Resumo

Este trabalho tem por objetivo analisar os feitos dos jogos Pan-Americanos de 2007 em seus pontos considerados como críticos, ofertando embasamento teórico na área de gerência de projetos com vistas à preparação dos Jogos Olímpicos de 2016. A ponte que liga estes dois projetos esportivos de grande envergadura tem sido ótimo campo fértil para estudos e pesquisas, propiciando excelentes fontes de aprendizagem e assegurando verdadeiras lições em múltiplas áreas do conhecimento.

Palavras-chaves: Pan-Americano 2007; Jogos Olímpicos 2016; e Gerência de Projetos.

Resumen
Este documento tiene como objetivo analizar los logros de los Juegos Panamericanos de 2007 en sus puntos de vista considerados como críticos, que ofrece una base teórica en el ámbito de la gestión de proyectos con miras a la preparación de los Juegos Olímpicos de 2016. El puente que conecta estos dos proyectos de los deportes más importantes ha sido un gran campo de estudio e investigación, proporcionando una excelente fuente de aprendizaje y asegurar la experiencia real en múltiples disciplinas.

Palabras clave: Panamericana 2007, Juegos Olímpicos2016, y Gestión de Proyectos.

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo analisar os feitos dos jogos pan americanos de 2007 em seus pontos críticos, ofertando embasamento teórico na área de gerência de projetos com vistas à preparação dos jogos olímpicos de 2016. A ponte que liga estes dois projetos esportivos de grande envergadura tem sido ótimo campo fértil para estudos e pesquisas, propiciando excelentes fontes de aprendizagem e assegurando verdadeiras lições em múltiplas áreas do conhecimento. A presente investigação tem a pesquisa qualitativa como abordagem norteadora. "A pesquisa qualitativa pressupõe uma visão holística que significa compreender as inter-relações envolvidas em um comportamento ou evento" (ALVES-MAZZOTI, 2002 apud EFDEPORTES.COM, 2007). Inicialmente, buscou-se na mídia virtual noticias sobre o Pan-Americano 2007. Utilizou-se para a busca de artigos na Internet as palavras-chaves: pan-americano 2007, projetos pan 2007 e pan 2007. Mediante os dados coletados por pesquisa histórica, observou-se uma congruência de afirmativas que apontavam certos pontos desfavoráveis à realização do evento dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007, até então, que foram tratados como críticos.Em seguida, através do método bibliográfico e correlacional, oferta-se embasamento teórico, voltado especificamente para gerência de projeto, considerados como saneadores dos problemas levantados nos Jogos Pan-Americanos 2007 com vista aos Jogos Olímpicos de 2016, haja vista a similaridade dos eventos, guardada as devidas proporções. De oportuno, registra-se que este estudo não tem o propósito de investigar, mensura e nem quantificar todas as ações que envolvem os citados projetos esportivos, face ao seu elevando grau de complexidade, já que envolvem diferentes áreas do conhecimento. Para Maximiano (2002, p. 31), a complexidade de uma situação mede-se pelo número de variáveis que contém. Projeto complexo é aquele que apresenta grande número de variáveis para serem administradas.

1. DAS CARACTERISTICAS E DEFINIÇÕES DE PROJETO

As organizações modernas descobriram que o gerenciamento de projetos pode lhe render excelentes resultados, principalmente quando for muito bem conduzido. Para Mantel e Meredith (2003) apud Elaboração e Gerência (2009, p.11) o gerenciamento de projetos se tornou emergente por causa das características da nossa sociedade de virada do século à procura do desenvolvimento de novos métodos de gestão. Melhor aproveitamento se terá com este método, mediante a compreensão de suas características, conceitos e definições. Neste sentido, diferentes autores trazem sua contribuição com termos e visões próprias, contudo, de um modo geral a grande maioria dos estudiosos do assunto apresentam a existência interativa de temporariedade, construtividade, materialidade e pessoas. Sendo assim, projeto é um processo que apresenta a existência interativa de ações de forma lógica e racional dentro de um período especifico de tempo para construção ou criação de algo desejado, utilizando-se recursos materiais condizentes, e viabilizados por pessoas. Para os especialistas, projeto é:

                                                    É uma atividade única exclusiva com um conjunto de resultados desejáveis em seu termino. É também complexo o suficiente para necessidade de uma capacidade de coordenação especifica e um controle detalhado de prazos, relacionamentos, custos e desempenho. (VARGAS, 2005 apud ELABORAÇÃO E GERÊNCIA 2009, p.13)

É um empreendimento temporário ou uma seqüência de atividades com começo, meio e fim programados, que tem por objetivo fornecer um produto singular, dentro de restrições orçamentárias. (MAXIMIANO, 2002, p.26)

                Sintetizando, de acordo com Gasnier (2003) apud Elaboração e Gerência (2009, p. 13), uma das maneiras mais simples é entender projeto como tudo aquilo que não é rotina. "PROJETO é o oposto de ROTINA". Já para o gerenciamento de projetos, a figura humana passa a ser o elemento central, pois segundo ainda, o autor; "Gerenciamento de projetos é a aplicação do conhecimento, habilidade, ferramentas e técnicas às atividades do projeto, de forma a atingir e exercer as necessidades e expectativas dos interessados pelo projeto." (Gasnier, 2003 apud Elaboração e Gerência, 2009, p. 13). Se tivessem que contratar um gerente de projeto para condução do "Projeto Jogos Olímpicos de 2016", a seguinte redação seria apropriada:

PROCURA-SE GERENTE DE PROJETO PARA OS JOGOS OLIMPICOS DE 2016

Face às características e a envergadura do evento para nós brasileiros, procura-se um gerente que tenha capacidade de elaborar um bom, seguro e eficiente planejamento, com planos detalhados e claros. Este gerente deverá ser capaz de antecipar e perceber as necessidades de mudanças implementá-las e medir bem seus impactos. Sua coordenação deve contemplar as nove principais áreas de gerenciamento de projetos. O gerente terá livre acesso às autoridades e às Instituições envolvidas com o evento. Cumprir o cronograma previsto e orçar os investimentos com o maior nível de precisão possível são os nossos maiores desafios, além de assegurar e atingir com eficácia os objetivos propostos.

Prevalece o consenso entre os estudiosos do assunto que cada projeto é um evento único, e como tal, apresentará características próprias que exigirão maior ou menor nível de atenção na justa medida do grau de influencia dentro deste processo. Wideman (apud VARGAS, 2005 apud Elaboração e Gerência, 2009, p. 17) delineou quatro características especificas de projetos que necessitam uma atenção especial: Raridade (único ou pouco freqüente); Restrições (tempo, capital e recursos limitados); Multidisciplinaridade (exigência de coordenação) e Complexidade.

2. OS PROJETOS ESPORTIVOS E SEUS DESAFIOS

2.1 JOGOS PAN-AMERICANOS

Os jogos Pan-Americanos são uma versão continental dos Jogos Olímpicos, incluindo esportes do programa Olímpico e também outros não disputados nas Olimpíadas. Realizados de quatro em quatro anos, sempre um ano antes dos Jogos Olímpicos, tiveram sua primeira edição em 1951, em Buenos Aires, capital da Argentina. Os XV Jogos Pan-americanos (Rio 2007) foram um evento multiesportivo organizado pela Organização Desportiva Pan-americana (ODEPA) realizado na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, entre 13 e 29 de julho de 2007 com a participação de 5662 atletas, sendo 660 brasileiros, de 42 países do continente americano, disputando 47 modalidades esportivas. (COB, 2009)

2.2JOGOS OLIMPICOS

Os primeiros registros oficiais da existência dos Jogos Olímpicos datam de 776 a.C. Eles eram uma homenagem a Zeus - maior divindade segundo a mitologia grega - e tinham o poder de interromper guerras, batalhas e combates. A vitória nos Jogos Olímpicos consagrava o atleta e proporcionava glória também à sua cidade de origem. A celebração dos Jogos Olímpicos durou até o ano de 394 d.C., quando, por questões religiosas, foi banida pelo imperador romano Teodósio.

Seu renascimento só aconteceu cerca de 1500 anos depois, graças aos esforços de um pedagogo e esportista francês, o barão Pierre de Coubertin, que viu no esporte e nos ideais olímpicos gregos uma fonte de inspiração para o aperfeiçoamento do ser humano. Os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna ocorreram em Atenas, no ano de 1896. Estava criada também a concepção moderna do Olimpismo, filosofia que sintetiza a relação amigável entre as pessoas de diferentes países a partir do esporte. (COB, 2009)

Os Jogos Olímpicos de 2016 que pela primeira vez será realizado em continente sul-americano e com muitos méritos sediados na Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro), será um evento multiesportivo de muito mais envergadura. Pela visão que se tem do projeto, "os Jogos Rio 2016 serão uma celebração que servirá ao mesmo tempo como fonte e acelerador de transformações garantindo um legado sustentável para a cidade, para o Brasil e para o movimento Olímpico e Paraolimpico." (Rio 2016, 2009, Introdução)

2.3 DOS DESAFIOS

A organização dos Jogos Olímpicos de 2016 representa, indiscutivelmente, um grande desafio para todos os envolvidos diretamente nos segmentos que compõe este projeto.

Segundo Maximiano (2002, prefácio), a administração de um projeto abrange dois problemas principais e que fatalmente foram enfrentados por ocasião dos Jogos Pan-americanos de 2007 e serão nos Jogos Olímpicos de 2016.

                                                O primeiro problema é a administração do projeto em si, como sistemas de recursos e atividades que procuram fornecer um produto dentro de um prazo. O projeto é um empreendimento temporário que exige o esclarecimento das necessidades a serem atendidas, para que um escopo coerente possa ser definido e, em seguida, o prazo e o custo possam ser planejados. Esse é o problema de preparar o projeto e levar adiante sua realização, para fornecer o produto.

O segundo problema é o de administrar o projeto dentro de um contexto organizacional. O projeto é um empreendimento que exige consenso, formação e coordenação de equipes, divisão de responsabilidades, apoio da alta administração e coordenação de fornecedores internos e externos. Esse é o problema de administrar um sistema temporário dentro de outro, permanente, do qual utiliza os recursos. (MAXIMIANO, 2002, prefácio)

Que o povo brasileiro é capaz, criativo, dedicado e sagaz não há dúvida, por esta razão que alguns dos problemas supracitados foram contornados nos Jogos Pan-americanos e projeta-se que também o serão nos Jogos Olímpicos. O que nos fere o brio é a dicotomia de se saber o que precisa ser feito, dizer que vai fazer e ao final não se enfrenta o cerne da questão, apresentar soluções paliativas para os desafios. Alguns problemas no Pan-2007, a ser relatado ao longo deste trabalho, evidenciam o quanto se é incipiente em moralidade, ética e honestidade, sem entrar no mérito das questões de ilegalidade, atentando-se apenas no tocante à capacidade de planejamento, gestão de recursos, competência administrativa e atitude comportamental perante os desafios. Trocas de ofensas de autoridades, ameaças de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), inquéritos policiais e desconfiança de instituições de fiscalização de recursos públicos foram temas recorrentes na mídia.

Questões desta natureza são freqüentes e tem mais conotação política do que reais preocupações de crescimento e desenvolvimento para cidade. Para os Jogos Olímpicos de 2016, neste aspecto, acredita-se que houve significativas melhoras, haja vista, o envolvimento harmonioso dos chefes do executivo federal, estadual e municipal, pelo menos para candidatura da Cidade do Rio de Janeiro. Isto porque até o presente momento, acredita-se que a aliança estabelecida para o grande projeto desportivo, tenha também um plano de fundo com objetivos claramente eleitorais, e isto é o que naturalmente motiva os políticos, pois por força de oficio sempre têm um duplo olhar para estas temáticas. Contudo, na seara da organização do evento, apontam-se duas vertentes de problemas que são rotulados como os mais graves, a primeira, vista em experiência anterior nos jogos do Pan 2007 e a segunda vivencia-se cotidianamente na Cidade. Os primeiros problemas relacionam-se diretamente com o gerenciamento do projeto desportivo para 2016 que são os referentes aos gerenciamentos de custo e do tempo, e as questões ambientais. Já para os diários são os de transporte, segurança e acomodações. Antes mesmo da escolha da Cidade Maravilhosa como sede dos jogos olímpicos, o relatório do Comitê Olímpico Internacional (COI, 2009) já havia apontado, embora exaltasse a candidatura do Rio, três problemas centrais; "que o sistema de transporte deve ser melhorado urgentemente, e a falta de hotéis e leitos para receber milhares de turistas também preocupa. A questão da segurança foi outro ponto negativo."

A posteriori, ter-se-á um outro grande desafio. Que será o nível de apresentação e desempenho dos atletas brasileiros, ou seja, farão bonito?

A importância e os ganhos sócio-econômicos com um projeto desportivo deste porte são indiscutíveis, mesmo com a existência de possíveis dificuldades. Os bons resultados esperados são para diferentes áreas do conhecimento e contempla vários segmentos sociais. Os primeiros começam com a escolha da Cidade, e conseqüentemente o reconhecimento do potencial do País perante os organismos internacionais. Tais fenômenos encheram de orgulho e entusiasmo toda a nação brasileira, mesmo sem saber muito o quê isto significa e que impacto terá para suas vidas. Para os atletas é uma esperança para que o esporte seja tratado com mais seriedade e profissionalismo no país, e que venham os patrocínios! Para as entidades esportivas é uma boa oportunidade de aprendizado, para mudança de cultura e demonstrar o que sabem de melhor. Para as autoridades públicas, excluindo o duplo beneficio (popularidade e ganhos eleitorais), é uma excelente oportunidade para se experimentarem como homem público, exercitarem a ética e a retidão de caráter, além de testarem sua capacidade de gestão.

3. CICLO DE VIDA DE PROJETOS

Para Maximiano (2002, p.77) "o estudo do ciclo de vida do projeto permite visualizar outras atividades, que podem não estar diretamente ligada ao produto e a sua estrutura analítica". Estrutura analítica para o autor é a principal ferramenta de planejamento e de gestão global do projeto. Segundo ainda o autor, fazer reuniões de planejamento e controle, visitar fornecedores e preparar relatórios e prestar contas do projeto, por exemplo, são atividades que não ficam evidentes na estrutura analítica do produto. Para Vargas apud Elaboração e Gerência (2009, p. 37), "o ciclo de vida possibilita que seja avaliada uma serie de fases ou processos que podem ser encontradas em todos os projetos, independentemente de seu contexto, aplicabilidade ou área de atuação".

O XV Jogos Pan-americanos Rio 2007 foram um evento multiesportivo organizado pela Organização Desportiva Pan-americana (ODEPA) realizado na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, entre 13 e 29 de julho de 2007. O período proposto para os Jogos Olímpicos Rio 2016, vai da sexta-feira dia 5 de agosto (Cerimônia de abertura) ao domingo dia 21 de agosto de 2016 (Cerimônia de encerramento). Ascompetições terão a duração de 16 dias, exceto para alguns jogos das preliminares do Futebol, que acontecerão antes da cerimônia de abertura. (COB, 2009)

Conforme apontado anteriormente, visualiza-se dentre outras, duas questões que podem ser consideradas o "calcanhar de Aquiles" do Projeto Rio 2016 que são o gerenciamento do custo e do tempo, áreas estas a serem tratadas mais à frente em pontos específicos. Com relação ao custo, não por falta de verba ou vontade de investir, mas sim pela dificuldade de mensuração com a realidade. Com relação ao tempo, devido a experiências recentes em projeto de menor complexidade que foi os Jogos Pan-Americanos de 2007, cabe neste momento apontar o que se experimentou à época a titulo de aprendizagem e que foi amplamente divulgado pela mídia corrente.

PAN: ENGENHÃO E VILA TAMBÉM SOFREM COM ATRASO

Rio, 14 de junho de 2005

A estrutura das arquibancadas, já visíveis da Linha Amarela, e o movimento frenético de operários no canteiro sugerem que as obras do Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão) seguem a todo o vapor para os Jogos Pan-Americanos de 2007. O ritmo, que impressionou a missão da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), que ontem começou uma nova visita aos locais de competição, é enganoso. Dados do Tribunal de Contas do Município (TCM) mostram que a primeira etapa dos serviços, que consiste em concluir as arquibancadas com capacidade para 45 mil espectadores, deveria ter sido finalizada no dia 3 de maio. Mas já sofreu dois adiamentos: para o dia 26 do mês passado e finalmente para o fim de setembro de 2006, —16 meses após o previsto.

Quatro prédios da Vila do Pan só acabam em 2007

Já na Barra, a Vila Pan-Americana teve seu cronograma alterado ontem. A Agenco, responsável pelo projeto, informou que, devido ao atraso da prefeitura em licitar as obras iniciais de infraestrutura (dragagem de rios e construção de ruas de acesso), só poderá concluir os serviços em fevereiro de 2007 — cinco meses antes dos jogos. O prazo anterior era dezembro de 2006 — quando quatro dos 17 prédios ainda estarão em obras.

O Engenhão e a Vila se somam a outros projetos com atrasos no cronograma. As obras do Complexo Esportivo do Maracanã também sofreram atrasos, depois que a empreiteira que ganhou a licitação do estado faliu. A prefeitura também ainda não assinou o contrato para a construção do Parque Olímpico do Autódromo — estourando o cronograma em seis meses. (O Globo, 2005)

Outros problemas experimentados na pratica foram alvo de desabafo na mídia:

Segundo o ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, o projeto de candidatura do Rio de Janeiro ao Pan-2007 foi "malfeito" e por isso o orçamento do evento estourou.

"O projeto tinha o orçamento nitidamente subestimado. Foi uma limitação grave no planejamento. Fala-se muito do crescimento do orçamento, mas é que o projeto (da candidatura) foi malfeito", disse Silva Júnior, na manhã desta segunda-feira, de acordo com a Folha de S.Paulo em palestra na capital paulista. (PAN-AMERICANO 2007)

Considera-se de fundamental importância identificar os stakeholders (clientes, fornecedores, e demais públicos de interesse). Criar um cronograma, destacando os prazos para o inicio e finalização do projeto, e uma estimativa de custos para a execução do mesmo. Que um bom planejamento e orçamento hão de cuidar.

Para os Jogos Olímpicos Rio 2016, sinaliza-se para um gerenciamento mais técnico e detalhado nesta questão. Infere-se que há uma tendência de aprendizagem com possíveis erros anteriores, pois consta no projeto original que:

Os orçamentos dos Jogos Rio 2016 foram desenvolvidos pela equipe de finanças do Comitê de candidatura Rio 2016, com apoio de especialistas nacionais e internacionais com experiências em jogos, além de duas empresas de consultoria financeira mundialmente renomada e com reconhecida experiência em organização e finanças de grandes eventos esportivos. (Rio 2016, 2009, Sumario executivo/finanças)

Embora não sejam citados os nomes dos especialistas e nem das empresas, acredita-se na apresentação de uma orientação mais técnica e cuidadosa, é acompanhar para ver e cobrar.

4. ADMINISTRANDO PROJETOS E SUAS PRINCIPAIS ÁREAS DE GERENCIAMENTO

Para o autor Maximiano (2002, p. 40), "a administração de um projeto é o processo de tomar decisões que envolvem o uso de recursos, para realizar atividades temporárias, com o objetivo de fornecer um resultado". A arte de administrar projetos pode e deve ser estendida a muitos tipos de profissionais que em algum momento precisarão realizar atividades finitas. Para tanto, o conhecimento técnico é fundamental. Independente do porte do evento, da finalidade e complexidade alguns princípios básicos de administração devem ser seguidos para aumentar ainda mais a possibilidade de obtenção de bons resultados, como, por exemplo, preparar planos e orçamentos, e controlar custos e prazos.

O Guia PMBOK (Guide to the Project Management Body of Knowledge) produzido pelo movimento liderado pelo Project Management Institute (PMI), identificou nove áreas de concentração dos conhecimentos relevantes, sintetizando o campo da administração de projetos. De acordo com PMI-SP (2009), "Estabelecido em 1969 e sediado na Filadélfia, Pensilvânia EUA, o Project Management Institute (PMI) é a principal associação mundial sem fins lucrativos em Gerenciamento de Projetos, atualmente com mais de 250.000 associados em todo o mundo".

De acordo com o Guia PMBOK apud Maximiano (2002, p. 41 e p. 42), as áreas de concentração dos conhecimentos relevantes e que sintetizam o campo da administração de projetos são:

a)Administração da integração (Project integration management);

Trata de como elaborar, executar e corrigir um plano de projeto.

b)Administração do escopo (Project scope management);

Trata do planejamento, execução e modificação do produto do projeto.

c)Administração do tempo (Project time management);

Trata do planejamento, programação e controle das atividades que devem ser realizadas para que o produto possa ser fornecido.

d)Administração dos custos (Project cost management);

Trata do planejamento dos recursos necessários para a execução das atividades e da elaboração e controle do orçamento do projeto.

e)Administração da qualidade (Project quality management);

Trata do planejamento, garantia e controle da qualidade do produto do projeto.

f)Administração de recursos humanos (Project human resource);

Trata do planejamento, organização e desenvolvimento da equipe do projeto.

g)Administração das comunicações (Project communications management);

Trata das informações necessárias para o gerenciamento do projeto e de sua documentação, desde o planejamento até o fechamento administrativo do projeto.

h)Administração de riscos (Project risk management); e

Trata da identificação, analise, tratamento e controle dos riscos – os eventos adversos que podem afetar negativamente o projeto.

i)Administração de suprimentos (Project procurement management).

Trata da aquisição de produtos e serviços de fornecedores, abrangendo o planejamento, execução, contratação e controle de compras.

Conforme mencionado anteriormente e face à grandiosidade dos eventos (Pan 2007 e Rio 2016), bem como os objetivos deste estudo, destaca-se dentre o rol constante do Guia PMBOK, as áreas de gerenciamento de custo e do tempo para maiores explanações. Considera-se que estas são as que mais ensinamento se propicia para o caso concreto. Não que as demais não sejam importantes, mas sim porque se vislumbra que de alguma forma ou outra, elas serão conduzidas com muito mais habilidade e expertise.Com relação à integração, a união harmoniosa entre a União, Estado e a Prefeitura tende a ser mantida, mesmo que os mesmos aliados não estejam mais no poder, mas acredita-se que a linha de raciocínio implementada seja seguida, o que fatalmente se refletirá no projeto.No tocante ao escopo, certamente haverá muitas modificações, entretanto, não comprometerão os Jogos, soluções criativas e que contornam os reais problemas cotidianos são utilizadas freqüentemente, nos Jogos Rio 2016 não será diferente. A qualidade se fará presente de fato ou de direito. Numa visão otimista, o evento aparentará e será de muito boa qualidade. Noutra pessimista, efeitos especiais, contornos, adereços e brilhantismo, se encarregaram de transmitir a imagem de boa qualidade, mesmo que não exista em determinados pontos do evento. Com relação aos recursos humanos para o País que tem uma população estimada de 191.480.630 pessoas, atingida no segundo semestre deste ano, segundo o IBGE; para o empresariado que convive diariamente com elevada carga tributária, pois de acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), "a carga chegou a 36,54% do PIB no ano passado, uma marca inédita"(VEJA, 2009). E com uma taxa de desemprego de 8,1% em agosto do corrente ano, o que mais o povo quer é trabalho! Além disto, a "equipe" envolvida com a organização dos Jogos Rio 2016, de acordo com o organograma constante do projeto original (Anexo A), já está quase completa. E todos os seus cargos estratégicos, praticamente, ocupados, sem se saber muito ao certo como se dar este processo de escolha de pessoas que irão manobrar e alocar grandes cifras de recursos públicos. Com relação à administração das comunicações, ter-se-á excessiva exposição do andamento das obras do inicio ao fim, bem como das autoridades envolvidas, donde se presume que será possível o acompanhamento on-line do gerenciamento e das documentações pertinentes ao Projeto dos Jogos Olímpicos. A administração de suprimentos causa um certo receio face à direta vinculação com o gerenciamento de custos que por sua vez, para Vargas (2005) apud Elaboração e Gerência (2009) também estar relacionado ao risco. Por esta razão que o autor chama atenção para o tipo de contrato, pois "cada tipo de contrato representa um certo grau de incerteza e riscos para o gerente de projeto". Quanto aos riscos de não se concluir o empreendimento é praticamente zero, com ou sem eficácia, pois as conseqüências negativas de não realização de um evento desta magnitude são imensuráveis, razão pela qual nenhum governante gostaria de entrar para historia com um fato desta natureza. Portanto, os objetivos centrais recaem sobre a necessidade do uso de forma adequada e eficiente do tempo e dos recursos disponíveis.

5. DO GERENCIAMENTO DO TEMPO E DO CUSTO DE PROJETOS

O Gerenciamento do tempo objetiva o atendimento cronológico das diversas fases de um projeto. Sua implementação na estrutura do projeto deve ser suficientemente flexível para permitir novas adaptações que poderão surgir ao longo da execução do projeto. Ao projetar uma atividade de trabalho, questões como a qualidade do produto final, rapidez de respostas e flexibilidade para compor uma outra atividade devem ser consideradas para adequar e simplificar todas as relações internas da organização. (ELABORAÇÃO E GERÊNCIA, 2009, p. 49)

No caso dos Jogos Pan-Americanos houve intensas criticas na mídia pelos atrasos das obras e pelos gastos elevados ou mal planejados.

Gastos com o Pan teriam sido de R$1,2 bi

Divulgada estimativa que inclui despesas com projetos que não eram voltados para o evento

A prefeitura do Rio divulgou, no Diário Oficial, uma estimativa dos gastos diretos e indiretos que teve com os Jogos Pan-Americanos. Segundo o cálculo, R$ 1,2 bilhões foram gastos em seis anos, com recursos próprios, transferidos pela União e da iniciativa privada.

Gastos do município com a candidatura, em 2001 e em 2002, e mesmo projetos de responsabilidade da iniciativa privada, em concessões, que não chegaram a ser completamente executados ou não eram voltados apenas para o evento também foram incluídos.

Conforme matéria publicada no jornal "O Globo", R$ 42,43 milhões foram gastos na modernização e a ampliação da Marina da Glória. O serviço, no entanto, não foi realizado devido a pendências judiciais, como informa o balanço. A empresa que possuía a concessão da área teve a obra embargada pelo Instituto do Patrimônio Historio e Artístico Nacional (Iphan).


Segundo o documento, as melhorias para a adaptação do Riocentro, que recebeu disputas de 12 modalidades esportivas, custaram R$ 90,1 milhões. No entanto, as obras no local não foram voltadas apenas para o Pan. (GLOBOESPORTE.COM, 2007)

"O gerenciamento de custos do projeto inclui os processos envolvidos em planejamento, estimativa, orçamentação e controle de custos, de modo que seja possível terminar o projeto dentro do orçamento aprovado" (MORAES, 2008). Mediante experiências com o Pan-2007, amplamente, divulgadas na imprensa e constatada no dia a dia por quem transitava pelos canteiros de obra, infere-se que de fato os pontos fracos na elaboração e gerenciamento de projetos desportivos de grande porte para o Brasil são os relacionados aos custos e ao tempo.

Tribunal de Contas da União aponta atrasos em obras do Rio-2007

O Tribunal de Contas da União (TCU) não deu um quadro positivo em relação às obras dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira, houve a constatação de que o cronograma de diversas instalações está apertado, mesmo considerando que a entrega ocorrerá apenas às vésperas do início da competição.(GAZETA ESPORTIVA, 2007)

Nas construções das pirâmides egípcias, acredita-se que para a maior pirâmide, a de Kufhu (com 148 metros de altura), tenha demandado cerca de 25 mil trabalhadores entre temporários, fixos e assalariados que eram alocados de acordo com suas habilidades e divididos em turmas de 200 pessoas, que se revezavam em turnos. A construção mesmo funcionando 24 horas por dia levou 20 anos para ficar pronta. No cerne da questão estão o medo e a incerteza de como seria na "próxima vida" do outro lado para eles Faraós. Com isso, as construções eram voltadas para abrigar seus pertences, fortunas e até familiares. Em termos de organização do trabalho, não se diferencia muito os gerentes de hoje dos da época dos Faraós. Contudo, o que mais impressiona até os dias de hoje, é a capacidade tecnológica ou habilidade intelectual com as quais foram feitas as pirâmides naquela época. As qualificações relacionadas diretamente com os processos de inicio, de planejamento, de execução, de controle e de encerramento de projetos independem de época. Inovações de certo modo, independe do estagio da tecnologia que em muitos momentos serve-nos para facilitar ou agilizar um processo, trabalho ou atividade, mas nada impede que estas mesmas ações sejam feitas com objetos ou ferramentas alternativas, mesmo demandando mais tempo, mas com boa dose de criatividade e inteligência sustentadas por métodos racionais e lógicos de trabalho, é possível, vide as pirâmides egípcias.

6. GERÊNCIA DE PROJETOS E SUAS INTERFACES

Em gerência de projetos como em administração que é o processo de trabalhar com pessoas e recursos para realizar objetivos organizacionais, fazê-la com eficácia e eficiência é garantia de sucesso e satisfação dos clientes. Bateman e Snell (1998) afirmam que "ser eficaz é atingir os objetivos organizacionais" e "ser eficiente é atingir os objetivos com um mínimo de perda de recursos, isto é, fazer o melhor uso possível do dinheiro, de tempo, materiais e de pessoas". Recomendam os autores para isto, o uso adequado do processo de administração que incluem as atividades de planejar, organizar, liderar e controlar. Para eles, planejar é especificar os objetivos a serem atingidos e decidir antecipadamente as ações apropriadas que devem ser executadas para atingir esses objetivos; organizar é reunir e coordenar os recursos humanos, físicos, de informação e outros necessários ao atingimento dos objetivos; liderar é estimular as pessoas a serem grandes executores, é dirigir, motivar e comunicar-se com os funcionários, individualmente e em grupos; em quanto controlar é monitorar o progresso e implementar as mudanças necessárias. Considerando-se que "gerência de projetos ou gestão de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades e técnicas na elaboração de atividades relacionadas para atingir um conjunto de objetivos predefinidos" (ELABORAÇÃO E GERÊNCIA, 2009), além do planejamento e da organização, deve-se cuidar especialmente do monitoramento das questões técnicas e das questões administrativas do projeto, bem como do inter-relacionamento destas tanto internamente quanto externamente.

As inúmeras atividades desempenhadas num projeto, geralmente, mas nem sempre, podem ser categorizadas em três tipos:

- Interfaces organizacionais: relacionamentos de reporte, formal ou informal, entre as diferentes unidades organizacionais. As interfaces organizacionais podem ser altamente complexas ou muito simples. [...]

- Interfaces técnicas: relacionamentos de reporte, formal ou informal, entre as diferentes disciplinas técnicas. As interfaces ocorrem tanto dentro das fases do projeto (por exemplo, o desenho do local desenvolvido pelos engenheiros civis deve estar compatível com a superestrutura desenvolvida pelos engenheiros estruturais) quanto entre as fases do projeto (por exemplo, uma equipe de projetistas automotivos passa os resultados do seu trabalho para a equipe de remontagem que deve criar capacidade de produção para o veiculo).

- Interfaces interpessoais: relacionamentos de reporte das relações, formal ou informal, entre os diferentes indivíduos que trabalham no projeto. (ELABORAÇÃO E GERÊNCIA, 2009, p. 78)

No caso dos movimentos desportivos, em especial os Jogos Olímpicos, cuida-se de considerar na gerência de projetos, a interface ambiental, ou seja, a do "desenvolvimento sustentável". A preocupação ambiental tem sido objeto de estudos, discussões e acordos no mundo todo, gradativamente vem sendo considerada imprescindível sua inclusão de forma simultânea no desenvolvimento de diversos segmentos da sociedade, fazendo parte tanto das políticas publicas de outra natureza quanto nos simples afazeres do dia a dia do cidadão. "Garantir a sustentabilidade ambiental" é um dos oitos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs) das Nações Unidas. Felizmente, esta cultura se estendeu ao movimento olímpico internacional o qual passou ter um olhar todo especial, juntamente, com os ideais das práticas esportivas.

O Movimento Olímpico propõe que no planejamento de eventos esportivos é importante minimizar o volume de rejeitos, utilizar materiais recicláveis, e não usar produtos químicos perigosos. Deve-se incentivar transportes públicos e no caso de distâncias curtas a locomoção a pé ou de bicicleta. Reduzir o consumo de energia e promover a utilização de novas tecnologias que protejam fontes de energia renovável é imprescindível. Deve-se tratar as águas servidas às atividades esportivas e não colocar em risco o abastecimento de água de uma região por causa das necessidades de uma atividade esportiva. Também é importante combater toda prática que contribua para o desaparecimento de espécies vegetais ou animais, assim como executar medidas compensatórias no caso de danos irreversíveis (COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL, 1999 apudEFDEPORTES.COM, 2007)

Mesmo antes da preparação dos jogos Pan-Americanos de 2007, especialistas vem chamando atenção para os problemas ambientais do cotidiano na Cidade do Rio de Janeiro.

Poluição ameaça imagem do Rio de Janeiro nos jogos Pan-Americanos

Lixo, gigoga, lama tóxica, mau cheiro e, agora, lixo hospitalar. Este é o cenário que aguarda os atletas dos Jogos Pan-Americanos de 2007, que acontecerá no Rio de Janeiro no mês de julho, quando a previsão é de que haja aumento de ressacas, que agravam a situação, trazendo mais lixo para as nossas praias. Esta é a previsão do biólogo Mário Moscatelli que sobrevoou o Rio de Janeiro semana passada, mostrando os problemas ambientais da cidade a jornalistas de um diário carioca. 

Desde agosto passado, Moscatelli vinha observando um volume anormal de lixo hospitalar na lagoa da Tijuca. O aumento desse lixo aguçou a curiosidade dele e o levou a pesquisar as lagoas de Jacarepaguá e Camorim. O problema se agravou quando encontrou material além da barreia da Superintendência Estadual de Rios e Lagoas - SERLA, para conter a invasão das gigogas. Esta barreira fica próxima a Itanhangá, que tem conexão com a praia da Barra.

- Você vai com sua família à praia e se depara com seringas usadas,frascos de remédio, ampolas de sangue, luvas e outros materiais descartáveis. Isso é um problema grave. O difícil agora vai ser descobrir os responsáveis. Isso está acontecendo com o lixo sólido, o que estão fazendo com o esgoto, então? Para onde está indo o esgoto contaminado dos hospitais? Estão sendo tratados? - pergunta Mario Moscatelli.

Segundo o biólogo, as autoridades, tanto municipal, quanto estadual e federal, são ausentes no Rio de Janeiro. Ninguém se preocupa com um trabalho de gerenciamento, prevenção da poluição. Todas as medidas, quando tomada alguma medida, são sempre de reação. [...] (ADITAL, 2006).  

Por estas e outras razões que o gerente de projeto que almeja o sucesso do empreendimento sob sua responsabilidade, deve considerar os impactos ambientais e se comprometer com medidas preventivas e com as que estimulem o "desenvolvimento sustentável".

7. CONCLUSÃO

Por este estudo, viu-se o quanto de legado que os eventos esportivos de grande porte pode trazer. Observou-se também o quanto é importante não se prender, apenas, ao campo das emoções (que são salutares). Usar a razão para se ter noções exatas sobre as definições e características de projetos, bem como para dimensão real dos desafios é fundamental. Além disto, uma coordenação eficiente sobre as principais áreas de gerenciamento de projeto do Guia PMBOK e o monitoramento do ciclo de vida e das interfaces do projeto são imprescindíveis para obtenção do sucesso no empreendimento. Acredita-se que o melhor remédio para os problemas apontados é a formulação de políticas públicas comprometidas com o uso eficiente e eficaz dos recursos e apoiadas em pilares técnicos e de sustentabilidade ambiental nas quais à gerência de projeto tem muito a contribuir, pois:

No mercado competitivo global, a contribuição dos profissionais com capacidade em gerenciamento de projetos vem sendo solicitada por organizações de diversos portes. Os gerentes de projetos criam estratégias e planos de ações para completar os projetos com êxito, incorporando requisitos complexos e dinâmicos. Na condição de gerentes lideram e trabalham junto às equipes. Reunir profissionais, desenvolver o conhecimento nas técnicas de gerenciamento de projetos, valorizar e capacitar profissionais para enfrentar os novos desafios são objetivos do PMI - Project Management Institute. (PMI-RIO, 2009)

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Maximiano (2002), por considerar que "a administração de um projeto é um sistema, um conjunto complexo de inúmeras partes que interagem", propõe seis pontos a serem lembrados pela equipe e pelo gerente no processo de administrar o projeto, para se trabalhar para acertar:

1.Defina claramente o escopo: a probabilidade de sucesso de um projeto aumenta quando se planejam exaustivamente o produto final, seus componentes e suas especificações de desempenho. [...]

2. Envolva a equipe: quanto mais alto o padrão de competência e motivação da equipe, mais seu interesse e disposição para participar do processo decisório.

3. Prepare planos simples, mas abrangentes: projetos bem-sucedidos são projetos bem planejados. A probabilidade de o projeto ter sucesso aumenta se o gerente elaborar estimativas e metas realistas de custo, programação e desempenho técnico; desenvolver estratégias para antecipar problemas potenciais. [...]

4. Esclareça seu papel no projeto: assim que for escolhido, o gerente de projeto deve esclarecer para si próprio a natureza do projeto que assumiu. Isto significa esclarecer as principais expectativas da administração superior, do cliente e dos patrocinadores, objetivos, problema a ser resolvido, metas de prazo e custo a serem atingidos, áreas que deverão ser envolvidas e grau de participação das pessoas. Esta é uma atividade de reflexão.

5. Trabalhe eficazmente com as áreas funcionais: muitas vezes, o processo de organização precede o de planejamento na administração de projeto. Primeiro, o gerente esboça o projeto e organiza a equipe. Em seguida, a equipe planeja o projeto, a partir dos esboços preparados pelo gerente.

6. Coordene reuniões sem sofrer de reunite: reuniões periódicas são a principal ferramenta do gerente de projeto. As reuniões possibilitam a comunicação simultânea do gerente com todos os integrantes da equipe e destes, uns com os outros. [...] Reuniões que não sejam absolutamente necessárias não devem ser realizadas. (MAXIMIANO, 2002, p. 220)

 

O XV Jogos Pan-Americanos 2007, a Copa do Mundo de futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 são eventos esportivos de altíssima contribuição para o desenvolvimento econômico e social do País. Comemora-se como se campeões já fossem, e de fato não deixa de ser, são indicativos que o "Gigante" que "és belo, és forte, impávido colosso" - "pela própria natureza" não quer mais ficar "deitado eternamente em berços esplendidos" daqui para frente almeja-se dizer que "nossos bosques têm mais vida". Que esta "Terra adorada" ouça "De um povo heróico o brado retumbante"- dizendo: aquilo que "Conseguimos conquistar com braço forte" seja tratado com carinho, eficiência, eficácia, honestidade e muita seriedade. Para que a "Pátria amada" que"És mãe gentil" permita que a Cidade Maravilhosa em 2016 Viva sua Paixão!

 REFERÊNCIAS:

§BATEMAN, Thomas S.; SNEEL, Scot A. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.

§(ELABORAÇÃO E GERÊNCIA, 2009). DAN, Edival; YARA, Figueiredo Dan. Elaboração e gerência de projetos. Rio de Janeiro: UCB/CEP, 2008. Curso de Gestão da Administração Pública.

§GASNIER, Daniel Georges. Guia pratico para gerenciamento de projetos: manual de sobrevivência para os profissionais de projetos. 3. ed. São Paulo: IMAM, 2003.

§MANTEL, S.J. Jr; MEREDITH, J.R. Administração de projetos: uma abordagem gerencial. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC. 2003.

§MAXIMIANO, A. C. A. Administração de projetos: como transformar idéias em resultado. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

§SOUZA NETO, Silvestre Padro de. Técnicas de pesquisa – Rio de Janeiro: UCB/EB-DEP-CEP, 2009. Curso de Gestão da Administração Pública.

§(ADITAL, 2006) disponível em: <http://www.adital.com.br/site/noticia2.asp?lang=PT&cod=25746> Acesso em: 4 nov. 2009.

§(COB, 2009) Comitê Olímpico Brasileiro.

disponível em: <http://www.cob.org.br/jogos_olimpicos/home.asp> Acesso em: 30 out. 2009.

§(EFDEPORTES.COM, 2007)disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd114/pan-americano-2007-e-desenvolvimento-sustentavel.htm> Acesso em: 7 nov. 2009.

§(Gazeta Esportiva, 2007) disponível em: <http://ultimosegundo.ig.com.br/esportes/pan2007_/2007/05/17/tribunal_de_contas_da_uniao_aponta_atrasos_em_obras_do_rio_2007_790570.html> Acesso em: 5 nov. 2009.

§(GLOBOESPORTE.COM, 2007)disponível em: <http://pan2007.globo.com/PAN/Noticias/0,,MUL86499-3853,00.html> Acesso em: 10 nov. 2009.

§(MORAES,2008) disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/projeto07gerenciamento_de_custos/25077/> Acesso em: 10 nov. 2009.

§(O Globo, 2005) disponível em: <http://oglobo.globo.com/jornal/esportes/> Acesso em: 2 nov. 2009.

§(PAN-AMERICANO,2007) disponível em: <http://esportes.terra.com.br/panamericano2007/interna/0,,OI1469036-EI8332,00-Ministro+diz+que+projeto+do+Pan+foi+malfeito.html> Acesso em: 4 nov. 2009.

§(PMI-RIO, 2009) disponível em: <http://www.pmirio.org.br/> Acesso em 11 nov. 2009.

§(Rio 2016, 2009) disponível em: <http://www.rio2016.org.br/sumarioexecutivo> Acesso em: 30 out. 2009.

§(VEJA, 2009) disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/carga-tributaria-quebra-novo-recorde-36-pib-422565.shtml> Acesso em: 10 nov. 2009.

§COMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL. Agenda 21 do Movimento Olímpico: para um esporte em defesa do desenvolvimento sustentável. 1999.
Disponível em: <http://www.cob.org..br/site/downloads/downloads/Agenda21.doc.> Acesso em: 5 nov. 2009.