.

Cada empresa possui uma característica própria, onde conceitos como entradas e saídas são divergentes a cada segmento. Os clientes são diferentes e esperam coisas distintas, devemos nos preparar para essa diversidade.

O gestor, precisa saber equilibrar a suas tomadas de decisões e agir sempre em conjunto com seu Contador, que deverá estar sempre apto a fornecer as informações para a tomada de decisões. Uma decisão errônea pode desequilibrar a empresa como um todo.

O objetivo proposto neste trabalho foi de grande riqueza para todos do grupo, já que o mesmo foi atingido, onde permitiu que todos tivessem  uma visão sistêmica e interdisciplinar da atividade contábil.

E a integração dos conteúdos das disciplinas de Contabilidade de Instituições Financeiras e Mercado de Capitais, Sistemas Contábeis e Contabilidade e Orçamento Empresarial, nos permitiu ter uma visão do contexto geral de uma organização, tanto em fatores organizacionais quanto em seus impactos.

           


REFERÊNCIAS

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BERTALANFFY, Ludwig Von. Teoria dos sistemas. 2. Ed. Petrópolis: vozes, 1975. p.61

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COLANGELO, Lucio. Implantação de Sistemas ERP: Um enfoque de longo prazo. São Paulo: Atlas, 2001. p .191.

CORRETORAS E DISTRIBUIDORAS DE TÍTULOS E VALORES IMOBILIÁRIOS. Definição para investidores dos sistemas de distribuição e intermediação.Disponível:<http://www.portaldoinvestidor.gov.br/menu/Menu_Investidor/sistema_distribuicao/corretoras.html. Acesso em 11 out 2014.

GIL, Antônio de Loureiro, BIANCOLINO, César Augusto Biancolino, BORGES, Tiago Nascimento. Sistemas de informações contábeis: uma abordagem gerencial. São Paulo: Saraiva 2010.

MACHADO, Rosa Teresa Moreira. Estratégia e competitividade em organizações agroindustriais. Lavras: UFLA/FAEPE, 2005.

NIYAMA,Jorge Katsumi; GOMES, Amaro L. Oliveira. Contabilidade de Instituições Financeiras. São Paulo: Atlas, 2012, p. 216

PADOVEZE, Clóvis Luís. Sistemas de informação contábeis: Fundamento e análise, 6.Ed. São Paulo: Atlas, 2009. p.331.

PETER, Paulo et al. Administração estratégica: planejamento e implantação da estratégia. 2 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005.

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THOMPSON, Arthur A. Planejamento Estratégico: elaboração, implementação e execução. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2003.

VALERIANO, Dalton L. Gerenciamento Estratégico e Administração por Projetos. São Paulo: Pearson Education Brasil, 2001.

WRIGHT, Peter; MARK J. Kroll.; PARNELL, John. Administração estratégica: conceitos. 1.ed. São Paulo: Atlas, 2000.


APÊNDICES


APÊNDICE a


ANEXOS

Figura 18 – Balanço Patrimonial da IMTR

 

Figura 19 – Demonstração do Resultado da IMTR

Figura 20 – Demonstração do Fluxo de Caixa – DFC da IMTR

 

 

 

 

Figura 21 – Plano de Contas da IMTR

 

Figura 22 – Resultado da Análise da Carteira de Ações

Fonte: Criado pelo grupo