PERIFERIZAÇÃO X URBANIZAÇÃO: REPRESENTAÇÃO DO DIFERENTE NA CIDADE1

Redjane Santos Campos

RESUMO

O presente artigo pretende discutir a exclusão social e a segregação sócio-espacial a partir da relação entre os habitantes da cidade: moradores da periferia e do centro, sobre aspectos do preconceito e inferiorização das áreas distantes do centro da cidade, em virtude dos elevados índices de marginalização registrados nestes locais. Com o objetivo de construir uma reflexão sobre a presente questão foram analisados temas como a desterritorialização rural vinculado a periferização e as profundas desigualdades sociais com intuito de reduzir alteridade negativa estabelecida a partir da região central da cidade, espaço privilegiado por seus componentes infra-estruturais, diferenciados índices sociais que produzem uma condição de superioridade identitária sobre os demais. A abordagem metodológica partiu de um estudo de caso no bairro periférico da Trizidela em Bacabal-Ma, através de entrevistas semi estruturadas para demonstrar aspectos desta territorialização alicerçada na discriminação,onde esta condição fractal do espaço precisa ser desintegrada a partir da implementação de políticas públicas que possibilitem a integração deste e de seus habitantes.É importante a construção de um discurso que explicite a diversidade espacial e a especificidade das necessidades de cada região na busca da inserção social dos moradores da periferia.

Palavras – chave: êxodo rural; periferização; segregação sócio-espacial, desigualdades.

1 Trabalho apresentado no XI Encontro Humanístico -“Diversidade”, da Universidade Federal do Maranhão, sob orientação da Profa. Ma. Ceália Cristine dos Santos.

2 Graduanda do Curso de Licenciatura em Ciências Humanas da UFMA – Campus III Bacabal- Ma Bolsista voluntária de Extensão -PROEX- UFMA. Email: [email protected]

1 INTRODUÇÃO

Mais o que é prédios, casa, rua, praça, viadutos? O que essas coisas têm em comum? O que são senão trabalhos materiais concretizado de forma diferenciada, mas há um outro dado. O principal elemento que salta os olhos quando paramos para observar a cidade é a heterogeneidade entre modos de vida, forma de morar, usos dos terrenos da cidade por várias atividades econômicas. Os contrastes podem chocar (CARLOS, 2008, p. 22).

A organização sócio-espacial do Brasil a partir de sua gênese ocorreu de forma desigual, quando os portugueses desembarcaram toda a sua ambição neste território habitado por indígenas que desconheciam seus costumes, religião, língua, assim construiu-se uma relação de dominação e subordinação no qual a classe subordinada era obrigada a realizar trabalhos exaustivos na exploração de seu próprio território para o enriquecimento dos europeus.

A ocupação e divisão espacial têm resquícios dessa dominação inicial, pois porções privilegiadas do espaço estão em poder dos que possuem maior poder aquisitivo. Daí surge o seguinte questionamento: Onde está localizada a classe menor poder econômico? Estas grupo social, como retrata este trabalho, ocupam locais afastados do centro urbano, onde os terrenos são menos valorizados, onde predomina a baixa infra-estrutura básica, nas margens de rios, como no referido estudo para retirada de seu sustento.De acordo com Adas:

Estas se tornaram para milhares de pessoas as únicas formas de sobrevivência, mostrando assim a face perversa do modelo de desenvolvimento capitalista implantado no Brasil, marcado notadamente pela exclusão social (ADAS, 1998, p.562).

Este artigo propõe uma reflexão sobre a ocupação do espaço de acordo com a situação sócio-econômica da população, pois se as melhores localidades como foi relatado antes se encontra no domínio dos “ricos”. Logo os pobres são impelidos a ocupar as periferias, áreas no qual o poder público tem inexpressiva atuação no tocante as medidas de investimento em educação, saúde, transporte, lazer. Destarte estas pessoas que vivem as margens de uma sociedade desigual, “o uso diferenciado da cidade demonstra que esse espaço se constrói e se reproduz de forma desigual e contraditória, a desigualdade espacial é fruto da desigualdade social” (CARLOS, 2008, p.23).

A desigualdade sócio-econômica e espacial promove a formação de uma visão preconceituosa e discriminatória dos moradores do centro em relação aos da periferia sendo estigmatizados como: usuários de drogas, traficante, assaltantes, analfabetos, preguiçosos e o motivo desta representação parte da forma de vida de alguns moradores, o que não pode ser generalizado, pois compromete a possibilidade de ascensão social dos demais. O presente trabalho pretende discutir estas questões a partir de um espaço periférico do município de Bacabal-Ma, o bairro ribeirinho da Trizidela.

2. A DESTERRITORIALIZAÇÃO RURAL

O Brasil possui inúmeras áreas situadas a quilômetros da urbanização. Existem pessoas ou grupos a espera de uma equitativa distribuição de terras e serviços como educação, saúde, transporte para que possam ter uma melhor condição de vida. “O discurso sobre a situação econômica do campo ganha força a partir da década de 1930 e tem mais vigor na década de 50, com o plano de metas no governo de Juscelino Kubitschek (MERA, 2009, p. 3).

A população brasileira concentrava-se no espaço rural era realidade até os anos de 1960, na década seguinte (Ver figura 01) o crescimento da população urbana foi motivada por fatores como a industrialização e manutenção de uma estrutura fundiária

altamente concentradora e isso promoveu transformações no espaço urbano bem como o surgimento de várias problemáticas sociais.

Figura 01. Evolução das populações urbana e rural.

Fonte: IBGE

Em pleno século XXI os conflitos no campo ainda resistem e são refletidos na cidade. Os trabalhadores rurais são forçados a abandonar o lar, por não possuir condições financeiras para o sustento familiar. Os jovens do meio rural almejam uma educação de qualidade, e a realidade local, devido à falta de investimentos governamentais não supre tais necessidades, assim esta problemática é materializada por conflitos entre trabalhadores rurais e fazendeiros que em sua maioria tem seus interesses representados pelos governantes. De acordo com Canuto: “As manifestações são ações coletivas dos trabalhadores e trabalhadoras que reivindicam diferentes políticas publicas ou repudiam políticas governamentais, ou exigem o cumprimento de acordo com as promessas” (CANUTO, 2009, p. 142).

Mesmo com várias jornadas, protestos e marchas em busca dos seus direitos, os trabalhadores rurais não tem acesso a créditos rurais oficiais compatíveis com o disponibilizado para os grandes produtores. Para Hespanhol:

A grande maioria dos agricultores, notadamente os pequenos proprietários, arrendatários, parceiros e meeiros, cujas condições

de acesso a terra eram precárias, não foram atendidas pelo credito rural oficial, tendo maiores dificuldades para alterar a base técnica da produção e permanecer no campo (HESPANHOL, 2007, p.274).

Sem o devido apoio homens e mulheres saem da zona rural em busca de novas oportunidades de vida, com intuito de melhorar sua condição socioeconômica, porém ao chegar à cidade encontram uma estrutura industrial excludente, onde não há lugar para seus saberes empíricos. Assim são impelidos a ocupar áreas periféricas onde o valor do solo urbano é menor, nesses locais ocorre um intenso comercio informal, facilitando sua moradia na cidade. Os novos habitantes da cidade terão que mudar seus costumes e até mesmo sua identidade para ser inserido, aceito neste novo contexto social, o que poderá trazer posteriormente conflitos pessoais. Segundo Tilio “Identidades sociais assumem papéis diferentes em sociedades diferentes, pois cada sociedade tem seus padrões culturais para gênero, sexualidade e raça (TILIO, 2009, p. 2).

O fato é que se ocorresse uma apropriação das problemáticas sociais do meio rural por parte do poder público, de modo a diagnosticar e adotar procedimentos no seu tratamento, viabilizando soluções, muitos camponeses não precisariam mudar seu modo de vida, seus costumes, ao se deslocarem para a cidade pois, de acordo com Hespanhol:

As políticas públicas devem ser concebidas no intuito de reconhecer plenamente a cidadania da população residente no campo visando garantir o acesso ao serviço publico básicos, tais como educação, saúde, habitação, transportes, saneamento, lazer e etc. A população rural precisa, tanto quanto a população urbana de tais serviços(HESPANHOL,2007,p.274).

Em suma, a implementação de políticas públicas nas zonas rurais propalaria a não desterritorialização da população rural impedindo-a de participar do processo de construção de periferias nos grandes centros. Os deslocamentos não cessariam, no entanto não seriam tão freqüentes, intensos e conseqüentemente problemáticos.

3. PERIFERIZAÇÃO E SEGREGAÇÃO SÓCIO- ESPACIAL

A histórica e intensa migração rural-urbana propiciou um reordenamento na cidade com a ocupação de espaço inadequado para as novas habitações. Regiões insalubres tornaram-se atrativas, pois o solo urbano encontrava-se bastante valorizado pelos componentes de infra-estrutura básica que oferecia, tornando-se local inacessível para a população de baixa renda, e conforme Carlos: “A população mais pobre também procura as áreas mais distantes por vários motivos: os terrenos são mais baratos, falta infra-estrutura e existe a possibilidade de autoconstrução” (CARLOS, 2008, p. 46). Esses fatores como baixa qualidade de moradia, educação provocam a criação das periferias “as moradias são modesta e geralmente estão em precárias condições. Além de se localizarem em lugares distantes muitas vezes há falta de água , luz e esgoto”(SILVA,1997, p. 01).Nessas áreas a educação se torna bem precária, comprometendo a formação do senso crítico das crianças, porém outro fator que leva essas pessoas a tais localidades.Segundo Adas:

[...] deriva do próprio sistema capitalista, que impõe valores de uso diferentes para diversos “pedaços” do território urbano. Para o cidadão de baixa renda não existe a possibilidade de acesso a terra ao lote urbano [...] resta-lhe a opção das periferias (ADAS, 1998, p 559)

Devido estas “facilidades” imigrantes do meio rural, localizam-se em locais com maiores probabilidade de condições de sobrevivência. Em Bacabal-MA, por exemplo, município no qual estão centradas minhas observações e considerações, o

bairro Trizidela que é a periferia mais conhecida da cidade está situada nas margens do rio Mearim, em terrenos alagadiços, porém a população esta ali situada pela oportunidade de retirar o sustendo de sua família através da pesca, agricultura, trabalho informal e mesmo com o problema das enchentes recusam-se abandonar seu território, pois desenvolveram um vinculo, sentimento de pertencimento e dificilmente conseguiriam criar laços afetivos em outros espaços. Para Silva:

Com o crescimento da população e a falta de planejamento das cidades ocorre um grave problema: a segregação, tanto espacial (distância entre moradias de diferentes grupos) como social (distância de condições no que diz respeito ao acesso, elaboração e execução de políticas públicas) (SILVA,1997, p. 01).

A segregação sócio-espacial presentes nas periferias é expressamente registrada pelo caos que se instala no espaço marcado pela violência, trafico de drogas, roubos etc. Esta situação denota a falta de oportunidades no mercado de trabalho,decorrente da falta de formação educacional dentre outros fatores contribuindo para a formação de uma imagem negativa das periferias. O processo base desse desequilíbrio na sociedade inicia-se no século XIX, ou seja, de construção de espaços periféricos, ocorreu com o desenvolvimento industrial, as famílias se deslocaram de setor menos desenvolvido e partiram para as grandes cidades no qual as oportunidades de emprego e renda eram indubitavelmente melhores. Outro acontecimento histórico fundamental na formação das periferias, favelas, cortiços foi a libertação dos escravos. Pessoas negras vistas na época como perigosas, miseráveis, feiticeiros e pobres, sentiam-se obrigados a residirem em áreas no qual pudesse sobreviver, pois de acordo com Chaloub:

Os governantes viam os pobres e negros da seguinte forma: Os pobres carregam vícios produzem os malfeitores, os malfeitores

são perigosos à sociedade [...] os pobres são por definição perigosos, conclui decididamente a comissão[...]. As classes pobres são designadas mais propriamente sob o titulo de “classe perigosa (CHALHOUB, 1996, p, 22 ).

Esta representação depreciativa perpassou anos e em pleno século XXI o poder publico, despojados de ética necessária para romper fazem apenas promessas em troca do voto dessa parte da população.

É complexa a problemática envolvendo a população residente das áreas periféricas, pois o caos instaurado nestas áreas recai sobre os habitantes que são visivelmente discriminados e automaticamente relacionados com toda precariedade da área que habitam situação que configura obstáculo na possibilidade ascender socialmente.

4 DESIGUALDADES SÓCIO-ESPACIAIS E DISCRIMINAÇÃO: O CASO DO BAIRRO DA TRIZIDELA NO MUNICÍPIO DE BACABAL-MA

Ao analisar a situação que se encontra um bairro periférico pode-se observar o comportamento do morador do centro da cidade e o seu olhar sobre o morador do bairro, da periferia. Percebe-se que este residente do centro possui uma condição de superioridade na sua identidade, por habitar uma fração sócio-economicamente privilegiada do espaço. A população brasileira enraizou seu processo identitário com base no exemplo dos europeus quando aqui chegaram como os representantes da corte com elevado poder aquisitivo ocupava os melhores espaços separados dos pobres, negros e escravos que ficavam nas senzalas.

Atualmente este processo de ocupação dos espaços continua, os moradores que se localizam nas áreas do centro da cidade possuem melhores condições educacionais e financeiras e na periferia residem pessoas de baixo poder aquisitivo e que possuem baixo nível educacional, esse contraste social pode ser observado na comparação periferia e centro. Segundo Carlos: “Essas contradições são produzidas a

partir do desenvolvimento desigual de relação social de dominação e subordinação que criam conflitos inevitáveis (CARLOS, 2008, p.71).” As periferias constituem a expressão viva da materialização no espaço da desigualdade social, da marginalização e exclusão social de grande parte da população das grandes e medias cidades” (ADAS, 1998, p.559).

A configuração espacial é produzida de modo separatista considerando o poder econômico das pessoas. Dentro dos centros urbanos podemos nos deparamos com o crescimento e o contraste entre o trabalho dos citadinos do centro e o das periferias. Santos retrata este fato da seguinte forma:

A urbanização crescente é uma fatalidade neste país, ainda que essa urbanização se dê com o aumento do desemprego, do subemprego e do emprego mal pago, há presença de volantes nas cidades médias e nas cidades pequenas (SANTOS, 2009, p.134).

A diversidade sócio-econômica expressa pela segregação espacial é retratada no município de Bacabal onde podemos perceber as contradições e representações que caracterizam esta realidade. Centro versus periferia, de um lado um ordenamento espacial moldado por uma infra-estrutura privilegiada e de outro uma realidade espacial que necessita de sistematização no que se refere principalmente aos setores sociais (Ver Fig. 02 e 03).

Figura 02: Bairro periférico da Trizidela Figura 03:Centro da cidade de Bacabal-Ma

Fonte: CAMPOS, Redjane Santos, 2011 Fonte: CAMPOS, Redjane Santos, 2011

Com objetivo maior de retratar as implicações do processo de periferização foi desenvolvida uma pesquisa de campo onde foram realizadas entrevistas com 10 moradores do bairro da Trizidela no período de setembro e de 2011.

O bairro ribeirinho da Trizidela encontra-se as margens do Mearim no município de Bacabal–Ma e representa a discriminação construída pela periferização, a área abriga cerca de 10.000 moradores e a maior parte destes tem sua renda familiar vinculada a trabalhos realizados na área urbana do município. No bairro há muitas empregadas domésticas, comerciários, garis,... Porém no últimos anos a segregação social tem sido configurada com base na representação marginalizada local, pela elevação dos índices de criminalidade registrados. Porém segundo um policial que atua no bairro:

Nos últimos seis meses o índice de criminalidade diminuiu bastante diferente de alguns anos atrás que havia muita ocorrência na parte criminal agora as ocorrências partem mais de badernas provocada por pessoas alcoolizadas, no entanto a comercialização de entorpecente ainda é grande5.

Este fator influencia a não contratação de profissionais residentes na área sendo os mesmos relacionados às problemáticas locais. Uma moradora do bairro6 relata que morava no povoado Seco das Mulatas, e devido a necessidade de ter uma vida melhor veio em busca de novas oportunidades no ano 2000 no decorrer dos 11 anos na cidade sempre morou com sua família na Trizidela, possui formação educacional apenas a alfabetização,trabalha como doméstica, e a mesma relembra que já perdeu algumas oportunidades de emprego, pois sua profissão requer confiança do empregador, porém a representação marginalizada do bairro é um obstáculo as oportunidades do mercado de trabalho.

Av. dos Portugueses, S/N – Campus do Bacanga – São Luís – Maranhão – 65080-040

Bloco 03 - 2º Andar – Sala: Núcleo de Humanidades – Telefone (98) 3301-8337

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Na pesquisa realizada na Trizidela foram entrevistados lavradores, pescadores, empregadas domésticas e comerciários, foram levantados vários questionamentos sobre o bairro.

Ao serem questionados sobre o que gostam no bairro no bairro, obtivemos as seguintes respostas dos moradores:

 A proximidade do centro da cidade;

 A localização as margens do rio Mearim;

 A possibilidade e facilidade de exercer a pesca e a lavoura.

Quando questionados sobre o que não gostam na Trizidela os moradores citaram:

 As enchentes, pois são obrigados a sair do local;

 A criminalidade: tráfico de drogas, assaltos;

 A falta de incentivo a atividades esportivas.

Em relação a discriminação sofrida por ser morador de um bairro periférico os entrevistados responderam:

 Algumas pessoas moradores do centro ou de outros bairros tem medo de freqüentar o bairro da Trizidela;

 Devidos os altos índices de criminalidade do bairro, os moradores tem dificuldades de conseguir empregos, de serem aceitos no mercado de trabalho pois são relacionados a esta problemática;

Constatou-se que os moradores entrevistados gostam do seu espaço de vivência apesar de nele reconhecer problemáticas e sofrerem discriminações pelo fato de ali residirem. E como nos fala Carlos:

O lugar é produto das relações humanas, entre homem e natureza, tecido por relações sociais que se realizam no plano do vivido o que garante a construção de uma rede de significados e

sentidos que são tecidos pela história e cultura civilizadora produzindo a identidade, posto que é aí que o homem se reconhece porque é o lugar da vida ( CARLOS,2007, 22)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No Brasil o sistema político-econômico pode ser considerado como “consolidador de problemas sociais” onde a desigualdade social é acentuada pela falta de compromisso e de investimentos governamentais nas áreas rurais, outro e preciso fator é a representação de uma identidade marginalizada das pessoas que se encontram nas periferias pelos moradores das áreas centrais. É urgente a aplicação de políticas públicas, no setor educacional capaz de instigar o “novo morador da cidade” a se tornar mais um cidadão crítico e racional na defesa de seus direitos, preparados para o enfrentamento nos centros urbanos ao depararem com situações de desprezo e discriminação por parte do morador urbano. Desta forma com mais investimentos nos espaços mais vulneráveis, a sociedade poderá se encontrar um novo caminho para reduzir as desigualdades.

Pensar na urbanização e periferização é refletir sobre diversidade presente nas ruas da cidade, modo de vestir, falar, os gestos, nosso cotidiano está repleto de contraste social sendo necessário planejar o espaço de modo a atender sua complexidade.

REFERÊNCIAS

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CARLOS, Ana Fani Alessandri. A Cidade: repensando a geografia. 8ª edição. São Paulo: Contexto, 2008.

CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo. São Paulo: Labur Edições, 2007,

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CARLOS, Ana Fani Alessandri. A Cidade e o Urbano: In: Temas para debates /SIVA, José Borzacchiello da,COSTA, Maria Clelia Lustosa,DANTAS Eutogio Wanderley Correia (org.).Fortaleza:EUFC.1997 .

CANUTO, Antônio. Os movimentos sociais em ação no campo. In: Relatório Conflitos no Campo Brasil 2009 – Comissão Pastoral da Terra. Disponível em:<http://www.cptnacional.org.br/>. Acesso em abr. 2011.

CHALHOUB, Sidney. Cidade febril: cortiços e epidemias na corte imperial. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

HESPANHOL, Antonio Nivaldo. O desenvolvimento do campo no Brasil. In: FERNANDES, Bernardo Mançano, MARQUES Marta Inez Medeiros, SUZUKI, Júlio César (orgs.). Geografia Agrária - teoria e poder. São Paulo: Expressão Popular, 2007

MERA, Claudia Maria Prudêncio de. A Questão Agrária no Brasil: As Contribuições de Caio Prado Junior e Ignácio Rangel. Revista Eletrônica. WWW.economiaetecnologia.UFPR.br. Acesso em:agosto de 2011.

SANTOS, Milton. A Urbanização Brasileira. São Paulo. Editora da Universidade de São Paulo, 2009.

SILVA, Keli de Oliveira. A periferização causada pela desigual urbanização brasileira. Revista Urugutá. Maringá. Nº 11:dez/jan/fev/mar.2007.Quadrimestral.

TILIO, Rogério. Reflexão acerca do conceito de identidade. Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades, Disponível em: Publicações. HTTP:/Unigranrio. br/índex.php/reihm/artcle/view/529. Acesso em maio. 2011.