Nosso transporte em um avanço às avessas
Publicado em 28 de fevereiro de 2011 por Heraldo Soares
Essa semana foi divulgado um levantamento feito pela Economatica sobre as empresas mais lucrativas do país. Não foi surpresa o nome da Petrobras estar em primeiro lugar. O espanto foi o valor de 35 bilhões de reais, sendo que no ano passado o valor era de R$28 bilhões.
É muito bom o país se encontrar na fase histórica do crescimento econômico. Entretanto devemos olhar mais as particularidades do Brasil, vamos ver a infraestrutura.
O país é altamente dependente do petróleo. É ótimo possuirmos a Petrobras, que ajuda no abastecimento do precioso combustível que faz mover as rodas da nossa Economia. Mas por quê não modernizar o país também com ferrovias?
Logicamente o país desenvolveu-se graças ao transporte rodoviário, que em boa parte do país ligam todos os principais pontos, apesar da alta tarifação dos impostos, pedágios e outros afins, no entanto acredito que um país deve se modernizar por completo e não depender majoritariamente do transporte rodoviário, que se acomodou juntamente com o nosso modelo de desenvolvimento nacional.
Não há como deixar de citar os países da Europa. Lá existem todos os tipos de transporte e todos muito bem distribuídos e aproveitados, de acordo com a necessidade geográfica de cada rincão. Para o aplainado relevo do sul da Espanha, na Andaluzia, as rodovias tomam as paisagens em meio aos semi-desertos. Na Suiça, onde os Alpes cortam a maior parte do território, há trens especiais para transportar as pessoas e as cargas aos seus devidos vilarejos bucólicos. O Reino Unido e a Irlanda do Norte poderiam ser duas grandes ilhas isoladas do resto da Europa se não fosse, em parte, o desenvolvimento do transporte fluvial ligando as ilhas ao norte da França, principalmente à "grande Paris", além do centro norte espanhol e, chegando mais longe, hidrovias que ligam a capital inglesa à metrópole Nova York, coração dos Estados Unidos.
O trasporte ferroviário é mais simples do que imaginamos, possui várias vantagens ambientais e de custo/benefício mas os governos infelizmente não querem abrir mão das concessionárias de autovias. Além disso o país passa por uma grande escala de venda de Petróleo/Etanol aliada ao consumo de carros, que triplicou em algumas metrópoles nos últimos anos, como é o terrível caso paulistano.
O país está em grande alvoroço por conta do projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV) ligando Campinas - São Paulo - Rio, mas infelizmente o projeto não estará pronto nem para a copa de 2014. Os estrangeiros irão chorar dizendo que pensavam encontrar um país mais moderno pois só ouviam notícias sobre o avanço da economia brasileira. Isso é o que encontraremos em um Brasil onde o monopólio de poucos tipos de indústria regem toda nossa atividade social e política-econômica, no caso, a automobilística e a de combustíveis.
É muito bom o país se encontrar na fase histórica do crescimento econômico. Entretanto devemos olhar mais as particularidades do Brasil, vamos ver a infraestrutura.
O país é altamente dependente do petróleo. É ótimo possuirmos a Petrobras, que ajuda no abastecimento do precioso combustível que faz mover as rodas da nossa Economia. Mas por quê não modernizar o país também com ferrovias?
Logicamente o país desenvolveu-se graças ao transporte rodoviário, que em boa parte do país ligam todos os principais pontos, apesar da alta tarifação dos impostos, pedágios e outros afins, no entanto acredito que um país deve se modernizar por completo e não depender majoritariamente do transporte rodoviário, que se acomodou juntamente com o nosso modelo de desenvolvimento nacional.
Não há como deixar de citar os países da Europa. Lá existem todos os tipos de transporte e todos muito bem distribuídos e aproveitados, de acordo com a necessidade geográfica de cada rincão. Para o aplainado relevo do sul da Espanha, na Andaluzia, as rodovias tomam as paisagens em meio aos semi-desertos. Na Suiça, onde os Alpes cortam a maior parte do território, há trens especiais para transportar as pessoas e as cargas aos seus devidos vilarejos bucólicos. O Reino Unido e a Irlanda do Norte poderiam ser duas grandes ilhas isoladas do resto da Europa se não fosse, em parte, o desenvolvimento do transporte fluvial ligando as ilhas ao norte da França, principalmente à "grande Paris", além do centro norte espanhol e, chegando mais longe, hidrovias que ligam a capital inglesa à metrópole Nova York, coração dos Estados Unidos.
O trasporte ferroviário é mais simples do que imaginamos, possui várias vantagens ambientais e de custo/benefício mas os governos infelizmente não querem abrir mão das concessionárias de autovias. Além disso o país passa por uma grande escala de venda de Petróleo/Etanol aliada ao consumo de carros, que triplicou em algumas metrópoles nos últimos anos, como é o terrível caso paulistano.
O país está em grande alvoroço por conta do projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV) ligando Campinas - São Paulo - Rio, mas infelizmente o projeto não estará pronto nem para a copa de 2014. Os estrangeiros irão chorar dizendo que pensavam encontrar um país mais moderno pois só ouviam notícias sobre o avanço da economia brasileira. Isso é o que encontraremos em um Brasil onde o monopólio de poucos tipos de indústria regem toda nossa atividade social e política-econômica, no caso, a automobilística e a de combustíveis.