O correto uso dos equipamentos de movimentação industrial.

Sorocaba, 15 de Janeiro de 2012.

Autor: Engº. de Controle e Automação Pedro Antonio da Silva – CREA: 5063158623

Em 10 anos de experiência na área de logística que possuo e conhecedor de várias formas de se realizar uma logística eficiente, em nos diversos ramos do nosso mercado nacional desde a Indústria Automobilística até ao disputado Varejo. Eu fico cada dia desta minha jornada de trabalho mais impressionado com o que se faz dos equipamentos de movimentação industrial em todos os aspectos possíveis de mau uso imagináveis.

A pequena notável empilhadeira muitas vezes nunca é usada para sua principal função que seria empilhar o material para se ganhar espaço de armazenagem, na maioria das vezes ela sempre é usada para transportar materiais em grandes distancias em ambientes industriais sem nenhuma eficiência já que somente transporta dois paletes, se tratando do modelo padrão do mercado nacional, empilhadeira combustão a GLP de duas e meia toneladas de capacidade.  

Sendo a empilhadeira GLP de duas e meia toneladas um padrão nacional ficamos expostos a problemas muitos simples de serem combatidos com a simples troca deste modelo pelo um equipamento que seja adequado para cada atividade. E realizar um correto dimensionamento do recurso que será empregado nos polpa de enfrentarmos os seguintes problemas: poluição sonora, desgaste prematuro do equipamento, consumo excessivo de combustível, horas de trabalho muito maior sendo empregada para realizarem a mesma tarefa, insegurança operacional gerada pela não correta manipulação dos materiais por equipamentos improvisados, etc.

Outro ponto de dimensionamento incorreto seria o fluxo de movimentação utilizado nas grandes corporações forçando as empilhadeiras a percorrem grandes trajetos para fazer a sua função. Em sua grande maioria as empresas se utilizam destes equipamentos para também fazer o transporte de matérias de forma rápidas entre os seus setores, mas com pouca eficiência. Conceitos e boas práticas operacionais como Lean Manufacturing são esquecidos de forma a atender a uma atividade critica especifica daquele momento, isto quando a atividade critica não se torna um processo padrão da empresa. Depois de muito tempo fazendo o mesmo processo errado, chega alguém novo e se depara com aquela realidade incomum e questiona a razão daquele processo a resposta de todos é o seguinte: Sempre foi feito assim! E não vemos motivos para mudar! E ponto final.

Mas é claro que existem empresas que fazem o bom uso dos conceitos logísticos que levaram anos para serem desenvolvidos e também empresas que desenvolvem novos conceitos e servem de exemplos a serem seguidos por outras empresas.

O grande dilema a ser tratado nas empresas brasileiras é fazer com que a Engenharia Logística se estender aos padrões internacionais onde se dão muito mais importância no aspecto de como se realiza uma tarefa, e não só na tarefa realizada no tempo desejado. Acredito que temos muito em aprender para conseguirmos subir este degrau em nossas empresas.